Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
antine o plásica
antine o plásica
60 p.
ISBN 978-85-7900-079-9
CDD 616.992061
Impresso no Brasil
2014
Realização:
Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia
O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Produzido por Segmento Farma Editores Ltda., sob encomenda de SOBRAFO, em abril de 2014.
Material de distribuição exclusiva à classe FARMACÊUTICA.
Rua Anseriz, 27, Campo Belo – 04618-050 – São Paulo, SP. Fone: 11 3093-3300
www.segmentofarma.com.br • segmentofarma@segmentofarma.com.br • Cód. da publicação: 16032.04.2014
Prefácio
Agradecimentos
17 Equipamentos
25 Paramentação
50 Glossário
55 Anexos
Annemeri Livinalli
Diretora de comunicação
10
e responsável, que colaborem para o de- A qualificação profissional, feita por meio
senvolvimento e o reconhecimento do de cursos e programas de formação inicial, é
profissional farmacêutico em Oncologia; considerada complemento da educação for-
_
participar do desenvolvimento e da exe- mal. A carga horária vai depender da necessi-
cução de protocolos de pesquisa clínica dade de aprendizagem, mas recomendam-se,
voltados para a área de Oncologia; no mínimo, 360 horas para um curso de espe-
_
elaborar material educativo e de divulga- cialização cujo objetivo principal é incorporar
ção sobre os medicamentos e produtos conhecimentos teóricos e técnicos, além de
para a saúde e realizar educação em saú- habilidades operacionais, necessários para
de para pacientes e equipe assistencial; desenvolver competências em Oncologia.
_
estabelecer parcerias com instituições Os profissionais que optarem pela obten-
de ensino para realizar trabalhos de pes- ção do título de especialista pela Sobrafo,
quisa que permitam divulgar resultados além da aprovação na prova escrita, deverão
que sejam significativos cientificamente. atender aos requisitos de tempo de atua-
ção e participação em atividades didáticas
Como especialista do medicamento, o na área de Oncologia. Todos os requisitos
farmacêutico é requisitado pela equipe e são detalhados no Edital para Obtenção do
pelo paciente para solucionar problemas Título de Farmacêutico Especialista em On-
relacionados ao uso do medicamento, quer cologia divulgado no site da entidade.
possam ser prevenidos ou não. Dessa for-
ma, o farmacêutico oncológico precisa cola- Bibliografia
borar com a equipe para assegurar a oferta American College of Clinical Pharmacy (ACCP). Clinical
de um tratamento medicamentoso bem in- pharmacist, competencies. Pharmacotherapy. 2008;28:806-15.
dicado, eficaz, seguro e conveniente. American College of Clinical Pharmacy (ACCP). Clinical pharmacy,
O Brasil dispõe de um campo muito am- definition, clinical pharmacist. Pharmacotherapy. 2008;28:816-7.
plo para a atuação do farmacêutico na área American Pharmacists Association and the National Association
de Oncologia, mas torna-se primordial a of Chain Drug Stores Foundation. Medication therapy
qualificação desse profissional, a fim de que management in pharmacy practice. Version 2.0 March 2008.
ele realmente seja um diferencial na equipe American Society of Hospital Pharmacists. ASHP guidelines
assistencial. on preventing medication errors in hospitals. Am J Hosp
O farmacêutico especialista em Oncolo- Pharm. 1993;50:305-14.
gia é um profissional com conhecimentos American Society of Health-System Pharmacists. ASHP
profundos de farmacologia da terapia anti- guidelines: minimum standard for pharmacies in
neoplásica, bem como da gestão de unida- hospitals. Am J Health Syst Pharm. 1995;52:2711-7.
des de terapia antineoplásica. A especializa- American Society of Hospital Pharmacy. ASHP guidelines on
ção em Oncologia requer anos de atuação adverse drug reaction monitoring and reporting. Am J
e/ou pós-graduação na área. Health Syst Pharm. 1995;52:417-9.
11
12
13
14
terno e não classificado adentre essa sala e co. Deve possuir classificação de ar ISO clas-
que o ar da sala de preparo saia, permitindo se 7 (grau C) e pressão diferencial negativa
que possíveis contaminantes químicos se- em relação aos ambientes adjacentes, con-
jam retidos na sala de preparo para serem forme recomenda os itens 2.7.2 do anexo III
filtrados pelo sistema da cabine de seguran- e 11.3 do anexo IV, da RDC no 67, de 2007.
ça biológica. Não é necessário classificar o Embora os medicamentos manipula-
ar nessa sala, porém é recomendável insta- dos nessa sala sejam estéreis, por se tratar
lar filtro fino e grosso. de fármacos perigosos para a saúde hu-
Na RDC no 67, consta que nessa sala ou mana e o ambiente, a pressão dessa sala
junto a ela deve haver lavatório com provi- não deve seguir a recomendação do ane-
são de sabonete líquido e antisséptico e dis- xo IV, item 4.15.1, da RDC no 67, de 2007,
positivo para secagem das mãos. Esse lava- para pressão positiva.
tório deve ser de uso exclusivo do processo É importante haver um telefone para uso
de paramentação. interno, para evitar saídas desnecessárias
A RDC no 50, de 2002, informa que “o ves- do manipulador e permitir a comunicação
tiário das salas de diluição de quimioterápi- caso ocorram acidentes.
cos deve possuir lava-olhos, além do lavató- Nessa sala não devem existir pia nem ralo.
rio e da área de paramentação”. No almoxarifado de materiais e medi-
As duas portas de antecâmaras não po- camentos, devem estar afixadas as normas
dem estar simultaneamente abertas, deven- básicas relativas a cada medicamento cito-
do haver um sistema que impeça que isso tóxico (formas de armazenamento, estabi-
aconteça e um sistema de alarme (sonoro e/ lidade, composição, precauções especiais),
ou visual) que alerte quando isso ocorrer. fichas com dados de segurança relativas a
Sala de limpeza/desinfecção: local cada um, além do kit para acidentes, confor-
onde se procede à higienização dos mate- me preconizado na RDC no 220, de 2004.
riais (quando aplicável) e que contém em- Sala de rotulagem/embalagem/con-
balagens primárias dos medicamentos que trole de qualidade: se for contígua à sala
serão utilizados na manipulação. Deve ser de manipulação, deverá ser classificada
adjacente e comunicar-se com a sala de como ISO classe 8. A fim de evitar movimen-
manipulação através de passadores inter- tações constantes na sala de manipulação,
travados. Conforme consta na RDC no 67, de manter essa sala contígua é o ideal.
2007, a sala deve ser ISO classe 8 (grau D).
Sala de manipulação: local onde estará Superfícies, tetos, portas, iluminação
a cabine de segurança biológica (classe II, e ventilação
tipo B2), indicada para manipular medica- Nas áreas limpas, as superfícies (pisos, pa-
mentos antineoplásicos ou com potencial redes, teto) expostas devem ser revestidas
carcinogênico, teratogênico ou mutagêni- de material liso, impermeável, lavável e re-
15
16
17
As cabines do tipo A1 reciclam 70% do Esse é o tipo de cabine exigida nos ser-
ar circulante e promovem a expulsão dos viços de manipulação de antineoplásicos
30% restantes, após terem passado através
de um filtro HEPA para a própria sala onde é A NR 32/2005 define a CSB classe II tipo
inserida a câmara. B2 (segundo os conceitos da norma Natio-
As CSBs classe II tipo B podem ainda se sub- nal Sanitation Foundation 49) como sendo:
dividir consoante a proporção de ar expulso:
_
Tipo B1: recircula 30% do ar e expulsa Cabine dotada de filtro absoluto
70% após filtração. (HEPA) com eficiência da filtragem
_
Tipo B2: expulsa 100% do ar, sendo o e exaustão do ar de 99,99% a 100%,
novo ar introduzido a partir do local velocidade média do ar (m/s) 0,45
onde se encontra a câmara; 60% do ar ± 10%, velocidade de entrada de ar
que entra provém da parte superior, ten- pela janela frontal de 0,5 a 0,55 m/s.
do passado por um filtro HEPA, e os 40% Todo ar que entra na cabine e o que
restantes entram pela abertura frontal. é exaurido para o exterior passam
_
Tipo B3: 70% do ar circulante é reciclado, previamente pelo filtro HEPA. Não há
sendo os 30% restantes expulsos para o recirculação de fluxo de ar, sendo a
exterior. exaustão total. A cabine tem pressão
negativa em relação ao local onde
Recomendam-se as CSBs classe II tipo está instalada, pela diferença entre o
B2 (CSB II tipo B2) para trabalhos que en- insuflamento do ar no interior da ca-
volvam agentes biológicos de risco mo- bine e sua exaustão (vazão 1.500 m3/h
derado e para manipular antineoplásicos. e pressão de sucção de 35 m.m. c.a.).
18
19
20
Clinical Oncology Society of Australia. Guidelines for Mayer DRN. Hazards of chemotherapy, implementing
safe handling of antineoplastic agents. Med J Aust. safe handling practices. Cancer Supplement.
1983;1:426-8. 1992;70(4):988-92.
Code of Federal Regulations Part 210-211 to GMP (good NBR ISO 14644 _
Salas Limpas e Ambientes Controlados
manufacturing practice). EUA. Associados –Parte 1: Classificação da Limpeza do Ar –
Code of Federal Regulations Part 210-211 to GMP (good março de 2005.
manufacturing practice). EUA. NIH – Recommendations for the safe use of handling of
Connor TH, Anderson RW, Sessink JM, Broadfield L, Power LA. cytotoxic drugs.
Surface contamination with antineoplastic agents in six NIOSH – Preventing occupational exposures to
cancer treatment centers in Canada and United States. antineoplastic and other hazardous drugs in health
American Journal of Hospital Pharmacy. 1999;56:1427-32. care settings. Publication n. 2004 – 165.
Cunha D, Jordão M, Ribeiro S. Centralização da preparação de RDC 220, de 21 de setembro de 2004, que dispõe sobre
medicamentos citotóxicos. Lisboa, 2000. boas práticas de manipulação de preparações
DIN EN 779 – Particulate air filters for general ventilation. antineoplásicas.
Determination of the filtration performance _ 15/12/2002. PIC – Guide to good practices for preparation of medicinal
DIN EN 1822 – High efficiency air filters (HEPA and LUPA). Part 1: products in pharmacies. PE 010-1 (draft2) 2006. Disponível
classification, performance testing, marking 15/11/1998.
_
em: www.picscheme.org
Donner AL. Possible risk of working with antineoplastic drugs RDC 67, de 8 de outubro de 2007, que dispõe sobre
in horizontal laminar flow hoods. American Journal of boas práticas de manipulações de preparações
Hospital Pharmacy. 1978;35:900. magistrais e oficinais para uso humano em
FDA. Draft guidance: Guidance for industry, sterile drug farmácias.
products produced by aseptic processing – current good RDC 21, de 20 de maio de 2009, altera o item 2.7, do anexo III,
manufacturing practice. Washington, D.C.: 2003. da resolução RDC no 67.
21
22
Armazenamento Transporte
De acordo com a legislação brasileira (RDC Do almoxarifado para a sala de limpeza/
no 220/04 e NR no 32/05) e as recomenda- desinfecção
ções das diretrizes internacionais da Ame- Todo o transporte de embalagens de me-
rican Society of Health-System Pharmacists dicamentos antineoplásicos deve ser feito
(ASHP) e Occupational Safety and Health de forma a reduzir a contaminação ambien-
Administration (OSHA), é necessário desti- tal em caso de acidentes com queda e/ou
nar uma área específica ao armazenamento quebra acidental das embalagens. Uma boa
dos medicamentos antineoplásicos, com a prática é acondicionar essas embalagens
finalidade de restringir o acesso ao pessoal em recipientes hermeticamente fechados
autorizado. Tais medicamentos devem fi- e/ou lacrados, como caixas e/ou sacos plás-
car armazenados em área com sistema de ticos etiquetados com um identificador de
ventilação e exaustão geral suficiente para alerta, chamando a atenção sobre as carac-
diluir e remover qualquer contaminante terísticas tóxicas do conteúdo. Carrinhos de
transportado pelo ar. transporte devem ser desenhados com bar-
Além disso, recomenda-se que os medi- reiras de contenção para proteger contra a
camentos sejam protegidos contra quedas queda e ruptura.
acidentais, armazenando-os em recipien- Todo o pessoal envolvido com o trans-
tes/caixas com bordas altas sobre pratelei- porte de medicamentos antineoplásicos
ras também com barreiras de contenção. deve receber treinamento sobre a ca-
De acordo com o Institute for Safe Medi- racterística desses medicamentos, bem
cation Practices/Medication Error Repor- como dos procedimentos de segurança
ting Program (ISMP/MERP), deve-se arma- a serem adotados em caso de acidente.
zenar separadamente os medicamentos O transporte por meio de tubo pneumáti-
que apresentam nomes semelhantes com co não deve ser feito por causa do grande
grafia e/ou embalagens parecidas (look risco de quebra da embalagem do produ-
alike sound alike), para reduzir os riscos de to durante o trajeto.
troca de medicamentos no ato do arma- É obrigatório que nessa área haja um
zenamento e da separação. kit de derramamento identificado. Tal kit
Outras opções e critérios de armazena- deve estar disponível também nas demais
mento podem ser adotados, como o uso de áreas de recebimento, armazenamento, hi-
gavetas, armários eletrônicos, local de fácil gienização e qualquer outra onde houver
acesso que mantenha a segurança necessá- a presença desse tipo de medicamento,
ria, ordem alfabética, categoria terapêutica, incluindo o abrigo temporário de resíduos
etiquetas e/ou prateleiras coloridas, entre para ser utilizado em caso de acidente, de-
outros, desde que sejam resguardados os vendo conter, no mínimo, luvas e avental
cuidados necessários. impermeáveis, compressas absorventes,
23
24
25
26
27
28
Bibliografia
American Society of Health-System Pharmacists. ASHP Portaria MTE n. 485, de novembro de 2005 NR 32 – Segurança
guidelines on handling hazardous drugs. Am J Health- e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. DOU de
Systm Pharm. 2006;63:1172-93. 16/11/2005, Seção 1.
Centers for Disease Control and Prevention, National Institute Sessink PJM, Connor TH, Jorgenson JA, Tyler TG. Reduction
for Occupational Safety and Health, DHHS (NIOSH) in surface contamination with antineoplasic drugs in 22
Publication n. 2004-165. hospital pharmacies in the US folling implementation
Connor TH, Anderson RW, Sessink PJ, Spivey SM. Effectiveness of a closed-system drug transfer device. J Oncol Pharm
of a closed-system device in containing surface Practice. 2011;17(1):39-48.
contamination with cyclophosphamide and ifosfamide Siderov J, Kirsa S, McLauchlan R. Surface contamination os
in an I.V. admixture area. Am J Health-Syst Pharm. chemotherapy preparation áreas with antineoplasic
2002;59:68-72. agents in Australian hospital pharmacy departments. J
Connor TH, Anderson RW, Sessink PJM, Broadfield L, Power Pharm Pract Res. 2009;39:95-9.
LA. Surface contamination with antineoplasic agents in Siderov J, Kirsa S, McLauchlan R. Reducing workplace
six cancer treatment centres in Canada and the United cytotoxic surface contamination using a closed-
States. Am J Health-Syst Pharm. 1999;56:1427-32. system drug transfer device. J Oncol Pharm Practice.
Harrison BR, Peters BG, Bing MR. Comparison of surface 2010;16:19-25.
contamination with cyclophosphamide and fluorouracil Yoshida J, Kosaka H, Nishida S, Nakano H, Tei G, Kumagai S.
using a closed-system drug transfer device versus Actual conditions of the mixing of antineoplastic drugs
standard preparation techniques. Am J Health-Syst for injection in hospitals in Osaka Prefecture, Japan. J
Pharm. 2006;63:1736-44. Occup Health. 2008;50:86-91.
International Society of Oncology Pharmacy Practicioners Yoshida J, Tei G, Mochizuki C, Masu Y, Koda S, Kumagai S.
Standards Committee. ISOPP standards of practice. Safe Use of a closed system device to reduce occupational
handling of cytotoxics. J Oncol Pharm Pract. 2007;13:1-81 contamination and exposure to antineoplastic drugs
NIOSH Alert: preventing occupational exposure to antineoplasic in the hospital work environment. Ann Occup Hyg.
and other hazardous drugs in healthcare settings. 2004. US. 2009;53(2):153-60.
Department of Health and Human Services, Public Health
Service, The United States Pharmacopeial Convention. Sites consultados
USP<797> Guidebook to pharmaceutical compounding www.icumedical.com
sterile preparations. The United States Pharmacopeial www.tevadaptor.com
Convention, Rockville, MD, 2008. www.carmelpharma.com
29
30
31
32
• afastar das atividades de manipulação as 32. Dispõe sobre a Segurança e Saúde no Trabalho em
trabalhadoras gestantes e nutrizes; Estabelecimentos de Assistência à Saúde.
• disponibilizar aos trabalhadores equipa- Connor TH, McDiarmid MA. Preventing occupational
mentos de segurança, proteções indivi- exposures to antineoplasic drugs in health care settings.
dual e coletiva, para o preparo e adminis- CA Cancer J Clin. 2006;56;354-65.
tração de antineoplásicos; IARC. IARC monographs on the evaluation of the carcinogenic
• fornecer aos trabalhadores dispositivos risk of chemicals to humans. Lyons, France: World Health
de segurança que minimizem a geração Organization, International Agency for Research on
de aerossóis e a ocorrência de acidentes Cancer. Disponível em: www.iarc.fr. Acesso em: abr. 2010.
durante a manipulação e administração, Laidlaw J, Connor TH, Theiss JC, Anderson RW, Matney
assim como previnam acidentes durante TS. Permeability of latex and polyvinil chloride
o transporte. gloves to 20 antineoplasic drugs. Am J Hosp Pharm.
1984;41(12):2618-23.
Bibliografia NIOSH. National Institute for Occupational Safety and Health.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância NIOSH alert: preventing occupational exposures to
Sanitária (Anvisa). Resolução RDC no 220, de 21 de antineoplastic and other hazardous drugs in health care
setembro de 2004. Dispõe sobre o funcionamento dos settings. DHHS Publication N. 2004-165. Washington, D.C.:
Serviços de Terapia Antineoplásica. US Department of Health and Human Services, Public
Brasil. Ministério do Trabalho. Portaria no 3.214, de 8 de Health Service, Centers for Disease Control and Prevention.
junho de 1978. Norma Reguladora NR-7. Dispõe sobre Occupacional Safety and Health Administration (OSHA).
o Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional. Controlling occupational exposure to hazardous drugs.
Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria n 37,
o
Technical manual. Washington, DC: U.S. Department of
de 6 de dezembro de 2008. Norma Reguladora NR- Labor, 1999. Section VI, Chapter 2.
33
Saneantes
produto utilizado na limpeza das superfícies
Detergente neutro líquido.
34
35
36
37
38
39
40
saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 237, de 10 de cytotoxics: recommendations for Ontario. J Oncol Pract.
dezembro de 2004. Seção 1, p. 49. 2009 Sep.;5(5):245-9.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Griffin E. Safety considerations and safe handling of oral
Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada n. 67, de chemotherapy agents. Clin J Oncol Nurs. 2003 nov-
8 de outubro de 2007. Dispõe sobre boas práticas de dez;7(6):25-9.
manipulação de preparações magistrais e oficinais Martins I, Rosa HVD. Considerações toxicológicas da
para uso humano em farmácias. Diário Oficial da União, exposição ocupacional aos fármacos antineoplásicos.
Brasília, DF, n. 195, 9 de outubro de 2007. Seção 1, p. 29. Rev Bras Med Trab. 2004 abr-jun;2(2):118-25.
Canadian Association of Pharmacy in Oncology. Standards National Comprehensive Cancer Network. NCCN Task Force
of practice for oncology pharmacy in Canada. version 2. Report: oral chemotherapy. J Natl Compr Canc Netw.
november 2009. Disponível em: http://www.capho.org. 2008 mar 6.
Acesso em: 1 ago. 2011. Polovich M, McDiarmid MA, Power LA, Dorr RT. Safe handling
Centers for Diseases Control and Prevention. The National of cytotoxic agents. In: Annual Congress of the Oncology
Institute for Occupational Safety and Health. Preventing Nursing Society, 27., 2002. Washington, DC. Disponível
occupational exposures to antineoplastic and other em: http://www.cmecorner.com/macmcm/ons/
hazardous drugs in health-care settings. NIOSH Alert. ons2002_11.htm. Acesso em: 1 ago. 2011.
2004 Sep;165:ii-viii,1-50. Disponível em: http://www.cdc. Roberts S, Khammo N, McDonnel G, Sewell GJ. Studies on the
gov/niosh/docs/2004-165/pdfs/2004-165.pdf. Acesso decontamination of surfaces exposed to cytotoxic drugs
em: 1 ago. 2011. in chemotherapy workstations. J Oncol Pharm Pract.
Ferreira AO. Manipulação de fármacos “potentes e perigosos” 2006 Jun;12(2):95-104.
[apostila on-line]. São Paulo: Associação Nacional Section 9. Non sterile preparations. J Oncol Pharm Pract.
de Farmacêuticos Magistrais, 2006. Disponível em: 2007;13:43.
http://sinamm.no-ip.info/webdesk/Apostilas/Mod_V_ The Society of Hospital Pharmacists of Australia. SHPA
Manipulacao%20Farmacos%20Potentes%20Perigosos_ standards of practice for the safe handling of cytotoxic
apostila.pdf. Acesso em: 1 ago. 2011. drugs in pharmacy departments. J Pharm Pract Res. 2005
Goodin S, Griffith N, Chen B, Chuk K, Daouphars M, Doreau C, Mar;35(1):44-52.
et al. Safe handling of oral chemotherapeutic agents in United States Department of Labor. Controlling occupational
clinical practice: recommendations from an International exposure to hazardous drugs. In: ___. osha technical
Pharmacy Panel. J Oncol Pract. 2001 Jan;7(1):7-12. manual. Washington, DC., 1999. Sec. VI: chapt. 2 Disponível
Green E, Johnston M, Trudeau M, Schwartz L, Poirier em: http://www.osha.gov/dts/osta/otm/otm_vi/otm_
S, MacCartney G, et al. Safe handling of parenteral vi_2.html. Acesso em: 1 ago. 2011.
41
42
Certificação standard
Teste Instrumento
Medição da contagem de partículas em suspensão para classificação Contador de partículas com vazão de, no mínimo, 1.0 CFM
do ambiente
Medição e ajuste da velocidade do fluxo de ar Termoanemômetro de fio quente
Medição e ajuste da vazão do fluxo de ar Balômetro
Medição do diferencial de pressão entre salas Micromanômetro
Medição do índice de saturação dos pré-filtros e filtros absolutos (HEPA) Manômetro
Medição da umidade relativa do ar e da temperatura ambiente Termo-higrômetro
Certificação premium
Todos os testes realizados na certificação standard e, adicionalmente, os testes a seguir.
Teste Instrumento
Integridade dos filtros HEPA Fotômetro e gerador de PAO
Recuperação do ambiente Contador de partículas com vazão mínima de 1.0 CFM e um gerador
de fumaça
Fumaça Ampola de fumaça ou gerador de fumaça
Luminosidade Luxímetro
Ruído Decibelímetro
Certificação standard
Teste Instrumento
Contagem de partículas em suspensão Contador de partículas com vazão de, no mínimo, 1.0 CFM
Medição e ajuste da velocidade do fluxo de ar downflow: verifica a Termoanemômetro de fio quente
velocidade de insuflamento de ar após o filtro HEPA para a área de
trabalho. O valor da velocidade média de referência é definido pelo
fabricante da CSB. A norma NSF 49 determina apenas a variação e o
desvio-padrão aceitáveis
Medição e ajuste da vazão do fluxo de ar downflow Termoanemômetro de fio quente
Cálculo e ajuste da velocidade do fluxo de ar inflow: verifica a
velocidade de entrada de ar pela abertura frontal. Para as CSBs classe
II tipo B2, a velocidade inflow deve ser de, no mínimo, 0,50 m/s.
Índice de saturação dos filtros HEPA Manômetro
Tensão e amperagem do motor elétrico Alicate amperímetro
Umidades relativa do ar e da temperatura ambiente Termo-higrômetro
43
Teste Instrumento
Integridade dos filtros HEPA Fotômetro e gerador de PAO
Verifica a integridade do equipamento e do filtro HEPA. É o único teste
que realmente desafia o equipamento e garante sua estanqueidade.
Fumaça Ampola de fumaça
Verifica o “caminho” do ar dentro da área de trabalho e da área externa
ao equipamento. Esse ensaio é utilizado para visualizar que todo o ar
insuflado para a área de trabalho é recirculado/exaurido sem nenhuma
fuga para o ambiente e também para garantir que o ar externo não
entre na área de trabalho, mostrando que todo o ar admitido na cabine
passa por baixo da mesa de trabalho e é recirculado/exaurido.
Ruído Decibelímetro
Vazamento do equipamento Ar comprimido e manômetro
44
45
46
de citotóxicos, publicou o Guia para o pre- no 50. Para produtos manipulados, utiliza-
paro seguro de agentes antineoplásicos, a dos em período que ultrapasse 48 horas, do
primeira recomendação nacional que tra- início da preparação até o término de sua
duziu com precisão as publicações interna- administração, de maneira a reduzir o risco
cionais e que culminou com a publicação de contaminação inerente ao procedimen-
da resolução RDC Anvisa no 220, de 21 de to, além das disposições contidas na RDC no
setembro de 2004, que aprova o Regula- 220, deve-se atender às exigências da Reso-
mento Técnico de Funcionamento dos Ser- lução RDC no 67, de 8 de outubro de 2007.
viços de Terapia Antineoplásica. As farmácias de manipulação de produtos
A RDC no 220 estabelece como ponto estéreis, que manipulam antineoplásicos,
fundamental a criação da Equipe Multipro- também devem seguir a RDC no 67.
fissional em Terapia Antineoplásica (EMTA), Conforme a RDC no 67, os serviços de-
em que se destaca a atuação do profissional vem obedecer aos critérios de construção e
farmacêutico, que deve possuir registro no manutenção de ambientes controlados, em
Conselho Regional de Farmácia (CRF) e ser conformidade com aqueles internacional-
responsável técnico pelas atividades da far- mente aceitos de risco de contaminação de
mácia. Preferencialmente, esse profissional produtos estéreis. A sala destinada à mani-
deve ser exclusivo do Serviço de Oncologia. pulação de preparações estéreis deve ser in-
Embora, em 2001, o Conselho Federal de dependente e exclusiva, dotada de filtros de
Enfermagem (Cofen) tenha publicado a RDC ar para reter partículas e micro-organismos,
no 257, facultando ao enfermeiro o preparo garantindo os níveis recomendados _ classe
de fármacos quimioterápicos antineoplási- ISO 5 _ ou sob fluxo laminar, classe ISO 5, em
cos, em dezembro de 2013 tal resolução foi área classe ISO 7 e possuir pressão positiva
considerada ilegal perante a 7a Turma do em relação às salas adjacentes. Porém, para
Tribunal Regional Federal da 1a Região, re- manipular/fracionar preparações estéreis
forçando a assertiva de que a manipulação contendo citostáticos, a pressurização da
de medicamentos é uma atribuição privati- sala de manipulação deve ser negativa em
va do farmacêutico. relação ao ambiente adjacente.
A EMTA deve criar mecanismos para de- Com o objetivo de minimizar a produção
senvolver farmacovigilância, tecnovigilân- de resíduos nos serviços de saúde e propor-
cia e biossegurança em todas as etapas da cionar um encaminhamento seguro, em 7
terapia antineoplásica (TA), definir os pro- de dezembro de 2004 foi aprovado o Regu-
tocolos de prescrição e acompanhamento lamento Técnico para o Gerenciamento de
da TA, capacitar os profissionais envolvidos, Resíduos de Serviços de Saúde, a Resolução
promovendo programas de educação per- RDC no 306, que estabelece procedimentos
manente. A infraestrutura física deve aten- operacionais, conforme os riscos envolvi-
der aos requisitos contidos na RDC/Anvisa dos, para a segregação, acondicionamento,
47
48
Bibliografia
American Society of Hospital Pharmacists. ASHP technical Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância
assistance bulletin on handling cytotoxic and hazardous Sanitária (Anvisa). Resolução RDC no 67, de outubro
drugs. Am J Hosp Pharm. 1990;47:1033-49. de 2007. Dispõe sobre boas práticas de manipulação de
Arrington DM, McDiarmid MA. Comprehensive program for preparações magistrais e oficinais para uso humano em
handling hazardous drugs. Am J Hosp Pharm. 1993;50:1170. farmácias.
Brasil. Centro de Vigilância Nacional (CVS). Portaria CVS Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria no 485, de
21/2008. norma técnica sobre gerenciamento de 11/11/2005. Aprova a norma regulamentadora no 32 –
resíduos perigosos de medicamentos em serviços de Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de
saúde. Diário Oficial do Estado de São Paulo, 11/09/2008. saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 16/11/2005.
Brasil. Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF no 288, Drug Distribution and Control: preparation and handling.
de 21 de março de 1996: Dispõe sobre a competência Guidelines. ASHP – Guidelines on handling hazardous
legal para o exercício da manipulação de drogas drugs. Am J Health Syst Pharm. 2006;63:1172-93.
antineoplásicas pelo farmacêutico. McDiarmid MA, Gurley HT, Arrington D. Pharmaceuticals
Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia. Guia as hospital hazards: managing the risks. J Occup Med.
para o preparo seguro de agentes citotóxicos, 2003. 1991;33(2):155-8.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância National Institute for Occupational Safety and Health. NIOSH
Sanitária (Anvisa). Resolução RDC no 50, de 21/02/2002. alert: preventing occupational exposure to antineoplastic
Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, and other hazardous drugs in health care settings. 2004.
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos In: http://www.cdc.gov/niosh/docs/2004-165/.
de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial NIOSH List of Antineoplastic and Other Hazardous Drugs in
da União, Brasília, 20/03/2002. Healthcare Settings 2010. In http://www.cdc.gov/niosh/
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância docs/2010-167/pdfs/2010-167.pdf.
Sanitária (Anvisa). Resolução RDC no 220 de 21/09/2004. Occupational Safety and Health Administration. OSHA
Aprova o regulamento técnico de funcionamento dos technical manual, TED 1–0.15A, Section VI, Chapter 2,
Serviços de Terapia Antineoplásica. Diário Oficial da January 20, 1999. In: http://www.osha.gov/dts/osta/otm/
União, Brasília, 23/09/2004. otm_vi/otm_vi_2.html#2.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância US Department of Labor, Occupational Safety and Health
Sanitária (Anvisa). Resolução RDC no 306 de Administration. Work practice guidelines for personnel
07/12/2004. Dispõe sobre o regulamento técnico para o dealing with cytotoxic (antineoplastic) drugs. OSHA
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Diário Publication 8–1.1. Washington, D.C.: Occupational Safety
Oficial da União, Brasília, 10/12/2004. and Health Administration, 1986.
49
50
envolver as concepções dos seus sujeitos, química ou física, que sejam considerados
respeitadas as suas especificidades biopsi- nocivos à saúde humana.
cossociais, sob a ótica da integralidade das Controle da qualidade em terapia
ações de saúde. antineoplásica: conjunto de operações
Barreira (contracontaminação): blo- (programação, coordenação e execução)
queio físico que deve existir nos locais de com o objetivo de verificar a conformida-
acesso à área onde seja exigida assepsia de dos processos e produtos da terapia
e somente se permita a entrada de pes- antineoplásica.
soas com indumentária apropriada (pa- Controle em processo: verificações rea-
ramentação). lizadas durante a manipulação de forma a
Boas práticas de manipulação: con- assegurar que o produto esteja em confor-
junto de medidas que visam assegurar que midade com suas especificações.
os produtos manipulados são consistente- Data de validade: data impressa no re-
mente controlados, com padrões de quali- cipiente ou no rótulo do produto, informan-
dade apropriados ao uso pretendido e re- do o tempo durante o qual se espera que
querido na prescrição. este mantenha as especificações estabele-
Cabine de segurança biológica (CSB): cidas, desde que estocado nas condições
equipamento de proteção coletiva, com recomendadas.
insuflamento e exaustão completa de ar Depósito de material de limpeza: sala
para proteção do produto, das pessoas e destinada à guarda de aparelhos, utensílios
do ambiente. e material de limpeza, dotado de tanque de
Calibração: conjunto de operações que lavagem.
estabelecem, sob condições especificadas, Descontaminação: é um processo que
a relação entre os valores indicados por um consiste na remoção dos contaminantes
instrumento de medição, sistema ou valo- (químicos ou biológicos) ou na alteração de
res apresentados por um material de me- sua natureza, tornando a substância segura
dida, comparados àqueles obtidos com um para o manuseio.
padrão de referência correspondente. Desinfecção: é um processo de des-
Contaminação cruzada: é a transferên- truição de microorganismos patogênicos,
cia da contaminação de uma área ou de um na forma vegetativa, presente em superfí-
produto para áreas ou produtos anterior- cies inertes, mediante aplicação de agen-
mente não contaminados, podendo essa tes físicos e químicos.
contaminação ocorrer de forma indireta, Desvio de qualidade: não atendimento
por meio de superfícies de contato, mãos, dos parâmetros de qualidade estabelecidos
utensílios, equipamentos e outras fontes. para um produto ou processo.
Contaminação: presença de substâncias Dispensação: ato de fornecimento ao
ou agentes estranhos, de origem biológica, consumidor de drogas, medicamentos, in-
51
52
53
54
55
56
Realização: