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A Agenda 2030 não se limita a propor os ODS, mas trata igualmente dos meios de implementação
que permitirão a concretização desses objetivos e de suas metas. Esse debate engloba questões
de alcance sistêmico, como financiamento para o desenvolvimento, transferência de tecnologia,
capacitação técnica e comércio internacional. Além disso, deverá ser posto em funcionamento
mecanismo de acompanhamento dos ODS e de suas metas. Esse mecanismo deverá auxiliar os
países a comunicar seus êxitos e identificar seus desafios, ajudando-os a traçar estratégias e
avançar em seus compromissos com o desenvolvimento sustentável. Confira a plataforma virtual
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (em inglês).
A nova Agenda de Desenvolvimento foi oficialmente adotada pelos Chefes de Estado e de
Governo do mundo todo na “Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável
2015”, que teve lugar na sede da ONU, em Nova York, de 25 a 27 de setembro. Esse evento,
ocorrido às vésperas da Sessão de Abertura da 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas,
representou ocasião para que os líderes do mundo anunciassem seu compromisso inequívoco
com o desenvolvimento sustentável e com a materialização do “Futuro que Queremos”.
No plano nacional, contamos com esforço amplo e participativo de coordenação para a formação
da posição brasileira. Em seus dois anos de funcionamento, o Grupo de Trabalho Interministerial
(GTI) envolveu amplamente o Executivo federal e recebeu decisivas contribuições dos Estados e
Municípios, da sociedade civil, de movimentos sociais, do setor privado e da academia. Essa ativa
participação da sociedade singularizou a atuação e a contribuição brasileira nos debates nas
Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável.
Realizada em 2012, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20)
constituiu um dos maiores eventos da história da ONU, contando com a participação de 193
delegações, além de representantes da sociedade civil. O amplo diálogo com a sociedade
brasileira fez-se presente desde a preparação do evento, por meio da Comissão Nacional para a
Rio+20, que empreendeu consultas com os diversos atores internos para que se chegasse a uma
posição brasileira coesa na conferência.
A atuação do Brasil como presidente do evento contribuiu para que o documento final "O Futuro
que Queremos" alcançasse resultado equilibrado, atendendo às aspirações de países
desenvolvidos e em desenvolvimento. Dentre os principais resultados da Conferência, destaque-
se o compromisso assumido pelos Estados com a erradicação da pobreza extrema. Merecem igual
atenção o lançamento de processo intergovernamental para a criação dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS), a criação do Foro Político de Alto Nível sobre
Desenvolvimento Sustentável e o incentivo ao fortalecimento do Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (PNUMA).