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Contando cadáveres
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Publicado na Veja desta semana, um artigo de Reinaldo Azevedo sobre os bajuladores nacionais de Fidel Castro
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provocou entre os referidos a clássica reação desproporcional de ódio insano, camuflado em indignação moral e
vertido abundantemente em cartas à redação e emails ao blog do colunista. O que mais irritou os remetentes foi
a comparação entre o número de vítimas da ditadura brasileira e as da cubana – quatro centenas aqui, cem mil
lá, num país de população quinze vezes menor –, mostrando, pela enésima vez, que os protestos humanitários Senha:
tão típicos da tagarelice esquerdista se baseiam na total inversão das proporções e numa reivindicação psicótica
Lembrar
do direito ao genocídio abençoado.
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Contra esses números que falam por si, o beautiful people fidelista reagiu em massa mediante argumentos que,
somados, se resumem a dois, o primeiro enunciado pelo diretor teatral Gerald Thomas, o segundo pelo tom geral Registrarse
das mensagens. Esses argumentos são: (1) O colunista escreve essas coisas porque está insatisfeito
sexualmente; (2) Contar cadáveres não vale. Dessas duas premissas, o cérebro coletivo daquela entidade
ruminante tirava a seguinte conclusão: Demitam esse desgraçado. Ú LTIMOS A R TIGOS
Como essa investida grotesca imita outras tantas das quais eu mesmo já fui alvo e aliás pelas mesmíssimas
‘Taqiyya’ islâmica: mentir é permitido se
razões, permitome aqui acrescentar ao artigo de Reinaldo Azevedo três observações que, numa discussão séria
ajudar a propagar o islamismo
do assunto – coisa que não se pode esperar de um Gerald Thomas e similares –, jamais deveriam ser
esquecidas: Criança psicopata? Conheça a
assustadora história de Beth Thomas
1. Quando os comunistas e seus amantes protestam contra a contagem de cadáveres, alegando que a
quantidade não vem ao caso, eles o fazem porque sabem que seu partido é o recordista mundial de homicídios 5 motivos pelos quais Donald Trump
em massa. Abstraída a quantidade, os crimes do comunismo ficam parecidos com os de qualquer outra ditadura será o próximo presidente dos Estados
ou mesmo com os efeitos de erros acidentais ou de catástrofes naturais, camuflando sua fisionomia hedionda no Unidos
confortável anonimato das generalidades. Reinserido no panorama o fator quantidade, o comunismo, como já
afirmei, matou mais gente do que duas guerras mundiais, somadas a todas as ditaduras de direita, epidemias e Para integrar islâmicos, “vamos destruir
desastres aéreos do século XX. É natural que os advogados de cliente tão ruim tenham de apagar da sua folha igrejas cristãs e construir mesquitas”,
corrida o traço distintivo que faz dele aquilo que é: o mais temível flagelo que já se abateu sobre a espécie propõe arquiteto alemão
humana. Muhammad Ali: o ocaso das estrelas
2. No exame da violência estatal, as comparações quantitativas são não apenas legítimas, mas indispensáveis e Elijah Wood fala sobre escândalos de
obrigatórias. Sem a quantidade, fica impossível distinguir entre homicídio e genocídio, entre crimes contra a pedofilia em Hollywood
pessoa e crimes contra a humanidade. Fazer abstração do fator quantitativo, como os esquerdistas
invariavelmente fazem nessas discussões, é abolir toda a legislação internacional de direitos humanos, à qual no Por que as mulheres adoram se fazer
entanto eles mesmos apelam quando lhes convém, reduzindoa a mero instrumento de propaganda. de vítimas?
A Conquista do Reino Unido pelo Islã
3. No caso específico do Brasil e de Cuba, não se trata de uma comparação entre governos quaisquer, nem
mesmo entre violência estatal “de direita” e “de esquerda”, mas da comparação entre dois exércitos em combate: A nova geração da Islândia que não
de um lado, o Estado brasileiro; de outro, a guerrilha internacional planejada, comandada e subsidiada pelo conhece a Deus
governo cubano. Em todas as discussões do tema na mídia nacional, os guerrilheiros do MR8, da ALN ou da
VARPalmares são sempre apresentados como puros dissidentes internos, quando na verdade faziam parte de Trump desde criancinha
um organismo políticomilitar supranacional, a OLAS, Organização LatinoAmericana de Solidariedade –
antecessora do Foro de São Paulo –, que obedecia estritamente ao comando estratégico de um governante
estrangeiro, o ditador Fidel Castro. Ora, num confronto entre um Estado e uma força militar fundada no exterior, a
única possibilidade de uma tomada de posição moral responsável é examinar quem começou as hostilidades e
qual dos lados representava a alternativa mais razoável e humana. Que a iniciativa agressora partiu de Fidel
Castro, é coisa que ninguém tem o direito de ignorar desde que a historiadora Denise Rollemberg – insuspeita de
direitismo – demonstrou que a guerrilha nordestina de 1963 já era subsidiada pelo governo cubano, sendo
portanto uma fraude completa explicar a eclosão do terrorismo no Brasil como reação ao golpe militar que
sobreveio meses depois. Quanto ao segundo fator, a contagem das vítimas de um regime e do outro – quatro
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17/08/2016 Contando cadáveres | Portal Conservador
centenas de guerrilheiros em comparação com cem mil civis desarmados – fornece o dado essencial para o
julgamento justo da situação. O Brasil foi agredido por uma força comandada do exterior, orientada pelo regime
mais brutal e homicida do continente. Que na resposta nacional houve excessos e que eles devem ser
investigados e punidos, ninguém jamais duvidou. Mas a reação em si, tanto quanto o uso da violência militar
para implementála, foi inteiramente justa, necessária e moralmente obrigatória. Só mentalidades deformadas
pelo culto autolátrico da santidade esquerdista podem negar uma verdade tão patente.
Escrito por Olavo de Carvalho.
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