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Brasileira de Toxicologia
ISSN: 2359-4721
Volume 1 / Supl. 2 / 2016
Editor-Chefe
Editores
Editores Associados
Bruno Carlos M. Danielle João Lauro Mauricio
Megarbane Palmeira Palma Viana Yonamine
de Oliveira de Camargo
Universidade de Universidade de Universidade de Universidade Universidade de
Paris Coimbra São Paulo Estadual Paulista São Paulo
Paris, França Coimbra, Portugal Ribeirão Preto, Botucatu, Brasil São Paulo, Brasil
Brasil
Conselho Editorial
Mauricio Yonamine
Vice-Presidente
Conselho Consultivo
Membros Eleitos com mandato até 2017 Membros Eleitos com mandato até 2019
Conselho Fiscal
Membros Titulares Membros Suplentes
Todos os resumos publicados neste livro foram reproduzidos a partir de textos fornecidos pelos
seus autores. Os conteúdos apresentados são de exclusiva responsabilidade dos mesmos.
Coordenação
Comitê Cientifico
Comitê Executivo
Comitê Cientifico
ART.01............................................................................................................... ............................................... 04
INTOXICAÇÃO POR DERIVADOS IMIDAZOLÍNICOS EM PEDIATRIA
Mota CR, Abreu NC, Mota PR, Carvalho MS, Macedo MEG
ART.02............................................................................................................................. ................................. 05
AVALIAÇÃO DAS FORMAS DE CONTAMINAÇÃO E CONSEQUÊNCIAS DA PLUMBEMIA
INFANTIL
Andrade Junior DD, Silva AR, Damianse LA, Oliveira LRG, Garcia PG
ART.03.............................................................................................................................................................. 06
SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA: UMA BREVE REVISÃO SOBRE O TRATAMENTO
Leão JCA, Meirelles IO, Rodrigues AD
ART.04............................................................................................................................. ................................. 07
UTILIZAÇÃO RACIONAL DE SOROS ANTIVENENOS
Queiroz DPS, Santos CC, Gomes FT, Moraes ACL, Guerra LR
ART.05............................................................................................................................. ................................. 08
ESSA NÃO DÁ PRA ENGOLIR: A DISFAGIA POR USO DE MEDICAMENTOS
Souza BLF, Paiva PF, Damasceno MF, Soares DG, Macedo MEG
ART.06............................................................................................................................. ................................. 09
O SILÊNCIOSO PERIGO: OTOTOXICIDADE PELA FUROSEMIDA
Paiva FP, Damasceno MF, Garcia LN, Coelho MCF, Macedo MEG
ART.07............................................................................................................................. ................................. 10
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO AGUDA POR ECSTASY
Meirelles IO, Leão JCA, Assis EACP
ART.08............................................................................................................................. ................................. 11
EFEITOS DELETÉRIOS DO USO INDISCRIMINADO DE CLONAZEPAM
Alvarenga JMM, Rezende KP, Possal MLV, Castro NCT, Cunha RMC
ART.09............................................................................................................................. ................................. 12
ACIDOSE LÁCTICA EM PACIENTES DIABÉTICOS TRATADOS COM METFORMINA
Cerqueira IJRA, Bruno BC, Oliveira VL, Campos LV
ART.10.......................................................................................................................... .................................... 13
RELAÇÃO ENTRE A INTOXICAÇÃO POR AFLATOXINA B1 E O CARCINOMA
HEPATOCELULAR
Barroso MCRDB, Barroso CRDB, Moura IBN, Fonseca WLMS
ART.11............................................................................................................................. ................................. 14
AS FACETAS DA TOXÍNA BOTULÍNICA: MELHORIA DA NEURALGIA DO TRIGÊMEO
Damianse LA, Gonzalez LG, Silva AR, Silva LR, Damianse WL
ART.12............................................................................................................................. ................................. 15
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL PROLONGADA DE BENZENO E SUA ASSOCIAÇÃO COM O
DESENVOLVIMENTO DE LEUCEMIA
Sousa JDPP, Brito RVC, Innocencio VTC, Hamid ZH, Innocêncio MFC
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Índice
ART.13............................................................................................................................. ................................. 16
INTOXICAÇÃO POR CARAMBOLA (AVERRHOA CARAMBOLA) EM PACIENTES COM
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
Carvalho GS, Azevedo RAS, Medeiros RL, Bassoli T, Campos LV
ART.14............................................................................................................................. ................................. 17
INTOXICAÇÃO AGUDA POR DAPSONA E METEMOGLOBINEMIA EM CRIANÇAS
Dâmaso JGB, Azevedo RAS, Azevedo CES
ART.15............................................................................................................................. ................................. 18
ASPECTOS CLÍNICOS E PATOLÓGICOS DA HEPATOTOXICIDADE INDUZIDA PELA
TERAPIA ANTI-TUBERCULOSE
Castelano GB, Tôrres PAC, Lafetá PNQ, Tavares RL, Campos LV
ART.16................................................................................................................. ............................................. 19
O USO E ABUSO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO EM CRIANÇAS
Santos LG, Campos IM, Gomes PB
ART.17..................................................................................................................... ......................................... 20
INTOXICAÇÃO POR SUPLEMENTO DE FERRO EM CRIANÇAS E A IMPORTÂNCIA DA
INSTRUÇÃO DOS PAIS
Giannini MC, Pereira CP, Costa GPQ, Araújo AS, Giannini CRC
ART.18.............................................................................................................................................................. 21
SÍNDROME SEROTONINÉRGICA POR INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ENTRE
ANTIDEPRESSIVOS
Santos LR, Cardoso MLS, Kassis MO, Azevedo NL, Campos LV
ART.19............................................................................................................................. ................................. 22
CARDIOTOXICIDADE MEDIADA PELO USO DO TRASTUZUMAB NO TRATAMENTO DO
CÂNCER DE MAMA HER2-POSITIVO
Barroso CRD, Barroso MCRD, Pessoa MS, Pires PAP, Campos LV
ART.20............................................................................................................................. ................................. 23
INTOXICAÇÃO POR PARACETAMOL
Esperança SD, Gerheim V, Neto JCL, Costa DJBS, Campos, LV
ART.21............................................................................................................................. ................................. 24
TOXICOVIGILÂNCIA NA ATUAÇÃO CLÍNICA
La-Cortê SMC, Teixeira LG, Rocha PFNS, Oliveira AA
ART.22............................................................................................................................. ................................. 25
DOPING GENÉTICO POR ERITROPOETINA EM ESPORTES DE ALTA PERFORMANCE E
SUAS LIMITAÇÕES
Marques AOCV, Schiavon BSR, Takeuchi MC, Freitas PC, Ramos PS
ART.23............................................................................................................................. ................................. 26
EUPHORBIA TIRUCALLI L. (AVELÓZ): SEUS BENEFÍCIOS SUPERAM OS SEUS RISCOS?
Falconi AP, Aleixo TB, Calmon JR, Machado RRP, Fagundes LL
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Índice
ART.24............................................................................................................................. ................................. 27
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: UMA ESTRATÉGIA APTA A REDUZIR OS RISCOS
DO USO INDISCRIMINADO DE PSICOFÁRMACOS
Lange LP, Rotella LMN, Vieira GB, Pereira JVC, Reder G
ART.25............................................................................................................................. ................................. 28
USO EXCESSIVO DE ESTEROIDES ORAIS MODIFICADOS ASSOCIADOS A SUPLEMENTOS
NUTRICIONAIS
Mendonça PRH, Marques Filho FV, Cecato VC, Marques FV
ART.26............................................................................................................................. ................................. 29
INTOXICAÇÃO AGUDA POR MONÓXIDO DE CARBONO E SUA RELAÇÃO COM
DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS
Falconi AP, Rocha ACBP, Abreu AFT, Costa TM, Abreu APT
ART.27............................................................................................................................. ................................. 30
INJÚRIA RENAL AGUDA INDUZIDA POR ACIDENTE CROTÁLICO: RELATO DE CASO
Pazeli LJ, Miron LC, Cabral TV, Pazeli JMJ
ART.28............................................................................................................................. ................................. 31
OS EFEITOS DA CAFEÍNA EM ASSOCIAÇÃO COM O ÁLCOOL SOB A PERCEPÇÃO DA
INTOXICAÇÃO
Souza BIA, Salles VN, Hamid ZH, Oliveira FMS
ART.29............................................................................................................................. ................................. 32
INTOXICAÇÃO CRÔNICA POR MANGANÊS EM PACIENTES COM CIRROSE HEPÁTICA
Vasquez LZ, Vasquez KMZ, Vieira LP
ART.30..................................................................................................................... ......................................... 33
CONDUTA TERAPÊUTICA GERAL NA INTOXICAÇÃO POR SODA CÁUSTICA
Carvalho AM, Dâmaso JGB, Barroso MCRD, Pessoa MS, Machado H
ART.31.............................................................................................................................................................. 34
DROGAS PREVALENTES NA PRÁTICA DE AUTOEXTERMÍNIO
Garios IS, Pereira JVC, Pereira MAC, Miranda TCM, Silva, VC
ART.32............................................................................................................................. ................................. 35
O USO INDISCRIMINADO DE METILFENIDATO E SEUS RISCOS
La-Cortê SMCS, Teixeira LG, Rosa PBV, Pires PAP
ART.33............................................................................................................................. ................................. 36
USO DE OPIÓIDES - DEPENDÊNCIA E TRATAMENTO
Leão JCA, Azevedo RAS, Schiaveto PC, Vilela RF, Machado H
ART.34............................................................................................................................. ................................. 37
O POTENCIAL TÓXICO DA VITAMINA D E SEUS DESAFIOS NA ATUALIDADE
Oliveira AP, Ireno MSM, Silva TJM, Gomes MIB
ART.35............................................................................................................................. ................................. 38
O PERIGO DA COMBINAÇÃO BENZODIAZEPÍNICOS E ETANOL
Magalhães Souza FA, Passos LMS, Carvalho AM, Matias Neto CC
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ART.01
INTOXICAÇÃO POR DERIVADOS IMIDAZOLÍNICOS EM PEDIATRIA
Mota CR1, Abreu NC1, Mota PR2, Carvalho MS3, Macedo MEG4
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Viçosa - UFV
3
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Minas – Faminas
4
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
Referências Bibliográficas:
Alcântara DA, Vieira LJES, Albuquerque VLM. Intoxicação medicamentosa em criança. RBPS
2003, 16(1/2): 10-16.
Balbani APS, Duarte JG, Montovani JC. Análise retrospectiva da toxicidade de gotas otológicas,
medicamentos tópicos nasais e orofaríngeos registrada na grande São Paulo. Rev Assoc Med Bras 2004,
50(4): 433-8.
Bucaretchi F, Dragosavac S, Vieira RJ. Exposição aguda a derivados imidazolínicos em crianças. Jornal de
Pediatria 2003, 79(6): 519-24
Bazzino F, Cioppo FD, Pascale A, Dall´Orso P. Intoxicación por imidazólicos en pediatria: Experiencia del
Centro de Información y Asesoramie to Toxicológico en niños y adolescentes. Arch Pe diatr Urug 2014,
85(2): 95-101.
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ART.02
AVALIAÇÃO DAS FORMAS DE CONTAMINAÇÃO E CONSEQUÊNCIAS DA
PLUMBEMIA INFANTIL
Andrade Junior DD1, Silva AR1, Damianse LA1, Oliveira LRG1, Garcia PG2
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
Introdução: A contaminação por chumbo, chamada plumbemia, acontece porque este metal,
estranho ao organismo, não é eliminado espontaneamente, acumulando-se nos ossos, sangue e
principalmente no sistema nervoso. As crianças são mais vulneráveis à sua exposição, já que
possuem processos cinéticos e de metabolismos diferenciados, principalmente em razão da maior
absorção do chumbo pelo trato gastrointestinal. Objetivo: Avaliar as possíveis vias de exposição
do chumbo ao organismo infantil, bem como os agravos à saúde proporcionados pelo seu excesso.
Métodos: Foi realizada uma pesquisa da Literatura na base indexadora de dados Scielo, na qual
foram utilizados os descritores “Contaminação infantil por chumbo”, Plumbemia e suas
respectivas variações de acordo com o Decs. Resultado: As formas fisiológicas de contaminação
infantil pelo metal são preferencialmente pela inalação (ar poluído), contato com a pele e ingestão
(água, alimentos e solo contaminados), principalmente através da prática de levar as mãos à boca.
Instalada a plumbemia, são comuns quadros como anemia, deficiência renal e dores abdominais. O
sistema nervoso é o mais atingido, com consequência diretas e a longo prazo como encafalopatias,
cefaleia, amnésia, baixo rendimento escolar e Q.I. diminuído. Conclusão: Devido aos potenciais
malefícios ao longo da vida, bem como as dificuldades no tratamento para remoção do chumbo do
organismo não resta dúvidas de que a medida mais importante é a prevenção. Dessa forma, as
principais fontes de contaminação devem ser incluídas em anamnese clínica em nível primário de
atendimento, como medida de vigilância desse risco, bem como na consulta pré-natal e orientações
no período puerpério.
Referências Bibliográficas:
Capellini VLMF, Rodrigues OMPR, Melchiori LB, Valle TGM. Crianças Contaminadas por Chumbo: estudo
comparativo sobre desempenho escolar. Estudos em Avaliação Educacional 2008, 19(39): 155-80.
Carvalho FM, Silvany Neto AM, Tavares TM, Costa ACA, Chaves CER, Nascimento LD. Chumbo no
sangue de crianças e passivo ambiental de uma fundição de chumbo no Brasil. Pan Am J Public Health 2003,
13(1): 19-24.
Funayama CAR. Efeitos do chumbo sobre o cérebro em desenvolvimento. Medicina (Ribeirão Preto)
2009,42(3): 287-90.
Mattos RCOC, Carvalho MAR, Mainenti HRD, Xavier Junior EC, Sarcinelli PN, et al. Avaliação dos fatores
de risco relacionados à exposição ao chumbo em crianças e adolescentes do Rio de Janeiro. Ciênc. saúde
coletiva 2009, 14(6): 2039-48.
Moreira FR, Moreira JC. A cinética do chumbo no organismo humano e sua importância para a saúde. Ciênc.
saúde coletiva 2004, 9(1): 167-81.
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ART. 03
SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA: UMA BREVE REVISÃO SOBRE O
TRATAMENTO
Referências Bibliográficas:
Guerra DSL. Sindrome neuroleptica maligna – impregnação maligna?. Joral Mineiro de psiquiatria 2002
[cited 2016 Aug 7],19:[6 screens]. Available from: URL:
http://www.jmpsiquiatria.com.br/edicao_19/artigos_edicao_19/02_sindrome.htm
Moscovich M, Nóvak FTM , Fernandes AF , Bruch T , Tomelin T , Nóvak EM, et al.. Neuroleptic malignant
syndrome. Arq Neuropsiquiatr 2011,69(5):751-755.
Souza RAP, Silva MAF, Coelho DM, Galvão MLS, Souza NAC , Picão AP. Síndrome neuroléptica maligna.
Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2012 set-out,10(5):440-5.
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ART.04
UTILIZAÇÃO RACIONAL DE SOROS ANTIVENENOS
Queiroz DPS1, Santos CC1, Gomes FT1, Moraes ACL1, Guerra LR1.
1
Centro de Controle de Intoxicações (CCIn) – Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói/RJ
Introdução: Os acidentes por animais peçonhentos são um problema de saúde pública no Brasil
devido à sua prevalência e gravidade, além do atual cenário de escassez e adequação da produção.
Os antivenenos, utilizados de forma adequada, são a maneira mais eficaz de tratamento. Conhecer
a prática atual de utilização dos antivenenos e os novos protocolos é fundamental para
implementar o uso racional de soro antiveneno. Objetivo: Descrever o perfil de utilização de
soroterapia antiveneno nos casos de acidentes com animais peçonhentos notificados ao Centro de
Controle de Intoxicações (CCIn), de Niterói/RJ, de janeiro de 2011 a junho de 2016 e comparar
com protocolos oficiais. Métodos: Estudo retrospectivo do banco de dados do CCIn relativos aos
acidentes por animais peçonhentos, no período de 2011 a junho de 2016, com enfoque na
avaliação da conformidade do uso de soroterapia aos protocolos oficiais. Resultados: Houve um
total de 377 acidentes envolvendo animais peçonhentos (confirmados e suspeitos). Destes, em 140
(37,14%) foram utilizados antivenenos, dos quais em 25 (17,85%) foram administrados
antivenenos divergente do estabelecido nos protocolos oficiais vigentes: em 4 casos o soro foi
utilizado sem indicação, em 17 casos, foram utilizadas mais ampolas do que o número indicado, e
em 4 casos, utilizou-se número de ampolas inferior ao indicado. Conclusão: Os dados
demonstram a significativa prevalência destes acidentes e evidenciaram que em cerca de 18% dos
casos a quantidade de ampolas utilizadas foi divergente do recomendado nos protocolos oficiais,
demonstrando a necessidade de incrementar o uso racional.
Referências Bibliográficas:
Ministério da Saúde. Fundação Nacional da Saúde. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por
animais peçonhentos. 2ª ed. – Brasília, 2001.
Ministério da Saúde [Homepage na Internet]. Acidentes por animais peçonhentos – utilização racional de
antivenenos [acesso em 08 ago 2016]. Disponível em: http://www.portalsaude.saude.gov.br/
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ART.05
ESSA NÃO DÁ PRA ENGOLIR: A DISFAGIA POR USO DE MEDICAMENTOS
Souza BLF1, Paiva PF1, Damasceno MF1, Soares DG1, Macedo MEG2
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
Introdução: A disfagia é uma queixa frequente e de múltiplas origens, dentre elas pelo uso de
medicamentos. Todavia subvalorizada, cerca de 20% das disfagias são iatrogênicas, logo,
evitáveis. Distintos fármacos são potenciais causadores de lesão esofágica, evidenciando então a
importância de valorizar a sintomatologia e obter um diagnóstico precoce. Objetivo: O presente
estudo almeja analisar a relação do uso de medicamentos com a ocorrência de disfagia. Métodos:
Revisão crítica da literatura via bases de dados indexadas PubMed e SciElo, por meio da frase:
“deglutition disorder” OR “swallowing disorder” OR "dysphagia" OR “esophageal dysphagia”
AND “drug-induced”. Resultados: Evidências apontam a úlcera esofágica, perfurações, estenoses
e esofagite como causas do sintoma investigado, sendo essas provenientes do uso de
medicamentos. Mais de 70 tipos de fármacos são descritos como indutores de desordens
esofágicas, destacando-se os antibióticos, anti-inflamatórios não-esteroidais, anti-psicóticos e
biofosfonados. Concomitantemente, fatores de risco como redução do fluxo salivar, formulação
dos medicamentos, alterações anatômicas e forma de ingesta contribuem com a exacerbação da
afecção. A dor retroesternal súbita, disfagia e odinofagia favorecem à hipótese, uma vez que o
diagnóstico é essencialmente clínico. A prevenção do distúrbio envolve medidas simples e
resolutivas, tais como a ingesta d’água simultânea à tomada do medicamento e a administração em
ortostatismo. Conclusão: A literatura evidencia que o dano esofágico constitui um diagnóstico
desafiador, uma vez que a inespecificidade da disfagia leva a múltiplas suspeitas. Faz-se
necessário, portanto, não só o conhecimento acerca do assunto, mas o enaltecer do relato do
paciente, garantindo assim o sucesso terapêutico.
Referências Bibliográficas:
O’Neill JL, Remington TL. Drug-Induced Esophageal Injuries and Dysphagia. The Annals of
Pharmacotherapy 2003, 37: 1675-84
Geagea A, Cellier C. Scope of drug-induced, infectious and allergic esophageal injury. Current Opinion in
Gastroenterology 2008, 24:496–501
Zezos P, Harel Z, Saibil F. Cloxacillin: A New Cause of Pill-Induced Esophagitis. Canadian Journal of
Gastroenterology and Hepatology 2016, 1-2.
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ART.06
O SILÊNCIOSO PERIGO: OTOTOXICIDADE PELA FUROSEMIDA
Paiva FP1, Damasceno MF1, Garcia LN1, Coelho MCF1, Macedo MEG2
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
Referências Bibliográficas:
Martínez-Rodríguez R1, García Lorenzo J, Bellido Peti J, Palou Redorta J, Gómez Ruiz JJ, Villavicencio
Mavrich H. Loop diuretics and ototoxicity. Actas Urol Esp 2007, 31(10):1189-92.
Skeith L, Yamashita C, Mehta S, Farguhar D, Kim RB. Sildenafil and furosemide associated ototoxicity:
consideration of drug-drug interactions, synergy, and broader clinical relevance. J Popul Ther Clin Pharmacol
2013,20(2): 128-31.
A|R|T Página 9
ART.07
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO AGUDA POR
ECSTASY
Referências Bibliográficas:
Ramcharan S, Meenhorst PL, Otten JM, Koks CH, de Boer D, Maes RA et al. Survival after massive ecstasy
overdose. J Toxicol Clin Toxicol 1998, 36(7): 727-31.
Xavier CAC, Lobo PLD, Fonteles MMF, Vasconcelos SMM, Vianna GSB, Sousa FCF. Êxtase (MDMA):
efeitos farmacológicos e tóxicos, mecanismo de ação e abordagem clínica. Rev Psiq Clín 2008, 35(3): 96-
103.
Liechti ME. “Ecstasy” (MDMA): pharmacology, toxicology and treatment of acute intoxication. Dtsch Med
Wochenschr 2003, 128(24): 1361-6.
Burgess C, O'Donohoe A, Gill M. Agony and ecstasy: a review of MDMA effects and toxicity. Eur
Psychiatry 2000, 15(5): 287-94.
A|R|T Página 10
ART.08
EFEITOS DELETÉRIOS DO USO INDISCRIMINADO DE CLONAZEPAM
Alvarenga JMM1, Rezende KP¹, Possal MLV¹, Castro NCT¹, Cunha RMC²
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
Referências Bibliográficas:
Bernik MA, Asbahr FR, Soares MBM, Soares CN. Perfil de uso e abuso de benzodiazeṕnicos em pacientes
psiquiátricos e não psiquiátricos. J Bras Psiq 1991, 40(4): 191-8.
Laranjeira R, Castro LA. Potencial de abuso de benzodiazeṕnicos. In: Bernik MA editor. Benzodiazeṕnicos,
quatro d́cadas de experîncia. São Paulo (SP): Edusp, 1999, 187- 98.
King MB. Long-term benzodiazepine users: a mixed bag. Addiction. 1994, 89: 1367-70.
WHO. Review Group: use and abuse of benzodiazepines. Bull World Health Org 1983, 61: 551-62.
Firmino KF, Abreu MHNG, Pereni E, Magalhães SMS. Factors associated with benzodiazepine prescription
by local health services in Coronel Fabriciano, Minas Gerias State, Brazil. Cad Saúde Pública 2011, 27(6):
1223-32.
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ART.09
ACIDOSE LÁCTICA EM PACIENTES DIABÉTICOS TRATADOS COM
METFORMINA
Referências bibliográficas:
DeFronzo R, Flenning GA, Chen K, et al. Metformin-associated lactic acidosis: Current perspectives on
causes and risk. Metabolism clinical and experimental 2016, 65:20-29.
Guelho D, Paiva I, Carrilho F, et al. Metformina e hiperlactacidemia no serviço de urgência. Acta Med Port
2014, 27(2):196-203.
Rodrigues Neto EM, Marques LARV, Ferreira MAD, et al. Metformina: uma revisão da literatura. Revista
Saúde e Pesquisa 2015, 8(2):355-362.
Van Berlo-van de Laar IRF, Vermeij CG, Doorenbos CJ. Metformin associated lactic acidosis: incidence and
clinical correlation with metformin serum concentration measurements. Journal of Clinical Pharmacy and
Therapeutics 2011, 36:376–382.
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ART.10
RELAÇÃO ENTRE A INTOXICAÇÃO POR AFLATOXINA B1 E O CARCINOMA
HEPATOCELULAR
Referências Bibliográficas:
Ding C, Yu H, Qin H, et al. Tp53 codon 72 polymorphism with hepatocellular carcinoma: a meta-analysis. J
Int Med Res 2012, 40: 446-54.
Pineau P, Marchio A, Battiston C, et al. Chromosome instability in human hepatocellular carcinoma depends
on p53 status and aflatoxin exposure. Mutat Res Genet Toxicol Environ Mutagen 2008, 653: 6-13.
Rieswijk L, Claessen SM, Bekers O, et al. Aflatoxin B1 induces persistent epigenomic effects in primary
human hepatocytes associated with hepatocellular carcinoma. J Toxicol 2016, 350: 31-9.
Saad-Hussein A, Taha MM, Beshir S, et al. Carcinogenic effects of aflatoxin B1 among wheat handlers. Int J
Occup Environ Med 2012, 20: 215-19.
Yao JG, Huang XY, Long XD. Interaction of DNA repair gene polymorphisms and aflatoxin B1 in the risk of
hepatocellular carcinoma. Int J Clin Exp Pathol 2014, 7: 6231-44.
Zhang YJ, Rossner P, Chen Y, et al. Aflatoxin B1 and polycyclic aromatic hydrocarbon adducts, p53
mutations and p16 methylation in liver tissue and plasma of hepatocellular carcinoma patients. Int J Cancer
2006, 119: 985-91.
ART.11
AS FACETAS DA TOXÍNA BOTULÍNICA: MELHORIA DA NEURALGIA DO
TRIGÊMEO
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Damianse LA¹, Gonzalez LG¹, Silva AR¹, Silva LR¹, Damianse WL²
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Médico do Hospital Regional João Penido (HRJP)
Introdução: A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida pela bactéria que Clostridium
botulinum. Embora esta seja uma substância altamente tóxica que afeta o sistema nervoso
causando paralisia e morte, a toxina botulínica também é usada pela Neurologia para tratar
doenças como a Doença de Fothergill, mais conhecida como neuralgia do trigêmeo. Métodos:
Revisão de literatura na base de dados MedLine, com a frase de pesquisa ("Botulinum Toxin" OR
"Clostridium botulinum Toxins") AND ( Trigeminal Neuropathic Pain OR Trigeminal Neuralgia
OR " Doença de Fothergill ") com suas respectivas variações de acordo com o MeSh. Resultados:
Foram encontrados 61 artigos, 5 foram usados na confecção desse trabalho. A toxina botulínica
pode ter um bom efeito analgésico, mediados pela inibição da liberação de glutamato e redução na
produção da substância P (glutamato péptido amplificador) que intervém na percepção da dor.
Além disso, toxina botulínica tipo A (BTX-A) previne a ligação da acetilcolina nos terminais pré-
sinápticos neuromusculares, causando o relaxamento da musculatura facial, provando ser eficaz
para melhora da dor na neuralgia do trigêmeo. Conclusão: A toxina botulínica aparece como uma
ótima opção, minimamente invasiva, segura, bem tolerada e realizada em consultório, que tem
demonstrado redução da dor na neuralgia do trigêmeo em alguns casos.
Referências Bibliográficas:
Herrero Babiloni A, Kapos FP, Nixdorf DR. Intraoral administration of botulinum toxin for trigeminal
neuropathic pain. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol 2016, 121:148-53.
Lunde HM, Torkildsen, Bø L, Bertelsen AK. Botulinum Toxin as Monotherapy in Symptomatic Trigeminal
Neuralgia. Headache 2016, 56:1035-9.
Mittal SO, Safarpour D, Jabbari B. Botulinum Toxin Treatment of Neuropathic Pain. Semin Neurol 2016,
36:73-83.
Morra ME, Elgebaly A, Elmaraezy A, Khalil AM, Altibi AM, Vu TL et al. Therapeutic efficacy and safety of
Botulinum Toxin A Therapy in Trigeminal Neuralgia: a systematic review and meta-analysis of randomized
controlled trials. J Headache Pain 2016, 17:63.
Yang KY, Kim MJ, Ju JS, Park SK, Lee CG, Kim ST et al. Antinociceptive Effects of Botulinum Toxin Type
A on Trigeminal Neuropathic Pain. J Dent Res 2016, Epub ahead of print.
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ART.12
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL PROLONGADA DE BENZENO E SUA ASSOCIAÇÃO
COM O DESENVOLVIMENTO DE LEUCEMIA
Sousa JDPP1, Brito RVC1, Innocencio VTC1, Hamid ZH1, Innocêncio MFC2
Referências Bibliográficas:
Glass DC, Gray CN, Jolley DJ, Gibbons C, Sim MR, Fritschi L et al. Leukemia Risk Associated With Low-
Level Benzene Exposure. Epidemiology 2003, 14: 569-77.
Khalade A, Jaakkola MS, Pukkala E, Jaakkola JJK,.Exposure to benzene at work and the risk of leukemia: a
systematic review and meta-analysis. Environmental Health 2010, 9: 1-8.
Rushton L, Romaniuk H. A case-control study to investigate the risk of leukaemia associated with exposure
to benzene in petroleum marketing and distribution workers in the United Kingdom. Occupational and
Environmental Medicine 1997, 54: 152-66.
A|R|T Página 15
ART.13
INTOXICAÇÃO POR CARAMBOLA (AVERRHOA CARAMBOLA) EM PACIENTES
COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
Carvalho GS1, Azevedo RAS1, Medeiros RL1, Bassoli T1, Campos LV2
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
Referências Bibliográficas:
Auxiliadora-Martins M, Teixeira GCA, Silva GS et al. Severe encelopathy after ingestion of star fruit juice in
a patient with chronic renal failure admitted to the intensive care unit. Heart Lung 2010, 39: 448-52.
Carolino ROG, Beleboni RO, Pizzo AB et al. Convulsant activity and neurochemical alterations induced by a
fraction obtained from fruit Averrhoa carambola (Oxalidaceae: Geraniales). Neurochem Int 2005, 46: 523-
31.
Chang CH, Yeh JH. Non-conclusive status and consciousness disturbance after star fruit (Averrhoa
carambola) ingestion in a dialysis patient. Nephrology 2004, 9: 362-5.
Garcia-Cairasco N, Moyses-Neto M, Del Vecchio F et al. Elucidating the Neurotoxicity of the Star Fruit.
Angew Chem Int Ed Engl 2013, 52: 1367-70.
Moreira FG, Iervolino RL, Dall’Orto SZ et al. Intoxicação por carambola em paciente com insuficiência renal
crônica: relato de caso. Rev Bras Ter Intensiva 2010, 22: 395-8.
A|R|T Página 16
ART.14
INTOXICAÇÃO AGUDA POR DAPSONA E METEMOGLOBINEMIA EM CRIANÇAS
Referências Bibliográficas:
Bucaretchi F, Miglioli L, Barracat ECE et al. Exposição aguda à dapsona e metemoglobinemia em crianças:
tratamento com doses múltiplas de carvão ativado associado ou não ao azul de metileno. J Pediatr 2000, 76:
290-4.
Carraza MZN, Carraza FR, Oga S. Parâmetros clínicos e laboratoriais na intoxicação aguda pela dapsona.
Rev Saude Publica 2000, 34: 396-401.
Iliev YT, Zagarov MY, Grudeva-Popova JG. Acute poisoning with dapsone and olanzepine: severe
methemoglobinemia and coma with a favourable outcome. Fol Med 2015, 57: 122-6.
Sunilkumar MN, Ajith TA, Parvathy VK. Acute dapsone poisoning in a 3-year-old child: Case report with
review of literature. World J Clin Cases 2015, 3: 911-4.
A|R|T Página 17
ART.15
ASPECTOS CLÍNICOS E PATOLÓGICOS DA HEPATOTOXICIDADE INDUZIDA
PELA TERAPIA ANTI-TUBERCULOSE
Castelano GB¹, Tôrres PAC1, Lafetá PNQ1, Tavares RL1, Campos LV2
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema.
Referências Bibliográficas:
Ichai P, Saliba F, Antoun F, et al. Acute liver failure due to antitubercular therapy: Strategy for antitubercular
treatment before and after liver transplantation. Liver transpl 2010, 16: 1136-46.
Mitchell I, Wendon J, Fitt S, Williams R. Anti-tuberculous therapy and acute liver failure. Lancet 1995, 345:
555-6.
Ramappa V, Aithal GP. Hepatotoxicity related to anti tuberculosis drugs: mechanisms and management. J
Clin Exp Hepatol 2010, 3: 37-49.
Saukkonen JJ, Cohn DL, Jasmer RM, et al. An official ATS statement: hepatotoxicity of antituberculosis
therapy. Am J Respir Crit Care Med 2006, 174: 935-52.
Sharma SK, Singla R, Sarda P, et al. Safety of 3 different reintroduction regimens of antituberculosis drugs
after development of antituberculosis treatment-induced hepatotoxicity. Clin Infect Dis 2010, 50: 833-9.
Tost JR, Vidal E, Caylà J, et al. Severe hepatotoxicity due to anti-tuberculosis drugs in Spain. Int J Tuberc
Dis 2005, 9: 534-40.
Yee D, Valiquette C, Pelletier N, Parisien I, Rocher I, Menzies D. Incidence of serious sight effects from
first-line antituberculosis drugs among pacient treated for activy tuberculosis. Am J Respir Crit Care Med
2003, 167: 1472-7.
A|R|T Página 18
ART.16
O USO E ABUSO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO EM CRIANÇAS
Referências Bibliográficas:
Jacob J, Lavonas EJ. Falsely normal anion gap in severe salicylate poisoning caused by laboratory
interference. Ann Emerg Med. 2011,58(3):280–1.
Malley GF. Emergency department management of the salicylate-poisoned patient. Emerg Med Clin North
Am. 2007,25(2):333–46.
Mund ME et al. Acetylsalicylic acid as a potential pediatric health hazard: legislative aspects concerning
accidental intoxications in the European Union. Journal of Occupational Medicine and Toxicology.
2016,11(3):32-7.
Vane JR, Botting RM. The mechanism of action of aspirin. Thromb Res. 2003,110(5-6):255–8.
A|R|T Página 19
ART.17
INTOXICAÇÃO POR SUPLEMENTO DE FERRO EM CRIANÇAS E A IMPORTÂNCIA
DA INSTRUÇÃO DOS PAIS
Giannini MC¹, Pereira CP¹, Costa GPQ¹, Araújo AS1, Giannini CRC²
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Médica Ginecologista e Obstetra formada na Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF
Introdução: Envenenamento por ferro é uma causa frequente de sintomas indesejáveis ou letais
em crianças. A ingestão desse suplemento é comum porque se encontra prontamente disponível,
por ser considerado “vitamina inofensiva” e por ter uma cor chamativa. Objetivo: Explicar a
fisiopatologia da intoxicação pediátrica por ferro, visando alertar os pais da prevenção e das
complicações desta. Métodos: Pesquisaram-se evidências científicas nas bases de dados
indexadoras MedLine e SciELO, nas quais foram utilizados os descritores intoxication, iron e suas
respectivas variações de acordo com o MeSH. Selecionaram-se estudos realizados em humanos de
2000 a 2016. Resultados: Avaliaram-se dois relatos de caso, ambos em criança do sexo feminino,
de 10-11 meses, tratadas com deferoxamina, apenas uma sobreviveu. Após 12 horas da
administração do medicamento, a primeira estava com nível sérico de 90ug/dL, já a segunda,
259umol/L. O ferro se liga às proteínas ferritina e transferrina, já que, quando livre, exerce ação
danosa em tecidos. Em sobredosagem, a capacidade de ligação das proteínas está sobrecarregada,
sendo doses acima de 40mg/kg tóxicas e acima de 100mg/kg, letais. As ações contemplam erosões
na mucosa gastrointestinal, vasodilatação, aumento da permeabilidade capilar, acidose metabólica
e morte celular em órgãos. Clinicamente, ocorrem vômitos, diarreia, dor abdominal e perda
significativa de sangue. Conclusão: O uso de suplemento de ferro é amplamente difundido em
nosso meio, considerando-se os riscos da intoxicação, principalmente em crianças, deve-se
prevenir por meio de orientação aos familiares, utilizar embalagens de medicamentos com trava de
segurança e estar atento aos sinais de intoxicação por esse medicamento.
Referências Bibliográficas:
Beber MG, Araújo LM, Oliveira CF, Troster EJ, Vaz FAC. Choque refratário após intoxicação por sulfato
ferroso. Rev Paul Pediatr 2007, 25: 385-8.
Sankar J, Shukla A, Khurana R, Dulbey N. Near fatal iron intoxication managed conservatively. BMJ 2013,
10: 1-3.
Sipahi T, Karakurt C, Bakirtas A, Tavil B. Acute iron ingestion. Indian J Pediatr 2002, 69: 947-9.
A|R|T Página 20
ART.18
SÍNDROME SEROTONINÉRGICA POR INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ENTRE
ANTIDEPRESSIVOS
Santos LR¹, Cardoso MLS¹, Kassis MO, Azevedo NL¹, Campos LV²
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
Referências Bibliográficas:
Moreno RA, Moreno DH, Soares MBM. Psicofarmacologia de antidepressivos. Rev Bras Psiquiatra 1999, 21:
24-40.
Tao R, Rudacille M, Zhang G et al. Changes in intensity of serotonin syndrome caused by adverse interaction
between monoamine oxidase inhibitors and serotonin reuptake blockers. Neuropsychopharmacology 2014,
39: 1996-2007.
The Journal of the American Medical Association. Health Agencies Update. Available from URL:
http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1104774. Accessed August 8th, 2016.
Volpi-Abadie J, Kaye AM, Kaye AD. Serotonin Syndrome. The Ochsner Journal 2013, 13: 533-40.
A|R|T Página 21
ART.19
CARDIOTOXICIDADE MEDIADA PELO USO DO TRASTUZUMAB NO
TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA HER2-POSITIVO
Barroso CRD¹, Barroso MCRD², Pessoa MS², Pires PAP², Campos LV³
1
Acadêmico de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda – UNIFOA
2
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – SUPREMA
3
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – SUPREMA
Referências Bibliográficas:
Bonifazi M, Franchi M, Rossi M, et al. Trastuzumab-related cardiotoxicity in early breast cancer: a cohort
study. The Oncologist 2013, 18: 795–801.
Chin-Yee NJ, Yan AT, Kumachev A, et al. Association of hospital and physician case volumes with cardiac
monitoring and cardiotoxicity during adjuvant trastuzumab treatment for breast cancer: a retrospective cohort
study. Can Med Assoc J 2016, 4: 66-72.
Matos E, Jug B, Blagus R, et al. A prospective cohort study on cardiotoxicity of adjuvant trastuzumab therapy
in breast cancer patients. Arq Bras Cardiol 2016, [Epub ahead of print].
Xue J, Jiang Z, Qi F, et al. Risk of trastuzumab-related cardiotoxicity in early breast cancer patients: a
prospective observational study. J Breast Cancer 2014, 17: 363-9.
Yu AF, Yadav NU, Lung BY, et al. Trastuzumab interruption and treatment-induced cardiotoxicity in early
HER2-positive breast cancer. Breast Cancer Res Treat 2015, 149: 489–95.
A|R|T Página 22
ART.20
INTOXICAÇÃO POR PARACETAMOL
Esperança SD1, Gerheim V2, Neto JCL1, Costa DJBS 1, Campos, LV3
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – SUPREMA
2
Acadêmico de Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora -UFJF
3
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – SUPREMA
Referências Bibliográficas:
Ascari RA, Ferraz R, Buss E, Rennau LR, Brum MLB, Estratégia saúde da famíliaS, Automedicação entre
usuários, Revista UNINGÁ Review, Vol.18,n.2,pp.42-47
Brok J, Buckley N e Gluud C. Interventions for paracetamol (acetaminophen) overdose. The Cochrane
Collaboration 2006
Ferner RE, Dear JW e Bateman DN. Management of paracetamol poisoning. British Medical Journal 2011,
342: d2218.
James B. Mowry PharmD, Daniel A. 2014 Annual Report of the American association of Poison Control
Center’ National Poison Data System (NPDS): 32nd annual report. Clinical Toxicology 2015, 53(10) 962-
1146.
Moussavi G, Shekoohiyan S ,Simultaneous nitrate reduction and acetaminophen oxidation using the
continuous-flow chemical-less VUV process as an integrated advanced oxidation and reduction process, J
Hazard Mater. 2016 Jul 1,318:329-338
Mund ME, Quarcoo D, Gyo C. Paracetamol as a toxic substance for children. Journal of Occupational
Medicine and Toxicology 2015, 10: 43-50.
Niedrig DF, Bucklar G, Fetzer M, Mächler S, Gött C, Russmann S. Paracetamol overdosing in a tertiary care
hospital: implementation and outcome analysis of a preventive alert programme, J Clin Pharm Ther. 2016 Jul
18.
Palipane N, Jiad E, Wolff JF, Paracetamol overdose , British Journal of Hospital Medicine, February 2015,
Vol 76, No 2
Thanacoody HKR, Gray A e Dear JW. Scottish and Newcastle Antiemetic Pre-treatment for paracetamol
poisoning study (SNAP). BMC Pharmacology & Toxicology 2013, 14: 20-32.
Kennon J. Heard, M.D. Acetylcysteine for Acetaminophen Poisoning. NEJM 2008, 359: 285-92.
A|R|T Página 23
ART.21
TOXICOVIGILÂNCIA NA ATUAÇÃO CLÍNICA
Referências Bibliográficas:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fiscalização e Monitoramento. [internet]. Brasília, 2016. [acesso
em 2016 ago 10]. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/fiscalizacao-e-monitoramento.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Renaciat [internet]. Brasília, 2016. [acesso em 2016 ago 10].
Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/rede-nacional-de-centros-de-informacao-e-assistencia-
toxicologica-renaciat.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 104, de 25 de Janeiro de 2011. Define as terminologias adotadas em
legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação
de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e
estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Diário
Oficial da República Federativa do Brasil. 2011 jan. 26, Seção1. p. 36-40.
Centro Antiveneno da Bahia. Toxicovigilância [internet]. Salvador, 2010. [acesso em 2016 ago 10].
Disponível em:
http://www.saude.ba.gov.br/ciave/index.php?option=com_content&view=article&id=350&Itemid=261.
A|R|T Página 24
ART.22
DOPING GENÉTICO POR ERITROPOETINA EM ESPORTES DE ALTA
PERFORMANCE E SUAS LIMITAÇÕES
Marques AOCV1, Schiavon BSR1, Takeuchi MC1, Freitas PC1, Ramos PS2
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
Introdução: O doping genético é definido pelo uso não terapêutico de genes, elementos genéticos
e/ou células que potencializem, de forma ilícita, a desempenho atlético, dentre os quais podemos
citar o hormônio do crescimento, os reguladores da mioestatina e o da eritropoetina (EPO).
Objetivo: descrever os efeitos da utilização de substâncias que aumentam a concentração sérica de
EPO. Métodos: Pesquisa nas bases indexadoras MedLine e SciELO utilizando as palavras-chave
(erythropoietin) AND ("doping in sport" OR "doping in sports" OR "blood doping" OR "blood
dopings" OR "sports blood doping" OR "sports blood dopings"). Foram encontrados 440 estudos
de revisão e selecionados cinco artigos publicados nos últimos dezesseis anos. Resultados: A
EPO, proteína glicosada produzida nos rins, tem sua liberação/síntese estimulada, principalmente,
pela hipóxia e atua na medula óssea promovendo a eritropoiese. O doping genético ocorre por
infusões de gene rHuEpo, proporcionando maior concentração plasmática de EPO. Logo, ocorre
um aumento do número hematócrito e da capacidade de oxigenação sanguínea. Entretanto, o
aumento de células eleva a viscosidade e, consequentemente, a resistência vascular periférica,
sobrecarregando o ventrículo esquerdo. Ademais, diminui o retorno venoso com possível aumento
do ventrículo direito. Conclusão: Foi observado, com base nos artigos científicos, que o uso
ilícito e indevido de substâncias que aumentam a concentração de EPO acarreta danos à saúde.
Portanto, deve ser utilizado apenas em condições clinicas especificas.
Referências Bibliográficas:
Cazzola M. A global strategy for prevention and detection of blood doping with erythropoietin and related
drugs. JH 2000, 85:561-3.
Elliott S. Erythropoiesis-stimulating agents and other methods to enhance oxygen transport. BJP 2008, 154,
529–41.
Joyner MJ. V O2MAX, blood doping, and erythropoietin. BJSM 2003, 37:190–1.
Kurtul A, Duran M, Uysal OK, et al. Acute coronary syndrome with intraventricular thrombusafter using
erythropoietin. AKD 2013, 13: 278-85.
Urtiaga G, Campos VF, Collares TF, et al. Associação entre proteínas do plasma seminal, motilidade e
viabilidade espermática em coelhos submetidos a doping genético. ABMVZ 2013, 65: 75-81.
A|R|T Página 25
ART.23
EUPHORBIA TIRUCALLI L. (AVELÓZ): SEUS BENEFÍCIOS SUPERAM OS SEUS
RISCOS?
Falconi AP¹, Aleixo TB¹, Calmon JR¹, Machado RRP 2, Fagundes LL2
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
Introdução: Plantas medicinais constituem uma das mais importantes fontes de substâncias ativas
com potencial terapêutico. A Euphorbia tirucalli L. (Avelóz) é uma planta amplamente utilizada
pela medicina popular para diversos fins, como laxante, analgésico, e até hepatoprotetor, mesmo
havendo relatos dos efeitos tóxicos decorrentes de seu uso. Objetivo: Verificar, por meio de uma
revisão sistemática, a viabilidade do uso do Avelóz pela medicina popular. Métodos: Foram
analisados estudos publicados entre 2005 e 2016, tendo como referência as bases de dados
Medline via Pubmed e SciELO. Critérios de exclusão: estudos considerando atividade
antimicrobiana e antiproliferativa do Avelóz. Variáveis utilizadas na seleção: Euphorbia tirucalli
L., Avelóz, medicina popular e toxicidade. Resultados: Oito artigos foram selecionados e a
análise dos mesmos mostrou de uma maneira geral, que os estudos que investigam a toxicidade
apresentam apenas os resultados, sem detalhar o mecanismo de ação dessa atividade. 62,5% dos
estudos (n=5) investigaram a toxicidade do látex do Avelóz, sendo descrita atividade tóxica apenas
em dois deles. 37,5% dos estudos selecionados (n=3) investigou a toxidez de extrato aquoso e
etanólico das partes aéreas da planta, que foi descrita para dois desses. Conclusão: A toxicidade
do avelóz precisa ainda ser melhor investigada, uma vez que o levantamento realizado revelou um
percentual geral de 50% entre os artigos que detectaram atividade tóxica e os que não. Tal dado
torna, portanto, inviável sugerir como seguro o seu uso pela população e por outro lado, também
não permite sua condenação.
Referências Bibliográficas:
Brasileiro BG, Pizziolo VR, Raslan DS, et al. Antimicrobial and cytotoxic activities screening of some
Brazilian medicinal plants used in Governador Valadares district. Rev. Bras. Cienc. Farm. 2006, 42(2): 195-
202.
Campos SC, Silva CG, Campana PRV, et al. Toxicidade de espécies vegetais. Rev. Bras. Pl. Med. 2015, 18:
373-82.
Fabri RL, Coimbra ES, Almeida AC, Siqueira EP, Alves TMA, Zani CL, Scio E. Essential oil of Mitracarpus
frigidus as a potent source of bioactive compounds. An Acad Bras Cienc 2012, 84: 1073-80.
Lima LGS, Paiva JP, Siqueira CM, et al. Avaliação do potencial genotóxico e mutagênico de soluções
diluídas e dinamizadas de Euphorbia tirucalli Lineu (Aveloz). Brazilian Homeopathic Journal 2009, 11: 1-2.
Machado MM, Oliveira LFS, Zuravshi L, et al. Evaluation of genotoxic and cytotoxic effects of
hydroalcoholic extract of Euphorbia tirucalli (Euphorbiaceae) in cell cultures of human leukocytes. An Acad
Bras Cienc 2016, 88: 17-28.
Ministério da Saúde. Programa nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. Available from: URL:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_plantas_medicinais_fitoterapicos.pdf.
Accessed August 08, 2016.
Neodini DNR, Gaspi FOG. Análise dos efeitos tóxicos da avelós (Euphorbia tirucalli L.). Revista Científica
da FHO|Uniararas 2015, 3: 1-7.
Oliveira AP, Nepomuceno JC. Avaliação dos efeitos genotóxicos e antigenotóxicos do Avelós (Euphorbia
tirucalli) em Drosophila melanogaster. Biosci. J 2004, 20(2): 179-86.
Silva ACP, Borges NB, Peters VM, et al. Toxicological screening of Euphorbia tirucalli L.: developmental
toxicity studies in rats. Journal of Ethnopharmacology 2007, 110(1): 154-9.
Waczuk EP. Avaliação toxicológica do extrato aquoso dos ramos de E. tirucalli L. in vitro. Uruguaiana/RS.
Dissertação [Mestrado em Bioquímica] – Universidade Federal do Pampa, 2014.
A|R|T Página 26
ART.24
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: UMA ESTRATÉGIA APTA A REDUZIR
OS RISCOS DO USO INDISCRIMINADO DE PSICOFÁRMACOS
Referências Bibliográficas:
Ferraza DA, Luzio CA, Rocha LC, Sanches RR. A banalização da prescrição de psicofármacos em um
ambulatório de saúde mental. Paidéia 2010,20(47):381-90.
Joukamaa M, Sohlman B, Lehtinen V. The prescription of psychotropic drugs in primary health care.
ActaPsychiatr Scand. 1995 Nov,92(5):359-64.
Mansur CG, Gouvêa FS, Borelli D, Castellana GB, Bernik V. Envenamentos por psicofármacos. RBM. 2008,
65(10): 320-325.
Rocha IA, Sá ANP, Braga LAV, Ferreira Filha MO, Dias MD. Terapia comunitária integrativa: situações de
sofrimento emocional e estratégias de enfrentamento apresentadas por usuários. Rev Gaúcha Enferm. 2013,
34(2):155-62.
A|R|T Página 27
ART.25
USO EXCESSIVO DE ESTEROIDES ORAIS MODIFICADOS ASSOCIADOS A
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
Introdução: Os Esteróides orais modificados (EOM) possuem estrutura química alterada para
escapar das leis de vigilância sanitária. Na última década, essas substâncias tornaram-se acessíveis
à população. Grande parte dos médicos não está familiarizada com as consequências do abuso
desses esteróides em suplementos alimentares. Objetivo: Analisar os principais efeitos adversos
relacionados aos EOM, relacionando-os com as drogas mais prevalentes. Métodos: Pesquisa na
base de dados MedLine, utilizando descritores "anabolic steroids", "androgenic-anabolic steroids"
e "designer setroids". Foram selecionados artigos publicados a partir de 2014, sendo excluídos
todos que não se referiam ao uso de esteróides em suplementos orais. Resultados: Boa parte dos
EOM não aprovados para venda é comercializada como suplementos alimentares, que não
possuem rotulação correta ou nominam substâncias de acordo com nomenclatura não tradicional.
A 17-α metilação permite a administração oral de esteróides, porém aumenta hepatotoxicidade. O
EOM mentabolan suprime as gonadotrofinas, aumenta o peso da próstata e das vesículas seminais.
Já o metilepitiostanol e a metilstenbolona inibem o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, podendo
causar hipogonadismo, sendo que esta última é também associdada à infertilidade. Complicações
gerais do uso de EOM são: hipertensão, hipogonadismo, infertilidade, policitemia e dislipidemias.
Já efeitos adversos permanentes são: hepatotoxicidade, cardiotoxicidade e infarto agudo do
miocárdio. Conclusão: Considerando que os efeitos adversos dos EOM podem ser debilitantes e
fatais e que estes encontram-se acessíveis, é necessário maior preparo do médico para lidar com
pacientes que utilizem tais substâncias. O profissional deve desaconselhar o uso de suplementos
que possa conter EOM.
Referências Bibliográficas:
Joseph JF, Parr MK. Synthetic Androgens as Designer Supplements. Current Neuropharmacology 2015, 13:
89-100.
Rahnema CD, Crosnoe LE, Kim ED. Designer steroids – over-the-counter supplements and their androgenic
component: review of an increasing problem. Andrology 2015, 3: 150-5.
A|R|T Página 28
ART.26
INTOXICAÇÃO AGUDA POR MONÓXIDO DE CARBONO E SUA RELAÇÃO COM
DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS
Falconi AP¹, Rocha ACBP¹, Abreu AFT¹, Costa TM¹, Abreu APT²
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema.
2
Médica do Hospital Pronto Socorro (Juiz de Fora – Minas Gerais).
Introdução: O Monóxido de Carbono (CO) é um gás asfixiante, incolor, inodoro, não irritante,
produzido pela combustão incompleta de hidrocarbonetos. Sua alta afinidade pela hemoglobina
(Hb) e rápida absorção pulmonar fazem com que, quando inalado, gere lesões graves, mesmo em
concentrações mínimas, sendo causa frequente de óbito. Cerca de 40% dos doentes que recuperam
a consciência adquirem sequelas neurológicas imediatas, destes, uma parcela pode desenvolver
sinais e sintomas neurológicos tardios. Objetivo: Relacionar a intoxicação aguda por inalação de
CO às sequelas neurológicas, abordando o mecanismo de ação do gás no organismo humano.
Métodos: Revisão sistemática da literatura utilizando artigos das bases de dados SciELO e
PubMed com os seguintes descritores “monóxido de carbono”, “intoxicação” e “sequelas”.
Resultados: Quando inalado, o CO se liga à Hb para formar carboxihemoglobina com afinidade
maior do que o oxigênio. Isso leva à diminuição da capacidade de transporte de oxigênio e da
liberação do mesmo aos tecidos gerando hipóxia tecidual. A isquemia ocorre com o
envenenamento por CO causando perda da consciência, acompanhada por hipotensão e isquemia
cerebral. Os sintomas iniciais, quando presentes, são cefaleia, tonturas, náuseas, fadiga e destreza
manual prejudicada. Após a resolução de sintomas agudos, pode haver intervalo de 2-40 dias antes
do desenvolvimento de sequelas neurológicas, com desmielinização difusa no cérebro, letargia,
alterações de comportamento, esquecimento e características parkinsonianas. Conclusão: A
intoxicação aguda por CO é nociva à saúde do indivíduo, logo, torna-se essencial o avanço no
tratamento da lesão inalatória com intuito de promover impactos significativos na evolução do
paciente.
Referências Bibliográficas:
Antônio ACP, Castro PS, Freire LO. Lesão por inalação de fumaça em ambientes fechados: uma atualização.
J Bras Pneumol 2013, X: 373-81.
Conceição I, Mendonça A, Alves M, Fernandes A, Coelho H. Intoxicação com monóxido de carbono. Acta
Med Port 1993, X: 331-3.
Souza R, Jardim C, Salge JM, Carvalho CRR. Lesão por inalação de fumaça. J Bras Pneumol 2004, X: 557-
65.
Knobel E. Condutas no paciente grave. 3rd ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
A|R|T Página 29
ART.27
INJÚRIA RENAL AGUDA INDUZIDA POR ACIDENTE CROTÁLICO: RELATO DE
CASO
Referências Bibliográficas:
Pinho FM, Vidal E, Burdmann EA. Atualização em insuficiência renal aguda. Insuficiência renal aguda após
acidente crotálico. J Bras Nefrol 2000,22:62-8.
Amaral CFS, Rezende NA, Silva AO et al. Insuficiência renal aguda secundária a acidentes ofídicos
botrópico e crotálico: Análise de 63 casos. Rev Inst Med Trop 1986, 28(4): 220-27.
Santos MFL, Farani MC, Rocha PN. Insuficiência renal aguda em acidentes ofídicos por Bothrops sp. e
Crotalus sp,: revisão e análise crítica da literatura. J Bras Nefrol 2009,31 (2): 132-138.
Pinho FM, Zanetta DM, Burdmann EA. Acute Renal Failure after Crotalus Durissus Snakebite: A Prospective
Survey on 100 Patients. Kidney Int 2005,67:659-67.
A|R|T Página 30
ART.28
OS EFEITOS DA CAFEÍNA EM ASSOCIAÇÃO COM O ÁLCOOL SOB A PERCEPÇÃO
DA INTOXICAÇÃO
Introdução: A ingestão associada de álcool e bebidas energéticas à base de cafeína tem sido relacionada
com redução de consciência a respeito de seus efeitos tóxicos. Objetivo: Avaliar, por meio de revisão
sistemática, o possível mascaramento dos efeitos subjetivos da intoxicação do álcool quando ingerido em
associação à cafeína. Método: Foram analisados, no período de 4 a 12 de agosto, estudos indexados no
MedLine, em inglês realizados em humanos adultos de ambos os sexos nos últimos 5 anos. A busca utilizou
combinações de palavras-chave (intoxication, subjective intoxication, alcohol, caffeine) com boleanos
AND e OR. Foram incluídos estudos que apresentavam ńvel de evid̂ncia “A”, e excluídos estudos com
objetivo divergente do proposto por esta revisão. Resultados: Entre os 10 artigos encontrados, 5 foram
utilizados neste estudo, com o total global de 142 indivíduos com idade média de 22,89 anos. A dose média
de álcool utilizada foi 0,59g/kg e a de energético variou, em 2 estudos, foi de 3,57mg/kg e em outros 3 o
padrão foi de 80 mg de cafeína. Houveram pequenas variações no que tange ao desempenho congnitivo dos
indivíduos, o que não se mostrou significativo e não foi observado mascaramento dos efeitos subjetivos de
intoxicação do álcool. Conclusão: Apesar de não haver um padrão nas doses de cafeína e álcool utilizadas,
as evidências científicas apontaram como consenso a ausência de diferenças significativas nos aspectos
subjetivos de intoxicação e comprometimento do desempenho cognitivo para o consumo de álcool e cafeína
isoladamente e em combinação.
Referências Bibliográficas:
Alford C, Hamilton-Morris J, Verster JC.The effects of energy drink in combination with alcohol on
performance and subjective awareness. Psychopharmacology (Berl). 2012 Aug,222(3):519-32.
Benson S, Scholey A. Effects of alcohol and energy drink on mood and subjective intoxication: a double-
blind, placebo-controlled, crossover study. Hum Psychopharmacol. 2014 Jul,29(4):360-9.
Marczinski CA, et al. Effects of energy drinks mixed with alcohol on information processing, motor
coordination and subjective reports of intoxication. Exp Clin Psychopharmacol 2012 Apr,20(2):129-38.
Peacock A, et al.The impact of alcohol and energy drink consumption on intoxication and risk-taking
behavior. Alcohol Clin Exp Res. 2013 Jul,37(7):1234-42
Ulbrich A, et al. Effects of alcohol mixed with energy drink and alcohol alone on subjective intoxication.
Amino Acids. 2013 Dec,45(6):1385-93.
A|R|T Página 31
ART.29
INTOXICAÇÃO CRÔNICA POR MANGANÊS EM PACIENTES COM CIRROSE
HEPÁTICA
Introdução: O manganês (Mn) é um nutriente essencial que pode ser encontrada no solo e em
muitos tipos de rochas, entre outras funções desempenha um papel na mineralização óssea, a
ingestão recomendada de Mn, varia conforme a idade, quanto maior a idade maior é o nível de Mn
aceito. Pacientes com doença hepática crônica podem apresentar um amplo espectro de
anormalidades neuropsiquiátricas, como a Encefalopatia Hepática (EH). A Barreira Hemato
Encefálica (BHE) é uma característica única e importante do cérebro, pois faz a proteção cerebral
de substâncias neurotóxicas. Após uma lesão do fígado algumas toxinas, como o manganês,
podem penetrar a BHE. Objetivo: Apresentar a piora da Encefalopatia Hepática pelo Manganismo
em pacientes portadores de cirrose hepática. Métodos: Realizou-se revisão bibliográfica nas bases
de dados científicos como: DataSUS, SciELO, BIREME, Medline/Pubmed, LILACS. Resultados:
O Manganês em altos níveis é uma substância neurotóxica que induz o estress oxidativo ao
atravessar a BHE e produz danos na neurotransmissão ao lesar os núcleos da base, esta lesão piora
o quadro da Encefalopatia Hepática e é caracterizado por sensação de fraqueza, letargia,
ansiedade, esquecimento, insônia, tremores, déficits na capacidade de realizar movimentos rápidos
da mão e perda da coordenação e equilíbrio. Conclusão: Os pacientes com cirrose hepática tem
um déficit da eliminação do excesso de manganês do organismo e a exposição a altos níveis de
Manganês contribui para mudanças da função e morfologia dos astrócitos o que piora os sinais
extrapiramidais da Encefalopatia Hepática.
Referências Bibliográficas:
Abdo AA. An evidence-based update on hepatic encephalopathy. The Saudi Journal of Gastroenterology
2006, 12(1) 8-15.
Aguirre ALM, Aguirre AAC, Pinedo UG, Gastélum FJG. Aspectos moleculares de la encefalopatía hepática.
Neurología 2010, 25(4):239-247.
Blei AT, Cordoba J, The Practice Parameters Committee of the American College of Gastroenterology.
Hepatic Encephalopathy. The American Journal Of Gastroenterology, 2001, 96 (7): 1968-1976.
Burkhard PR, Delavelle J, Pasquier Rdu, Spahr L. Chronic Parkinsonism Associated With Cirrhosis A
Distinct Subset of Acquired Hepatocerebral Degeneration. Arch Neurol 2003, 60:521-528.
Cowan DM, Zheng W, Zou Y, Shi X, Chen J, Rosenthal FS, Fan Q. Manganese exposure among smelting
workers: Relationship between blood manganese–iron ratio and early onset neurobehavioral alterations.
NeuroToxicology, 2009, 30:1214-1222.
Ferenci P, Lockwood A, Mullen K, Tarter R, Weissenborn K, Blei AT, the Members of the Working Party.
Hepatic Encephalopathy—Definition, Nomenclature, Diagnosis, and Quantification: Final Report of the
Working Party at the 11th World Congresses of Gastroenterology, Vienna, 1998. Hepatology. 2002, Vol. 35,
No. 3 716-721.
Gastro-Hep Communications. The Treatment of Patients With Hepatic Encephalopathy: Review of the Latest
Data from EASL 2010. Gastroenterology & Hepatology, 2010. 6, (7)
A|R|T Página 32
ART.30
CONDUTA TERAPÊUTICA GERAL NA INTOXICAÇÃO POR SODA CÁUSTICA
Introdução: Em virtude do seu fácil acesso, através dos domissanitários, os álcalis são as
substâncias mais frequentemente ingeridas – proposital ou acidentalmente – sendo a soda cáustica
(hidróxido de sódio) o principal agente. As manifestações clínicas mais comuns incluem vômitos e
hematêmese, bem como dor retrosternal e abdominal. Objetivo: Analisar a conduta terapêutica
geral nos casos de intoxicação por soda cáustica. Métodos: Revisão sistemática realizada no mês
de Julho de 2016 utilizando a base indexadora SciELO, com os seguintes descritores: soda
cáustica, ingestão e tratamento. Foram selecionados estudos dos tipos: ensaio clínico controlado e
randomizado e caso-controle, publicados entre 2000 e 2003, que incluíam indivíduos de ambos os
sexos, que sofreram intoxicação por soda cáustica devido à ingestão ocasional ou proposital.
Resultados: Foram selecionados 3 artigos, que avaliaram 274 pacientes, com idade entre 10 e 53
anos. Verificou-se que a conduta terapêutica geral envolve hidratação endovenosa vigorosa e
interrupção temporária da alimentação por via oral, bloqueadores de secreção gástrica e antiácidos
(assim que possível a deglutição) e cobertura antibiótica precoce e de largo espectro,
considerando-se a flora da orofaringe e esôfago, que pode ser associada a um corticosteroide, a fim
de reduzir as complicações decorrentes da imunossupressão. A utilização de lavagens gástricas,
eméticos ou agentes antagonistas está contra-indicada. Uma cirurgia de emergência pode ser
necessária se detectada perfuração esofágica ou gástrica. Conclusão: Diante da frequência de
casos, é necessário conhecer a conduta terapêutica, para que se possa conduzir o atendimento
adequado e melhorar o prognóstico destes pacientes.
Referências bibliográficas:
Camargo MA, Lopes LR, Grangeia TAG, Andreollo NA, Brandalise NA. O Uso de Corticosteróides Após a
Dilatação Esofágica em Pacientes Portadores de Estenose por Substâncias Corrosivas – Estudo Prospectivo,
Randomizado e Duplo Cego. Rev Assoc Med Bras 2003, 49(3): 286-92.
Corsi PR, Hoyos MBL, Rasslan S, Viana AT, Gagliardi D. Lesão Aguda Esôfago – Gástrica Causada por
Agente Químico. Rev Ass Med Brasil 2000, 46(2): 98-105.
Mamede RCM, Mello Filho FV. Ingestion of caustic substances and its complications. Sao Paulo Med J/Rev
Paul Med 2001, 119(1):10-5.
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ART.31
DROGAS PREVALENTES NA PRÁTICA DE AUTOEXTERMÍNIO
Garios IS1, Pereira JVC1, Pereira MAC1, Miranda TCM1, Silva, VC2
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – SUPREMA
2
Professor adjunto do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de
Fora - SUPREMA
Introdução: O suicídio é um fenômeno de importância global. Em 2012, foi responsável por 1,4%
de todas as mortes no mundo, classificando-se na 15ª causa de morte. Entre os fatores de risco,
está o fácil acesso aos meios, como os medicamentos, que representam a maioria das tentativas de
suicídio por intoxicações exógenas que, por sua vez, abrangem cerca de 70% dos casos notificados
no Brasil. Objetivo: Analisar, por meio de uma revisão sistemática, o uso de medicamentos com
finalidade de intoxicação na prática de suicídio. Métodos: Foi realizada uma pesquisa da literatura
nas bases indexadoras de dados MedLine e Scielo. A busca incluiu descritores (suicide, poisoning,
toxicity) e suas variações de acordo com o MeSH. Resultados: Dentre os medicamento utilizados,
foram encontrados analgésicos não opiáceos, antipiréticos, antirreumáticos, anticonvulsivantes
(antiepilépticos) sedativos e hipnóticos, antiparkinsonianos. Os que mais se destacaram foram os
tranquilizantes, antidepressivos e anticonvulsivos, totalizando mais de 50% dos casos, e anti-
inflamatórios não esteroidais. O princípio ativo mais comum de cada grupo, na mesma ordem,
foram o diazepam, amitriptilina e/ou suas associações, fenobarbital e dipirona. Conclusão:
Percebe-se a necessidade de identificação precoce, de gestão eficaz dos comportamentos suicidas,
além de cautela na prescrição de medicação potencialmente tóxica para esses pacientes. A
instituição de venda fracionada para certos fármacos, como a dipirona, seria sinérgica no controle
dessa prática.
Referências Bibliográficas:
Bernardes SS, Turini CA, Matsuo T. Perfil das tentativas de suicídio por sobredose intencional de
medicamentos atendidas por um Centro de Controle de Intoxicações do Paraná, Brasil. Cad Saude Publica
2010, 26:1366-72.
Damas FB, Zannin M, Serrano AI. Tentativas de suicídio com agentes tóxicos: análise estatística dos dados
do CIT/SC (1994 a 2006). Rev Bras Toxicol 2009, 22:21-6.
Santos AS, Legay LF, Lovisi GM. Substâncias tóxicas e tentativas e suicídios: considerações sobre acesso e
medidas restritivas. Cad Saude Colet 2013, 21:53-61.
Santos AS, Legay LF, Lovisi GM, Santos JFC, Lima LA. Suicídios e tentativas de suicídios por intoxicação
exógena no Rio de Janeiro: análise dos dados dos sistemas oficiais de informação em saúde, 2006-2008. Rev
Bras Epidemiol 2013, 16: 376-87.
Vidal CEL, Gomes CB, Mariano CA, Leite LMR, Silva LA, Lasmar SC. Perfil epidemiológico do suicídio na
microrregião de Barbacena, Minas Gerais, no período de 1997 a 2012. Cad Saude Colet 2014, 22:158-64.
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ART.32
O USO INDISCRIMINADO DE METILFENIDATO E SEUS RISCOS
Referências Bibliográficas:
Batistela S, Bueno OFA, Vaz LJ, Galduróz, JCF. Methylphenidate as a cognitive enhancer in healthy young
people. Dement Neuropsychol 2016,10:134-142.
Freese L, Signor L, Machado C, Ferigolo M, Barros HMT. Non-medical use of methylphenidate: a review.
Trends Psychiatry Psychother 2012,34:10-115.
Silveira RR, Lejderman B, Ferreira PEMS, Rocha GMP. Patterns of non-medical use of methylphenidate
among 5th and 6th year students in a medical school in southern Brazil. Trends Psychiatry Psychother
2014,36:101-106.
A|R|T Página 35
ART.33
USO DE OPIÓIDES - DEPENDÊNCIA E TRATAMENTO
Referências Bibliográficas:
Baltieri DA, Strain EC, Dias JC, et al. Diretrizes para o tratamento de pacientes com síndrome de
dependência de opióides no Brasil. Rev Bras Psiquiatr 2004, 26: 259-69.
Just J, Mücke M, Bleckwenn M. Dependence on prescription opioids. Dtsch Arztebl Int 2016, 113: 213-20.
Kraus M, Lintzeris N, Maier C et al. Recommendations for the prevention, detection, treatment and
management of prescription opioid analgesic dependence: outcomes from the opioid analgesic dependence
education nexus (OPEN) meeting. Int J Ment Health Addiction 2016, 14: 313–321.
Nascimento DCH, Sakata RK. Dependência de opioide em pacientes com dor crônica. Rev Dor 2011, 12:
160-5.
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ART.34
O POTENCIAL TÓXICO DA VITAMINA D E SEUS DESAFIOS NA ATUALIDADE
Introdução: Embora seja assim denominada, a vitamina D (vitD) é um pré-hormônio. Obter doses
suficientes a partir de fontes naturais pode ser difícil em decorrência da inadequada exposição solar,
conversão renal, ingestão ou absorção, portanto, alguns grupos de risco precisam de suplementação. Essa
tem sido realizada frequentemente, tendo em vista os seus benefícios, porém, a acessibilidade aos
produtos manipulados e sem receita médica determinam quadros de hipervitaminose e sua toxicidade.
Objetivo: Realizar uma revião da literatura apontando o perfil de suplementação da vitD e seus
pontenciais efeitos tóxicos. Métodos: Busca nos bancos de dados: Medline, Lilacs e Scielo, utilizando as
palavras-chave: intoxicação, vitamina D, efeitos adversos e suplementação, excluindo estudos não
disponíveis e evidências não humanas. Resultados: Estudos apontam grupos para os quais os
suplementos podem ser necessários como: lactentes, idosos, indivíduos com limitada exposição solar,
melanodérmicos, obesos, ou com déficit de absorção de gordura e usuários de protetor solar em excesso.
Autores recomendam que a dose de vitD varie de 800-4000 Ui/dia conforme idade e que o limite de
toxicidade, apesar de desconhecido, é seguro até 10.000 UI/dia. Evidências sugerem que a intoxicação
associe-se aos erros de formulação ou prescrição e que os sintomas decorrem da hipercalcemia incluindo
poliúria, polidipsia, anorexia, vômitos, inapetência, perda ponderal, fraqueza muscular, danos nos sistema
renal, nervoso e cardiovascular, exigindo tratamento emergencial. Conclusão: Apesar de rara, a
intoxicação por vitD apresenta sintomas graves. Além disso, há necessidade de monitorização da
suplementação de acordo com a demanda, portanto, mais estudos esclarecedores fazem-se necessários.
Referências Bibliográficas:
Feldman D, Pike JW, Adams JS. Vitamin D. 3rd ed. Elsevier, 2011.
Maeda SS, Borba VZC, Camargo MBR, Silva DMW, Borges JLC, Bandeira F,et al. Recomendações da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D.Arq Bras
Endocrinol Metab 2014,58(5):411-33.
Marins TA, GalvãoTFG, Korkes F, Malerbi DAC, Ganc AJ, Korn D, et al. Vitamin D intoxication:case report.Eintein
2004,12(2):242-4.
Vogiatzi MG, Dickman EJ, Deboer MD.Vitamin D supplementation and risk of toxicity in pediatrics: a review of
current literature. J Clinic Endocri Metab 2014,99(4):1132-41.
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ART.35
O PERIGO DA COMBINAÇÃO BENZODIAZEPÍNICOS E ETANOL
Magalhães Souza FA¹, Passos LMS¹, Carvalho AM¹, Matias Neto CC2
1
Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
2
Docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema
Introdução: O Brasil está no topo do ranking dos países que mais consomem benzodiazepínicos (BZD).
Estes apresentam importância na saúde pública pelos efeitos ansiolíticos, hipnóticos e anticonvulsivantes,
sendo utilizados com segurança. Todavia, seus efeitos são potencializados quando associados ao etanol, que é
amplamente consumido na sociedade. Objetivo: verificar, por meio de uma revisão sistemática, o efeito
deletério da combinação BZD e etanol referente à depressão do Sistema Nervoso Central (SNC). Método:
foram analisados estudos sobre a temática, em humanos de ambos os sexos, com idade de 18 a 76 anos,
publicados no MedLine e no SciELO, no período entre 1985 e 2015. A busca combinou palavras-chave
(Benzodiazepines, Ethanol, Anxiety, Respiratory depression, Toxicity) consultadas no MeSH e, no MedLine,
associadas aos boleanos AND e OR. O critério de inclusão foi estudos realizados em humanos, o de exclusão,
os realizados em crianças. Resultados: foram analisados 5 estudos relativos à temática, abrangendo 120
indivíduos. Pesquisas sugerem que o etanol atua sobre o receptor do ácido gama-aminobutírico (GABA),
apresentando semelhanças bioquímicas e clínicas com os BZD, que também utilizam o GABA como centro
de seu mecanismo de ação. Quando combinados, atuam sinergicamente deprimindo o SNC, provocando
depressão respiratória grave e eventualmente fatal. Evidências apontam que este mecanismo recebe atenção
médica, com frequente orientação acerca desta combinação. Conclusão: Verifica-se que a combinação
supracitada inibe o SNC com consequente depressão respiratória, podendo ocasionar óbito. Faz-se necessário,
portanto, que os médicos intensifiquem as orientações sobre esta associação, pelo fácil acesso e grande
consumo de bebidas alcoólicas na sociedade.
Referências Bibliográficas:
Adinoff B, Bone GH, Linnoila M. Acute ethanol poisoning and the ethanol withdrawal syndrome. Med
Toxicol Adverse Drug Exp 1988, 3(3):172-96.
Auchewski L, Andreatini R, Galduróz JCF, Lacerda RB. Avaliação da orientação médica sobre os efeitos
colaterais de benzodiazepínicos. Rev Bras Psiquiatr 2004, 26 (1): 24-31.
Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman.
12 th ed. Porto Alegre : AMGH EDITORA LTDA, 2012.
Goffinet S. Mechanism of action, indications and abuse of benzodiazepine anxiolytic drugs. Ann Med
Psychol (Paris) 1993,151(1):47-63.
Jedeikin R, Menutti D, Bruderman I, Hoffman S. Prolonged respiratory center depression after alcohol and
benzodiazepines. Chest 1985 ,87(2):262-4.
Oga S, Carmargo MMA, Batistuzzo JAO. Fundamentos de Toxicologia. 3 th ed. São Paulo: Atheneu Editora
São Paulo, 2008.
Rang HP, Dale MM, Ritter JM, Flower RJ, Henderson G. Rang & Dale Farmacologia. 7 th ed. São Paulo:
Elsevier, 2012.
Stein DJ. Etifoxine Versus Alprazolam for the Treatment of Adjustment Disorder with Anxiety: a
Randomized Controlled Trial. Adv Ther 2015,32(1):57-68.
Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Saúde Mental. Available from: URL:
http:/http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_34_saude_mental.pdf. Acessed
August 10,2016.
A|R|T Página 38