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Patologia Geral
Belo Horizonte
Janeiro de 2017
COPYRIGHT © 2017
GRUPO ĂNIMA EDUCAÇÃO
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Grupo Ănima Educação
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Edição
Grupo Ănima Educação
Diretor
Rogério Salles Loureiro
Gerentes de Operações
Denise Elisabeth Himpel
Gislene Garcia Nora de Oliveira
Coordenadora de Produção
Carolina Alcântara de Araújo Lopes
Parecerista
Izabela Ferreira Gontijo de Amorim
Ilustração e Capa
VG Consultoria
Equipe EaD
Isadora Janolio de Oliveira
Olá, eu sou a professora Isadora, sou formada em Ciências Biológicas Carga horária
pela Universidade Estadual de Maringá. Fiz especialização em 80h
Projetos e Planejamentos Ambientais e atualmente, faço Mestrado
em Biologia e em Ênfase em Biologia Molecular.
Referências .................................................................................................................... 247
UNIDADE
Adaptações, lesão celular
e morte celular
• Introdução à
patologia
• Respostas
ao estresse e
aos estímulos
nocivos
• Adaptações do
crescimento
• Etiopatogênese
geral da lesão
celular
Patologia Geral
Introdução à patologia
a patologia compreende a tradução latina dos termos logos (estudo)
e phatos (doenças). Essa ciência investiga as causas (etiologia) e
os mecanismos (patogenia) envolvidos na manifestação dos sinais
e dos sintomas apresentados por pacientes. A patologia busca
compreender as alterações morfológicas e funcionais das células,
dos tecidos e dos órgãos (KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013). O conceito
de patologia, entretanto, não engloba todos os aspectos das doenças,
pois o tratamento, dentre outros pontos, não faz parte do escopo
dessa disciplina (BRASILEIRO-FILHO, 2006). O estudo das alterações
e de suas origens, contudo, são essenciais para o entendimento das
manifestações clínicas e da evolução das doenças, sendo, então, a
patologia a base para a prática clínica (ANGELO, 2016). Essa ciência
investiga as
causas (etiologia)
FIGURA 1 - Patologia
e os mecanismos
(patogenia)
envolvidos na
manifestação
dos sinais e
dos sintomas
apresentados por
pacientes.
005
unidade 1
Patologia Geral
006
unidade 1
Patologia Geral
Dicas
História e doença
Hebraica
007
unidade 1
Patologia Geral
Respostas ao estresse e
aos estímulos nocivos
As células dos organismos, geralmente, se encontram em um
estágio estável, a homeostase, que é representado pela manutenção
de um equilíbrio entre o seu meio interno e externo, possibilitando
que órgãos e tecidos do corpo funcionem de forma harmônica,
garantindo a manutenção dos parâmetros fisiológicos (VANDER;
SHERMAN; LUCIANO, 2001). Quando a célula se depara com um
estresse ou estímulo nocivo, ela altera seus parâmetros para se
adaptar à nova situação.
008
unidade 1
Patologia Geral
“Introdução à Patologia”
Autor: Ana Paula Lula Costa
de duas formas: adaptando-se à nova situação ou, caso ela não seja capaz,
viabilidade.
Adaptações do
crescimento
Adaptação é uma resposta fisiológica reversível ao estresse,
alterando seu estado normal (homeostase) para outro estado
009
unidade 1
Patologia Geral
010
unidade 1
Patologia Geral
FIGURA 3 - Células normais, células com hiperplasia, células com hipertrofia e células com
hiperplasia e hipertrofia]
Estudo de caso
Influência de treinamento com variação de peso na hipertrofia muscular
011
unidade 1
Patologia Geral
60% -> 70% -> 75-80% -> 50-60%). Um teste estatístico válido apenas para
celular alcançou um platô e estabilizou, uma vez que não existia necessidade
adicionais surgem: seria possível com mais variação aumentar ainda mais
012
unidade 1
Patologia Geral
013
unidade 1
Patologia Geral
014
unidade 1
Patologia Geral
015
unidade 1
Patologia Geral
Não se sabe muito bem qual o limite para uma lesão reversível se
tornar irreversível, mas, quando a alteração atinge o núcleo e as
membranas celulares, ela se torna irreversível. Ou seja, se o agente
nocivo continuar agindo sobre a célula, ela pode evoluir para um
estágio de morte celular. Caso a célula ainda estiver no estágio
reversível e o estímulo nocivo for removido, as alterações morfológicas
e funcionais retornam ao seu estágio normal (homeostasia).
atingir os órgãos. Com referência aos tipos de lesão que ocorrem na célula,
estabilizadoras.
célula exposta.
016
unidade 1
Patologia Geral
Lesões reversíveis
Lesões reversíveis também chamadas de degenerações apresentam
funções reduzidas e podem acumular substâncias como: água
(degeneração hidrópica), lipídeos (degeneração gordurosa), proteínas
(degeneração hialinas); muco (degeneração mucóides) e carboidrato
(degeneração glicogênica) (MONTENEGRO; FRANCO, 2008).
017
unidade 1
Patologia Geral
018
unidade 1
Patologia Geral
São inúmeros fatores e agentes que podem levar a uma lesão celular,
como: privação de oxigênio, agentes químicos, agentes infecciosos,
reações imunológicas, fatores genéticos, desequilíbrio nutricional,
agentes físicos e envelhecimento. A gravidade dependerá da
natureza, da intensidade, do tempo de ação e das características
fisiológicas e nutricionais da célula que recebe o estímulo negativo
(KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013). A seguir, apresentamos os
principais tipos de agentes.
019
unidade 1
Patologia Geral
020
unidade 1
Patologia Geral
021
unidade 1
Patologia Geral
022
unidade 1
Patologia Geral
da duração da lesão.
célula.
citoplasma celular.
023
unidade 1
Patologia Geral
024
unidade 1
Patologia Geral
025
unidade 1
Patologia Geral
FIGURA 5 - Célula com cariólise, célula com picnose e célula com cariorrexe
026
unidade 1
Patologia Geral
027
unidade 1
Patologia Geral
028
unidade 1
Patologia Geral
Quando ocorre
A evolução da necrose dependerá do tipo de tecido e órgão. O tecido
cicatrização, o
pode se regenerar, cicatrizar, calcificar, encistar, ser eliminado ou tecido necrosado
evoluir para gangrena (BRASILEIRO-FILHO, 2006). é substituído por
tecido conjuntivo
cicatricial.
Se o tecido necrosado é capaz de se regenerar, os restos celulares
são reabsorvidos e os fatores de crescimento são liberados por
células parenquimatosas vizinhas. Quando ocorre cicatrização, o
tecido necrosado é substituído por tecido conjuntivo cicatricial. Nas
calcificações, o cálcio se liga ao tecido necrosado. No encistamento,
ocorre a proliferação de tecido conjuntivo em volta das células
mortas, formando uma cápsula. Quando têm agentes externos
agindo sobre o tecido necrosado, denomina-se gangrena. Podem ser
citadas a gangrena seca, que resulta do contato do tecido lesionado
com o ar, e a gangrena úmida ou pútrida, que resulta da ação de
microrganismos anaeróbios que liberam enzimas que irão liquefazer
os tecidos e produzir gás e bolhas (BRASILEIRO-FILHO, 2006).
029
unidade 1
Patologia Geral
Notícia
Cérebros enormes não funcionam
motivos pelos quais elas são eliminadas, acesse o link disponível em:
<http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3035/n/cerebros_
030
unidade 1
Patologia Geral
031
unidade 1
Patologia Geral
Notícia
As táticas da molécula assassina
como essa molécula pode ser útil na luta contra o câncer e contra doenças
www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/1478/n/as_taticas_da_molecula_
id/1478/n/as_taticas_da_molecula_assassina/Post_page/1151>. Acesso
Quando essas
em: 06 jan. 2017.
proteínas se
inserem na
membrana,
A mitocôndria tem papel importante na morte celular, pois formam-se canais
apresenta moléculas envolvidas na apoptose, como o citocromo que são utilizados
c e outras proteínas que neutralizam os inibidores da apoptose. O
pela citocromo c e
por outras proteínas
que determina se as caspases serão ativadas é a permeabilidade da para atingirem o
membrana mitocondrial que é controlada pelos 20 tipos de proteínas citoplasma.
da família Bcl-2. Quando ocorre uma lesão no DNA, ou a presença
de proteínas dobradas de forma anormal, ou, ainda, uma redução no
fator de crescimento da célula, grupo de sensores de proteínas BH3 é
ativado (pertence à família Bcl-2), que, por sua vez, ativa duas outras
famílias de proteínas que se intercalam na membrana plasmática: o
grupo de proteínas Bax e Bak. Quando essas proteínas se inserem na
membrana, formam-se canais que são utilizados pela citocromo c e
por outras proteínas para atingirem o citoplasma. Outra função dessas
proteínas (Bax e Bak) é a inibição das moléculas antiapoptóticas.
No citoplasma, o citocromo c tem como função ativar as caspases
que desencadeiam uma cascata de reações, culminando na
fragmentação nuclear (KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013).
032
unidade 1
Patologia Geral
033
unidade 1
Patologia Geral
“Morte celular”
Autor: Ana Paula Lula Costa
Alterações no interstício
Até agora, tratamos das alterações fisiológicas e morfológicas que
ocorrem em nível celular, que podem se agravar e atingir os órgãos
e os tecidos. A seguir, descreveremos algumas modificações
que ocorrem no interstício de células lesionadas (espaço entre as
células), como a calcificação e o processo de hialinização.
034
unidade 1
Patologia Geral
e aos estímulos nocivos: adaptando-se à nova situação ou, caso não seja
citoesqueleto.
035
unidade 1
Patologia Geral
uma inflação local, com isso células de leucócitos liberaram enzimas para
necrose, que gera reações inflamatórias e até uma possível morte tecidual.
“Resumo da unidade”
036
unidade 1
UNIDADE
Inflamação e reparo
• Conceitos
gerais
• Inflamações
agudas e crônicas
• Classificação
morfológica das
inflamações
• Tecido
conjuntivo,
reparo,
regeneração e
cicatrização
Patologia Geral
Conceitos gerais
Nesta unidade, vamos conhecer o papel das células e das moléculas
no processo inflamatório, como esse mecanismo elimina os
agentes nocivos e, por fim, como ocorre o reparo da lesão por meio
de cicatrização ou regeneração.
039
unidade 2
Patologia Geral
040
unidade 2
Patologia Geral
041
unidade 2
Patologia Geral
lesionado.
necrosado.
tecido lesionado.
no local lesionado.
Estudo de caso
Inflamação no dia a dia: mordida de cachorro
Carlos tem cinco anos e está brincando no quintal com o cachorro de seu
hora, o tio chega ao local e, ao inspecionar a ferida, percebe que está muito
042
unidade 2
Patologia Geral
043
unidade 2
Patologia Geral
Notícia
Exercícios no combate a inflamações
exercicios_no_combate_a_inflamacoes>.
noticia/v/ler/id/1033/n/exercicios_no_combate_a_inflamacoes>. Acesso
Inflamações agudas e
crônicas
de acordo com Montenegro & Franco (2008), os processos
inflamatórios apresentam três fases. A primeira é a fase alterativa,
caracterizada pelas alterações resultantes da agressão. A segunda
etapa é a fase exsudativa, na qual ocorre a saída de líquidos e células
dos vasos sanguíneos. Por fim, há a fase produtiva, caracterizada
pelo reparo tecidual.
044
unidade 2
Patologia Geral
Franco (2008).
045
unidade 2
Patologia Geral
Inflamação aguda
Diversos são os estímulos que podem provocar uma inflamação,
dentre eles: agente biológico (vírus, bactérias, toxinas de bactérias,
protozoários, dentre outros organismos patogênicos), tecido
necrosado, partículas estranhas (madeira, vidro e sujeiras), reações
de hipersensibilidade (reação excessiva, muita vezes, indesejáveis)
e traumas (corte e penetração). Embora exista uma diversidade
de agentes, os mecanismos de inflamação são similares (KUMAR;
ABBAS; ASTER, 2013; PEREZ, 2014).
046
unidade 2
Patologia Geral
047
unidade 2
Patologia Geral
048
unidade 2
Patologia Geral
FIGURA 9 - Etapas do recrutamento de leucócitos para a área com agentes nocivos (bactérias)
049
unidade 2
Patologia Geral
050
unidade 2
Patologia Geral
051
unidade 2
Patologia Geral
“Inflamação Aguda”
Autor: Ana Paula Lula Costa
Inflamação crônica
Consideramos
Consideramos inflamação crônica aquela que é duradoura e inflamação
prolongada, com duração de semanas ou meses, e resulta, em muito
crônica aquela
que é duradoura
dos casos, da progressão de uma inflamação aguda. Sendo que o e prolongada,
ponto de transição entre esses dois processos inflamatórios pode com duração de
se dar quando não é possível a remoção do agente nocivo. Nesse semanas ou meses,
e resulta, em muito
caso, os processos de inflamação crônica se ativam, ocorrendo de
dos casos, da
forma simultânea com destruição e reparação tecidual. progressão de uma
inflamação aguda.
Diferentemente da inflamação aguda, que apresenta alterações
vasculares e exsudato rico em fibrina e neutrófilos, a inflamação
crônica apresenta infiltrados de células mononucleadas, como
macrófagos, linfócitos e plasmócitos, e envolve, também, a
proliferação de fibroblastos, como consequência, o risco de
formação de cicatrizes e deformidades é maior. Além disso, a
destruição tecidual é fracamente induzida pelos produtos das células
inflamatórias e o reparo consiste na proliferação de novos vasos
sanguíneos e fibrose. Suas principais causas podem ser infecção
persistente de difícil resolução, doenças de hipersensibilidade e
exposição prolongada a agentes tóxicos (KUMAR; ABBAS; ASTER,
2013; GROSSMAN; PORTH, 2016).
052
unidade 2
Patologia Geral
053
unidade 2
Patologia Geral
054
unidade 2
Patologia Geral
Manifestações sistêmicas da
inflamação
Em algumas ocasiões, a resposta inflamatória pode resultar em
manifestações sistêmicas denominadas reações de fase aguda ou
síndrome da resposta sistêmica, que podem se agravar à medida
que mediadores inflamatórios vão sendo liberados na corrente
sanguínea, como citocinas TNF, IL-1 e IL-6. As manifestações
sistêmicas mais importantes de um processo inflamatório incluem
aumento de leucócitos no sangue e febre. Além disso, inflamações
agudas e crônicas localizadas podem se estender ao sistema
linfático e levar a uma reação nos linfonodos que drenam a área
afetada (KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013; GROSSMAN; PORTH, 2016)
055
unidade 2
Patologia Geral
alternativa correta:
tecido lesionado.
mínimos ao organismo.
febre.
056
unidade 2
Patologia Geral
Classificação
morfológica das
inflamações
Como relatado anteriormente, existem dois tipos básicos de
inflamações: as agudas e as crônicas. Do ponto de vista morfológico,
nas agudas, existe um predomínio do material acumulado no
interstício tecidual (exsudato), enquanto nas crônicas, há a
prevalência de produtos resultantes da inflamação.
057
unidade 2
Patologia Geral
Dicas
O que são abscessos?
058
unidade 2
Patologia Geral
inchaço.
2017 [Adaptada].
As lesões
causadas por
inflamação crônica
Úlcera: é quando ocorre a perda de tecido em uma superfície de pele apresentam células
ou mucosa, podendo atingir os tecidos de maneira profunda, ou seja, monucleadas,
destruição tecidual
além da epiderme, atingindo derme, ou além da mucosa, atingindo
e tentativas de
submucosa. As úlceras podem ser consequências de traumas ou cura por meio da
toxinas de bactérias. Nesses casos, o exsudato inflamatório se substituição do
tecido lesionado por
acumula no fundo da úlcera para remover o tecido necrosado.
tecido conjuntivo
059
unidade 2
Patologia Geral
Tecido conjuntivo,
reparo, regeneração e
cicatrização
O organismo humano tem a capacidade de substituir células
lesadas ou mortas e iniciar o processo de reparo aos tecidos após
ou durante a inflamação. O reparo, muitas vezes chamado de cura,
se refere à restauração morfológica e funcional do tecido após a
lesão. O reparo dos tecidos envolve, geralmente, dois processos
distintos: a regeneração e a substituição de células danificadas por
tecido conjuntivo (KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013).
060
unidade 2
Patologia Geral
061
unidade 2
Patologia Geral
Regeneração
062
unidade 2
Patologia Geral
Notícia
Células-tronco podem se transformar em neurônios
A categoria
Células-tronco atuam na regeneração de tecidos e órgãos lesionados. de células
Essas células podem ser usadas em terapias. De acordo com essa permanentes
inclui as células do
notícia, as células-tronco de embriões no cérebro do rato formaram
sistema nervoso,
células nervosas. Essa reportagem descreve o lugar onde essas células da musculatura
são encontradas e diz como isso pode ajudar no tratamento de doenças esquelética e do
neurodegenerativas. músculo cardíaco.
063
unidade 2
Patologia Geral
Cicatrização
064
unidade 2
Patologia Geral
065
unidade 2
Patologia Geral
regenerado.
“Reparo tecidual”
Autor: Ana Paula Lula Costa
Notícia
Cicatriz não desaparece da pele, mas pode ser amenizada com tratamentos
muitas vezes, vista como vilã para a estética. Então, para resolver isso, há
066
unidade 2
Patologia Geral
bemestar/noticia/2012/11/cicatriz-nao-desaparece-da-pele-mas-pode-ser-
Fonte: CICATRIZ não desaparece da pele, mas pode ser amenizada com
com/bemestar/noticia/2012/11/cicatriz-nao-desaparece-da-pele-mas-
[Adaptada].
lesionados.
na qual ocorre a saída de líquidos e células dos vasos sanguíneos. Por fim,
alguns dias, agindo logo após a agressão leve e controlada. Nesse processo
O processo inflamatório crônico, por sua vez, tem duração mais longa,
067
unidade 2
Patologia Geral
“Resumo da unidade”
068
unidade 2
UNIDADE
Distúrbios circulatórios
• Princípios da
circulação
• Distúrbios
circulatórios:
hiperemia/
congestão,
hemorragia,
choque,
trombose,
embolia,
isquemia, infarto
e edema
• Doenças
originadas
por distúrbios
no volume
sanguíneo
• Doenças
de natureza
obstrutiva
• Distúrbios na
dinâmica e na
distribuição de
líquidos
Patologia Geral
Princípios da circulação
Nesta unidade, serão abordados os distúrbios circulatórios. Antes de
apresentar um aprofundamento acerca dessas alterações, abordar-
se-ão noções gerais do sistema circulatório, como sua função e
seus constituintes.
071
unidade 3
Patologia Geral
A comunicação
entre o átrio e
o ventrículo do
mesmo lado
apresenta uma
valva, que impede o
refluxo sanguíneo,
dessa forma, o
sangue circula em
apenas uma direção
Dicas
Curiosidades sobre o coração
rupestres.
072
unidade 3
Patologia Geral
dia.
fecundação.
Sul.
[Adaptada].
073
unidade 3
Patologia Geral
074
unidade 3
Patologia Geral
075
unidade 3
Patologia Geral
ASTER, 2013).
Alguns minutos
FIGURA após a de
15 - Esquema adequada formação
um tampão do tampão
hemostático. e sanguíneas
Células reparo envolvidas com fibrina
da lesão do vaso sanguíneo, o processo de hemostasia é
continuamente reduzido, ao passo que o da fibrinólise se destaca,
076
unidade 3
Patologia Geral
Notícia
Hemofilia
077
unidade 3
Patologia Geral
hemofilia/o-que-e>.
Distúrbios circulatórios:
hiperemia/ congestão,
hemorragia, choque,
trombose, embolia,
isquemia, infarto e
edema
Para a manutenção da circulação sanguínea adequada, é necessário
que as características morfológicas, o controle do fluxo sanguíneo e
a composição do sangue estejam normais, segundo os princípios
da hemodinâmica, que regem a fisiologia circulatória. Dessa
forma, anormalidades anatomofisiológicas do sistema circulatório
são relacionadas a doenças originadas por distúrbios no volume
sanguíneo ou de natureza obstrutiva (MOHAN, 2010). Além disso,
“Exemplos de Distúrbios
Circulatórios”
Autor: Isadora Oliveira
078
unidade 3
Patologia Geral
079
unidade 3
Patologia Geral
Hemorragia
Tipo de
Característica
hemorragia
080
unidade 3
Patologia Geral
081
unidade 3
Patologia Geral
082
unidade 3
Patologia Geral
estudados.
[...]
sanguíneos. Por isso é que popularmente se diz que o AAS “afina” o sangue.
pré-operatório. Por que o AAS não deve ser utilizado por pacientes que
Fonte: CRUZ, E. P. Tomar aspirina a cada três dias reduz risco de infarto,
aponta pesquisa. 28 ago. 2016. EBC - Agência Brasil. Disponível em: <http://
agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-08/tomar-aspirina-cada-tres-
084
unidade 3
Patologia Geral
alternativa correta:
Willebrand.
085
unidade 3
Patologia Geral
Choque
O choque é caracterizado por uma falência circulatória, com
graves distúrbios da microcirculação e consequente hipoperfusão
(produto entre o fluxo capilar e a quantidade de nutrientes e oxigênio
oferecidos aos tecidos) generalizada dos tecidos (BRASILEIRO-
FILHO, 2006).
“Choques Anafiláticos”
Autor: Isadora Oliveira
086
unidade 3
Patologia Geral
087
unidade 3
Patologia Geral
Notícia
Veneno de cobras como princípio para medicamentos
088
unidade 3
Patologia Geral
<http://hypescience.com/veneno-de-cobra-salva-vidas>
<http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/03/analise-de-veneno-
de-cobra-revela-potencial-para-tratar-hipertensao.html>.
Doenças de natureza
obstrutiva
Trombose
O processo de trombose ocorre com a coagulação/solidificação do
sangue no interior dos vasos sanguíneos ou do coração, formando o
trombo (Figura 17). O trombo venoso é caracterizado pela presença
O processo de
de muitas hemácias e algumas plaquetas, retidas em uma rede de trombose ocorre
fibrina em áreas de estase sanguínea, enquanto o trombo arterial com a coagulação/
possui principalmente plaquetas e fibrina e se forma em áreas solidificação
do sangue no
interior dos vasos
sanguíneos ou do
coração, formando
o trombo
089
unidade 3
Patologia Geral
090
unidade 3
Acúmulos de
Patologia Geral
gordura, bolhas
de ar, no interior
Embolia do sistema
cardiovascular,
assim como a
A embolia caracteriza-se pela obstrução de um vaso por um fragmentação
corpo sólido, líquido ou gasoso (Figura 18). Acúmulos de gordura, de trombos, são
bolhas de ar, no interior do sistema cardiovascular, assim como chamados de
êmbolos.
a fragmentação de trombos, são chamados de êmbolos. Esses
elementos podem deslocar-se pelos vasos sanguíneos e se alojar
em vasos menores, bloqueando o fluxo de sangue (KUMAR; ABBAS;
ASTER, 2013).
091
unidade 3
Patologia Geral
092
unidade 3
Patologia Geral
093
unidade 3
Patologia Geral
Isquemia
A isquemia acontece toda vez que o fluxo sanguíneo não é capaz
de suprir as necessidades do tecido ou órgão, seja por alterações
circulatórias, como a redução da pressão arterial sistêmica e o
bloqueio do fluxo sanguíneo, seja por alterações sanguíneas que
resultem em uma condição de hiperviscosidade do sangue ou
mesmo em situações que resultem em um aumento da necessidade
de irrigação do próprio tecido ou órgão (BRASILEIRO-FILHO, 2006).
“Varizes”
Autor: Isadora Oliveira
094
unidade 3
Patologia Geral
Infarto
O infarto é uma lesão caracterizada pela necrose do tecido,
provocada por isquemia, ou seja, falta de irrigação sanguínea,
que, por sua vez, é causada pelo bloqueio do fluxo de sangue. São
mais frequentes os infartos cardíaco e cerebral (KUMAR; ABBAS;
ASTER, 2013). Em relação à apresentação morfológica, o infarto
pode ser classificado em vermelho e branco. O infarto vermelho é
caracterizado pela ocorrência de hemorragia na área necrosada.
Pode ser causado pela obstrução arterial: em órgãos com dupla
circulação ou com anastomoses; em casos de tromboembolia
seguida de fibrinólise e desobstrução do vaso ou nos quadros de
obstrução venosa, como nas compressões ou torções venosas
(BRASILEIRO-FILHO, 2006).
095
unidade 3
Patologia Geral
096
unidade 3
Patologia Geral
Distúrbios na dinâmica
e na distribuição de
líquidos
O edema é resultante do acúmulo de líquido no interstício ou em
cavidades do organismo. Existem os edemas inflamatórios, ricos
em proteínas, denominados exsudatos, e os não inflamatórios,
denominados transudatos. Em relação ao seu aspecto
macroscópico, o edema apresenta aumento do volume dos
tecidos, que facilmente cedem a uma pressão localizada, dando
origem a uma depressão que logo desaparece (sinal de cacifo). As
principais causas dos edemas são: comprometimento da parede
celular, redução da pressão oncótica do plasma, aumento da
pressão hidrostática do sangue e redução na drenagem linfática
(MONTENEGRO; FRANCO, 2008).
fluxo sanguíneo.
“Resumo da Unidade”
097
unidade 3
UNIDADE
Neoplasia
• Características
gerais das
neoplasias
benignas e
malignas
• Epidemiologia
do câncer
• Características
gerais e genéticas
do câncer
• Agentes
carcinogênicos
Patologia Geral
Características gerais
das neoplasias benignas
e malignas
Nesta unidade, serão abordadas as características gerais
das neoplasias benignas e malignas, suas classificações, a
epidemiologia do câncer, suas principais características genéticas e
seus agentes carcinogênicos.
100
unidade 4
Patologia Geral
Tumor benigno
101
unidade 4
Patologia Geral
Tumor maligno
102
unidade 4
Patologia Geral
FIGURA 20 - Células de neoplasia pouco ou sem diferenciação bem distintas das células normais
103
unidade 4
Patologia Geral
104
unidade 4
Patologia Geral
105
unidade 4
Patologia Geral
106
unidade 4
Patologia Geral
Epidemiologia do câncer
O câncer é um tipo de neoplasia de extrema importância e de ampla
incidência. No Brasil, são registrados cerca de 190 mil casos por
ano, sendo essa a segunda principal causa de mortes (LISBOA,
2015, on-line).
107
unidade 4
Patologia Geral
Notícia
Oncologistas alertam para o ‘efeito Jolie’ sobre o câncer de mama
optou pela retirada de parte das mamas. Essa opção drástica deve ser
mas, por outro lado, teve um efeito negativo, pois muitas mulheres
108
unidade 4
Patologia Geral
brasil/2014/10/17/ciencia/1413566089_268326.html?rel=mas>. Acesso
109
unidade 4
Patologia Geral
110
unidade 4
Patologia Geral
Características gerais e
genéticas do câncer
Base molecular do câncer
O câncer é caracterizado por alterações do perfil proliferativo e
infiltrativo das células e aquisição de um possível caráter metastático.
Essas alterações estão associadas com alterações genéticas (como
mutações) e/ou epigenéticas (modificações apenas na expressão
genética, sem alterar a base do DNA) que desencadeiam alterações
bioquímicas, resultando no comportamento desordenado de
divisão celular (HAMMER; McPHE, 2016). Uma vez que alterações
genéticas estão intimamente relacionadas com a causa do câncer,
aqui, serão apresentadas, de forma breve, as bases genéticas para
compreender a origem dos tumores. O câncer é
caracterizado
por alterações do
Alguns fatores genéticos, como a predisposição genética e perfil proliferativo
anormalidades cromossômicas, podem acarretar o câncer. Outro e infiltrativo das
fator associado ao câncer é o acúmulo de mutações genéticas
células e aquisição
de um possível
somáticas que pode ser induzido por agentes químicos e físicos. Além caráter metastático.
disso, qualquer alteração ou mutação nos quatro grupos de genes
– como os proto-oncogenes (promotores de crescimentos), genes
supressores de tumor (inibidores de crescimento), genes que regulam
a morte celular (apoptose) e genes envolvidos no reparo de DNA –
pode resultar em tumores malignos (KUMAR, ABBAS; ASTER, 2013).
111
unidade 4
Patologia Geral
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unidade 4
Patologia Geral
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Patologia Geral
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Patologia Geral
“Oncogenes”
Autor: Isadora Oliveira
alternativa correta:
celular.
115
unidade 4
Patologia Geral
116
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Patologia Geral
117
unidade 4
Patologia Geral
endotelial).
“Metástase”
Autor: Isadora Oliveira
118
unidade 4
Patologia Geral
119
unidade 4
Patologia Geral
tornarem imortais.
oxigenação.
120
unidade 4
Patologia Geral
Agentes carcinogênicos
Carcinogênicos são os agentes etiológicos do câncer
(MONTENEGRO; FRANCO, 2008). Os principais agentes
carcinogênicos podem ser reunidos em três grupos: químicos, físicos
o agente
e biológicos. Esses agentes já foram considerados brevemente
cancerígeno em
no contexto dos fatores relacionados ao câncer. Todo o conteúdo questão atua em
deste tópico é baseado em Kumar, Abbas e Aster (2013), sendo conjunto com
apresentado em maiores detalhes nos parágrafos seguintes. É outros agentes
carcinogênicos ou
relevante a ressalva de que, em muitos casos, o agente cancerígeno
fatores como idade
em questão atua em conjunto com outros agentes carcinogênicos e predisposição
ou fatores como idade e predisposição hereditária. hereditária.
121
unidade 4
Patologia Geral
Curiosidade
Evitar o câncer tomando banho!
Essa incidência específica foi explicada pelo cirurgião londrino Sir Percival,
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Patologia Geral
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unidade 4
Patologia Geral
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unidade 4
Patologia Geral
à morte.
causas do câncer.
na divisão celular.
125
unidade 4
Patologia Geral
“Resumo da Unidade”
126
unidade 4
UNIDADE
Doenças do sistema
imune e doenças
genéticas
Introdução
• Noções acerca do
sistema imunitário
• Imunopatologia
• Doenças genéticas
Patologia Geral
Noções acerca do
sistema imunitário
Durante as atividades cotidianas, o organismo está, constantemente,
exposto a micro-organismos e outros agentes que podem causar
danos ao seu funcionamento. Entretanto, durante o processo
evolutivo, o organismo adquiriu mecanismos de defesa contra
esses patógenos. O conjunto desses mecanismos de defesa é
conhecido como sistema imunitário (ABBAS; LICHTMAN; PILLAI,
2011), o qual é responsável pela capacidade do organismo de
desenvolver imunidade em relação a um determinado patógeno ou
agente agressor.
Durante as
O termo imunidade é de origem latina (Immunitas), significando
atividades
“libertação” ou “isenção”. Assim, a função fisiológica da resposta cotidianas, o
do sistema imunitário (resposta imunológica) consiste em “libertar” organismo está,
o organismo de qualquer elemento que seja reconhecido como constantemente,
exposto a micro-
estranho (ABBAS; LICHTMAN; PILLAI, 2011).
organismos e
outros agentes
Inicialmente, relacionava-se o sistema imunitário apenas à proteção que podem causar
danos ao seu
contra doenças infecciosas (causadas por micro-organismos). Uma
funcionamento.
resposta imunológica, no entanto, também pode ser desencadeada
por macromoléculas ou por substâncias químicas que possam ser
identificadas como estranhas, tornando a sua ação mais abrangente.
A resposta imunológica pode ser dividida em imunidade inata ou
nativa e imunidade adaptativa ou adquirida (ABBAS; LICHTMAN;
PILLAI, 2011).
129
unidade 5
Patologia Geral
Conforme expõem Kumar, Abbas e Aster (2013), outra importante A pele apresenta-
barreira do sistema imune inato é a superfície das mucosas, uma se como uma
importante barreira
vez que a secreção de muco, realizada por células locais, dificulta
física e química,
a adesão ou permite o aprisionamento e a eliminação de micro- visto que possui
organismos, devido à presença de substâncias microbicidas. É fortes junções
importante ressaltar, segundo Abbas, Lichtman e Pillai (2011), que a
entre as células
epiteliais, evitando
própria microbiota normal do organismo age como um mecanismo a invasão de micro-
de defesa, visto que há competição por espaço e nutrientes com organismos
micro-organismos patogênicos, juntamente com a secreção de
substâncias antibacterianas específicas.
130
unidade 5
Patologia Geral
131
unidade 5
Patologia Geral
132
unidade 5
Patologia Geral
133
unidade 5
Patologia Geral
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unidade 5
Patologia Geral
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unidade 5
Patologia Geral
Tutorial
Teste de “ELISA” (do inglês, “Enzyme Linked Immunono Sorbent Assay”)
de bloqueio
é descrito a seguir.
ELISA (PBS-T20).
determinada.
136
unidade 5
Patologia Geral
137
unidade 5
Patologia Geral
138
unidade 5
Patologia Geral
Imunológica.
denominadas anticorpos.
Imunopatologia
O sistema imunológico tem à disposição diversos mecanismos para
a proteção contra agentes patogênicos de diversas origens. Podem
ocorrer erros nas respostas imunológicas, no entanto, o que resulta
em doenças e lesões teciduais. O ramo da patologia responsável
por estudar a etiologia e a patogênese dessas lesões e doenças
é denominado imunopatologia (BRASILEIRO-FILHO, 2006). Neste
tópico, serão abordados os três principais grupos de distúrbios do
sistema imune: reações de hipersensibilidade, doenças autoimunes
e imunodeficiência.
139
unidade 5
Patologia Geral
Reações de hipersensibilidade
Conforme asseveram Abbas, Lichtman e Pillai (2011) e Kumar,
Abbas e Aster (2013), sensibilidade é a capacidade de um indivíduo
manifestar uma resposta imunológica para um antígeno. Quando
essa resposta se apresenta de forma exacerbada, causando danos
potencialmente extensos ao organismo, como na formação de
lesões teciduais, esses processos são definidos como reação de
hipersensibilidade.
140
unidade 5
Patologia Geral
141
unidade 5
Patologia Geral
142
unidade 5
Patologia Geral
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Patologia Geral
Notícia
Sensibilidade ao glúten tem novas explicações
sciam/noticias/sensibilidade_ao_gluten_tem_novas_explicacoes.html>.
144
unidade 5
Patologia Geral
Doenças autoimunes
Como apresentado anteriormente, a tolerância imunológica refere-
se à ausência de uma resposta dos linfócitos a um antígeno. Em
um sistema imunológico normal, essa tolerância é necessária para
que os linfócitos não reajam a antígenos do próprio corpo. Quanto
à classificação, de acordo com Abbas, Lichtman e Pillai (2011)
e Kumar, Abbas e Aster (2013), a tolerância pode ser central ou
periférica. O processo de tolerância central é induzido por órgãos
como o timo e a medula óssea (linfoides primários), quando
linfócitos imaturos entram em contato com antígenos do próprio
organismo. A tolerância periférica, por sua vez, ocorre quando
um linfócito maduro reconhece antígenos próprios, em tecidos
periféricos, sob condições específicas.
145
unidade 5
Patologia Geral
146
unidade 5
Patologia Geral
Imunodeficiência
147
unidade 5
Patologia Geral
148
unidade 5
Patologia Geral
genética, só ambiental.
congênitas e as adquiridas.
Doenças genéticas
Até o momento, foram citadas diferentes doenças imunológicas
que poderiam ser consequência de alterações no material genético
do organismo. Nesse sentido, neste tópico, serão tratados os
conceitos básicos da genética e as principais doenças decorrentes
de alterações genéticas.
149
unidade 5
Patologia Geral
150
unidade 5
Patologia Geral
Doenças monogênicas
Os distúrbios resultantes de mutações em um único gene são
denominados doenças genéticas monogênicas. Para Kumar, Abbas
e Aster (2013), alguns exemplos dessas doenças são: anemia
falciforme, fenilcetonúria e hemofilia A.
151
unidade 5
Patologia Geral
A fenilcetonúria
é uma doença
Doenças multifatoriais genética rara,
resultante de uma
mutação no gene
Conforme expõem Kumar, Abbas e Aster (2013), as doenças que codifica a
multifatoriais referem-se aos distúrbios causados por mutações, em enzima fenilalanina
diferentes genes, combinadas com fatores ambientais. Nessa categoria, hidroxilase (PAH).
os exemplos são o Alzheimer, a diabetes mellitus e a obesidade.
152
unidade 5
Patologia Geral
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unidade 5
Patologia Geral
154
unidade 5
Patologia Geral
Estudo de caso
Síndrome do X frágil
entre duas e quatro palavras claras somente com dois anos. Apesar disso,
Koogan, 2006.
155
unidade 5
Patologia Geral
doenças genéticas;
Síndrome do X frágil.
sistema imune.
apenas um gene.
156
unidade 5
Patologia Geral
organismo.
neoplasias ou infecções.
celular.
“Resumo da unidade”
157
unidade 5
UNIDADE
Doenças ambientais e
nutricionais
• Mecanismos
gerais das lesões
produzidas
por agentes
químicos e físicos
• Doenças
de caráter
nutricional
Patologia Geral
160
unidade 6
Patologia Geral
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unidade 6
Patologia Geral
Noticia
Alterações climáticas e doenças tropicais.
<http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT399483-1718,00.html> e
<http://www.envolverde.com.br/ips/inter-press-service-reportagens/
impacto-climatico-em-doencas-tropicais-desafia-os-cientistas>.
162
unidade 6
Patologia Geral
163
unidade 6
Patologia Geral
164
unidade 6
Patologia Geral
165
unidade 6
Patologia Geral
Gases
Microrganismos, partículas e substâncias químicas são
encontrados no ar e podem provocar doenças, levando, até mesmo,
à morte (Figura 32). Os principais poluentes do ar e seus efeitos no
organismo serão abordados a seguir.
166
unidade 6
Patologia Geral
167
unidade 6
Patologia Geral
Fumaça do cigarro
168
unidade 6
Patologia Geral
FIGURA 33: Algumas das substâncias tóxicas presentes no cigarro e onde são encontradas
Metais pesados
169
unidade 6
Patologia Geral
170
unidade 6
Patologia Geral
FIGURA 34: Exemplo de um estudo realizado no Rio Tietê sobre contaminação com metais
pesados
Dicas
Metais pesados onde menos esperamos.
Inmetro foi publicada no , após consulta pública, e já está valendo a partir
171
unidade 6
Patologia Geral
nos Estados Unidos e Europa. Kuster explicou que quando esses países
bijuterias e joias. 01 fev. 2016. EBC - Agência Brasil. Disponível em: <http://
agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-02/inmetro-estabelece-limite-
172
unidade 6
Patologia Geral
Solventes
173
unidade 6
Patologia Geral
174
unidade 6
Patologia Geral
pneumonite aspirativa.
Drogas terapêuticas
As drogas usadas como terapias podem desencadear efeitos
colaterais chamados de reações adversas às drogas (RADs).
Segundo Kumar, Abbas e Aster (2013), dentre os fármacos mais
comuns e com efeitos adversos mais frequentes, estão:
175
unidade 6
Patologia Geral
176
unidade 6
Patologia Geral
Drogas ilícitas
O abuso de drogas, como a cocaína e o crack, é de grande importância
socioeconômica, pois envolve o tráfico de drogas ilícitas, doenças
relacionadas, direta ou indiretamente, ao uso de drogas e um grande
número de mortes por (exposição do organismo a altas doses que
podem levar à morte) (KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013).
177
unidade 6
Patologia Geral
Estudo de caso
Maconha medicinal.
princípio ativo da maconha, para tratar dores nas costas. Esse é apenas
um exemplo do uso terapêutico dessa planta, que, cada vez mais, torna-
ao organismo.
<http://www.superlutas.com.br/noticias/53690/velasquez-revela-uso-de-
maconha-medicinal-em-tratamento/>.
<http://revistavivasaude.uol.com.br/Edicoes/29/artigo27356-1.asp/>.
< h t t p : // w w w. s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _
arttext&pid=S0100-40422006000200024>.
<http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/1604/n/mais_uma_
aplicacao_medicinal_para_a_maconha/Post_page/525>.
178
unidade 6
Patologia Geral
Contaminantes alimentares
Os alimentos consumidos no dia a dia podem conter contaminantes
tóxicos tanto de origem natural quanto de origem artificial. Os
principais contaminantes naturais são substâncias produzidas
por fungos, como as aflatoxinas (Figura 37), as ocratoxinas e os
tricotecenos (PEREIRA, 2006).
FIGURA 37: Grãos de amendoim contaminados por fungo que produz aflatoxina
179
unidade 6
Patologia Geral
180
unidade 6
Patologia Geral
181
unidade 6
Patologia Geral
tricotecenos.
Doenças de caráter
nutricional
A nutrição é um processo involuntário e inconsciente, por meio
do qual ocorre a biotransformação do alimento. Transtornos
alimentares são frequentes e podem comprometer a nutrição,
tanto pela carência quanto pelo excesso de nutrientes, e,
consequentemente, alterar a obtenção de energia para o organismo
(PEREIRA, 2006).
182
unidade 6
Patologia Geral
183
unidade 6
Patologia Geral
anorexia e bulimia”
Autor: Isadora Oliveira
184
unidade 6
Patologia Geral
185
unidade 6
Patologia Geral
186
unidade 6
Patologia Geral
o diabetes.
escorbuto.
gordura do organismo.
187
unidade 6
Patologia Geral
intoxicação crônica.
anemia e edemas.
câncer e a hipoventilação.
188
unidade 6
Patologia Geral
“Resumo da unidade”
189
unidade 6
UNIDADE
Doenças infecciosas
• Princípios
gerais da
patogenia
das doenças
infecciosas
• Princípios
gerais de doenças
infecciosas
• Agentes
Infecciosos
• Transmissão e
disseminação de
microrganismos
• Mecanismos
gerais de danos
causados
por agentes
infecciosos
• Doenças
infecciosas
Patologia Geral
Princípios gerais da
patogenia das doenças
infecciosas
Introdução geral
As doenças infecciosas ainda são consideradas relevantes na
saúde mundial, mesmo com a disponibilidade e uso de vacinas e
antibióticos eficazes no tratamento e no controle. Essas doenças
As doenças
têm especial influência nas causas de morte entre idosos, pessoas infecciosas ainda
com síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), pessoas com são consideradas
relevantes na
doenças crônicas e pacientes em uso de drogas imunossupressoras.
saúde mundial,
Nos países em desenvolvimento, as condições de vida insalubres e mesmo com a
a desnutrição contribuem na alta incidência de doenças infecciosas. disponibilidade e
Nesse caso, as vítimas mais comuns são crianças com infecções uso de vacinas e
antibióticos eficazes
respiratórias e diarreicas (ROBBINS, 2013).
no tratamento e no
controle.
Nas últimas décadas o padrão das doenças infecciosas tem mudado
em todo o mundo, devido ao progresso científico e tecnológico, em
que transformações econômicas e sociais geram modificações na
vida do homem e influenciam tecnologias médicas. Mudanças na
distribuição de microrganismos, são evidentes quando patógenos
restritos a só um local são introduzidos em outros locais por meio
do intercâmbio internacional das pessoas. Como no caso da dengue,
cujo vírus é disseminado por indivíduos infectados que se deslocam
de países afetados para outros não afetados (WALDMAN, 1999).
192
unidade 7
Patologia Geral
Noticia
Brasil tem surto de doenças e epidemias por atuar apenas em situação
emergencial
ultimas-oticias/2010/02/26/brasil-tem-surtos-de-doenca-e-epidemias-
por-atuar-de-forma-emergencial-diz-sanitarista.htm>.
<https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2010/02/26/brasil-
tem-surtos-de-doenca-e-epidemias-por-atuar-de-forma-emergencial-diz-
193
unidade 7
Patologia Geral
c. Inovação tecnológica.
“Vacinas e antibióticos”
Autor: Emanuel Giovani Cafofo Silva
Princípios gerais de
doenças infecciosas
Diante dos fatos que doenças infecciosas são uma questão
relevante para a saúde ainda na atualidade e que seus agentes
podem sofrer alterações genéticas que permitem o aumento de
sua disseminação, é de extrema importância compreender os
mecanismos envolvidos por trás dessas doenças. Para Robbins
(2000), dois aspectos devem ser considerados ao estudar o
processo de infecção: as propriedades específicas dos patógenos
(agente infeccioso) que causam as infecções e a resposta do
hospedeiro aos agentes infecciosas. Define-se como hospedeiro o
organismo capaz de atender as demandas nutricionais e físicas de
194
unidade 7
Patologia Geral
Agentes Infecciosos
As doenças infecciosas são causadas por uma gama de
microrganismos, que muitas vezes são inofensivos para
determinados organismos, mas ao contato com os seres
humanos podem se tornar patogênicos. Incluem-se aos
microrganismos patógenos: gêneros de bactérias, de fungos, de
vírus e de protozoário (Figura 39). Ainda segundo Robbins (2000),
organismos patogênicos podem ser endoparasitas, que penetram
o hospedeiro; e ectoparasitas, causam lesão apenas na superfície
da pele. Além de microrganismos, proteínas modificadas (príons),
helmintos, alguns aracnídeos e insetos podem ser considerados
agentes infecciosos.
195
unidade 7
Patologia Geral
196
unidade 7
Patologia Geral
197
unidade 7
Patologia Geral
Dicas
Bactéria causadora de infecção alimentar é utilizada em tratamentos estéticos
198
unidade 7
Patologia Geral
Transmissão e
disseminação de
microrganismos
199
unidade 7
Patologia Geral
200
unidade 7
Patologia Geral
Disseminação
201
unidade 7
Patologia Geral
202
unidade 7
Patologia Geral
203
unidade 7
Patologia Geral
podem ficar alojados no primeiro órgão que infectou ou migram para outro
a. Endotoxinas
b. Enzimas Líticas
c. Exotoxinas
d. Príons.
e. Primers
Mecanismos gerais de
danos causados por
agentes infecciosos
Todos os microrganismos podem invadir os organismos e
desencadear doenças. Diversos são os mecanismos que podem
acarretar lesões celulares: ação direta, que consiste na invasão
e proliferação das células podendo causar morte delas; efeito
citopático: substâncias tóxicas, como as exotoxinas; componentes
estruturais ou substâncias que ficam armazenadas dentro da
célula liberadas após a sua morte; endotoxinas: ativação de
componentes do sistema proteolítico por células fagocitárias e
endoteliais; reação inflamatória; indução de resposta imunitária
aos diferentes antígenos de agente infeccioso; antígenos que se
aderem a estruturas teciduais tornando se alvos de anticorpos
(BRASILEIRO FILHO, 2006).
204
unidade 7
Patologia Geral
205
unidade 7
Patologia Geral
infectar uma célula e outra não. Qual microrganismo é capaz de fazer isso?
a. Vírus.
b. b) Bactéria.
c. c) Fungo.
206
unidade 7
Patologia Geral
d. d) Protozoário.
e. e) Helmintos.
Doenças infecciosas
Aids
Doença retroviral causada pelo vírus da imunodeficiência humana
(HIV). Caracterizada por infecção, depleção dos linfócitos T CD4 e
imunossupressão acentuada, originando infecções oportunistas,
neoplasias secundárias e manifestações neurológicas (ROBBINS,
2013). Infectados evoluem para uma grave disfunção do sistema
imunológico, conforme são destruídos os linfócitos T CD4+,
a contagem deles se torna um importante marcador dessa Infectados
imunodeficiência, sendo utilizada para estimar o prognóstico e evoluem para uma
grave disfunção
avaliar a indicação do início da terapia antirretroviral ou definir os
do sistema
casos de AIDS com fins epidemiológicos (BRASIL, MINISTÉRIO DA imunológico,
SAÚDE, 2010). conforme são
destruídos os
linfócitos T CD4+,
a contagem
deles se torna
um importante
marcador dessa
imunodeficiência.
207
unidade 7
Patologia Geral
Tutorial - Teste Rápido para Detecção de HIV, Método imunoconcentração (flow through).
Fonte:BRASIL. HIV: Estratégias para utilização de testes rápidos no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, Departamento
de DST, Aids e Hepatites Virais, 2010.
208
unidade 7
Patologia Geral
Patógeno Doença
Infecções sistêmicas
caracterizadas por erupções,
Parvovírus B19
artralgias e interrupção transitória
da produção de eritrócitos
210
unidade 7
Patologia Geral
“Ebola”
Autor: Emanuel Giovani Cafofo Silva
Tuberculose
É uma doença micobacteriana contagiosa crônica, que afeta
principalmente os pulmões, embora qualquer outro órgão pode ser
infectado. Causada principalmente por Mycobacterium tuberculosis
hominis (bacilo de Koch) e ocasionalmente pelo Mycobacterium
tuberculosis bovis. Distribuída por todo o mundo, apesar do risco
do contágio tenha sido reduzido nos países desenvolvidos, é alto o
número da infecção em pessoas portadoras do vírus HIV, moradores
de rua, subnutridas e em regiões empobrecidas.
211
unidade 7
Patologia Geral
Faringite estreptocócica,
Streptococcus escarlatina, Erisipela, Impetigo,
Pyogenes Celulite estreptocócica, Sepse
Puerperal.
Corynebacterium
Difteria.
diphtheriae
Broncopneumonia ou pneumonia
Haemophilus influenzae lombar, epiglotite, artrite séptica,
celulite facial.
212
unidade 7
Patologia Geral
Paracocidiomicose
213
unidade 7
Patologia Geral
Hystoplasma
Histoplasmose.
capsulatum
Malária
Causada por um protozoário intracelular, o Plasmodium falciparum,
que causa uma infecção que afeta milhões de pessoas em todo
o mundo. Além dessa espécie existem outras três que infectam
o ser humano: P. vivax, P. ovale, P. malariae. São transmitidos pela
picada de espécies do mosquito Anopheles, que são amplamente
distribuídos pela África, Ásia e América Latina. P. vivax, P. malariae
causam anemia leve, em alguns casos, ruptura esplênica e
síndrome nefrótica. P. falciparum produzem parasitemias altas,
anemia acentuada, sintomas cerebrais, insuficiência renal, edema
pulmonar e morte (ROBBINS, 2000). Outros exemplos de infecções
por protozoários estão relacionadas na tabela 4.
214
unidade 7
Patologia Geral
Doença/Manifestações
Espécie
Clinicas
Leishmania Leishmaniose
Teníase/Cisticercose
Tanto teníase quanto a cisticercose são causadas pela mesma
espécie de cestoide, em fases diferentes de seu ciclo de vida.
Teníase caracteriza-se pela presença da forma adulta da Taenia
solium ou da T. saginata, no intestino humano, já a cisticercose é
causada pela larva da T. Solium nos tecidos. A primeira causa dores
abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarréia
ou constipação. Infestação pode ser percebida pela eliminação
espontânea de proglotes do verme, nas fezes. Já a segunda,
depende da localização, do tipo morfológico, número de larvas
215
unidade 7
Patologia Geral
Doença/Manifestações
Espécie
Clinicas
216
unidade 7
Patologia Geral
“Resumo da unidade”
217
unidade 7
UNIDADE
Métodos de estudo em
patologia
• Métodos de
estudo em
patologia
• Estudos
Tradicionais
• Citopatologia
• Técnicas
especiais
• Citometria
• Citogenética
• Biologia
molecular
Patologia Geral
Métodos de estudo em
patologia
O estudo patológico prevê o entendimento das causas, evoluções e
consequências das doenças e é a base para o diagnóstico médico.
O patologista é responsável por analisar e diagnosticar as doenças.
O diagnóstico patológico é realizado tanto de forma analítica, por
meio dos diversos métodos e técnicas de estudo, quanto de forma
clínica, pela interpretação dos resultados. Além disso, cabe ao
patologista assegurar a validação e a qualidade dos exames e testes
laboratoriais (MONTENEGRO; FRANCO, 2004; REISNER, 2016).
220
unidade 8
Patologia Geral
221
unidade 8
Patologia Geral
222
unidade 8
Patologia Geral
Estudos Tradicionais
O ramo da patologia responsável por estudar as anomalias
anatômicas macro e microscópicas no organismo, com intuito de
diagnosticar doenças, é a anatomia patológica. Essa área inclui os
estudos tradicionais como: a necropsia, a biópsia e a citopatologia,
que serão tratadas neste tópico (REISNER, 2016). Os exames
anatomorfológicos consistem no diagnóstico morfológico e
anatômicos utilizando principalmente a coloração com hematoxilina
e eosina (H&E), além de colorações especiais, descritos na Tabela 6.
223
unidade 8
Patologia Geral
Glicoaminoglicanos e outras
Azul de toluidina
substâncias metacromáticas
Ferrocianato de potássio
Hemossiderina
(Perls)
224
unidade 8
Patologia Geral
Hematoxilina ácida
Músculo estriado, fibras
fosfotúngstica
Azul de tripan ou de
Colorações vitais
metileno
Weil-weigert Mielina
Golgi Dendritos
NECROPSIA
A necropsia ou autópsia é o exame pós-morte do paciente. Seus
principais objetivos são: confirmar a causa da morte, estabelecer
um diagnóstico final e compreender a resposta fisiológica do
tratamento (MOHAN, 2010). A necropsia é dividida em duas grandes
áreas de interesse, sendo a primeira a médico-científica e a segunda
a clínica-médica. A necropsia médico-científica é geralmente feita
em hospitais de ensino, que a utilizam para fins de pesquisa e de
aprimoramento do conhecimento fisiopatológico. Já a necropsia
médico-legal é obrigatória em caso de mortes violentas ou quando
há interesse forense. A técnica relaciona os achados morfológicos
com as características clínicas anteriormente relatadas e, exceto
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Patologia Geral
BIÓPSIA
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Patologia Geral
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Patologia Geral
FIGURA 44 - Corte histológico de células teciduais do colo do útero, nesta amostra é possível ver
células amorfas indicando câncer do colo uterino
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Patologia Geral
achado da biópsia.
Citopatologia
A técnica de citopatologia refere-se ao estudo morfológico de
células isoladas. Sua importância está sobretudo relacionado
com diagnósticos de neoplasias malignas, porém pode ser usada
para identificação de agentes infecciosos. O material para análise
citológica pode ser obtido por meio de raspado, descamação
natural, punção ativa ou secreções do organismo. O método de
coleta depende do órgão e da lesão analisada (MONTENEGRO;
FRANCO, 2004; BRASILEIRO-FILHO, 2013).
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Patologia Geral
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Patologia Geral
FIGURA 45 - Primeira imagem mostra um esfregaço de células sanguíneas em seu estado normal e
a segunda imagem mostra células leucêmicas no sangue
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Patologia Geral
Estudo de caso
Análise interpretativa do patologista
tratamento possível.
Uma mulher de 62 anos de idade com tosse crônica por anos se torna
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Patologia Geral
Técnicas especiais
Técnicas imuno-histoquímicas
Técnicas imuno-histoquímicas consistem na marcação de
anticorpos para identificação e caracterização de antígenos
responsáveis pelos diversos processos patológicos. Essa técnica é
basicamente qualitativa, sem a contagem de elementos ou a análise
Essa técnica é
da intensidade da doença. Esse exame patológico teve início com
basicamente
a técnica de imunofluorescência, em 1941, com a marcação de qualitativa, sem
anticorpos por compostos fluorescentes. Após essa data, diversos a contagem de
elementos ou
novos métodos foram criados, possibilitado pelo avanço das bases
a análise da
tecnológicas, resultando em outras técnicas imuno-histoquímicas, intensidade da
conhecida como imunoenzimáticas (MONTENEGRO; FRANCO, doença.
2004; BRASILEIRO-FILHO, 2013).
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Patologia Geral
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Patologia Geral
Notícia
teste automatizado para detectar a agressividade de cânceres de pulmão.
em estágio inicial, o que hoje não é feito. Em geral, o que vemos na clínica
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Patologia Geral
local da lesão.
doenças autoimunes.
Citometria
Método que detectada quantitativamente componentes celulares
por meio de reagentes que se ligam às mais diversas substâncias
das células, possibilitando a identificação de sua quantidade no local
examinado. Há dois principais métodos empregados no estudo em
citometria, a citofotometria e a citometria de fluxo (MONTENEGRO;
FRANCO, 2004; BRASILEIRO FILHO, 2013).
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Patologia Geral
Citogenética
A citogenética estuda as alterações cromossômicas, que permitem
o diagnóstico de doenças genéticas, como alguns tipos cânceres,
síndrome de Down, síndrome de Turner, entre outras doenças. No
caso das neoplasias malignas as alterações podem ser primárias,
como a translocação, deleção e amplificação de cromossomos, ou
secundárias que estão relacionadas de certa forma com a primária
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Patologia Geral
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Patologia Geral
Biologia molecular
Técnicas baseadas na análise macromolecular do material genético
da célula. Utiliza principalmente a extração de DNA ou RNA para
identificação e compreensão das mais diversas doenças, desde a
neoplasia até doenças genéticas e infecciosas. A extração de DNA
ou RNA pode ser realizada entre os demais tipos de amostras,
independente de sua fixação. A biologia molecular é relacionada
à etiologia e patogênese da doença, com métodos que procuram
identificar as alterações moleculares que geram as mudanças
morfológicas (MONTENEGRO; FRANCO, 2004; BRASILEIRO FILHO,
2013; REISNER, 2016).
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Hibridação
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DNA.
nucleicos.
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uma fita introduzida que possui nela uma sonda de ácidos nucleicos.
“Resumo da unidade”
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