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Estratégias para Marcos Antônio Drumond

Lucia Helena Piedade Kiill

o uso sustentável Paulo César Fernandes Lima


Martiniano Cavalcante de Oliveira
Visêldo Ribeiro de Oliveira

da biodiversidade Severino Gonzaga de Albuquerque


Clóvis Eduardo de Souza Nascimento

da Caatinga
Josias Cavalcanti

Pesquisadores da Embrapa
Semi-Árido, Petrolina - PE

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André Pessoa

Homem da Caatinga

INTRODUÇÃO
O Nordeste do Brasil tem a maior lenhosas de pequeno porte, herbáceas,
parte de seu território ocupado por uma cactáceas e bromeliáceas. As primeiras são
vegetação xerófila, de fisionomia e florística dotadas de espinhos, sendo, geralmente,
variada, denominada Caatinga. Fitogeo- caducifólias, perdendo suas folhas no início
graficamente, o bioma Caatinga ocupa da estação seca. Fitossociologicamente, a
cerca de 11% do território nacional, densidade, freqüência e dominância das
abrangendo os estados da Bahia, Sergipe, espécies são determinadas pelas variações
Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande topográficas, tipo de solo e pluviosidade
do Norte, Ceará, Piauí e Minas Gerais. Na (Luetzelburg 1974, Andrade-Lima 1981,
cobertura vegetal das áreas da região Araújo Filho & Carvalho 1997).
Nordeste, a Caatinga representa cerca de Não existe uma lista completa das
800.000km2, o que corresponde a 70% da espécies da caatinga, encontradas nas suas
região. Aproximadamente 50% das terras mais diferentes situações edafoclimáticas
recobertas com a Caatinga são de origem (agreste, sertão, cariri, seridó, carrasco,
sedimentar, ricas em águas subterrâneas. entre outros). Em trabalhos qualitativos e
Os rios, em sua maioria, são intermitentes quantitativos sobre a flora e vegetação da
e o volume de água, em geral, é limitado, caatinga, foram registradas cerca de 932
sendo insuficiente para a irrigação. A espécies arbóreas e arbustivas, sendo 318
altitude da região varia de 0-600m, endêmicas (Giulietti et al. 2002).
apresentando temperaturas que variam de Certamente o número de espécies
24 a 28oC, precipitação média de 250 a aumentará se considerarmos as herbáceas.
1000mm e déficit hídrico elevado durante As famílias mais freqüentes são
todo o ano (Nimer 1979, Silva et al. 1992, Caesalpinaceae, Mimosaceae, Euphorbia-
Sampaio et al. 1994) ceae, Fabaceae e Cactaceae, sendo os
A vegetação de caatinga é gêneros Senna, Mimosa e Pithecellobium
constituída, especialmente, de espécies os com maior números de espécies. A

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catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul.), Potencial medicinal
as juremas (Mimosa spp.) e os marmeleiros
Entre as diversas espécies da
(Croton spp.) são as plantas mais
Caatinga, várias plantas são notoriamente
abundantes na maioria dos trabalhos de
consideradas como medicamentosas de
levantamento realizados em área de
uso popular, sendo vendidas folhas, cascas
caatinga (Sampaio et al. 1994)
e raízes, em calçadas e ruas das principais
cidades, bem como mercados e feiras
Potencial forrageiro e frutífero livres. Entre elas, destacam-se a aroeira –
Em termos forrageiros, a caatinga Myracrodruon urundeuva F.F. & M.M.
mostra-se bastante rica e diversificada. Alemão (adstringente), araticum – Annona
Entre as diversas espécies, merecem ser sp.(antidiarréico), quatro -patacas –
destacadas: o angico (Anadenanthera Allamanda Blancheti Muell. Arg.
macrocarpa Benth), o pau-ferro (Caesal- (catártica), pau-ferro – Caesalpinia ferrea
pinia ferrea Mart. ex. Tul.), a catingueira, a Mart. ex Tul. (antiasmática e antisséptica),
catingueira-rasteira (Caesalpinia micro- catingueira (antidiarréica), velame –
phylla Mart.), a canafistula (Senna Croton campestris (St. Hil.) Muell. Arg. e
spectabilis var. excelsa (Sharad) H.S.Irwine marmeleiro – Croton sonderianus Muell.
& Barnely), o marizeiro (Geoffraea spinosa Arg. (antifebris), angico – Anadenanthera
Jacq.), a jurema-preta (Mimosa tenuiflora macrocarpa Benth. (adstringente), sabiá
(Willd.) Poiret, o sabiá (Mimosa caesal- – Mimosa caesalpiniifolia Benth.
pinifolia Benth.), o rompe-gibão (Pithece- (peitoral), juazeiro – Ziziphus joazeiro Mart.
lobium avaremotemo Mart.) e o juazeiro (estomacal), jericó – Selaginella
(Zizyphus joazeiro Mart.), entre as espécies convuluta Spring. (diurético), pau d’arco
arbóreas; o mororó (Bauhinia sp.), o – Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.)
engorda-magro (Desmodium sp.), a Standl.)(anticancerígena),entre outras
marmelada-de-cavalo (Desmodium sp.), o (Agra 1996).
feijão-bravo (Capparis flexuosa L.), o mata-
pasto (Senna sp.) e as urinárias (Zornia sp.), Potencial madeireiro
entre as espécies arbustivas e subar-
bustivas; e as mucunãs (Stylozobium sp.) Inventários florestais da região
e as cunhãs (Centrosema sp.), entre as demonstram estoques lenheiros variando
lianas e rasteiras. A fitomassa disponível entre 7 e 100m3 de lenha (Tavares et al.
para os animais numa caatinga bruta na 1970, Carvalho 1971, Souza Sobrinho
época chuvosa é de 1.000kg MS/ha, 1974, Tavares 1974a, 1974b, Lima et al.
distribuídos mais ou menos de modo igual 1978). Como fonte madeireira para a
entre os estratos herbáceo e lenhoso produção de lenha, carvão e estacas,
(Albuquerque & Bandeira 1995). destacam-se o angico, o angico-de-bezerro
Destacam-se como frutíferas, o (Piptadenia obliqua (Pres.) Macbr.), a
umbu (Spondias tuberosa Arruda), catingueira-rasteira, o sete-cascas
araticum (Annona glabra L., A. coriacea (Tabebuia spongiosa), a aroeira, a baraúna
Mart., A. spinescens Mart.), mangaba (Schinopsis brasiliensis Engl.), a jurema-
(Hancornia speciosa Gomez), jatobá preta, o pau-d’arco, a catingueira, o sabiá
(Hymenaea spp.), juazeiro (Ziziphus e a umburana (Commiphora leptophloeos
joazeiro Mart.), murici (Byrsonima spp.), e Engl.), dentre outras (Drumond 1982,
o licuri (Syagrus coronata (Mart.) Becc.), Drumond 1992).
que são exploradas de forma extrativista Em face da importância da aroeira e
pela população local. Essa forma de do umbuzeiro na economia dos agri-
exploração tem levado a uma rápida cultores, essas espécies foram proibidas de
diminuição das populações naturais dessas serem usadas como fonte de energia pela
espécies vegetais, que estão ameaçadas de legislação florestal, a fim de evitar a sua
extinção (Mendes 1997). extinção na região.

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Potencial faunístico deficiente sistema educacional e da
ocorrência periódica de seca, dentre outras.
Os mamíferos são de pequeno porte,
sendo os roedores os mais abundantes. As A base da economia da região é a
espécies encontradas em maior número na agropecuária de sequeiro e a irrigada em
Caatinga, são aquelas que apresentam alguns locais. Nas áreas de sequeiro, os
comportamento migratório nas épocas de riscos de colheita são grandes e aumentam
seca (Mendes 1994, Paiva 1997). Algumas nos períodos de seca. Nas áreas irrigadas,
espécies já constam como desaparecidas, há o risco de salinização, embora sejam
ou em processo de extinção, como os crescentes a olericultura e a fruticultura de
felinos (onças e gatos selvagens), os manga, uva, banana e coco, entre outras.
herbívoros de porte médio (veado - Para a pecuária, a capacidade suporte da
catingueiro e a capivara), a ararinha-azul, vegetação de caatinga varia de 15 a 20
as pombas de arribação e as abelhas hectares para cada bovino adulto (Salviano
nativas, resultante da caça predatória e et al. 1982) e de 1 a 3 hectares para
destruição de seu hábitat natural. unidade caprina (Guimarães Filho & Soares
1988).

A região Nordeste possui 10,4


Problemática da região milhões de caprinos correspondendo a
Embora apresentando características 88% do rebanho brasileiro, sendo que a
ambientais tão adversas, a ocupação do ovinocultura, com 7,2 milhões de ovelhas,
bioma Caatinga se deu, principalmente, corresponde a 39% dos rebanhos. Como
através da formação de currais de gado em alternativa alimentar vem crescendo a
torno das margens do rio São Francisco e formação de pastos de capim buffel,
seus afluentes. O gado era criado à solta, gramínea exótica, que avança na região
com a água dos mananciais e lagoas. Junto (IBGE 2001).
aos currais e próximo às fontes de água,
Com relação ao extrativismo vegetal,
desenvolveram-se comunidades que
as principais espécies utilizadas são umbu,
faziam roçados destinados aos plantios de
licuri e carnaúba (Copernicia cerifera
feijão, arroz, milho, cana-de-açúcar,
Mart.). A produção extrativa do umbuzeiro
mandioca e algodão. Os moradores
alcança 20.000 toneladas de frutos por
podiam caçar, pescar e coletar outros
ano, com áreas de coleta espalhadas em
alimentos, principalmente frutos, o que
todo o Nordeste brasileiro. A comer-
contribuiu para formar uma sociedade
cialização dos frutos do umbuzeiro,
extrativista por excelência (CAR 1985).
coletados por famílias de pequenos
Atualmente, a região Nordeste abriga produtores ou assalariados agrícolas, é
uma população estimada em mais de 25 uma atividade crescente em algumas
milhões de habitantes, e apresenta pro- regiões do Nordeste, exceto em Alagoas e
blemas estruturais quanto à sustenta- Maranhão. Apesar de sua importância
bilidade dos sistemas de produção de socioeconômica, os trabalhos de pesquisa
alimentos, que, aliados aos constantes e, principalmente, de conservação genética
efeitos negativos do clima, como as secas, da espécie, são incipientes. A produção
dificultam sua manutenção e desenvol- nativa da carnaúba concentra-se nos
vimento, levando à deterioração do solo, estados do Ceará e Piauí, responsáveis por
da água e perda da biodiversidade. 80 a 90% da produção de cera brasileira,
A combinação desses fatores pode dar mas ainda pouco expressiva quando
início ao processo de desertificação. A comparada à produção comercial. Já o
pobreza da região é conseqüência de uma ouricuri ou licuri, por ser uma palmeira
estrutura latifundiária e um sistema de totalmente aproveitável, vem sendo
crédito agrícola, comercialização e amplamente explorada desde os tempos
assistência técnica inadequados, do coloniais. Essa extração vem causando a

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destruição dos licurizais nativos, que ainda m ê s , o q ue re s ulta e m u m
são explorados em larga escala (Duque desmatamento de aproximadamente 25
1980, Noblick 1986). hectares por dia, sendo a produção da
vegetação nativa da região da ordem de
Hoje, a utilização da caatinga ainda
4 0 m e t ro s c úb i c o s p or h e c ta r e ,
se fundamenta em processos meramente
enquanto que o consumo de lenha por
extrativistas para obtenção de produtos de
propriedade rural na região de Ouricuri
origens pastoril, agrícola e madeireiro. No
- PE, é de 51estéreos (Ribaski 1986).
caso da exploração pecuária, o
superpastoreio por ovinos, caprinos, Quanto ao problema de reposição
bovinos e outros herbívoros tem florestal, os trabalhos de reflorestamento
modificado a composição florística do se concentram na exótica algarobeira
estrato herbáceo, quer pela época quer (Prosopis juliflora (SW) DC), espécie
pela pressão de pastejo. A exploração importante quanto aos problemas de
agrícola, com práticas de agricultura ordem energética e também como
itinerante que incluem o desmatamento forrageira. Entretanto, face às facilidades
e a queimada desordenados, tem de regeneração natural que a espécie vem
modificado tanto o estrato herbáceo como encontrando na região, há o risco de ser
o arbustivo-arbóreo. E, por último, a invasora, principalmente nas áreas
exploração madeireira, que já tem irrigáveis. Não houve reflorestamento
causado mais danos à vegetação lenhosa utilizando espécies nativas da região.
da caatinga do que a própria agricultura
Além das inúmeras justificativas
migratória (CAR 1985).
para a conservação da vegetação da
As conseqüências desse modelo caatinga, baseadas na preservação da
extrativista predatório se fazem sentir diversidade genética e na sua importância
principalmente nos recursos naturais para outros recursos naturais como solo,
renováveis da Caatinga. Assim, já se água e fauna, o valor extrativista desse
observam perdas irrecuperáveis da ecossistema é particularmente crucial em
diversidade florística e faunística, regiões onde há queimadas constantes,
aceleração do processo de erosão e uso do solo e extração de madeira para
declínio da fertilidade do solo e da diferentes finalidades. Portanto, a
qualidade da água pela sedimentação. No preocupação com a conservação dos
que se refere à vegetação, pode-se afirmar recursos naturais é condição indispensável
que acima de 80% da caatinga são para se prever o uso regular da terra por
sucessionais, cerca de 40% são mantidos seus proprietários, bem como descobrir e
em estado pioneiro de sucessão desenvolver métodos não destrutivos de
secundária e a desertificação já se faz usos dos recursos florestais que sejam
presente em, aproximadamente, 15% da aplicáveis à região. Dessa forma, torna-se
área. evidente, e urgente, o conhecimento da
Em recentes levantamentos na flora, fauna, solo e clima, informações
região, os dados de cobertura florestal fundamentais para o desenvolvimento de
demonstraram valores inferiores a 50% quaisquer ações que venham a contribuir
por Es tado, de vi d o à explo ra ç ã o para um melhor planejamento de manejo,
extensiva das espécies para lenha e uso, conservação e enriquecimento da
carvão, para suprir indústrias Caatinga.
alimentícias, curtume, cerâmica, olarias, Diante do exposto, algumas
reformadoras de pneus, panificadoras e estratégias para o uso sustentável da
pizzarias. Em municípios da Chapada do Caatinga vêm sendo utilizadas, embora,
Araripe, onde se localizam indústrias de haja a necessidade de se discutir novas
gesso, o consumo de lenha atinge propostas mais adequadas às condições
valores de 30.000 metros cúbicos por regionais.

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Recursos florestais tecnologias existentes na região e em
outros países, passíveis de adoção e
A exploração dos recursos florestais adaptação; e (i) criação de bancos de dados
da Caatinga não é feita de modo referentes ao tema, a fim de centralizar a
sustentável, sendo identificadas duas fonte das tecnologias e facilitar o repasse
grandes lacunas nesse segmento. A pri- desses conhecimentos.
meira refere-se à falta de desenvolvimento
de Sistemas Agroflorestais (SAFs) na região No que diz respeito ao ajuste da
e a segunda se deve ao ajuste da oferta de oferta de matéria-prima florestal e o
matéria prima florestal na região e ao não cumprimento da reposição florestal
cumprimento, por parte da população obrigatória, os problemas são os seguintes:
local, da reposição florestal obrigatória. (a) superexploração da vegetação nativa
(manejo inadequado), tanto para produtos
Os problemas ligados ao desen-
madeireiros quanto não madeireiros
volvimento de SAFs na região semi-árida
(extrativismo); (b) caça e pesca predatória;
do Nordeste são os seguintes: (a) falta de
(c) comércio ilegal de plantas e animais
tradição do segmento florestal na região;
silvestres; (d) não reposição florestal
(b) desconhecimento dos benefícios dos
obrigatória; (e) desconhecimento de
SAFs; (c) ensino e práticas voltadas para o
espécies potenciais indicadas para
monocultivo (cultivo isolado); (d) falta de
reflorestamento em cada zona agro-
pesquisas que quantifiquem e qualifiquem
ecológica da região; (f) não cumprimento
as melhores alternativas agroflorestais, por
de leis governamentais de consumo e
zona agroeológica; e (e) desconhecimento
reposição de lenha; (g) falta de fiscalização
de práticas conservacionistas pelo uso de
por parte de órgãos governamentais junto
SAFs. Para solucionar estes problemas, são
às indústrias de transformação; e (h)
sugeridas as seguintes alternativas: (a)
distância entre áreas produtoras de
fomento das atividades agroflorestais
matéria-prima e indústrias transfor-
através de eventos de difusão, visando
madoras.
conscientizar e estimular técnicos e
agricultores; (b) financiamento institucional As seguintes propostas alternativas
dos órgãos governamentais e ONGs na são sugeridas para atenuar esses
solução de problemas comuns, evitando problemas: (a) organização de estruturas
dispersão de esforços e recursos; (c) que envolvam produtores e consumidores,
parceria entre os setores de pesquisa, para a comercialização dos produtos;
ensino e extensão com entidades privadas (b) simplificação dos procedimentos buro-
para uma atuação integrada; (d) introdução cráticos na exploração e manejo de
de conceitos e noções básicas de espécies vegetais em matas naturais;
agrossilvicultura nas escolas técnicas de (c) apoio financeiro aos agricultores que
ciências agrárias, proporcionando um comercializam lenha, a fim de melhor
maior conhecimento da área agroflorestal; proceder ao reflorestamento, cumprindo
(e) implantação da disciplina de assim, a reposição florestal; (d) esta-
agrossilvicultura nos cursos de graduação belecimento de recomendações aos órgãos
de engenharia florestal, agronômica e de pesquisa e outros, para elaboração de
zootécnica; (f) capacitação de recursos um zoneamento indicativo de espécies
humanos para desenvolvimento das potenciais para reflorestamento, por zona
atividades aplicadas em sistemas agroecológica de cada Estado; (e) iden-
agrossilviculturais; (g) divulgação dos tificação de mecanismos administrativos ou
resultados de pesquisa de modo que os financeiros que permitam a opera-
mesmos cheguem ao agricultor de forma cionalização de propostas para reposição
clara e divulgação conjunta dos órgãos de florestal por parte de agricultores e
pesquisa, extensão e agricultores através indústrias consumidoras de lenha e carvão;
de unidades demonstrativas nas (f) reforço do papel dos produtores rurais
comunidades; (h) levantamento das no processo de abastecimento das

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Zig Koch
Paisagem da Caatinga

indústrias; (g) busca de maior vínculo entre aumento do número de órgãos de fomento
consumidores de lenha e produtores rurais; para venda de sementes e/ou mudas de
(h) delimitação de regiões prioritárias para espécies florestais; (p) criação de maior
reposição florestal, em função das contingente de fiscais e polícia florestal para
indústrias existentes, do avanço do o IBAMA, para uma fiscalização mais
desmatamento, ou de áreas em processo efetiva; (q) incentivo às campanhas de
de desertificação; (i) evitar a formação de reflorestamento, ao nível de produtor rural;
latifúndios energéticos, por parte de (r) incentivo à criação de viveiros florestais
indústrias de transformação (cal, gesso, dirigidos por comunidades e/ou
cimento etc.) a fim de evitar a expulsão de associações de classes; (s) fomento de
famílias rurais; (j) estabelecimento de atividades de carvoejamento, identificando
normas de reflorestamento, indicando ao processos rentáveis de transformação da
reflorestador padrões de manejo das lenha em carvão e mercados alternativos
espécies quanto ao espaçamento a ser para o produtor; (t) valorização econômica
efetuado (evitando que a reposição seja da vegetação por práticas de adensamento
somente em função do número de plantas, de espécies nativas de valor comercial,
sem observar o espaçamento ideal para o selecionando as espécies em função do seu
plantio); (l) desenvolvimento de técnicas ciclo de crescimento; (u) introdução de
florestais objetivando maior integração práticas que reduzam o grau de exposição
espacial entre atividades florestais e e lixiviação do solo, e incrementem a
agrícolas, mediante uso de sistemas produtividade madeireira dos reflores-
agroflorestais em plantios de reposição tamentos; e (v) expansão do sistema de
obrigatória; (m) oferta de assistência unidades de conservação (unidades de
técnica por parte dos órgãos proteção integral e de uso sustentável) para
governamentais, com maior atuação e garantir o uso sustentável e a conservação
participação da extensão rural no processo; dos recursos genéticos dos principais
(n) incentivo à criação de áreas de remanescentes de florestas nativas da
produção de sementes florestais; (o) região.

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Áreas degradadas órgãos de pesquisa e outras instituições,
como auxílio ao combate à desertificação;
Uma área considerável da Caatinga (o) divulgação e assessoria às instituições
encontra-se degradada, podendo levar à de extensão e grupos de trabalhos de
perda da biodiversidade, à erosão genética desenvolvimento comunitário sobre
de espécies vegetais e à erosão do solo e, tecnologias existentes na região e em
em conseqüência, incentivar o êxodo rural. outros países, passíveis de adoção e
O nível de degradação de algumas áreas adaptação; (p) criação de bancos de dados
pode ser tão grande que as mesmas referentes ao tema, a fim de centralizar
correm risco de desertificação. Para evitar fonte de tecnologias e facilitar o repasse
a expansão das áreas degradadas e da desses conhecimentos; (q) realização de
desertificação na região, são propostas as encontros e/ou workshops a fim de
seguintes estratégias: (a) promoção de direcionar as pesquisas para as demandas
encontros, cursos e treinamentos sobre problemáticas; e (r) execução de um
combate a desertificação; (b) cadastro de programa de recuperação de matas ciliares.
instituições públicas e privadas que tenham
interesse em participar do programa de
combate à desertificação; (c) estudo das
Pecuária
cadeias produtivas nas áreas passíveis de Em função das condições
desertificação e mobilização dos atores edafoclimáticas desfavoráveis, a pecuária
para torná-las atrativas do ponto de vista tem se constituído, ao longo do tempo,
social e econômico; (d) estabelecimento de na atividade principal de cerca de um
mecanismos de integração do setor milhão de propriedades rurais de base
público/privado, principalmente no nível de familiar disseminadas nos mais de noventa
estados e municípios; (e) incentivo às milhões de hectares do semi-árido
campanhas de reflorestamento utilizando brasileiro. O modelo atual de pecuária na
espécies ameaçadas de extinção; (f) região não é sustentável, pois exerce uma
divulgação e prestação de assessoria sobre grande pressão sobre a vegetação nativa,
as tecnologias novas e/ou modificadas; (g) acelerando, por conseguinte, a perda da
estabelecimento e reforço do sistema de biodiversidade regional. De modo geral,
vigilância contra a desertificação; (h) os fatores limitantes ao desenvolvimento
atuação na fiscalização de indústrias que de uma pecuária sustentável tanto do
agridem o meio ambiente, exigindo o ponto de vista ecológico como do ponto
cumprimento de leis de proteção de vista econômico são os seguintes: (a)
ambiental; (i) incremento das pesquisas baixo nível de capacitação gerencial dos
relacionadas ao impacto ambiental no produtores rurais, debilidade organizativa
semi-árido brasileiro, principalmente e acesso limitado ao crédito e aos serviços
relativas às áreas de mineração, manejo e de assistência técnica e extensão rural; (b)
conservação do solo e água, manejo de condições de semi-aridez predominante
solos salinos e alcalinos, manejo de bacias nas áreas de caatinga, associadas às
hidrográficas, manejo florestal e conser- irregularidades das chuvas; e (c) baixa
vação da biodiversidade; (j) cumprimento produtividade decorrente da qualidade
das exigências de relatórios de avaliações genética inferior dos rebanhos.
de impactos ambientais (EIA/RIMA), para O seguinte conjunto de propostas é
todos e quaisquer projetos de desen- feito visando compatibilizar as atividades de
volvimento agrícola; (l) ampliação da base pecuária e a conservação da biodiver-
genética das espécies através da prática de sidade: (a) avaliação do potencial da
reflorestamento; (m) reflorestamento com caatinga para produção de ruminantes,
espécies ameaçadas de desaparecimento, apicultura, madeira e outros usos, e
transformando essas áreas em produtoras desenvolvimento de métodos racionais
de sementes e/ou de conservação in situ; para sua exploração extrativa;
(n) oferta das tecnologias geradas pelos (b) identificação de espécies nativas da

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caatinga com potencial forrageiro, melífero, condições de semi-aridez; (q) avaliação das
madeireiro, frutífero, medicinal, aromático, diversas raças existentes visando identificar
ornamental e outros usos, e desen- e selecionar genótipos bovinos, caprinos e
volvimento de métodos para seu cultivo ovinos mais produtivos nas condições de
sistemático; (c) introdução e avaliação de semi-aridez; e (r) preservação de raças/
forrageiras exóticas para corte e pastejo, e ecótipos nativos.
desenvolvimento de métodos para seu
estabelecimento e manejo; (d) estudo de
Agricultura
alternativas mais eficientes de suple-
mentação, volumosa e concentrada, para Historicamente a agricultura praticada
ruminantes durante os períodos secos; (e) na região semi-árida é nômade, itinerante ou
desenvolvimento e validação de sistemas migratória, onde os agricultores desmatam,
diversificados de produção (silvopastoris, queimam e plantam por um curto período
agrosilvopastoris) adaptados aos principais (em torno de dois ou três anos), e mudam
espaços agroecológicos e socioeconô- para outras áreas repetindo a mesma prática,
micos do semi-árido; (f) avaliação de na expectativa de uma recuperação da
alternativas de exploração pecuária em capacidade produtiva dos solos, o que,
associação com os sistemas hortifrutícolas entretanto, vem reduzindo consideravelmente
irrigados; (g) zoneamento agroecológico a biodiversidade regional. A agricultura vem
em base municipal ou microrregional para de uma ocupação territorial desordenada e
a produção animal; (h) desenvolvimento de impactante em razão da falta de tradição de
alternativas para melhoria da qualidade e planejamento, o que dificulta, ainda que não
para incorporação de valor agregado aos impossibilite, a reordenação dos espaços.
diversos produtos e subprodutos da A agricultura de sequeiro é uma
atividade agropecuária dependente de ameaça à biodiversidade regional devido aos
chuva; (i) criação de linhas de crédito para seguintes fatores: (a) agricultura migratória;
os pequenos produtores, vinculadas aos (b) baixa produtividade das culturas,
programas de assistência técnica e de decorrente do uso de espécies nativas e/ou
educação ambiental; (j) desenvolvimento primitivas de qualidade genética inferior,
de alternativas de suplementação alimentar implicando no uso de uma área maior de
dos rebanhos nos períodos secos, através terra; (c) sistemas de produção de limitada
do aproveitamento racional de restos eficiência, apresentando níveis de pro-
culturais e de métodos de conservação de dutividade aquém dos seus potenciais;
forragens; (l) desenvolvimento de (d) baixo nível de capacitação gerencial e
alternativas de suplementação energética tecnológica do produtor; (e) debilidade
e protéica, a partir de subprodutos acentuada na organização profissional e
industriais ou de outras fontes não social do produtor; (f) acesso precário aos
convencionais; (m) identificação das meios de produção, especialmente ao
principais carências minerais e de métodos crédito; (g) assistência técnica quantitativa e
para a sua prevenção e controle; (n) estudo qualitativamente deficiente; (h) pouca ou
de métodos mais eficientes de manejo nenhuma integração entre os distintos
reprodutivo para as diversas espécies segmentos das cadeias produtivas; e (i)
animais criadas em condições extensivas políticas públicas de apoio ausentes ou pouco
e semi-extensivas no semi-árido; (o) adequadas para os diversos segmentos.
desenvolvimento de máquinas e As seguintes propostas visam
implementos agrícolas de baixo custo para contornar esses problemas: (a) aumento da
as diversas operações de produção e produtividade pela utilização de variedades
processamento de forragens e de manejo melhoradas, de ciclo curto e resistentes às
do rebanho; (p) desenvolvimento de adversidades climáticas; (b) caracterização
modelos mais eficientes de instalações fixas e monitoramento dos recursos de solo,
e semifixas para as diversas fases e água e vegetação em uso no semi-árido;
operações da atividade pecuária em (c) desenvolvimento de métodos mais

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André Pessoa
Homem da Caatinga

eficientes de captação, armazenamento e água de irrigação; (i) erosão dos solos, pelo
uso econômico de água de chuva; (d) manejo inadequado dos solos, sem técnicas
estudos visando desenvolver métodos para conservacionistas; (j) assoreamento de rios
maior aproveitamento da água salina de pela eliminação da mata ciliar e manejo
origem subterrânea com o mínimo impacto inadequado do solo; (l) desmatamento quase
ambiental; (e) desenvolvimento de métodos total do perímetro irrigado, sem reposição;
racionais de preservação e conservação dos (m) desequilíbrio ecológico decorrente do uso
recursos do solo, água e vegetação, e de intensivo de agrotóxicos; (n) compactação do
recuperação de áreas degradadas do semi- solo; (o) expansão da agricultura em regiões
árido; (f) elaboração do zoneamento de naturais; (p) contaminação da água pelo uso
risco climático para as principais culturas indiscriminado de agrotóxicos; e (q)
dependentes de chuva do semi-árido; produção de grande quantidade de resíduos
(g) zoneamento e caracterização dos inorgânicos (lixo das embalagens).
principais sistemas de produção do semi-
As seguintes propostas são feitas para
árido – estudo de tipologias.
minimizar o impacto da agricultura irrigada
Os principais fatores negativos sobre a biodiversidade regional: (a) fis-
decorrentes da agricultura irrigada são: (a) calização permanente junto aos agricultores
sistemas de produção de limitada eficiência, por parte dos órgãos competentes, sobre o
apresentando níveis de produtividade aquém cumprimento legal do uso das áreas
dos seus potenciais; (b) baixo nível de ribeirinhas; (b) divulgação, de forma clara, dos
capacitação gerencial e tecnológica do resultados das pesquisas para os agricultores;
produtor; (c) debilidade acentuada na (c) divulgação conjunta dos órgãos de
organização profissional e social do produtor; pesquisa, extensão e agricultores através de
(d) acesso precário aos meios de produção, unidades demonstrativas nas comunidades;
especialmente ao crédito; (e) assistência (d) manejo integrado de pragas, através do
técnica quantitativa e qualitativamente controle biológico, visando reduzir o uso de
deficiente; (f) pouca ou nenhuma integração agrotóxicos; (e) utilização de variedades
entre os distintos segmentos das cadeias melhoradas e de alta produtividade;
produtivas; (g) políticas públicas de apoio (f) monitoramento ambiental de todos
ausentes ou pouco adequadas para os perímetros irrigados; (g) introdução e seleção
diversos segmentos; (h) salinização dos de variedades de fruteiras mais produtivas e
perímetros irrigados, devido o mal uso da mais adequadas às condições edafocli-

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máticas dos pólos de irrigação (mangueira, (a) desenvolvimento e implantação de um
videira, coqueiro, goiabeira, bananeira e programa de educação ambiental
aceroleira); (h) introdução e seleção de integrado às escolas; (b) reforço da
variedades mais produtivas e mais adequadas descentralização do sistema de gestão
de hortaliças (melancia, melão, cebola e ambiental, fortalecendo a ação ambiental
tomate); (i) validação de novas alternativas nos municípios com implementação de
agroeconômicas de cultivo de fruteiras, Agendas 21; (c) desenvolvimento do
hortaliças e outros fins (alimentares, potencial turístico ecológico regional aliado
industriais, ornamentais, forrageiras, etc), ao programa de educação ambiental; (d)
com ênfase na introdução de novas instituição de mecanismos financeiros e
variedades/espécies; (j) desenvolvimento de compensatórios para a criação de uma rede
sistemas integrados mais eficientes de de unidades de conservação municipais em
controle das principais pragas e doenças que toda a região da Caatinga; e (e) criação de
afetam os cultivos irrigados, inclusive sua linhas de créditos específicos para projetos
aplicação em cultivos orgânicos; (l) de conservação da biodiversidade,
desenvolvimento de práticas melhoradas de recuperação ambiental e manejo
manejo do solo e da água em cultivos sustentável dos recursos naturais,
irrigados das principais fruteiras e hortaliças; especialmente para pequenos produtores
(m) desenvolvimento de práticas e comunidades locais.
melhoradas de manejo das culturas,
especialmente no que tange ao uso de
hormônios (videira, aceroleira), reguladores Recomendações Finais
de crescimento (mangueira), nutrição A Caatinga necessita, além de
(goiabeira, aceroleira, coqueiro), poda e estratégias específicas para problemas
anelamento (goiabeira, aceroleira), específicos, de um planejamento
adensamento (bananeira, goiabeira) e estratégico permanente e dinâmico. O que
consorciação; (n) desenvolvimento de se pretende com o planejamento
métodos mais eficientes de colheita, estratégico é que o meio ambiente, em
tratamento pós-colheita, acon- geral, e a vegetação da caatinga, em
dicionamento, armazenamento e transporte particular, sejam parte central das políticas
dos principais produtos hortifrutícolas públicas e sejam incorporados como um
cultivados sob irrigação; (o) tema central nas decisões e ações dos
desenvolvimento de métodos e práticas para diversos setores da economia e
a melhoria das qualidades sanitária, nutritiva, segmentos da sociedade. Para tal, é
sensorial e de uso das frutas e hortaliças; preciso atuar tanto no campo especi-
(p) desenvolvimento de alternativas para ficamente ambiental quanto no campo
incorporação de valor agregado aos das demais políticas setoriais do país, seja
produtos hortifrutícolas; e (q) estudos no nível nacional, regional ou local.
visando melhorar a caracterização das É imprescindível que esse planejamento
cadeias produtivas, circuitos de estratégico tenha por base um
comercialização, novas oportunidades de conhecimento profundo das causas da
mercado e espaços de valorização e degradação ambiental e das tendências
competitividade dos principais produtos da socioeconômicas, e uma visão pros-
agricultura irrigada. pectiva, a partir da análise de possíveis e
prováveis cenários futuros. É preciso,
ainda, que o planejamento estratégico seja
efetivamente participativo, e que sejam
Outras propostas alternativas promovidos debates em todos o níveis do
Além das propostas listadas acima, governo e segmentos da sociedade. Assim
é fundamental para a promoção do uso recomenda-se a criação de um Grupo de
sustentável dos recursos naturais da Planejamento Estratégico (de alto nível)
Caatinga, o seguinte conjunto de ações: para o uso sustentável do bioma Caatinga.

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