Você está na página 1de 1

Autor: Julyver Modesto de Araujo

  Capítulo VII ‐ DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

    A sinalização de trânsito brasileira obedece a determinados padrões Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código por
internacionais (por força, inclusive, do artigo 336 do CTB) e encontra‐ inobservância à sinalização quando esta for insuficiente ou
se prevista, basicamente, no Anexo II do Código, o qual foi alterado incorreta.
pela Resolução do Conselho Nacional de Trânsito nº 160/04.
    As normas complementares para interpretação, colocação e uso da § 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via
sinalização de trânsito, mencionadas no § 2º do artigo 90, encontram‐ é responsável pela implantação da sinalização, respondendo pela
se descritas no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, que era da sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.

década de 1980 (Resoluções nº 599/82 e 666/86) e passou a ser


reformulado após 2004. Embora tenham sido previstos seis volumes § 2º O CONTRAN editará normas complementares no que se refere
para o novo Manual de Sinalização, atualmente, existem apenas três à interpretação, colocação e uso da sinalização.
publicados: Volume I – Sinalização vertical de regulamentação
(Resolução nº 180/05); Volume II – Sinalização vertical de advertência
(Resolução nº 243/07) e Volume IV – Sinalização horizontal (Resolução
nº 236/07).
    Estas normas, que visam padronizar a sinalização em todo o país,
são de observância obrigatória pelo órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre a via e, portanto, quando descumpridas, podem
acarretar duas principais consequências:
1ª) a responsabilidade objetiva do órgão de trânsito, consignada no § 1º
do artigo 90 e, ainda, no § 3º do artigo 1º, também do CTB, o que
significa que o órgão pode, eventualmente, ter de indenizar prejuízos
causados aos cidadãos, por conta do erro na implantação da sinalização
de trânsito; e 
2ª) a impossibilidade de imposição de sanções, pelo descumprimento da
sinalização de trânsito que se encontra insuficiente ou incorreta
(podemos apontar, como exemplos, a utilização de placa de trânsito
não prevista na legislação mencionada; ou a falta de visibilidade e
legibilidade de placas escondidas atrás de arbustos ou, ainda, com
dizeres apagados).
    Quanto à competência para implantar, manter e operar o sistema de
sinalização, ressalta‐se que tal atribuição recai, nas vias urbanas, sobre
os órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios (artigo 24,
III) e, nas vias rurais, sobre os órgãos e entidades executivos
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
a depender da circunscrição em cada estrada ou rodovia (artigo 21, III).

Os comentários publicados não refletem, necessariamente, a opinião


da Empresa.

É estritamente proibido o uso e/ou publicação desse material, em


qualquer meio, sem permissão expressa e escrita do autor do
comentário.

« voltar a busca

Você também pode gostar