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Custos Logisticos 1 PDF
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Custos Logísticos
Sumário
CAPÍTULO 1 – Por que são Importantes os Custos para o
Sistema de Gestão dos Processos Logísticos?.....................................................................05
Introdução.....................................................................................................................05
Síntese...........................................................................................................................23
Referências Bibliográficas.................................................................................................24
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Capítulo 1
Por que são Importantes
os Custos para o Sistema de
Gestão dos Processos Logísticos?
Introdução
Identificar alguns custos em logística exige um detalhamento das contas contábeis e na maioria
das vezes às empresas ainda trabalham com o sistema tradicional de contabilidade, uma conta-
bilidade onde as informações são sigilosas e de acesso restrito. Como obter uma redução dos
custos se não sabemos exatamente onde estão sendo realizadas as despesas?
No primeiro tópico deste capítulo você compreenderá os conceitos de custos numa visão maior
da organização para depois compreender as particularidades dos custos da logística em uma
organização. Quais são os custos que compõem o gasto total de uma operação em logística, e
como calcular e levantar esses custos.
Por que ao diminuir um custo em uma atividade de logística, outro custo tende a aumentar? No
segundo tópico você conhecerá os fatores que podem afetar a redução de um custo em detri-
mento de outro custo. Este processo é conhecido como prática das trocas compensatórias, onde
identificar o trade-off faz a diferença no processo de tomada de decisão.
No terceiro tópico deverá saber a distinção entre os custos. Quais são os custos direto e indireto
para as operações logísticas? São vários os tipos de custos envolvidos num processo de logística
e a primeira partição deve separar aqueles que estão diretamente ligados a operação da logísti-
ca daqueles que interferem indiretamente na prestação do serviço logístico.
VOCÊ SABIA?
O processo de levantamento dos custos logísticos vai depender do nível de integração
existente na empresa. Quais seriam as vantagens da integração para a apuração dos
custos logísticos? De que maneira o processo de intermodalidade e multimodalidade
contribuem para o levantamento dos custos logísticos?
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Custos Logísticos
Processos Nível de
Logísticos Serviço
Custo Total
Você já observou que o mercado é bastante competitivo e aquela empresa que não buscar me-
lhorias não consegue sobreviver por muito tempo. Para que uma empresa consiga obter um equi-
líbrio entre os seus custos totais e o nível de serviço que presta, deve necessariamente conhecer
bem cada um dos critérios de desempenho que afetam a organização.
O critério mais importante para a logística é “Nível de Serviço”, para Faria e Costa (2005, p. 43):
Um nível de serviço de excelência é aquele que encanta o cliente, ou seja, surpreende e vai
além da simples satisfação de seus requerimentos. Envolve fatores como: frequência de entrega,
tempo de ciclo do pedido, confiança no atendimento, flexibilidade no ressuprimento, qualidade
dos produtos, etc.
A empresa, ao conhecer quanto representa cada um dos seus custos em relação ao que arreca-
da, poderá aplicar planos de redução de custos conscientes e melhorar seu resultado financeiro,
sobrando assim mais dinheiro para investir em serviços diferentes e inovadores daqueles da con-
corrência. Assim conseguirá atingir a dianteira e manterá uma vantagem competitiva que poderá
demorar a ser conquistada pelos seus concorrentes, e quando eles conseguirem, ela estará sempre
a frente com mais inovações. Manter uma entrega de mercadoria dentro do horário combinado
O que é Custo logístico total? O ato de oferecer um nível de serviço em logística que surpreenda
o cliente. A empresa vai precisar de todos os setores da organização, pois nossas operações são
integradas e não devemos entender os custos de uma forma isolada. De acordo com Faria e
Costa (2005, p. 45),
[...] o conceito de custo logístico total é a premissa que sustenta as análises dos custos de
todo o macroprocesso logístico, auxiliando o gestor na tomada de decisão. Pela ótica da
logística integrada, os custos não podem ser vistos de forma isolada como se fossem elementos
independentes, assumindo que possuem uma relação direta com outras categorias de custos.
Até onde a contabilidade contribui para o processo de levantamento dos custos logísticos? Se
você tiver que começar um dia o programa de integração da organização, comece pela conta-
bilidade. É na contabilidade que todas as informações financeiras da organização descansam.
O processo de contabilização mediante as contas contábeis permite a identificação de todos os
gastos e despesas da organização.
A abrangência do cálculo de custos é muito ampla nos dias atuais. Na vida das organizações não é
muito diferente. Grande parte das decisões diárias envolve de alguma forma o custo. Ele apresenta
quatro campos de abrangência e aplicação dos custos, sendo eles: contábeis, vinculadas ao
planejamento, voltadas à gestão econômico-financeira, mercadológica e voltadas ao controle.
Percebeu que a contabilidade é fundamental para o processo de levantamento dos custos?
VOCÊ SABIA?
Por que é tão difícil o processo de levantamento de dados e dos custos logísticos na
cadeia de abastecimento? Por que normalmente as informações disponibilizadas pelos
relatórios contábeis não são separadas e também não existe uma integração entre os
setores da organização e entre as empresas, por isso novas ferramentas estão sendo
desenvolvidas para permitir o levantamento correto dos custos envolvidos numa cadeia
logística, dentre essas; Direct Product Profitability (DPP), Total Cost of Ownership (TCO)
e Costumer Profitability Annalysis (CPA).
Alguns conceitos importantes que o gestor de logística deve conhecer para poder compreender
os custos logísticos, de acordo com Faria e Costa (2005, p. 67), “envolvem os gastos, compe-
tência e ou regime de caixa, investimentos, perdas. As diferenças entre despesa e custos serão
apresentadas logo mais”.
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Custos Logísticos
- Custos diretos: Custos que podem ser facilmente identificados com os produtos ou serviços a
que se referem, sendo que para tal não necessite de critérios de rateio.
- Custos indiretos: Custos ou despesas que não são facilmente identificados aos produtos ou
serviços, normalmente são alocados por algum critério de rateio, direcionamento, ou são
recuperados pela ferramenta margem de contribuição defendida pelo custeio variável.
Vamos apresentar um exemplo bem básico de custos. Imagine fazer sanduíches. Os ingredientes
necessários para a confecção de um sanduiche seria: 1 pacote de pão com 10 unidades e 1 kg
e meio de carne, e todos os outros necessários ao preparo do sanduíche, dando um total de R$
55,00. Cada sanduíche demora em média 3 minutos para ser elaborado, total de 30 minutos e
para ficar totalmente pronto, se gasta mais 3 minutos e vai render ao final 10 sanduíches.
Será o custo do sanduíche o preço que você paga ao ir à sanduicheira? Ou seria o custo cor-
respondente ao gasto com a compra dos ingredientes? Mas, ao fazer um sanduíche deve levar
O custo direto será a composição dos itens que foram gastos para montar o sanduíche. Aqui se
destaca a matéria prima e a mão de obra. Esses são os custos que facilmente são identificados,
pois estão intimamente direto a fabricação do produto. No nosso caso, o custo de matéria prima
gasta para fazer os 10 sanduíches foi de R$ 55,00, e considerando que o “chapeiro” (profissio-
nal que faz sanduíche) ganha R$ 1.00 por sanduíche fabricado, no caso ele gastou 1 hora para
fabricar 10 sanduíches.
Outra parte envolvida no levantamento dos custos é a parte indireta, que é chamada de custos
indiretos. É tudo aquilo que foi utilizado indiretamente para a fabricação do sanduíche. Pode ser
o aluguel, IPTU, depreciação, gás e energia elétrica. Diferente dos custos diretos, o indireto é
mais difícil de ser dimensionado e será necessário definir algumas regras para que os cálculos
sejam efetivados para descobrir os custos que devemos atribuir a cada produto fabricado.
Mesmo que o sanduíche tenha sido fabricado dentro da sua casa e que não tenha gasto com
aluguel, este valor deverá ser rateado pelos sanduíches fabricados, evidentemente você utiliza
sua casa para outros afazeres como, por exemplo, lazer e descanso. Qual critério utilizar para
apropriar o valor que seria o aluguel de sua casa e depois como faria o rateio desse custo entre
o que utilizou para fabricar o sanduíche e o que foi utilizado para a fabricação do sanduíche?
Aqui encontramos conceitos de Rateio dos custos, custos diretos e indiretos e a base do rateio.
Observe que você poderá utilizar diversas bases de rateio dos custos indiretos. Para o caso de
um aluguel, você poderia pegar o valor do aluguel mensal e dividir pelos dias do mês, logo teria
um valor de aluguel dia.
Imagine um aluguel/IPTU no valor de R$ 500,00 por mês, aplicando o rateio por horas de trabalho,
teríamos: R$ 500,00/30 dias = Custo dia de aluguel no valor de R$ 16,66/pelas oito horas diárias,
cada hora equivale a R$ 2,08, valor este referente ao aluguel pela hora trabalhada do chapeiro.
Para o preparo de um sanduíche é necessário utilizar alguns utensílios (faca, tábua, talheres,
panelas), e um equipamento (chapa para fazer o sanduíche). Todos esses itens são produtos
que possuem uma vida útil maior e não ficaram incorporados ao produto final, foram somente
utilizados para a fabricação.
Para itens desta natureza é necessário fazer a depreciação. A depreciação é o valor gasto para
a aquisição desses itens em razão do tempo de vida útil deles. Os produtos foram adquiridos
ao valor R$ 1.200,00 (Mil e duzentos reais) e sua durabilidade é de um ano. Dividindo o valor
da compra em 12 meses encontramos o valor da depreciação desses itens, logo cada mês de
trabalho consumirá R$ 100,00 (Cem reais) de depreciação. Considerando o tempo gasto de 1
hora para fazer os dez sanduíches, dividiremos o valor da depreciação por 30. R$ 3,33 é o custo
de depreciação ao dia, sendo assim para cada hora o custo de depreciação será de R$ 0,41.
Outros custos estão envolvidos nesta operação de produção. A chapa de aquecer os itens neces-
sita do Gás. Mas quanto é o gasto de gás para fazer cada sanduíche? Aplicando a base de rateio
pela hora de trabalho e o valor do bujão de gás de 13 kg ao preço de R$ 45,00, é necessário
ainda definir um parâmetro para poder distribuir este custo. Para o cálculo do custo com gás, o
rateio levará em conta a durabilidade de tempo do botijão. Considerando que um bujão ligado
durante 24 horas chegará um momento que vai acabar e este tempo gasto será o indicador de
rateio. O dia possui 24 horas, logo teremos; 45/24 = R$ 1,87, que foi o custo do botijão de gás.
Como fizemos 10 sanduíches neste tempo, vamos ter um custo de R$ 0,19 cada aproximado.
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Custos Logísticos
A energia elétrica é um custo relativamente fácil de ser obtido. Como é impossível uma empresa
instalar um medidor de energia por cada cômodo e ou ambiente, a medida mais comum de ser
utilizada para apropriar os custos de energia é a metragem cúbica do espaço físico. Para isso
será necessário levantar a conta de luz e dividir ela entre os cômodos da casa (ou empresa), para
esta divisão pode-se utilizar a metragem de cada ambiente ou um rateio igual para cada espaço.
No nosso exemplo, vamos dividir pelos cômodos da casa. A energia gasta foi de R$ 100,00 ao
mês e a casa tem 4 cômodos, logo cada cômodo da casa consome em média R$ 25,00 por mês,
o mês com 30 dias terá ao dia um consumo de R$ 0,83. Como nosso chapeiro gastou uma hora
para fabricar os sanduíches, ele vai consumir R$ 0,10.
Esses são alguns exemplos de rateio e do levantamento dos custos, e quando bem aplicados,
servem para o controle das operações de uma empresa. Vamos ver agora quanto será o nosso
sanduíche considerando esses dados apresentados acima.
• Custos fixos: Aqueles que não variam dentro de uma capacidade instalada, entretanto, o
custo unitário varia de acordo com o volume da produção.
CASO
Expandir sem aumentar os custos.
Uma empresa localizada na região centro oeste do seguimento de alimentos, produtora de pro-
dutos derivados do frango está pensando em expandir as suas operações para outras regiões do
país. Seu processo de operação é complexo, pois envolve além de ter os fornecedores de frango
próximo a unidade fabril ela depende dos fornecedores de insumos e matéria prima. Seus desa-
fios não param por ai, ela vai precisar definir o nível de inventário desses produtos para estabe-
lecer os pontos de armazenamento e de distribuição do produtos que são fornecidos congelados
e resfriados a uma temperatura de 0º a 20 º. A empresa terá que decidir entre comprar um con-
corrente na região que pretende atuar e ou construir toda a infraestrutura necessária para a fá-
brica. Após simulação de várias situações envolvendo toda a sua rede logística, estoque puxado
e empurrado, terceirizar ou não a frota, abrir ou reduzir CD (centro de distribuições), a empresa
chegou à conclusão que o melhor custo benefício, ou seja, o melhor modelo que poderia oca-
sionar uma redução nos custos logísticos total com a manutenção de um serviço de qualidade foi
o modelo que apresentou uma redução de 10 % nos custos totais da logística. O sistema Cross
docking, que diminuiu o número de instalações e de itens de inventário, que reduziram os custos
de armazenamento gerando uma flexibilidade no atendimento e por consequência um aumento
do nível de serviço oferecido ao cliente. A seleção de uma seleção na logística vai depender do
nível de confiança das informações utilizadas para os cálculos de custos, e levar um serviço de
melhor qualidade com menores custos é uma ação de excelência na gestão da logística.
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Custos Logísticos
[...] há uma grande preocupação, por parte dos gestores, de elevar os níveis de qualidade
dos serviços prestados ou produtos elaborados, sem a elevação dos custos decorrentes desses
processos. O gestor envolvido deve ser capaz de gerenciar os custos totais das atividades, de
maneira eficiente, contribuindo assim, para que seja determinado o ponto ótimo entre os custos
e o nível de serviço oferecido ao cliente.
Um dos fatores que dificulta a gestão dos custos em toda a cadeia da logística é que, na maioria
das vezes, a forma como a empresa está estruturada organizacionalmente não permite uma in-
tegração necessária, exigindo assim cada vez mais do gestor de logística um esforço redobrado
de melhoria continua.
Alguns exemplos desses trade-offs que podem afetar o equilíbrio entre o custo total da logística
e o nível de serviço proposto são apresentados por Faria e Costa (2005, p. 47):
Custos Operacionais
Rede Logística Frete de Transferência
Leed Time
Frete de Distribuição
- Quantidade e localização de instalações
- Alocação dos estoques Armazenagem e Estoque
- Modalidade de transporte
- Capacidade
no de instalações no de instalações
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Custos Logísticos
Custos de Oportunidade;
Custos Relevantes;
Custos Irrecuperáveis;
Custo-Padrão;
Custo-Meta;
Custo Kaizen;
Além dos custos diretos e indiretos, fixos e variáveis já citados, vale aqui ainda destacar seis con-
ceitos de custos que podem contribuir com o gestor no seu processo de decisão de acordo com
Faria e Costa (2005, p. 70-77).
VOCÊ O CONHECE?
Hinrich Magelse, prático contábil alemão, foi quem em 1772 apresenta a depreciação
dos ativos iniciando um movimento que modifica a contabilidade até então financeira
para uma contabilidade de custos, baseado em quatro seguimentos; a escrituração,
cálculo de custos, orçamentos e estatística na empresa. (ACERVO SABER, 2015)
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Custos Logísticos
Além desses podemos exemplificar alguns outros custos logísticos. Por exemplo, para o custo
de transporte será necessário primeiro fazer uma classificação do tipo da carga, e esta análise
dos custos vai depender muito da natureza do produto e perfil do cliente. Os custos por tipo de
carga podem ser classificados em itinerante, urgente, comum e podem variar em função do tipo
de frete, que será por peso ou valor, onde será incluso as taxas e o pedágio e os custos opera-
cionais que envolvem remuneração mensal do capital empacado. Se o caminhão for próprio, há
depreciação, se não, o valor do empréstimo, o salário do motorista, os custos de oficina, licen-
ciamento e seguros, esses custos são diretos, ou seja, estão relacionados a cada um dos veículos.
Para os custos variáveis, pneus, lavagem, lubrificantes, combustível peças e acessórios, pode se
adotar a distância percorrida ou o rendimento do caminhão por litro.
É por meio do processo logístico que materiais fluem para a capacidade produtiva de uma nação
industrializada e produtos acabados são distribuídos aos consumidores. O recente crescimento
do comércio global expandiu o tamanho e a complexidade das operações logísticas. A logística
agrega valor aos processos da cadeia de suprimentos quanto o estoque é estrategicamente
posicionado para gerar vendas. Criar valor logístico é algo dispendioso. (PNLT, 2012).
Mediante a logística que você pode trazer vantagens competitivas para a sua organização, é
pela logística que você vai estabelecer onde os estoques vão estar alocados para realizar a sua
distribuição e transporte. São vários os desafios diários que o profissional de logística encontra
no seu dia a dia e dentre esses, deverá conseguir uma integração não somente entre os demais
departamentos da empresa, mas entre todos os demais elos da cadeia logística, exigindo de você
uma comunicação constante e muita movimentação para conseguir bons resultados nos seus pro-
cessos logísticos, de tal forma a levar um nível de serviço diferenciado com o menor custo total.
Por que a logística é importante para um país? O Brasil é um país de extensão territorial muito
grande, diversas culturas se interagem entre vários biomas e vegetações, criando talvez um dos
maiores centros de diversidade do planeta. Todas essas características acabam criando novos
desafios para a logística.
A logística não pode parar, sendo assim seus profissionais devem continuar fazendo esforços na
melhoria de seus processos logísticos visando sempre a redução dos custos para oferecer um
produto de qualidade e barato.
O maior custo para a movimentação de carga sem dúvida são os transportes e como trata-se de um
item que necessita de uma infraestrutura adequada, vamos discutir e apresentar as ações que estão
sendo tomadas pelo governo para melhorar as infraestruturas que afetam diretamente as operações
em logísticas, e para tanto vamos analisar o Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT).
No Brasil, a maior modal utilizado é o rodoviário, sendo o plano, 52% de toda carga movimentada
é feita nesta modalidade, o que demostra a nossa dependência com este modal. O plano não dei-
xa de ser uma iniciativa que visa melhorar a realidade deste setor mediante a aplicação de ações
públicas e privadas, propiciando a integração, desenvolvimento e superação das desigualdades.
Para o desenvolvimento do plano, as demandas são levantadas pelo ministério dos transportes
(Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Transportes, fórum que congrega todas as secre-
tárias de Transportes dos governos estaduais e adesão das lideranças mais significativas do setor)
e são transformadas em projetos onde aquelas que obtiverem pelo menos uma taxa interna de re-
torno econômico (TIRE) de 8% são consideradas exequíveis dentro do período estabelecido. Para
se ter uma ideia, dos 1.167 projetos classificados em 2011, 111 foram considerados prioritários
tendo em vista sua viabilidade econômica, 237, apesar de uma menor viabilidade, possuíam ca-
ráter sociopolítico e foram aprovados, e 588 não foram aprovados por diversos motivos, dentre
eles a falta de informações conclusivas.
O plano procura assegurar, além da participação de toda a sociedade, várias políticas de atua-
ção, de acordo com o PNLT (2012) podemos destacar:
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Custos Logísticos
Atualmente, a distribuição dos modais está distribuída conforme figura 4, onde apresenta o mo-
dal Rodoviário liderando em movimentação de carga. De acordo com o plano, o uso maior do
modal rodoviário implica em aumento nos custos logísticos e uma maior emissão de gases, por-
tanto não é desejável manter este patamar, e em contrapartida, um investimento em infraestrutura
deve justificar a aplicação dos recursos. Na maioria das vezes, investir em outros modais para
algumas regiões talvez não seja interessante economicamente, mas pode servir de alavancagem
para uma econômica regional. A estratégia adotada é buscar este equilíbrio utilizando as poten-
cialidades ambientais de cada região, como aclive do solo para as ferrovias e os rios disponíveis
para o modal hidroviário.
Nas ações de infraestrutura, no setor ferroviário existe a construção da ferrovia Nova Transnor-
destina e a concessão da Ferrovia Norte Sul. Na área portuária ocorre o aperfeiçoamento dos
processos de regulação e gestão dos serviços bem como programas de dragagem, de aprofun-
damento e manutenção dos canais de acesso. O objetivo é eliminar estrangulamentos perto
dos portos para que a integração entre os modais ocorra de forma mais eficiente. No subsetor
hidroviário, a proposta é o uso múltiplo das águas, aproveitando os rios tanto para geração de
energia como para transporte. No subsetor de navegação e marinha mercante, ações de melho-
ria da frota com incentivos para a construção naval.
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Custos Logísticos
Sobre o total dos custos em logística, só o sistema de Administração consome 20%, depois vem
a armazenagem com 19%, estoque 18%, tramites legais 10% e transporte 32%, de acordo com o
Banco Mundial. Observamos então que a redução dos custos devem ocorrer em todas as esferas.
De acordo ainda como relatório do PNLT (2011);
Fica, portanto, evidente que a racionalização dos custos de transportes poderá produzir efeitos
significativamente benéficos sobre o componente mais expressivo dos custos logísticos. Junte-se
a este raciocínio o fato de que, sob certas condições e para determinados fluxos de carga, os
fretes hidroviários e ferroviários podem ser 62% e 37% mais baratos do que os fretes rodoviários.
Pela proposta observamos os gargalos existentes no Brasil e o desafio que o profissional de logís-
tica enfrenta no seu dia a dia, bem como o por que de alguns custos serem altos.
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Custos Logísticos
• Concessões Rodoviárias- 5 Novos Projetos, 2.625 km. Investimento estimado: R$ 17,8 bi.
• Concessões Ferroviárias - 11.000 km. Investimento estimado: R$ 99,6 bi.
• Portos - Investimento estimado: R$ 54,6 bi.
• Aeroportos - 2 aeroportos: Galeão e Confins. Investimento estimado: R$ 9,2 bi. 270
aeroportos regionais.
• Trem de Alta Velocidade – TAV - Extensão Total de 511 km. Investimento Estimado:
R$ 35,6 bi.
Os gráficos abaixo apresentam o crescimento do país e seus desafios nos portos, aeroportos
e rodovias.
Neste capítulo conseguimos aprender a identificar os custos dentro do processo da logística. Ob-
servamos que é necessária a realização de um detalhamento das contas contábeis para apurar
como as despesas estão sendo realizadas. Conhecemos os principais conceitos envolvidos na
área e a importância dos custos totais para a cadeia de abastecimento. Compreendemos que o
ato de manipular uma informação de custo por si só não reduz os custos logísticos, eles simples-
mente mudam de lugar na empresa. Por isso a aplicação da prática das trocas compensatórias,
onde identificar os trade-offs, faz a diferença no processo de tomada de decisão. Entendemos
que nosso país ainda carece de uma melhor infraestrutura logística para que as empresas consi-
gam oferecer um serviço de melhor qualidade e baixo custo.
• Você já observou que o mercado é bastante competitivo e aquela empresa que não buscar
melhorias não consegue sobreviver por muito tempo. Para que uma empresa consiga obter
um equilíbrio entre os seus custos totais e o nível de serviço que presta, deve necessariamente
conhecer bem cada um dos critérios de desempenho que afetam a organização.
• Não resta dúvida que o maior desafio é a movimentação de carga. Atualmente os custos
de movimentação de carga são altíssimos dificultando ainda mais a melhoria de qualidade
de vida das pessoas.
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Referências Bibliográficas
BERTÓ, D. J.; BEULKE, R. Gestão de custos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
FARIA, A. C.; COSTA, M. de F. G. Gestão de custos logísticos. São Paulo: Atlas, 2005.
FONTOURA, F. B. B. Gestão de custos: Uma visão integradora e prática dos métodos de cus-
teio. São Paulo: Atlas, 2013.