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Legislação

Águas para Consumo/Tratadas


AGENDA:

 Qualidade da Água para Consumo Humano e


Padrões de Potabilidade;

 Parâmetros de Qualidade de Águas


Subterrâneas;

 Parâmetros de Qualidade de Água Mineral;

 Parâmetros de Qualidade para Água de Diálise.


Qualidade da Água para
Consumo Humano e
Padrões de Potabilidade
Evolução das Portarias de
Potabilidade do Ministério da Saúde

Portaria MS nº 2914/2011

Portaria MS nº 518/2004

Portaria MS nº 1469/2000 2003: Instituição da Secretaria de


Vigilância em Saúde (SVS)

Portaria GM nº 36/1990

Portaria BSB nº 56/1977

Decreto n° 79.367/1977: Ministério da Saúde passou a


legislar sobre o Padrão de Potabilidade da Água para o
Consumo Humano.
Evolução das Portarias de Potabilidade do MS
Portaria BSB nº Portaria GM nº Portaria MS nº 1469/2000 Portaria MS nº Portaria MS nº
56/1977 36/1990 518/2004 2914/2011
ESTRUTURA
• Portaria • Portaria • Portaria • Portaria • Portaria como
• Anexos • Anexos como Norma • Anexos como Norma Norma de
de Qualidade de Qualidade Qualidade
• Anexos
CONTEÚDO
• Padrão de • Definições; • Definições; • Definições; • Disposições
potabilidade, • Normas e padrões • Norma de Qualidade: • Norma de Gerais;
aspectos de potabilidade, - Disposições Qualidade: • Definições;
microbiológicos e incluindo VMP e preliminares; - Disposições • Competências e
parâmetros de critérios de - Definições; preliminares; Responsabilidades;
qualidade física, amostragem; - Deveres e - Definições; • Exigências
química e • Condições responsabilidades; - Deveres e aplicáveis aos
organoléptica, específicas: - Padrão de responsabilidades; sistemas e
incluindo Valores - Cloro residual potabilidade; - Padrão de soluções
Máximos livre; - Planos de potabilidade; alternativas
Desejáveis - Manutenção de amostragem; - Planos de coletivas de
(VMD), além dos pressão positiva; - Exigências aplicáveis amostragem; abastecimento de
Valores Máximos - Relatórios sobre a aos sistemas e - Exigências água para
Permitidos qualidade da soluções alternativas aplicáveis aos consumo humano;
(VMP), para os água. de abastecimento de sistemas e soluções • Padrão de
parâmetros água; alternativas de potabilidade;
físicos e - Penalidades; abastecimento de • Planos de
químicos. - Disposições Finais. água; amostragem;
- Penalidades; • Penalidades;
- Disposições Finais. • Disposições Finais
e Transitórias.
Evolução das Portarias de Potabilidade do MS
Portaria BSB nº Portaria GM nº Portaria MS nº 1469/2000 Portaria MS nº Portaria MS nº
56/1977 36/1990 518/2004 2914/2011
REVISÃO/ASPECTOS GERAIS
• Revisão baseada • Revisão baseada • Revisão baseada nos • Revisão baseada • Exigência de
na experiência nos Guias para la Guias para la Calidad nos Guias para la laboratórios de
internacional Calidad del Agua del Agua Potable da Calidad del Agua controle e
(guias da OMS). Potable da OMS. OMS (1995, 1996 e Potable da OMS vigilância.
1997). (1995, 1996 e 1997)
• Ausência de e legislações Responsabilidades:
definição e clareza. • Abrangência aos internacionais. • SESAI/MS -
• Centrada na diversos sistemas de executar ações de
definição do padrão abastecimento. • Deveres e vigiância nos SAAs
de potabilidade. • Direitos do responsabilidades das aldeias
• Parâmetros e consumidor. (Federal, Estadual, indígenas.
padrões • Visão integrada (do Municipal, • FUNASA - apoiar
desatualizados. manancial à Operador). as ações de
• Planos mínimos de distribuição). controle.
amostragem. • Exigências aplicáveis • ANVISA - Portos,
aos sistemas de aeroportos,
abastecimento de passagens de
água. fronteira terrestre.
• Enfoque
epidemiológico.

• Planos mínimos de
amostragem.
Evolução das Portarias de Potabilidade do MS

Número de parâmetros citados


Tipo de Parâmetro Portaria Portaria Portaria Portaria Portaria
56/1977 36/1990 1469/2000 518/2004 2914/2011
Inorgânicos 10 11 13 13 15
Orgânicos 0 7 13 13 15
Agrotóxicos 12 13 23 23 27
Desinfetantes e Produtos Secundários
0 2 6 6 7
da Desinfecção

30
Número de Parâmetros Citados

25

20
Portaria 56/1977
15 Portaria 36/1990
Portaria 1469/2000
10 Portaria 518/2004
Portaria 2914/2011
5

0
Inorgânicos Orgânicos Agrotóxicos Desinfetantes e Produtos
Secundários da
Desinfecção
Portaria MS nº 2914/2011
• Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade.

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS


CAPÍTULO II - DAS DEFINIÇÕES
CAPÍTULO III - DAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
CAPÍTULO IV – DAS EXIGÊNCIAS APLICÁVEIS AOS SISTEMAS E
SOLUÇÕES ALTERNATIVAS COLETIVAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
PARA CONSUMO HUMANO
CAPÍTULO V – DO PADRÃO DE POTABILIDADE
CAPÍTULO VI – DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
CAPÍTULO VII – DAS PENALIDADES
CAÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO IV
DAS EXIGÊNCIAS APLICÁVEIS AOS SISTEMAS E SOLUÇÕES ALTERNATIVAS
COLETIVAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

Art. 23. Os sistemas e as soluções alternativas coletivas de abastecimento de


água para consumo humano devem contar com responsável técnico habilitado.

Art. 24. Toda água para consumo humano, fornecida coletivamente, deverá
passar por processo de desinfecção ou cloração.
As águas provenientes de manancial superficial devem ser submetidas a
processo de filtração. (Portaria 518/2004 menciona distribuição por canalização)

CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
- Padrão Microbiológico;
- Turbidez pós-filtração ou pré-desinfecção;
- Metas progressivas para turbidez para filtração rápida e lenta;
- Tempo de contato para desinfecção;
- Substâncias Químicas (Inorgânicos, Orgânicos, Agrotóxicos,
Desinfetantes e Subprodutos;
- Cianotoxinas;
- Radioatividade;
- Padrão Organoléptico.
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 27. Padrão microbiológico  Anexo I

Portaria MS n° 518/2004:
• Não prevê ações corretivas,
apenas reamostragens.
• Escherichia coli era opcional
(obrigatório só se houvesse
amostra positiva para
Coliformes Totais).
1 - Valor máximo permitido;
2 - Indicador de contaminação fecal;
3 - Indicador de eficiência de tratamento;
4 - Indicador de integridade do sistema de distribuição (reservatório e rede).

§ 1º Amostras com resultado positivo para coliformes totais  ações corretivas e a coleta de
novas amostras em dias imediatamente sucessivos até que revelem resultados satisfatórios.
§ 2º Recoleta no ponto com resultado positivo, a montante e a jusante.
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 30. Garantia da qualidade microbiológica  Atendimento ao padrão de turbidez (Anexo II)

§ 1º Entre os 5% dos valores permitidos de turbidez superiores ao VMP, para água subterrânea
com desinfecção, o limite máximo para qualquer amostra pontual deve ser de 5,0 uT,
assegurado, simultaneamente, o atendimento ao VMP em toda a extensão do sistema de
distribuição (reservatório e rede).
§ 2° VMP de 0,5 uT para água filtrada por filtração rápida e VMP de 1,0 uT para água filtrada
por filtração lenta  metas progressivas (Anexo III)
§ 3º Verificação mensal do atendimento percentual. Amostras preferencialmente no efluente
individual de cada unidade de filtração, no mínimo diariamente para desinfecção ou filtração
lenta e no mínimo a cada duas horas para filtração rápida.

Na Portaria MS n° 518/2004: Filtração rápida = 1,0 uT em 95% das amostras; Filtração lenta =
2,0 uT em 95% das amostras. Verificação mensal do limite com amostras a cada 4 horas para
filtração rápida.
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 30. Garantia da qualidade microbiológica  Atendimento ao padrão de turbidez
§ 2° Metas progressivas  Anexo III
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 31. Necessário monitoramento mensal de E. coli nos pontos de captação superficial. Se a
média geométrica anual for >= 1.000 Escherichia coli/100mL  monitoramento de Giardia spp. e
Cryptosporidium spp.
Na Portaria MS n° 518/2004 era apenas recomendado o estudo da presença de Giardia spp. e
Cryptosporidium spp, não era obrigatório no caso da presença de E. coli.

Art. 32. Na desinfecção da água por meio da cloração, cloraminação ou da aplicação de dióxido
de cloro devem ser observados os tempos de contato e os valores de concentrações residuais na
saída do tanque  Anexos IV, V e VI (valores de tempo de contato mínimo, variando conforme a
concentração residual de cloro livre, temperatura e pH)
§ 2º Ozônio  TC de 0,16 mg.min/L, temperatura média igual = 15° C.
§ 4° Radiação UV  Dose mínima de 1,5 mJ/cm² para 0,5 log de inativação de cisto de
Giardia spp.

Art. 33. Manancial subterrâneo com ausência de contaminação por E. coli  cloração mantendo o
residual mínimo do sistema de distribuição, conforme art. 34.
Art. 34. Manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2 mg/L de cloro residual
combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda a extensão do sistema de distribuição.
Portaria MS n° 518/2004 recomendava apenas, para desinfecção por cloração, TC mínimo de 30
minutos, pH < 8,0, cloro residual livre, após a desinfecção, mínimo de 0,5 mg/L e manutenção de
0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de distribuição.
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Anexo IV:

Tempo de contato
mínimo (minutos)
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 37. Água potável deve estar em conformidade com o padrão de substâncias químicas que
representam risco à saúde e cianotoxinas  Anexos VII e VIII
§ 1° Fluoretação  concentração de íon fluoreto  Portaria nº
635/GM/MS/1976, não podendo ultrapassar o VMP expresso na Tabela do Anexo VII.
§ 2° Concentrações de cianotoxinas (Anexo VIII) = contribuições da fração
intracelular e da fração extracelular.
§ 3° Presença de gêneros potencialmente produtores de cilindrospermopsinas 
análise dessas cianotoxinas, VMP = 1,0 μg/L. (Portaria MS n° 518/2004 era 15 µg/L)
§ 4° Presença de gêneros de cianobactérias potencialmente produtores de
anatoxina-a (s)  análise desta cianotoxina. (Portaria MS n° 518/2004 não cita)

Anexo VIII

1 - A frequência para o controle de cianotoxinas está prevista na tabela do Anexo XII.


2 - Valor Máximo Permitido.
3 - O valor representa o somatório das concentrações de todas as variantes de microcistinas.

Na Portaria MS n° 518/2004, Saxitoxinas não era um parâmetro, era uma


recomendação.
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 37. Anexo VII – Substâncias químicas que representam risco à saúde.
Portaria 518/2004 Portaria 2914/2011
Parâmetro
VMP (mg/L) VMP (mg/L)
INORGÂNICAS
Antimônio 0,005 0,005
Arsênio 0,01 0,01
Bário 0,7 0,7
Cádmio 0,005 0,005
Chumbo 0,01 0,01
Cianeto 0,07 0,07
Cobre 2 2
Cromo 0,05 0,05
Fluoreto 1,5 1,5
Mercúrio 0,001 0,001
Níquel N.C.* 0,07
Nitrato (como N) 10 10
Nitrito (como N) 1 1
*N.C. = Não Selênio 0,01 0,01
Comenta. Urânio N.C.* 0,03
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 37. Anexo VII – Substâncias químicas que representam risco à saúde. (CONTINUAÇÃO)
Portaria 518/2004 Portaria 2914/2011
Parâmetro
VMP (μg/L) VMP (μg/L)
ORGÂNICAS
Acrilamida 0,5 0,5
Benzeno 5 5
Benzo[a]pireno 0,7 0,7
Cloreto de Vinila 5 2
1,2 Dicloroetano 10 10
1,1 Dicloroeteno 30 30
1,2 Dicloroeteno (cis + trans) N.C.* 50
Diclorometano 20 20
Di(2-etilhexil) ftalato N.C.* 8
Estireno 20 20
Pentaclorofenol N.C.* 9
Tetracloreto de Carbono 2 4
Tetracloroeteno 40 40

*N.C. = Não Triclorobenzenos 20 20


Comenta. Tricloroeteno 70 20
Portaria Parâmetro
Portaria
518/2004 Parâmetro
Portaria
2914/2011
MS nº VMP (μg/L) VMP (μg/L)
AGROTÓXICOS
2914/2011 2,4 D 30 2,4 D + 2,4,5 T 30
Alaclor 20,0 Alaclor 20
CAPÍTULO V
Aldicarbe +
DO PADRÃO DE N.C.* - Aldicarbesulfona 10
POTABILIDADE +Aldicarbesulfóxido
Aldrin + Dieldrin 0,03 Aldrin + Dieldrin 0,03
Art. 37. Anexo VII –
Substâncias Atrazina 2 Atrazina 2
químicas que Bentazona 300 N.C.* -
representam risco à N.C.* - Carbendazim + benomil 120
saúde. N.C.* - Carbofurano 7
(CONTINUAÇÃO)
Clordano 0,2 Clordano 0,2
Clorpirifós + clorpirifós-
N.C.* - 30
oxon
DDT 2 DDT+DDD+DDE 1
N.C.* - Diuron 90
Endossulfan 20 Endossulfan (α, β e sais) 20
Endrin 0,6 Endrin 0,6
Glifosato 500 Glifosato + AMPA 500
Heptacloro e Heptacloro
0,03 N.C.* -
epóxido
*N.C. = Não
Comenta. Hexaclorobenzeno 1 N.C.* -
Portaria Portaria Portaria
Parâmetro 518/2004 Parâmetro 2914/2011
MS nº VMP (μg/L) VMP (μg/L)

2914/2011 AGROTÓXICOS
Lindano (gama HCH) 2 Lindano (gama HCH) 2
CAPÍTULO V N.C.* - Mancozebe 180

DO PADRÃO DE N.C.* - Metamidofós 12

POTABILIDADE Metolacloro 10 Metolacloro 10


Metoxicloro 20 N.C.* -
Art. 37. Anexo VII –
Molinato 6 Molinato 6
Substâncias
químicas que N.C.* - Parationa Metílica 9
representam risco à Pendimentalina 20 Pendimentalina 20
saúde. Pentaclorofenol 9 N.C.* -
(CONTINUAÇÃO)
Permetrina 20 Permetrina 20
N.C.* - Profenofós 60
Propanil 20 N.C.* -
Simazina 2 Simazina 2
N.C.* - Tebuconazol 180
N.C.* - Terbufós 1,2
Trifluralina 20 Trifluralina 20

*N.C. = Não
Comenta.
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 37. Anexo VII – Substâncias químicas que representam risco à saúde. (CONTINUAÇÃO)

Portaria 518/2004 Portaria 2914/2011


Parâmetro
VMP (mg/L) VMP (mg/L)
DESINFETANTES E PRODUTOS SECUNDÁRIOS DA DESINFECÇÃO
Ácidos haloacéticos total N.C.* 0,08
Bromato 0,025 0,01
Clorito 0,2 1
Cloro residual livre 5 5
Cloraminas Total N.C.* 4
Monocloramina 3 N.C.*
2,4,6 Triclorofenol 0,2 0,2
Trihalometanos Total 0,1 0,1

*N.C. = Não
Comenta.
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 38. Potabilidade da água do ponto de vista radiológico: concentrações não devem exceder
0,5 Bq/L para atividade alfa total e 1 Bq/L para beta total.
Para valores acima dos níveis de triagem: análise de radionuclídeos (Anexo IX).

Portaria MS n° 518/2004 apenas


comentava:
• Radioatividade alfa total = 0,1 Bq/L
• Radioatividade beta total = 1,0 Bq/L
Não menciona radionuclídeos.

Art. 39. A água potável deve estar em conformidade com o padrão organoléptico de
potabilidade expresso no Anexo X.
• pH: 6 - 9,5
• Teor máximo cloro livre: 2 mg/L
• Ferro e manganês - valores superiores ao VMPs desde que: estejam complexados com
produtos químicos de baixo risco; os demais padrões não sejam violados; suas
concentrações não ultrapassem 2,4 e 0,4 mg/L, respectivamente. (Na Portaria MS n°
518/2004 não há esse comentário)
Portaria 518/2004 Portaria 2914/2011
Parâmetro Unidade
VMP VMP
Portaria
PADRÃO ORGANOLÉPTICO DE POTABILIDADE
MS nº Alumínio mg/L 0,2 0,2
2914/2011 Amônia (como NH3) mg/L 1,5 1,5
Cloreto mg/L 250 250
Cor Aparente uH 15 15
CAPÍTULO V 1,2 diclorobenzeno mg/L N.C.* 0,01
DO PADRÃO DE 1,4 diclorobenzeno mg/L N.C.* 0,03
POTABILIDADE Dureza total mg/L 500 500
Etilbenzeno mg/L 0,2 0,2
Art. 39. Anexo X. Ferro mg/L 0,3 0,3
Gosto e odor** Intensidade Não objetável 6
Manganês mg/L 0,1 0,1
Monoclorobenzeno mg/L 0,12 0,12
Sódio mg/L 200 200

*N.C. = Não Sólidos dissolvidos totais mg/L 1000 1000


Comenta. Sulfato mg/L 250 250
Sulfeto de hidrogênio mg/L 0,05 0,1
**Intensidade
Surfactantes (como LAS) mg/L 0,5 0,5
máxima de
percepção para Tolueno mg/L 0,17 0,17
qualquer Turbidez uT 5 5
característica de Zinco mg/L 5 5
gosto e odor.
Xilenos mg/L 0,3 0,3
Portaria MS nº 2914/2011
CAPÍTULO VI
DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
Art. 40. Responsáveis pelo controle da qualidade em sistemas de manancial superficial ou
subterrâneo  coleta de amostras semestrais de água bruta
§ 1º A frequência de monitoramento de cianobactérias no ponto de captação pode
ser alterada de acordo com os resultados da última análise.
§ 2º Deve ser feita análise de clorofila-a com frequência semanal (indicador de
potencial de aumento de cianobactérias).
§ 4º Para densidade de cianobactérias > 20.000 células/mL  realizar análise de
cianotoxinas na água do manancial, no ponto de captação, com frequência semanal.

Art. 41. Os responsáveis pelo controle da qualidade devem elaborar e submeter Plano de
Amostragem, respeitando os planos mínimos dos Anexos XI, XII, XIII e XIV.
§ 4º Caso haja cianotoxinas na água tratada, na saída do tratamento  obrigatória a
comunicação imediata às clínicas de hemodiálise e às indústrias de injetáveis.

Anexo XI – Frequência de monitoramento de cianobactérias no manancial de abastecimento


Portaria MS nº CAPÍTULO VI
2914/2011 DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
Anexo XII - Número mínimo de amostras e frequência para SAA, para fins de análises físicas, químicas
e de radioatividade, em função do ponto de amostragem, da população abastecida e do tipo de
manancial.
Portaria MS nº CAPÍTULO VI
2914/2011 DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
Anexo XIII - Número mínimo de amostras mensais para SAA, para fins de análises microbiológicas, em
função da população abastecida.

Anexo XIV - Número mínimo de amostras e frequência mínima de amostragem para solução
alternativa coletiva, para fins de análises físicas, químicas e microbiológicas, em função do tipo de
manancial e do ponto de amostragem
Portaria MS nº 2914/2011 x Outros Países

Portaria USEPA
Quantidade de Parâmetros Controlados
2914/2011 (2009)
Inorgânicos 15 16
Orgânicos 15 36
Agrotóxicos 27 17
Desinfetantes e Produtos Secundários da
7 7
Desinfecção
Total 64 76

Portaria USEPA OMS


Número total de parâmetros controlados
2914/2011 (2009) (2011)
Orgânicos + Inorgânicos + Radioativos +
66 80 96
Agrotóxicos + Desinfetantes + Subprodutos
Parâmetros de Qualidade de
Águas Subterrâneas
Resolução CONAMA 396/2008

Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o


enquadramento das águas subterrâneas.
Art. 3 As águas subterrâneas são classificadas em:
I - Classe Especial: águas dos aquíferos,ou porção desses
destinadas à preservação de ecossistemas em unidades de
conservação de proteção integral e as que contribuam
diretamente para os trechos de corpos de água superficial
enquadrados como classe especial;
II - Classe 1: águas dos aquíferos, ou porção desses, sem
alteração de sua qualidade por atividades antrópicas, e que
não exigem tratamento para quaisquer usos preponderantes
devido às suas características hidrogeoquímicas naturais;
Resolução CONAMA 396/2008

• III - Classe 2: águas dos aquíferos, ou porção desses, sem


alteração de sua qualidade por atividades antrópicas, e
que podem exigir tratamento adequado, dependendo do
uso preponderante, devido às suas características
hidrogeoquímicas naturais;

• IV - Classe 3: águas dos aquíferos, porção desses, com


alteração de sua qualidade por atividades antrópicas, para
as quais não é necessário o tratamento em função dessas
alterações, mas que podem exigir tratamento adequado,
dependendo do uso preponderante, devido às suas
características hidrogeoquímicas naturais;
Resolução CONAMA 396/2008

• V - Classe 4: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos


ou porção desses, com alteração de sua qualidade por
atividades antrópicas, e que somente possam ser
utilizadas, sem tratamento, para o uso preponderante
menos restritivo;

• VI - Classe 5: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos


ou porção desses, que possam estar com alteração de sua
qualidade por atividades antrópicas, destinadas a
atividades que não têm requisitos de qualidade para uso.
CONAMA 396/2008 - Das Condições e
Padrões de Qualidade das Águas

• Art. 5 - As águas subterrâneas da Classe Especial deverão


ter suas condições de qualidade naturais mantidas.

• Art. 6 - Os padrões das Classes 1 a 4 deverão ser


estabelecidos com base nos Valores de Referência de
Qualidade-VRQ, determinados pelos órgãos competentes,
e nos Valores Máximos Permitidos para cada uso
preponderante.
Parágrafo único. Os parâmetros que apresentarem
VMP para apenas um uso serão válidos para todos os
outros usos, enquanto VMPs específicos não forem
estabelecidos pelo órgão competente.
CONAMA 396/2008 - Das Condições e
Padrões de Qualidade das Águas

• Art. 12. Os parâmetros a serem selecionados para


subsidiar a proposta de enquadramento das águas
subterrâneas em classes deverão ser escolhidos em
função dos usos preponderantes, das características
hidrogeológicas, hidrogeoquímicas, das fontes de poluição
e outros critérios técnicos definidos pelo órgão competente.

Parágrafo único. Dentre os parâmetros selecionados,


deverão ser considerados, no mínimo, Sólidos Totais
Dissolvidos, nitrato e coliformes termotolerantes.
CONAMA 396/2008 - Das Condições e
Padrões de Qualidade das Águas

• Art. 13. Os órgãos competentes deverão monitorar os


parâmetros necessários ao acompanhamento da condição
de qualidade da água subterrânea, com base naqueles
selecionados conforme o artigo 12, bem como pH,
turbidez, condutividade elétrica e medição de nível de
água.

• Art. 15. As amostragens e as análises de água subterrânea


e sua interpretação para avaliação da condição de
qualidade serão realizadas pelo órgão competente,
podendo ser utilizado laboratório próprio, conveniado ou
contratado.
CONAMA 396/2008 - Diretrizes Ambientais Para
Prevenção e Controle da Poluição Das Águas
Subterrâneas
• Art. 20. Os órgãos ambientais em conjunto com os órgãos
gestores dos recursos hídricos deverão promover a
implementação de Áreas de Proteção de Aquíferos e
Perímetros de Proteção de Poços de Abastecimento,
objetivando a proteção da qualidade da água subterrânea.

• Art. 27. A aplicação e disposição de efluentes e de


resíduos no solo deverão observar os critérios e exigências
definidos pelos órgãos competentes e não poderão conferir
às águas subterrâneas características em desacordo com
o seu enquadramento
CONAMA 396/2008 - Diretrizes Ambientais Para o
Enquadramento Das Águas Subterrâneas

• Art. 28. O enquadramento das águas subterrâneas dar-se-


á de acordo com as normas e procedimentos definidos
pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH e
Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, observadas as
diretrizes ambientais apresentadas neste Capítulo.

• Parágrafo único. De acordo com esta Resolução, o


enquadramento das águas subterrâneas nas classes será
efetuado com base nos usos preponderantes mais
restritivos atuais ou pretendidos, exceto para a Classe 4,
para a qual deverá prevalecer o uso menos restritivo.
CONAMA 396/2008 - Diretrizes Ambientais Para o
Enquadramento Das Águas Subterrâneas

• Art. 29. O enquadramento das águas subterrâneas será realizado


por aquífero, conjunto de aquíferos ou porções desses, na
profundidade onde estão ocorrendo as captações para os usos
preponderantes, devendo ser considerados no mínimo:
I - a caracterização hidrogeológica e hidrogeoquímica;
II - a caracterização da vulnerabilidade e dos riscos de
poluição;
III - o cadastramento de poços existentes e em operação;
IV - o uso e a ocupação do solo e seu histórico.
V - a viabilidade técnica e econômica do
enquadramento;
VI - a localização das fontes potenciais de poluição;
VII - a qualidade natural e a condição de qualidade das águas
subterrâneas.
CONAMA 396/2008 - Diretrizes Ambientais Para o
Enquadramento Das Águas Subterrâneas

• Art. 31. Os estudos para enquadramento das águas


subterrâneas deverão observar a interconexão hidráulica
com as águas superficiais, visando compatibilizar as
respectivas propostas de enquadramento.

Anexo I – Parâmetros com Probabilidades de ocorrência em


águas subterrâneas para Orgânicos, Inorgânicos e
Agrotóxicos.
CONAMA 396/2008
Anexo I

VMP: Valores Máximos


Permitidos

LQP: Limites de
Quantificação Praticáveis
CONAMA 396/2008
Anexo I

VMP: Valores Máximos


Permitidos

LQP: Limites de
Quantificação Praticáveis
CONAMA 396/2008
Anexo I

VMP: Valores Máximos


Permitidos

LQP: Limites de
Quantificação Praticáveis
CONAMA 396/2008
Anexo I

VMP: Valores Máximos


Permitidos

LQP: Limites de
Quantificação Praticáveis
CONAMA 396/2008 - Anexo II

Apresenta exemplo de
estabelecimento de padrões
por classe para
parâmetros selecionados de
acordo com o art. 12,
considerando o uso
concomitante para
consumo humano,
dessedentação, irrigação e
recreação.

VRQ: Valor de Referência


de Qualidade
DECISÃO DE DIRETORIA Nº 195-2005.
CETESB – COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO
AMBIENTAL.

• Dispõe sobre a aprovação dos Valores Orientadores para Solos


e Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo – 2005, em
substituição aos Valores Orientadores de 2001, e dá outras
providências
Artigo 3 – Os Valores Orientadores para Solos e Águas
Subterrâneas - 2005 deverão ser adotados, no que couber, em
todas as regras pertinentes da CETESB e nas Normas
Técnicas, já editadas ou a serem publicadas, especialmente as
Normas Técnicas sobre a “Aplicação de Lodos de Sistemas de
Tratamento Biológico” e “Lodos de Curtumes” – Critérios para o
Uso em Áreas Agrícolas e Procedimentos para Apresentação de
Projetos”.
DECISÃO DE DIRETORIA Nº 195-2005.
CETESB – COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO
AMBIENTAL.

ANEXO ÚNICO:

• Valor de Referência de Qualidade - VRQ é a concentração de


determinada substância no solo ou na água subterrânea, que
define um solo como limpo ou a qualidade natural da água
subterrânea.
• Valor de Prevenção - VP é a concentração de determinada
substância, acima da qual podem ocorrer alterações
prejudiciais à qualidade do solo e da água subterrânea.
• Valor de Intervenção - VI é a concentração de determinada
substância no solo ou na água subterrânea acima da qual
existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde
humana.
DECISÃO DE DIRETORIA Nº 195-2005.
CETESB – COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO
AMBIENTAL.

Valores Orientadores Para Solo e Água Subterrânea no Estado


de São Paulo Para as Seguintes Substâncias:
• Substâncias Inorgânicas;
• Hidrocarbonetos aromáticos voláteis;
• Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos;
• Benzenos clorados;
• Etanos clorados;
• Etenos clorados;
• Metanos clorados;
• Fenóis clorados e não Clorados;
• Ésteres ftálicos;
• Pesticidas organoclorados.
DECISÃO DE
DIRETORIA Nº 195-
2005 CETESB
DECISÃO DE
DIRETORIA
Nº 195-2005
CETESB
Parâmetros de Qualidade de
Água Mineral
Resolução RDC nº 274 de 2005
Regulamento Técnico Para Águas Envasadas e Gelo.

ALCANCE: Fixar a identidade e as características mínimas de


qualidade a que devem obedecer a Água Mineral Natural, a
Água Natural, a Água Adicionada de Sais envasadas e o Gelo
para consumo humano.
Água Mineral Natural: é a água obtida diretamente de fontes
naturais ou por extração de águas subterrâneas. É
caracterizada pelo conteúdo definido e constante de
determinados sais minerais, oligoelementos e outros
constituintes considerando as flutuações naturais.
Resolução RDC nº 274 de 2005

Água Natural: é a água obtida diretamente de fontes naturais


ou por extração de águas subterrâneas. É caracterizada pelo
conteúdo definido e constante de determinados sais minerais,
oligoelementos e outros constituintes, em níveis inferiores
aos mínimos estabelecidos para água mineral natural. O
conteúdo dos constituintes pode ter flutuações naturais.

Água Adicionada de Sais: é a água para consumo humano


preparada e envasada, contendo um ou mais dos compostos
previstos no item 5.3.2 deste Regulamento. Não deve conter
açúcares, adoçantes, aromas ou outros ingredientes.

Gelo para consumo humano: é a água em estado sólido.


Resolução RDC nº 274 de 2005

REQUISITOS ESPECÍFICOS:

Água Mineral Natural e Água Natural

Água Adicionada de Sais

Gelo: deve ser preparado a partir de água cujos parâmetros


microbiológicos, químicos e radioativos atendam à Norma de
Qualidade da Água para Consumo Humano.
Resolução RDC nº 274 de 2005
Limites para substâncias químicas que representam risco à saúde.
Resolução RDC nº 274 de 2005
Limites para substâncias químicas que representam risco à saúde.
Resolução RDC nº 274 de 2005
Limites para substâncias químicas que representam risco à saúde.
Resolução RDC nº 274 de 2005
Limites para substâncias químicas que representam risco à saúde.
Resolução RDC nº 274 de 2005

• REQUISITOS GERAIS

As etapas a serem submetidas a Água Mineral Natural e a


Água Natural não devem produzir, desenvolver e ou agregar
substâncias físicas, químicas ou biológicas que coloquem em
risco a saúde do consumidor e ou alterem a composição
original, devendo ser obedecida a legislação vigente de Boas
Práticas de Fabricação.

Devem atender, ainda, aos Regulamentos Técnicos


específicos de Características Macroscópicas e
Microscópicas; Rotulagem de Alimentos Embalados, no que
couber; e outras legislações pertinentes.
Resolução RDC nº 274 de 2005

Para fins de registro da Água Adicionada de Sais, preparada


a partir de água de surgência ou poço tubular, é obrigatória a
apresentação do documento de outorga emitido pelo órgão
competente e resultados de ensaios de substâncias químicas
e microbiológicas constantes na Norma de Qualidade da
Água para Consumo Humano.

. A Água Adicionada de Sais não deve ser proveniente de


fontes naturais procedentes de extratos aquíferos.
Resolução RDC nº 274 de 2005

REQUISITOS ADICIONAIS DE ROTULAGEM:

Águas envasadas: Não deve constar qualquer expressão que


atribua ao produto propriedades medicamentosas e ou
terapêuticas. Com gás/ sem gás.

Água Mineral Natural e Água Natural: Devem constar,


obrigatoriamente, as seguintes advertências, "Contém
Fluoreto", quando o produto contiver mais que 1 mg/L de
fluoreto; "O produto não é adequado para lactentes e
crianças com até sete anos de idade", quando contiver mais
que 2 mg/L de fluoreto; "O consumo diário do produto não é
recomendável: , quando contiver mais que 2 mg/L de fluoreto.
"Contém sódio", quando contiver mais que 200 mg/L de Na.
Resolução RDC nº 274 de 2005

Água Adicionada de Sais: Declarar a composição final do


produto, em ordem decrescente de concentração, em relação
aos elementos previstos no item 5.3.3. Pode haver variação
em função da matéria-prima.

Não devem constar dizeres ou representações gráficas que


gerem qualquer semelhança com os dizeres correspondentes
à identidade das Águas Minerais Naturais ou Águas Naturais.

Deve constar a forma de tratamento utilizada.


Resolução RDC nº 275 de 2005
Aprova o "REGULAMENTO TÉCNICO DE
CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS PARA ÁGUA
MINERAL NATURAL E ÁGUA NATURAL“

ALCANCE: Fixar as características microbiológicas para


Água Mineral Natural e Água Natural.
Amostra indicativa: é a amostra composta por um número de
unidades amostrais inferior ao estabelecido para a amostra
representativa.
Amostra representativa: é a amostra constituída por um
número de unidades amostrais estabelecido na Tabela 1.
Resolução RDC nº 275 de 2005

Deve ser efetuada a análise da amostra representativa quando na


amostra indicativa for detectada a presença de E. coli ou coliformes
(fecais) termotolerantes e ou o número de coliformes totais e ou
enterococos e ou P. aeruginosa e ou clostrídios sulfito redutores e ou
C. perfringens for maior que o limite estabelecido para amostra
indicativa.
Resolução RDC nº 275 de 2005

• Amostra representativa: Sempre que se tratar de avaliação


de partida deve ser coletada a amostra representativa, em
cumprimento aos dispositivos legais vigentes. Excetuam-se
as atividades que requeiram amostragem para investigação
(relacionada com suspeita ou com identificação de problemas
na partida, para confirmação ou verificação da sua natureza e
extensão ou ainda para informações sobre as possíveis
fontes de problema) ou que requeiram inspeções rígidas
(planos estatísticos com maior poder de discriminação de
falhas).
Resolução RDC nº 275 de 2005
A partida é aprovada quando atender os seguintes requisitos:

• ausência de Escherichia coli ou coliformes (fecais)


termotolerantes em todas as unidades da amostra
representativa;
• nenhuma unidade da amostra representativa apresentar
contagem de coliformes totais, enterococos,
Pseudomonas aeruginosa, clostrídios sulfito redutores ou
Clostridium perfringens maior que "M";
• no máximo uma unidade da amostra representativa
apresentar contagem de coliformes totais, enterococos,
Pseudomonas aeruginosa e clostrídios sulfito redutores e
ou Clostridium perfringens entre os valores "m" e "M".
Resolução RDC nº 275 de 2005

A partida será rejeitada, quando:

• for constatada a presença de Escherichia coli ou coliformes


(fecais) termotolerantes em uma das unidades da amostra
representativa;
• apresentar contagem de coliformes totais e ou enterococos e
ou Pseudomonas aeruginosa e ou clostrídios sulfito redutores
e ou Clostridium perfringens em uma das unidades da
amostra representativa, maior que "M";
• apresentar contagem de coliformes totais e ou enterococos e
ou Pseudomonas aeruginosa e ou clostrídios sulfito redutores
e ou Clostridium perfringens em mais de uma unidade da
amostra representativa, maior que "m".
Parâmetros de Qualidade
para Água de Diálise
Qualidade de Água para Diálise

Substâncias de
Corrente
pequeno peso Água
sanguínea
molecular

Maior insumo
na diálise

Impurezas na
água Efeitos
LETAL
(contaminantes) adversos

Microbiológicos

Químicos
Portaria nº 82/GM/2000 e RDC 154/2004
 Portaria nº 82/GM/2000
 Estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento dos
serviços de diálise e as normas para cadastramento destes junto
ao Sistema Único de Saúde – SUS.

 RDC 154/2004
 Estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento dos
serviços de diálise.
Portaria nº 82/GM/2000 e RDC 154/2004

Item Portaria nº 82/GM/2000 RDC 154/2004


1 DEFINIÇÕES IDEM PORTARIA Nº 82/GM/2000
2 ATRIBUIÇÕES GERAIS DOS SERVIÇOS DE DIÁLISE IDEM PORTARIA Nº 82/GM/2000
INDICAÇÃO DE DIÁLISE E MONITORAMENTO DA EVOLUÇÃO
3 IDEM PORTARIA Nº 82/GM/2000
DAS CONDIÇÕES CLÍNICAS DO PACIENTE
4 PARÂMETROS OPERACIONAIS PARA OS SERVIÇOS DE DIÁLISE IDEM PORTARIA Nº 82/GM/2000
5 PROCEDIMENTOS DO SERVIÇO DE DIÁLISE IDEM PORTARIA Nº 82/GM/2000
6 RECURSOS HUMANOS DO SERVIÇO DE DIÁLISE IDEM PORTARIA Nº 82/GM/2000
7 EQUIPAMENTOS IDEM PORTARIA Nº 82/GM/2000
8 QUALIDADE DA ÁGUA IDEM PORTARIA Nº 82/GM/2000
9 INFRA-ESTRUTURA FÍSICA IDEM PORTARIA Nº 82/GM/2000
NORMAS PARA CADASTRAMENTO DOS SERVIÇOS DE DIÁLISE
10 AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE DIÁLISE
JUNTO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
NOTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS
11 AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS SERVIÇOS DE DIÁLISE
GRAVES
12 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS IDEM PORTARIA Nº 82/GM/2000
Portaria nº 82/GM/2000 e RDC 154/2004
ITEM 8 – QUALIDADE DA ÁGUA
 Qualidade da água  determinante na segurança do tratamento
dialítico;
 Etapas de tratamento da água  sistemas especificados e dimensionados
(volume e características da água de abastecimento);

 Monitoramento de parâmetros microbiológicos e físico-químicos, além dos


procedimentos de tratamento  garantia de qualidade em TODAS as
etapas;
 Água de abastecimento (rede pública, poços artesianos ou de outros
mananciais)  padrão de potabilidade;
 Coleta de amostras de 500 mL na entrada do reservatório de água
portável;
 Inspeção da amostra pelo técnico responsável (com treinamento
específico) pela operação do sistema de tratamento.
A Portaria menciona o padrão de potabilidade conforme Portaria GM/MS nº
36, enquanto a resolução indica a Portaria GM/MS nº 518/2004.
Portaria nº 82/GM/2000 e RDC 154/2004

ITEM 8 – QUALIDADE DA ÁGUA

Características físicas e organolépticas da água potável


FREQUÊNCIA DE
PARÂMETRO ACEITÁVEL
VERIFICAÇÃO
CARACTERÍSTICA
Portaria nº Portaria nº
RDC 154/2004 RDC 154/2004
82/GM/2000 82/GM/2000

Cor aparente Ausente Incolor Diária


Turbidez Ausente Ausente Diária
Sabor Ausente Insípido Diária
Odor Ausente Inodoro Diária
Cloro residual livre > 0,2 mg/L > 0,5 mg/L Diária
pH 6,5 a 8,5 6,0 a 9,5 Diária

Fonte: Portaria nº 82/GM/2000 e RDC 154/2004.


Portaria nº 82/GM/2000 e RDC 154/2004
QUALIDADE DA ÁGUA TRATADA

 A qualidade da ÁGUA TRATADA é responsabilidade do diretor clínico


do serviço de diálise ou do responsável técnico contratado;
 Água tratada  processamento conforme padrão da Portaria nº
82/GM/2000 ou RDC 154/2004;
 Coleta de amostras em ponto contíguo ao de sua utilização.
Padrão de qualidade da água tratada utilizada na preparação de solução para diálise

VALOR MÁXIMO PERMITIDO FREQUÊNCIA DE ANÁLISE


COMPONENTES RDC
Portaria nº 82/GM/2000 RDC 154/2004 Portaria nº 82/GM/2000
154/2004
Coliforme total Ausência em 100 mL Ausência em 100 mL Mensal
Contagem de bactérias heterot. 200 UFC/mL 200 UFC/mL Mensal
Endotoxinas 1 ng/mL 2 EU/mL Mensal
Nitrato (NO3) 2 mg/L 2 mg/L Semestral
Alumínio 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Cloramina 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Cloro 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Cobre 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Fluoreto 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Sódio 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Cálcio 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Magnésio 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Potássio 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Bário 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Zinco 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Sulfato 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Arsênio 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Chumbo 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Prata 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Cádmio 0,01 mg/L 0,01 mg/L Semestral
Cromo 0,014 mg/L 0,014 mg/L Semestral
Selênio 0,09 mg/L 0,09 mg/L Semestral
Mercúrio 0,0002 mg/L 0,0002 mg/L Semestral
Berílio N.C. 0,00004 Semestral N.C.
Tálio N.C. 0,002 Semestral N.C.
Antimônio N.C. 0,006 mg/L Semestral N.C.
Portaria nº 82/GM/2000 e RDC 154/2004
ARMAZENAMENTO E MANUTENÇÃO

 Especificações em projeto quanto ao sistema de tratamento da água


potável para obtenção da água tratada para diálise, bem como o seu
reservatório;
 Informações sobre a operação e manutenção também devem estar no
projeto  água tratada para diálise;

Frequência de manutenção dos sistemas de armazenamento

Fonte: RDC 154/2004.


Portaria nº 82/GM/2000 e RDC 154/2004

ARMAZENAMENTO E MANUTENÇÃO

 Monitoramento contínuo da condutividade na saída do sistema de


tratamento de água para diálise;
 Condutividade deve ser igual ou menor que 10 micro Siemens/cm, medida a
temperatura de 25 ºC;

 Desinfecção dos sistema de tratamento, armazenagem e distribuição


da água tratada, reservatório  pessoa capacitada na técnica de
desinfecção.

Os procedimentos de manutenção devem ser realizados sempre que for


verificada a não conformidade com os padrões estabelecidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS, R. K. X. Controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano – evolução da
legislação brasileira. In: CONGRESSO REGIONAL DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL DA 4ª
REGIÃO DA AIDIS, CONE SUL, 4., 2003, São Paulo. Anais... Rio de Janeiro: Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária e Ambiental, 2003.

BRASIL. Decreto nº 79.367, de 9 de março de 1977. Dispõe sobre normas e o padrão de potabilidade
de água e dá outras providências. Diário Oficial da União. Capital Federal: 10 mar. 1977, Seção I, Parte I,
p. 2741.

______. Portaria MS nº 36, de 19 de janeiro de 1990. Aprova normas e o padrão de potabilidade da


água para consumo humano em todo o território nacional. DOU, Brasília: 23 jan. 1990, Seção I, p. 1651-
1654.

______. Portaria MS nº 82, de 03 de janeiro de 2000. Estabelece o Regulamento Técnico para o


funcionamento dos serviços de diálise e as normas para cadastramento destes junto ao Sistema Único de
Saúde. Brasília, DF.

______. Portaria MS n° 1.469, de 29 dez. 2000. Estabelece os procedimentos e responsabilidades


relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade, e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 22 fev. 2001. Seção 1.

______. Portaria MS nº 518, de 25 de março de 2004. Estabelece os procedimentos e


responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consum humano e seu
padrão de potabilidade, e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005.

______. Portaria MS nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle


e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2011.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. Resolução CONAMA n° 396, de 3 de abril de 2008. Dispõe sobre a classificação e diretrizes
ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências. Diário Oficial,
Brasília, 2008.

______. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 154, de 15 de junho de 2004. Estabelece o


Regulamento Técnico para o funcionamento dos Serviços de Diálise. Brasília-DF.

______. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 274, de 22 de setembro de 2005. Regulamento


Técnico para Águas Envasadas e Gelo. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 set 2005.

______. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 275, de 22 de setembro de 2005. Regulamento


Técnico de Características Microbiológicas para Água Mineral Natural e Água Natural. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 23 set 2005.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - CETESB. Decisão de diretoria


Nº195-2005-E, 23 de novembro de 2005. Disponível em: <http:/www.cetesb.org.br>. Acesso em: 25 abr.
2016.

VASCONCELOS, P. D. S. Monitoramento da água de diálise: um estudo de caso em uma clínica no


município de Recife. Monografia (Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde).
Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2012.

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