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Comportamento do Mercado de
Tr a b a l h o e o N í v e l d e
Desemprego em São Luís - MA
O r g a n i z a d o r e s : L AU RA RE G IN A C A RNE IRO
VÂ N IA C R IS T IN A O L IV E I RA COE L H O
SEPLAN
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS
EDIVALDO HOLANDA BRAGA JÚNIOR - PREFEITO
www.diie.com.br
diie@diie.com.br
SÍNTESE
É possível comprovar, por meio de evidências, como a crise econômica pode afetar
significativamente o mercado de trabalho. De acordo com Thaís Barcellos, pesquisadora
do IDados4, “os dados indicam uma penalização dos trabalhadores mais velhos e com mais
tempo de emprego, além do aumento dos trabalhadores informais que trabalham por
conta-própria e da dificuldade de recolocação no mercado de trabalho”.
No trimestre de setembro-outubro-novembro de 2017, a população brasileira ocupada
(91,9 milhões) cresceu 1,0% em relação ao trimestre anterior (mais 887 mil pessoas). Em
relação ao mesmo trimestre do ano anterior (90,2 milhões de pessoas ocupadas), o
crescimento foi de 1,9% (mais 1,7 milhão de pessoas). Em consequência do aumento da
ocupação foi registrado aumento do nível da ocupação, (54,4%), que subiu em ambas as
comparações.
A população desocupada (12,6 milhões) caiu 4,1% (menos 543 mil pessoas) em relação
ao trimestre anterior. Porém, apesar de o país ter registrado uma redução de 0,6 p.p. na
1 Relação Anual de Informações Sociais (RAIS): é um registro administrativo, que capta o setor formal, que
é apenas uma parte da mão de obra brasileira. Os dados da RAIS abrangem todo o tipo de vínculo
empregatício (estatutários, celetistas, temporários e avulsos), sendo fundamental para mapear a estrutura do
mercado de trabalho e é divulgado anualmente.
2 Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED): registro administrativo que mapeia a
movimentação do emprego através do saldo de admitidos e desligados, de vinculo celetista, com observações
mensais. Diferentemente da RAIS, o mapeamento dos dados do CAGED apenas compreende a
movimentação dos vínculos celetistas, sendo interessante seu uso para uma análise conjuntural do mercado
de trabalho formal.
3 Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD Contínua): diferentemente dos registros
administrativos (RAIS e CAGED), é uma pesquisa domiciliar, feita a partir de entrevistas, que mensura o
percentual de pessoas – em relação à população economicamente ativa – que declararam estar procurando
trabalho no momento em que são abordadas pelos pesquisadores.
4 Disponível em: http://idados.org.br/blog/o-preco-do-desemprego/. Acesso em: 20/12/17
23.187
22.923
22.913
22.911
22.509
23.500
22.232
22.129
22.112
22.066
21.854
23.000
21.773
21.765
21.472
22.500
21.288
21.077
20.951
20.905
22.000
20.835
20.615
20.593
20.515
21.500
20.329
20.258
21.000
20.500
20.000
19.500
19.000
18.500
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jan-fev-mar
jan-fev-mar
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abr-mai-jun
jul-ago-set
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jul-ago-set
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jul-ago-set
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jul-ago-set
abr-mai-jun
jul-ago-set
out-nov-dez
out-nov-dez
out-nov-dez
out-nov-dez
out-nov-dez
Isso significa que, diante da crise econômica, o trabalhador brasileiro viu como solução
para o desemprego, o trabalho autônomo. E como mostra o gráfico 2, o saldo de Emprego
Formal tem seguido uma trajetória de acentuado declínio e apresentou os piores
resultados nos últimos 2 anos da série histórica (2015-2016).
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
0
-10.000.000
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Estoque 29.54 31.40 33.23 35.15 37.60 39.44 41.20 44.06 46.31 47.45 48.94 49.57 48.06 46.06
Saldo 861.0 1.862 1.831 1.916 2.452 1.834 1.765 2.860 2.242 1.148 1.489 623.0 -1.51 -2.00
A partir de dados da PNAD contínua e do PIB estadual, ambos disponibilizados pelo IBGE,
o IDados divulgou um estudo5 que simulou o “PREÇO DO DESEMPREGO” no Brasil,
calculando o PIB por hora trabalhada de cada estado em 2015. “O PIB por hora trabalhada
mede o quanto um trabalhador produz em média a cada hora de trabalho no ano. Por
exemplo, um trabalhador brasileiro produziu, em média, R$ 27,01 a cada hora trabalhada
em 2015”, aponta o IDados.
A partir desse valor, foi calculado o quanto se poderia ganhar a mais se:
(a) todos os trabalhadores subocupados trabalhassem 40 horas semanais;
(b) todos os trabalhadores desocupados da força de trabalho conseguissem um
emprego de 40 horas semanais;
(c) as duas situações anteriores ocorressem simultaneamente, ou seja, toda a
força de trabalho estivesse em plena utilização.
5Notas: [1] O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos
em um território (países, estados ou cidades), durante um ano. [2] Pessoas subocupadas por insuficiência de
horas trabalhadas são as pessoas que, na semana de referência, têm 14 anos ou mais de idade, trabalhavam
habitualmente menos de 40 horas no seu único trabalho ou no conjunto de todos os seus trabalhos, gostariam
de trabalhar mais horas que as habitualmente trabalhadas e estavam disponíveis para trabalhar mais horas no
período de 30 dias, contados a partir do primeiro dia da semana de referência. [3] São classificadas como
desocupadas as pessoas com 14 anos ou mais de idade, sem trabalho (que gere rendimento para o domicílio),
que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias e que estavam
disponíveis para assumi-lo na semana de referência. [4] A força de trabalho é composta pelas pessoas
ocupadas, que incluem os subocupados, e as desocupadas na semana de referência.
Elaboração: IDados
6 População Economicamente Ativa (PEA): É composta pelas pessoas de 10 a 65 anos de idade que foram
classificadas como ocupadas ou desocupadas na semana de referência da pesquisa. Nesse caso, para
estimarmos esta PEA para anos 2013-2015, aplicamos o percentual da mesma no CENSO 2010, 80%.
7 Saldo de Admitidos e Desligados: Representa a diferença entre as Admissões, que são contratações de
pessoas em regime celetista (CLT), e os Desligamentos, que são demissões de pessoas que trabalhavam em
regime celetista (CLT).
8 Taxa de Desocupação: Elaborada e divulgada pelo IBGE através da PNAD Contínua, é a referência oficial
para a mensuração do desemprego nacional. É calculada pela divisão entre a População Desocupada sobre a
População Economicamente Ativa, a partir do percentual de pessoas que declararam estar procurando
trabalho no momento em que são abordadas pelos pesquisadores, o que vale para empregos formais, do
setor público e privado, e também INFORMAIS.
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Admissões e Desligamentos
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Admissões 94.999 94.314 102.309 88.884 68.474 61.751
Desligamentos 99.930 95.231 105.900 100.182 78.067 61.911
-2.000
N° de Empregados
-4.000
-6.000
-8.000
-10.000
-12.000
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Variação Absoluta -4.931 -917 -3.591 -11.298 -9.593 -160
11
19,8
19,3
17,9
17,6
20,0
16,4
16,4
15,8
15,4
14,7
14,6
14,3
14,2
14,1
13,7
13,6
13,1
12,3
15,0
11,3
10,6
9,1
8,6
8,3
10,0
6,7
5,0
0,0
jan-fev-mar
jan-fev-mar
abr-mai-jun
jan-fev-mar
jul-ago-set
abr-mai-jun
jan-fev-mar
jul-ago-set
abr-mai-jun
jan-fev-mar
jul-ago-set
abr-mai-jun
jan-fev-mar
jul-ago-set
abr-mai-jun
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abr-mai-jun
jul-ago-set
out-nov-dez
out-nov-dez
out-nov-dez
out-nov-dez
out-nov-dez
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: PNAD Contínua, 2017.
Admissões
120.000
N° DE EMPREGADOS
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Admissões 94.999 94.314 102.309 88.884 68.474 61.751
1° Emprego 18.216 17.700 16.636 12.364 8.733 5.850
Reemprego 76.305 75.783 84.623 72.887 56.775 53.122
Reintegração 81 98 95 103 132 63
Contr. Trab. Prazo Deter. 397 733 955 3.530 2.834 2.716
Transferencia Admin. 13.218 15.542 14.878 14.419 17.181 9.847
12
13
2.119
2.099
2.500
1.864
1.855
1.831
1.765
1.759
1.739
1.730
1.720
1.712
1.706
1.694
1.656
1.648
2.000 1.636
1.561
1.532
1.481
2.119
1.455
2.097
1.346
1.847
1.789
1.500
1.020
1.014
1.655
1.654
1.636
1.593
1.519
1.389
1.361
1.319
1.258
1.246
1.242
1.000
1.236
1.234
1.201
Nominal
1.174
1.172
1.043
829
821
500 Real
0
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jan-fev-mar
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jan-fev-mar
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abr-mai-jun
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abr-mai-jun
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9Rendimento Médio Real de todos os trabalhos é o rendimento bruto real recebido no mês de referência em
todos os trabalhos que as pessoas, de 14 anos ou mais, ocupadas tinham como rendimento na semana de
referência, a preços do mês do meio do trimestre mais recente que está sendo divulgado. O deflator utilizado
para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo. A diferença para com o salário é que este considera
apenas o trabalho principal, enquanto o Rendimento Médio Real considera todas as fontes de renda auferidas
pelas pessoas ocupadas na semana de referência, considerando outras fontes além do salário recebido.
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MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE). CAGED 2018. Perfil do Município. Disponível em:
http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_perfil_municipio/index.php. Acesso em: Jan2018.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE). RAIS 2018. Informações para o Sistema Público
de Emprego e Renda (ISPER). Disponível em:
http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_isper/index.php#. Acesso em: Jan2018.
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Mercado de Trabalho
Estoque de Emprego Formal: Quantitativo de pessoas empregadas
formalmente, com a Carteira de Trabalho assinada e o pagamento
de todos os direitos trabalhistas. (Fonte: RAIS)
Taxa de Desocupação
Refere-se à proporção entre a População Desocupada e a População Economicamente Ativa
2 (PEA= pessoas de 10 a 65 anos de idade, classificadas como ocupadas ou desocupadas na
semana de referência da pesquisa), a partir do percentual de pessoas que declararam estar
procurando trabalho no momento da pesquisa. Vale para empregos FORMAIS e INFORMAIS.
TX DE DESOCUPAÇÃO = TX DE DESEMPREGO (Fonte:PNAD contínua, IBGE)
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