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“Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo
ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros:
Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo
Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-
aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai,
que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus;
o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado
nos céus” (Mt 16.13-19).
Ao lermos o episódio descrito no texto, sobrevém uma questão perturbadora: será que cremos
no Jesus correto? Mas como, se há só um Jesus verdadeiro? De fato, há quase dois mil anos, o
homem que andava pelas regiões da Judéia e Galiléia, sempre acompanhado por doze
discípulos, Homem Hábil nas escrituras, reto e íntegro, era chamado pelo nome de Jesus.
Pois quando esse Jesus perguntou aos seus discípulos pela visão que a opinião pública tinha
dEle, ouve a resposta: Uns dizem: João Batista; outros: Jeremias, ou algum dos profetas. Se
esta era a visão que a opinião pública tinha dEle, e se os discípulos reconheceram que Jesus
realmente era o Cristo, o Filho do Deus vivo, convém cada um perguntar-se.
Num Jesus João Batista? Num Jesus Elias? Ou em um Jesus algum dos profetas? Ou no Jesus,
o Cristo, o Filho do Deus vivo?
João Batista ensinava com vigor sobre a necessidade de arrependimento e preparação para a
vinda do Reino de Deus. Oferecia o batismo aos que estavam arrependidos. Pregou a lei ao rei
Herodes, devido ao seu pecado, especialmente o pecado de adultério e acabou tendo a sua
cabeça cortada.
Para muita gente Jesus é visto como alguém que prega a lei em toda a sua dureza, chamando
de “raça de víboras” e, como João oferece o batismo. Recebe-se o batismo e, falando
figuradamente, logo lhe é cortada a cabeça. Assim eles têm um Jesus “sem cabeça”, isto é, que
já não exerce a influência em sua vida e em suas decisões. Aqueles que desprezam a Palavra
de Deus, não se entregam a uma vida de oração e à prática da fé, é como se estivessem
decepando a “cabeça” de suas vidas, Jesus Cristo.
É importante perguntar-se: Creio eu num cristo desses, num Jesus João Batista, de cabeça
cortada, que não exerce influência em minha vida e em minhas decisões?
É muito elevado o número de pessoas e religiões adeptas do “Jesus Elias”. Ele é o Senhor da
prosperidade. O seu slogan poderia ser: “Aceite a Jesus Elias como Senhor sobre sua vida e
tudo irá mudar: saúde, relacionamentos, negócios, dinheiro, reputação”. A prosperidade e as
vantagens não poderiam tardar aos adeptos desse Jesus Elias. Afinal, experimentar a glória já é
um grande negócio. É unir o útil ao agradável.
Não quer dizer que cristãos não devam procurar progredir na vida. O problema é se eles
procuram um Jesus do qual apenas precisam para resolver os seus problemas e prosperar na
vida, esquecendo-se sempre mais daquilo que Jesus diz:
“Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto,
quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á.
Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mt 11.27).
Quantas pessoas têm em Jesus nada mais que um dos profetas, que é visto como aquele que,
quando vem, é para fazer represálias, tem mil e uma exigências e não passa de um desmancha-
prazeres. Enquanto está longe é um bom camarada, mas quando se aproxima passa a ser
inconveniente.
Quando a Palavra de Deus parece simpática a alguém, mas não passa disso e, na verdade, há
receio de se aproximar de Jesus e da sua Igreja, e há indiferença ou negligencia em praticar a
fé e o verdadeiro amor, Jesus é, nada mais nada menos, do que um dos profetas.
A pergunta feita inicialmente se reveste de grande importância para nossa reflexão: “Em que
Jesus eu creio?”.
Este é o verdadeiro Jesus que Deus Pai nos enviou. O verdadeiro Jesus Cristo que a Bíblia nos
mostra e nos ensina. É o único que nos concede vitória sobre o pecado, a morte e o diabo.
Aquele que pagou nossa grande dívida e que nos anuncia a absolvição de toda a culpa. O que
esse Jesus, o verdadeiro Jesus, fez por nós nenhum outro poderia fazer. Isto é maravilhoso!
Pena que os impenitentes, isto é, aqueles que não reconhecem e não se arrependem dos seus
pecados, os fascinados pelas coisas do mundo, os que não pensam em ser servidos, não
consigam perceber ao receber o grande presente que Ele nos oferece.
Mas, por outro lado, os tristes de coração, arrependidos dos pecados, que reconhecem sua
fraqueza diante de Deus, percebem a doçura do perdão dos pecados, a maravilha da
reconciliação com Deus, a satisfação do convívio com Deus, sua Palavra, sua Igreja.
Reconhecendo o grande amor de Cristo, a graça do perdão e a certeza de que Ele os receberá
junto de si nas mansões eternas, estes querem segui-lo com fidelidade e servi-lo com alegria,
não importando o preço que será pago para tal – espontaneamente o desejarão fazer.
Este é o incentivo de Jesus: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua
cruz e siga-me. Naturalmente isso não é fácil. Mas aquele que assim incentiva, também dará
condições e forças para se poder cumprir a sua vontade.
Não tem razão o apóstolo Paulo quando expressa o seu anseio: tenho o desejo de partir e estar
com Cristo, o que é incomparavelmente melhor?
Para que isso suceda, o que sem dúvida será fantástico e maravilhoso, creiamos no Jesus
verdadeiro e sigamo-lo com fidelidade até o fim para ouvirmos seu glorioso convite: Vinde,
benditos de meu Pai entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do
mundo. Então podemos dar um grande abraço e um grande beijo em Jesus, estar e viver na sua
companhia para todo o sempre. Amém.