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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL – DEC

ANDERSON CONZATTI

CAMILLA DE SOUZA

DÉBORA TAVARES DA SILVA ROMAGNOLI

JARDEL LUIZ BRINGHENTI

NION MARON DRANSFELD

EXPERIÊNCIAS DE MECÂNICA DOS SOLOS

TEOR DE UMIDADE

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

LIMITE DE LIQUIDEZ

LIMITE DE PLASTICIDADE

Relatório apresentado à disciplina de

de MES-I do curso de Engenharia Civil.

Professor(a): Carmeane Effting

JOINVILLE – SC

2010

1
SÚMARIO

2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INTRODUÇÃO

Os solos são constituídos de um conjunto de partículas com água (ou outros


líquidos) e ar nos espaços intermediários. As partículas de maneira geral podem
deslocar-se entre si. Em alguns casos podem ocorrer pequenas cimentações, mas de grau
extremamente baixo, quando comparada aos cristais de rochas e de concreto. O estudo
da Mecânica dos Solos diferencia-se daquele idealizado na Mecânica dos Sólidos
Deformáveis, pois o comportamento dos solos define-se pelo movimento entre as
partículas.
As partículas que constituem um solo podem possuir diâmetros variados
classificando-se como pedregulhos, areias, siltes e argilas. Na geotecnia classificam-se
esses solos em dois grandes grupos, pedregulhos e areias são solos do tipo grossos
definem o que chamamos solos granulares, já siltes e argilas ficam na classe dos finos
podendo ser do tipo argilosos, orgânicos e lateríticos. Para a engenharia a composição
mineralógica dos solos granulares é de conhecimento secundário, pois seu
comportamento mecânico e hidráulico irá depender da densidade relativa. Na classe dos
finos o conhecimento da composição mineralógica é de fundamental importância, pois
dele decorrem propriedades de deformidade, expansibilidade e resistência. Estas
propriedades são analisadas a partir de parâmetros como: teor de umidades, índices de
plasticidade, índices de consistência, índices de compressão, índices de atividade, entre
outros. E a partir deles são classificados e caracterizados os diferentes tipos de solo
finos.
Os solos são identificados por sua textura, composição granulométrica,
plasticidade, consistência ou compacidade, citando-se outras propriedades que auxiliam
sua identificação, como estrutura, forma dos grãos, cor, cheiro, friabilidade, presença de
outros materiais.
Em nosso experimento foram analisados dois dos principais parâmetros: teor de
umidade e índice de plasticidade. Também foi realizada a classificação granulométrica,
para identificação dos grossos em seus diferentes diâmetros.

3
1 TEOR DE UMIDADE (NBR 6457)

10 OBJETIVO

O objetivo do ensaio é determinar a porcentagem de umidade presente em uma


determinada amostra de solo pelo método da estufa. A umidade, como será visto mais
adiante, é importante para a determinação de outros índices físicos: limite de liquidez e
limite de plasticidade.

1.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O conhecimento da umidade do solo é de fundamental importância, pois indica


em que condições hídricas encontram-se o mesmo. A umidade ou teor de umidade é a
relação entre a massa de água em uma determinada amostra de solo pela massa dos
sólidos.

Ma
h= × 100
Ms

Onde: h = Teor de umidade (%);


M a = Massa de água na amostra (g);
M s = Massa dos sólidos na amostra (g).

1.2PROCEDIMENTOS

O procedimento adotado para determinação do teor de umidade é descrito pelo


anexo da NBR 6457. Em laboratório, foram separadas 3 amostras de solo em 3
cápsulas, que foram previamente pesadas (tara), e então as cápsulas com as amostras
foram pesadas (tara + solo + água) e colocadas na estufa por 1 dia a uma temperatura de
105 a 110°C. Após esse período as cápsulas foram retiradas da estufa e novamente
pesadas (tara + solo). Com esses dados calculou-se então o teor de umidade em cada
amostra de acordo com a fórmula apresentada em norma:

4
M1 − M 2
h= × 100
M2 − M3

Onde : h = Teor de umidade (%);


M1 = Massa do solo úmido mais a massa da cápsula (g);
M2 = Massa do solo seco mais a massa da cápsula (g);
M3 = Massa do recipiente (cápsula metálica) (g).

1.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados obtidos em laboratório e os cálculos estão relacionados na tabela


abaixo:
Tabela 1 – Determinação da umidade pelo método da estufa.
DETERMINAÇÃO DA UMIDADE
FASE ANTES DO ENSAIO DEPOIS DO ENSAIO
CÁPSULA Nº 86 24 01 86 11 16
TARA (g) 29,28 28,60 29,19 - - -
TARA+SOLO+ÁGUA(g) 77,64 74,92 76,27 - - -
TARA+SOLO(g) - - - 67,86 65,46 66,52
ÁGUA(g) - - - 9,78 9,46 9,75
SOLO(g) - - - 38,58 36,86 37,33
UMIDADE (%) - - - 25,35 25,66 26,12
UMIDADE MÉDIA (%) - - - 25,71

O desvio padrão entre as amostras foi de 0.387, considerado bom.

2 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA (NBR 7181)

2.1 OBJETIVO
O objetivo do ensaio é determinar a porcentagem em massa de material de
vários diâmetros por meio de peneiramento manual.

2.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


“A análise da distribuição das dimensões dos grãos, denominada análise
granulométrica, objetiva determinar uma curva granulométrica” (ORTIGÃO, 1995, p.
7). Também pode ser considerada a relação entre as dimensões das partículas de um
solo e as proporções relativas com que as partículas com essas dimensões ocorrem no
solo.

5
Quando o solo é formado por parcelas de solo grosso e fino, geralmente a
análise granulométrica é feita pela combinação dos ensaios de peneiramento e
sedimentação (granulometria conjunta). No processo de peneiramento uma porção de
solo pode ser do tipo “retida” e outra do tipo “passante”, e é, a abertura da malha que
classificara como grãos grossos ou finos respectivamente.
Toda porção de solo que ficar retida na peneira de diâmetro 0,075 mm ( #200 ) é
considerada do tipo grossa, caso contrário é do tipo fina. Se a porcentagem de partículas
que passa for inferior a cinqüenta por cento (% que passa #200 < 50%) o solo é do tipo
grosso. Caso a porcentagem de partículas que passa for superior a cinqüenta por cento
(% que passa #200 > 50%) o solo é do tipo fino. As porções finas (menores que 0,075
mm ) são classificadas por processos de sedimentação, quanto às porções grossas são
classificadas por peneiramento.
Quando definido um solo como sendo do tipo grosso, ele passara por uma
segunda peneira de 7,46 mm (# 4). Caso a porcentagem de solo que passa for inferior a
cinqüenta por cento (% que passa #4 < 50%) ele é identificado como um pedregulho
(G). Caso a porcentagem que passa for maior que cinqüenta por cento (% que passa #4
> 50%) ele será identificado como uma areia (S).
Os solos grossos possuem sub grupos do tipo: grossos e finos. Solos grossos do
tipo grossos incluem pedregulhos e areias grossas são aqueles retidos pela peneira de
diâmetro 2 mm. Quanto aos passantes são do tipo grossos finos incluem areias médias e
finas. As areias finas possuem outra parcela granulométrica no processo de
sedimentação.
Segundo as dimensões padrões das partículas constituintes de um solo, podemos
classificá-la; como pedregulho para partículas com diâmetro entre 76 e 4,8mm, areia
para diâmetro entre 4,8 e 0,05mm, silte para diâmetros entre 0,05 e 0,005mm e argilas
para partículas com diâmetro inferior a 0,005mm. Representada no esquema a seguir:

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FIGURA 1 – Classificação das partículas

Em laboratório não houve a possibilidade de execução do ensaio de


sedimentação, só foi possível realizar o ensaio de peneiramento, que consiste em utilizar
peneiras padronizadas (NBR 5734).
“Identificando o solo como sendo de granulação grosseira pedregulho ou areia é
importante conhecer sua característica secundária. Se a porção de solo tiver poucos
finos, inferior a 5 % passando na peneira no 200, deve-se verificar como é a sua
composição granulométrica. Os solos granulares podem ser “bem graduados”(W) ou
“mal graduados”(P). Nestes, há predominância de partículas com um certo diâmetro,
enquanto que naquelas existem existem grãos ao longo de uma faixa de diâmetros. Essa
característica é verificada pelo “coeficiente de não uniformidade” (CNU)”. (Pinto,
Carlos de Souza, 2002, pg 53)
“Outro coeficiente não tão empregado quanto CNU é o “coeficiente de
curvatura” (CC), que detecta melhor o formato da curva granulométrica e permite
identificar eventuais descontinuidades ou concentrações muito elevada de grãos mais
grossos no conjunto”. (Pinto, Carlos de Souza, 2002, pg 54)
Uma pedregulho bem graduado apresenta valores de CNU > 4, quanto as areias
devem apresentar um valor de CNU > 6. Quanto as valores de CC,devem ficar entre 1 e
3 (1< CC< 3).

7
2.3 PROCEDIMENTOS

O procedimento adotado em laboratório foi o peneiramento manual, onde a


amostra foi separada em solo fino (material que passa pela peneira 2 mm) e solo grosso
(material que fica retido na peneira 2 mm), conforme determina a NBR 7181. A massa
de material retida em cada peneira foi então pesada para o cálculo das porcentagens de
material retidas e porcentagens de material retidas acumuladas.

2.4 RESULTADOS

Dados obtidos em laboratório:

- Massa inicial da amostra: 999,99g;


- Massa de material retido na peneira 2 mm (solo grosso): 346,18g;
- Massa de material que passou na peneira 2 mm (solo fino): 652,21g.

2.4.1.CÁLCULOS INICIAIS:

Massa total da amostra seca (considerando a umidade h = 25,71% e massa de


material retido na peneira 2 mm Mg = 323,39 que é a soma das massas de material
retidas nas peneiras com abertura superior e igual a 2 mm)

(M t −Mg) ( 999,99 − 323,39) × 100 + 323,39 = 861,61 g


Ms = × 100 + M g =
100 + h 100 + 25,71

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Peneira Massa
Massa Porcentagem Porcentagem
retida Classificação
Diâmetro retida que passa que fica
Nº acumulada do solo
(mm) (g) (%) retida (%)
(g)
1½ 38,1 100,00 0,00 Pedregulho
1 25,4 100,00 0,00 Pedregulho
¾ 19.1 100,00 0,00 Pedregulho
⅜ 9,52 28,24 28,24 96,72 3,28 Pedregulho
4 4,76 34,12 62,36 92,76 3,96 Pedregulho
8 2,38 161,88 224,24 73,97 18,79 Areia grossa
10 2,00 99,15 323,39 62,47 11,50 Areia grossa
Fundo 22,25 345,64 - - -
16 1,19 174,39 174,39 45,63 54,37 areia média
30 0,60 250,49 424,88 21,45 78,55 areia média
40 0,42 94,82 519,70 12,30 87,70 areia média
50 0,29 44,56 564,26 8,00 92,00 areia fina
60 0,25 32,05 596,31 4,90 95,10 areia fina
100 0,15 38,34 634,65 1,20 98,80 areia fina
200 0,075 11,32 645,97 0,11 99,89 areia fina
Fundo 1,15 647,12 0,00 100,00

Tabela 2 – Análise granulométrica

Para o cálculo das porcentagens de material que passam em cada peneira


utilizou-se a fórmula descrita na NBR 7181 para peneiramento grosso:

(Ms − Mi )
Qg = × 100
Ms

Onde: Ms = Massa total da amostra seca (calculada acima);


Mi = Massa retida acumulada em cada peneira.

E para o peneiramento fino:

M h × 100 − M i × (100 + h )
Qf = ×N
M h × 100

Onde: Mh = Massa de material submetido ao peneiramento fino;


N = Porcentagem de material retido acumulado na peneira 2 mm;
Mi = Massa de material seco retido acumulado em cada peneira.

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Como as massas retidas nas peneiras são da amostra úmida e não seca, o termo:

foi substituído por apenas , resultando em:


M i × (100 + h) M i × 100

M h × 100 − M i × 100 M − Mi
Qf = ×N = h ×N
M h × 100 Mh

Então tem-se a curva granulométrica:

Curva Granulométrica
Porcentagens passantes

120,00

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00
0,01 0,1 1 10 100

Gráfico 1 – Curva granulométrica

As características dos solos granulares verificadas pelos coeficientes de não


uniformidade e coeficiente de curvatura:

Seja Coeficiente de Não Uniformidade (PINTO, 2006, p. 54):

D60 1,80
CNU = = = 5,143
D10 0,35

E o Coeficiente de Curvatura (PINTO, 2006, p. 54):

( D30 ) 2 1,352
CC = = = 2,893
D10 × D60 0,35 × 1,80

Quanto a origem e forma como foi coletado o solo é desconhecida pela equipe
responsável pelo ensaio. O solo utilizado estava a disposição em laboratório.

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Como a porcentagem de material que passou pela peneira 0,075 mm é menor
que 50%, o solo é de granulação grosseira. A porcentagem passante pela peneira de no 4
é maior que 50%,a amostra é classificada como areia (S). Quanto a sua composição é do
tipo mal graduado CNU < 6. Portanto nosso solo é do tipo : areia mal graduada (SP).

2.5 DISCUSSÃO

De acordo com a norma (NBR 7181), durante o processo de peneiramento se faz


necessário desmanchar todos os torrões existentes na amostra. De maneira a assegurar
que apenas os grãos com diâmetros maiores do que a abertura da malha fiquem retidos.
No ensaio este procedimento não foi realizado segundo a norma por falta de
acompanhamento da mesma.
Além da falta de cuidado no processo de destorroamento do material, pecou-se
em outros procedimentos da norma. A amostra desagregava mas estava muito úmida
para realização do ensaio deveria ser seca ao ar, o que facilitaria seu destorroamento.
Do material passante na peneira de no 10 (0,2 mm), deveria ser tomada 100g
para três amostras de umidade. Tomar ainda 120g do material para ser lavado na peneira
no 200 vertendo água potável a baixa pressão.
Para então realizar o peneiramento fino deveríamos secar o material retido na
peneira de 0,075 mm em estufa, à temperatura de 105°C a 110°C, até constância de
massa, e, utilizando o agitador mecânico, passar nas peneiras de 1,2, 0,6, 0,42, 0,25,
0,15, 0,075 mm.
Trabalhando com um solo muito agregado em torrões, devido a seu alto teor de
umidade o ensaio foi mal sucedido, pois os torrões apresentam comportamento de um
grão sólido, dando então características de um solo granular. Os torrões uma vez não
destorroados não apresentaram as verdadeiras características do material, pois as
pequenas partículas constituintes dos mesmos deixaram de passar pelas peneiras. Os
resultados encontrados podem ser totalmente divergentes da realidade. Os erros podem
ser tão absurdos que o solo em estudo pode ser uma argila ao invés de uma areia.

3 LIMITES DE CONSISTÊNCIA

“Só a distribuição granulométrica não é suficiente para caracterizar bem o


comportamento dos solos sob o ponto de vista da engenharia. Por isso se faz um estudo

11
do índice de consistência, pois a fração fina do solo correspondem as maiores
superfícies específicas, podendo chegar a 300 m2/ cm3”. (Pinto, Carlos de Souza, 2002).
O conhecimento dos argilos-minerais (finos) é de fundamental importância, pois
dele dependem propriedades de plasticidade e expansibilidade.
Segundo Souza e Rafful (apud MOTA, 2009), o grau de consistência do solo
exerce considerável influência sobre o regime de água no mesmo, afetando a
condutividade hidráulica e permitindo fazer-se inferências sobre a curva de umidade. O
fator de consistência também é determinante na resistência do solo à penetração e na
compactação e seu conhecimento possibilita a determinação do momento adequado do
uso de técnicas que favoreçam um bom manejo do solo, propiciando melhor
conservação do mesmo, além de diminuir a demanda energética nas operações
mecanizadas.
Em 1911 foram definidos, pelo cientista sueco A. Atterberg, certos limites que
delimitam o intervalo de consistência do solo, denominados limite de liquidez e de
plasticidade, sendo líquidas quando estiverem submetidas a muita umidade; plásticas;
semi sólidas e sólidas, na medida que o teor de umidade for reduzido. O método mais
utilizado para determinação do teor de liquidez é o padronizado por Arthur Casagrande,
que utiliza o aparelho de sua própria autoria.
A partir dos limites de plasticidade de liquidez é possível determinar índices de
consistência, índices de compressão , índices atividade, entre outros índices das argilas.

3.1 LIMITE DE LIQUIDEZ (NBR 6459)

3.1.1 OBJETIVOS

O objetivo do ensaio é determinar o limite de liquidez com o aparelho de Casa


Grande.

3.1.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O Limite de Liquidez é definido como o teor de umidade do solo com o qual


uma ranhura nele feita requer 25 golpes para se fechar, numa concha. Diversas
tentativas são realizadas, com o solo em diferentes umidades, anotando-se o número de
golpes para fechar a ranhura, obtendo-se o limite pela interpolação dos resultados.
(PINTO, 2006, p. 13-14).

12
É o teor de umidade na qual o solo encontra-se entre o estado líquido e o estado
plástico.

3.1.3 PROCEDIMENTOS

Em laboratório foram peneiradas 200 g de solo com a peneira 0,42 mm e


separados em duas amostras de 100g. Tomando uma das amostras, preparou-se uma
mistura homogênea com água, colocou-se a massa na concha do aparelho de Casa
Grande, de modo que a seção mais profunda tivesse 10 mm, e com auxílio de um cinzel
curvo faz-se um sulco na massa passando pelo meio da concha. Por último, movimenta-
se a manivela de modo a promover 2 golpes a cada segundo até que o sulco se feche em
um comprimento de 13mm. O processo foi repetido para diferentes teores de umidade.
Feito isso, construiu-se um gráfico da umidade pelo número de golpes, com a abscissa
em escala logarítmica, onde determinou-se a umidade correspondente a 25 golpes que é
o Limite de Liquidez (LL).

3.1.4 RESULTADOS

Nº Cápsul Cápsula Cáps+solo Cáps. umidade Umidade


golpes a nº (g) +água (g) água(g) +solo (g) Solo (g) (%) média (%)
12 85 24,49 41,40 4,10 37,30 12,81 32,01
12 66 29,10 40,21 3,81 36,40 7,30 52,19
12 90 29,00 38,68 3,34 35,34 6,34 52,68 45,63
20 70 25,73 35,85 3,32 32,53 6,80 48,82
20 44 29,10 39,11 3,31 35,80 6,70 49,40
20 33 28,65 40,23 3,80 36,43 7,78 48,84 49,02
29 13 29,56 38,73 2,89 35,84 6,28 46,02
29 48 28,90 39,53 3,36 36,17 7,27 46,22
29 65 28,64 38,90 3,25 35,65 7,01 46,36 46,20
Tabela 3 – Dados obtidos em laboratório e calculados

Para a Plotagem dos pontos no gráfico Umidade × Número de Golpes foi


desconsiderado o dado correspondente à cápsula número 85 por ser muito discrepante
com relação aos demais, assim a umidade média para 12 golpes é igual a 52,435%.

Gráfico 2 – Umidade × Número de golpes

Para 25 golpes temos:

13
y = -7,049ln(25)+ 70,01 = 47,32

Assim o limite de liquidez é:


LL = 47,3%

3.2 LIMITE DE PLASTICIDADE (NBR 7180)

3.2.1 OBJETIVOS

O objetivo do ensaio é a determinação da umidade correspondente ao início do


fraturamento de uma amostra cilíndrica de 3 mm de diâmetro.

3.2.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

“O Limite de Plasticidade é definido como o menor teor de umidade com o qual


se consegue moldar um cilindro de 3 mm de diâmetro, rolando-se o solo com a palma
da mão” (PINTO, 2006, p. 14). É a umidade que marca a passagem do estado semi-
sólido para o estado plástico.

3.2.3 PROCEDIMENTOS
Em laboratório, preparou-se uma mistura homogênea com uma amostra de solo
peneirado com a peneira 0,42 mm e água. Então segue a moldagem dos cilindros com 3
mm de diâmetro e 100 mm de comprimento manualmente. Caso o cilindro não
fragmente quando atingir o diâmetro de 3 mm adiciona-se argila. Caso fragmente antes
de atingir 3 mm, adiciona-se água. O limite de plasticidade é atingido quando o cilindro
apresentar rachaduras na superfície sem fragmentar. O material é então colocado em
cápsulas previamente pesadas (tara), pesado (tara + solo + água) e colocado na estufa
para secagem. Passado 1 dia as cápsulas são novamente pesadas (tara + solo).

3.2.4 RESULTADOS

DETERMINAÇÃO DA PLASTICIDADE

FASE ANTES DO DEPOIS DO


ENSAIO ENSAIO
CÁPSULA Nº 11 34 11 34

14
TARA (g) 29,52 29,02 - -
TARA+SOLO+ÁGUA(g) 32,41 31,60 - -
TARA+SOLO(g) - - 31,57 30,86
ÁGUA(g) - - 0,84 0,74
SOLO(g) - - 2,05 1,86
UMIDADE (%) - - 0,41 0,40
UMIDADE MÉDIA (%) - 0.40

A umidade média 40 % corresponde ao LP do solo.

3.3 RESULTADOS E DISCUSSÕES REFERENTES A LIMITES DE


CONSISTÊNCIA

Tendo conhecimento dos limites de Atterberg temos conhecimento do índice de


plasticidade. O mesmo corresponde pela diferença entre o limite de plasticidade e o
limite de liquides, como segue abaixo:

IP= LL-LP = 47,3 – 40,0 = 7,3 %


Além do índice de plasticidade é possível ter o resultado do solo como sendo uma
areias argilosas variegadas de São Paulo (SC), pois os limites de LL está entre 40% e
80% e seu IP está entre 5% e 15%.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pelo comportamento do solo durante os procedimentos de ensaio e pela percepção


tátil-visual acredita-se que se trata de uma areia argilosas variegadas de São Paulo (SC).
Se o material estive-se com um grau de umidade menor e processo de destorroamento
fosse realizado, segundo os critérios da norma. Há a possibilidade da quantidade de
partículas que passa pela peneira de no 200 fosse maior que 5%. Fazendo com que o
resultado obtido com o peneiramento deixa-se de ser uma areia mal graduada para então
ser uma areia argilosa (SC).
Caso o experimento se repita e o resultado apresentar uma classificação de areia
é interessante fazer um estudo do grau de compacidade da mesma. “em geral, areias

15
compactas apresentam maiores resistências e menor deformidade” (Pinto, Carlos de
Souza, 2002, pg 28).

CONCLUSÃO

Devido ao mal procedimento do ensaio como já mencionado anteriormente, não


foi possível obtermos resultados positivos quanto a classificação do solo.
Pelo processo de peneiramento chegamos a conclusão que nosso solo era do tipo
areia mal graduada. Foi então procedido o ensaio de índices de consistência do mesmo
solo e chegamos a conclusão que o material apresentava características argilosas,
classificando-se como areia argilosas variegadas de São Paulo.
Como todo ensaio deve ser justificado com resultados compatíveis, afirmamos
que não foi possível chegar a um resultado conclusivo eficaz. Todo o experimento
deveria ser repetido, tomando todos os cuidados necessários para realizar um ensaio
com procedimentos seguidos segundo as orientações das normas técnicas brasileiras
NBRs.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MOTA, Heliomar de Souza. Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade. Relatório


de ensaios. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso:
Cuiabá, 2009.

PINTO, Carlos de Souza. Curso básico de mecânica dos solos em 16 aulas. 3ª edição.
São Paulo: Oficina de Textos. 2006.

ORTIGÃO, J.A. Ramalho. Introdução à mecânica dos solos dos estados críticos. 2ª
edição. Rio de Janeiro: LTC. 1995.

______. NBR 6457: Amostras de solo – preparação para ensaios de compactação e


ensaios de caracterização. Rio de Janeiro, 1986.

______. NBR 7181: Solo – análise granulométrica. Rio de Janeiro, 1984.

______. NBR 6459: Solo – determinação do limite de liquidez, Rio de Janeiro, 1984.

______. NBR 7180: Solo – determinação do limite de plasticidade. Rio de Janeiro,


1984.

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