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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Foram concluídas em agosto de 2015 as negociações que culminaram na adoção, em setembro,


dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), por ocasião da Cúpula das Nações Unidas
para o Desenvolvimento Sustentável. Processo iniciado em 2013, seguindo mandato emanado da
Conferência Rio+20, os ODS deverão orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação
internacional nos próximos quinze anos, sucedendo e atualizando os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM).

O Brasil participou de todas as sessões da negociação intergovernamental. Chegou-se a um


acordo que contempla 17 Objetivos e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas, como
erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero,
redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de
consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos
ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização,
governança, e meios de implementação. Confira a íntegra dos ODS acordados.
O Brasil desempenhou papel fundamental na implementação dos ODM e tem mostrado grande
empenho no processo em torno dos ODS, com representação nos diversos comitês criados para
apoiar o processo pós-2015. Tendo sediado a primeira Conferência sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Rio 92), bem como a Conferência Rio +20, em 2012, o Brasil tem um papel
importante a desempenhar na promoção da Agenda Pós-2015. As inovações brasileiras em
termos de políticas públicas também são vistas como contribuições para a integração das
dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento sustentável.

A coordenação nacional em torno da Agenda Pós-2015 e dos ODS resultou no documento de


"Elementos Orientadores da Posição Brasileira", elaborado a partir dos trabalhos de seminários
com representantes da sociedade civil; de oficinas com representantes das entidades municipais
organizadas pela Secretaria de Relações Institucionais/PR e pelo Ministério das Cidades; e das
deliberações do Grupo de Trabalho Interministerial sobre a Agenda Pós-2015, que reuniu 27
Ministérios e órgãos da administração pública federal. Confira o documento que contém os
elementos orientadores da posição brasileira.

Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável

A Agenda de Desenvolvimento Sustentável Pós-2015, agora chamada Agenda 2030, corresponde a


conjunto de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos das Nações Unidas e de
seus países membros rumo ao desenvolvimento sustentável.

Concluídas em agosto de 2015, as negociações da Agenda 2030 culminaram em documento


ambicioso que propõe 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas
correspondentes, fruto do consenso obtido pelos delegados dos Estados-membros da ONU. Os
ODS são o cerne da Agenda 2030 e sua implementação ocorrerá no período 2016-2030. Confira a
íntegra do documento da Agenda 2030.
A Conferência Rio+20, realizada em 2012 no Brasil, estabeleceu claro mandato para que os
Estados-membros da ONU construíssem coletivamente esse conjunto de objetivos e metas,
ampliando a experiência de êxito dos Objetivos do Milênio (ODM). Uma das novidades dos ODS e
de suas metas é o fato de se aplicarem a todos os Estados-membros das Nações Unidas. Isso
reflete o reconhecimento de que todos os países – desenvolvidos e em desenvolvimento – têm
desafios a superar quando o assunto é promoção do desenvolvimento sustentável em suas três
dimensões: social, econômica e ambiental. Além disso, o Brasil tem destacado a imensa
oportunidade de que a pobreza do mundo seja erradicada dentro do período de vigência da nova
Agenda.

A Agenda 2030 não se limita a propor os ODS, mas trata igualmente dos meios de implementação
que permitirão a concretização desses objetivos e de suas metas. Esse debate engloba questões
de alcance sistêmico, como financiamento para o desenvolvimento, transferência de tecnologia,
capacitação técnica e comércio internacional. Além disso, deverá ser posto em funcionamento
mecanismo de acompanhamento dos ODS e de suas metas. Esse mecanismo deverá auxiliar os
países a comunicar seus êxitos e identificar seus desafios, ajudando-os a traçar estratégias e
avançar em seus compromissos com o desenvolvimento sustentável. Confira a plataforma virtual
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (em inglês).
A nova Agenda de Desenvolvimento foi oficialmente adotada pelos Chefes de Estado e de
Governo do mundo todo na “Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável
2015”, que teve lugar na sede da ONU, em Nova York, de 25 a 27 de setembro. Esse evento,
ocorrido às vésperas da Sessão de Abertura da 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas,
representou ocasião para que os líderes do mundo anunciassem seu compromisso inequívoco
com o desenvolvimento sustentável e com a materialização do “Futuro que Queremos”.
No plano nacional, contamos com esforço amplo e participativo de coordenação para a formação
da posição brasileira. Em seus dois anos de funcionamento, o Grupo de Trabalho Interministerial
(GTI) envolveu amplamente o Executivo federal e recebeu decisivas contribuições dos Estados e
Municípios, da sociedade civil, de movimentos sociais, do setor privado e da academia. Essa ativa
participação da sociedade singularizou a atuação e a contribuição brasileira nos debates nas
Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável.

Rio+20 e seus resultados

Realizada em 2012, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20)
constituiu um dos maiores eventos da história da ONU, contando com a participação de 193
delegações, além de representantes da sociedade civil. O amplo diálogo com a sociedade
brasileira fez-se presente desde a preparação do evento, por meio da Comissão Nacional para a
Rio+20, que empreendeu consultas com os diversos atores internos para que se chegasse a uma
posição brasileira coesa na conferência.

A atuação do Brasil como presidente do evento contribuiu para que o documento final "O Futuro
que Queremos" alcançasse resultado equilibrado, atendendo às aspirações de países
desenvolvidos e em desenvolvimento. Dentre os principais resultados da Conferência, destaque-
se o compromisso assumido pelos Estados com a erradicação da pobreza extrema. Merecem igual
atenção o lançamento de processo intergovernamental para a criação dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS), a criação do Foro Político de Alto Nível sobre
Desenvolvimento Sustentável e o incentivo ao fortalecimento do Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (PNUMA).

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