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Nota Técnica - 0075 - DANIEL - SRD PDF
Nota Técnica - 0075 - DANIEL - SRD PDF
Em 21 de dezembro de 2011.
Processo: 48500.006470/2011-33.
I. DOS OBJETIVOS
Essa Nota Técnica tem como objetivo apresentar constatações preliminares sobre os
eventuais impactos da aplicação do Decreto no 97.280, de 16 de dezembro de 1988, mostrando os possíveis
cenários para padronização das tensões de distribuição de energia elétrica no Brasil e buscar, por meio de
Consulta Pública, dados e contribuições para melhor analisar os impactos econômicos, sociais e técnicos da
eventual uniformização das tensões.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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reforma de redes secundárias de distribuição que envolva a instalação de transformador, somente podem ser
utilizadas as tensões padronizadas nesse Decreto, exceto nos casos de troca de transformadores por avaria
ou outras necessidades operacionais, enquadráveis no orçamento de despesas operacionais”.
5. Nesse sentido, foi realizada a Tomada de Preços no 04/2009 para contratação de consultoria
especializada com o objetivo de realizar as seguintes atividades:
b) Levantamento dos principais níveis de tensão existentes nas redes elétricas de distribuição
de energia no Brasil;
7. As análises feitas pela Agência até o presente momento permitem criar um panorama do
cenário nacional e estimar certos impactos da padronização de acordo com níveis de tensão. Entretanto,
ainda são necessárias informações mais precisas acerca dos custos envolvidos, bem como formas de se
estimar e mensurar os potenciais benefícios.
III. DA ANÁLISE
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Fl. 3 da Nota Técnica no 0075/2011–SRD/ANEEL, de 21/12/2011.
b) Soluções possíveis: uma vez definido o problema, deve ser feita uma análise de quais
seriam as possíveis soluções, com a definição de cenários de padronização que considerem
os níveis de tensão a serem padronizados, o tempo para padronização, sua abrangência etc.
10. A energia elétrica foi introduzida no Brasil em 1889, e o assunto começou a ser disciplinado já
em 1903. Entretanto, a primeira legislação a tratar da padronização de tensão foi o Decreto nº. 41.019, de
1957, estabelecendo as tensões nominais que deveriam ser adotadas, preferencialmente, nas novas
instalações de serviço de energia elétrica. Em 1973, a uniformização foi alterada pelo Decreto nº. 73.080 e,
por fim, foram definidas as tensões e estabelecida a necessidade de adequação das instalações fora dos
padrões pelo Decreto nº. 97.280/1988.
11. Entretanto, alguns níveis de tensão comumente utilizados não foram abrangidos pela
legislação, como, por exemplo, 7.967 V para redes monofásicas. Além disso, certos valores adotados
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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precisariam de melhor análise para que se possa entender os motivos de sua adoção e sua adequação aos
padrões utilizados atualmente. Isso acontece, por exemplo, com o estabelecimento do limite entre
atendimento em alta e baixa tensão (AT e BT) em 2,3 kV (Decreto no 62.724/1968). Esse limite foi
determinado em função do sistema de 2,2 kV utilizado principalmente na Light São Paulo e Light Rio, em que
os tap’s dos transformadores eram de 2.300, 2.185 e 2.070 volts. Atualmente, esses valores de tensão não
são mais utilizados, tornando o limite de 2,3 kV obsoleto e incompatível com o limite de 1 kV utilizado pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para delimitação da tensão de atendimento a unidades
consumidoras de BT.
12. Outros assuntos que necessitam de estudos mais aprofundados para regulamentação do
Decreto 97.280 englobam, por exemplo, a padronização das redes em 88 kV, que gerariam impactos grandes
mas ainda não completamente mensurados e cujos benefícios ainda não são totalmente conhecidos. Tal fato
também acontece na BT, onde a tensão de 254 V é padronizada pelo Decreto mas pode não ser adequada
para ligação da maioria dos equipamentos eletroeletrônicos utilizados nas residências brasileiras.
13. Por meio de um levantamento das instalações elétricas feito pela consultoria com o apoio da
ANEEL junto a 101 distribuidoras (concessionárias e permissionárias), obteve-se um panorama das tensões
nominais de atendimento no Brasil. Essa pesquisa permitiu concluir que mais de 12% das unidades
consumidoras conectadas à rede de baixa tensão (BT) e quase 37% das instalações ligadas à média tensão
(MT) são atendidas em níveis nominais não padronizados (Tabela 1).
14. Das tensões nominais inferiores a 230 kV existem duas que não são consideradas
padronizadas pelo Decreto no 97.280, a de 88 kV e a de 161 kV, sendo a última pouco representativa e
existente apenas na CEMIG. A tensão de 88 kV foi mencionada por 8 distribuidoras, sendo mais significativa
no Estado de São Paulo. Já as tensões não padronizadas em média tensão são expressivas nos estados de
Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estando mais da metade do comprimento total de linhas e redes em
média tensão com tensões nominais não padronizadas concentrada em apenas quatro concessionárias. Esse
tipo de concentração de redes não padronizadas também vale na BT, em que apenas ELETROPAULO e
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CEMIG juntas são responsáveis por cerca de 85% das unidades consumidoras de baixa tensão conectadas
em níveis não padronizados.
15. Essa situação é particularmente preocupante na BT tendo em vista que a grande maioria dos
consumidores atendidos em tensão não padronizada não possui conhecimento da tensão nominal de sua
unidade consumidora, mesmo constando mensalmente esta informação nas faturas emitidas pelas
distribuidoras. Isso é ainda agravado pelo fato de que grande parte dos fabricantes de equipamentos
eletroeletrônicos não cita nos manuais de seus produtos as tensões nominais e faixas de variação de tensões
estabelecidas pela ANEEL, mesmo em casos em que o uso de equipamentos em tensões diferentes das de
projeto possa acarretar prejuízos ao consumidor, tais como redução da vida útil, ineficiência energética e
eventual queima.
16. Para que se tenha uma noção da repartição do consumo por nível de tensão nas redes de
distribuição de energia elétrica, a Figura 1 apresenta esse panorama para o ano de 2010.
Figura 1 – Consumo de energia elétrica nas redes de distribuição por nível de tensão. Fonte: ANEEL, 2010.
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Tabela 2 – Consumo de energia elétrica – Distribuição – 2010 (em kWh). Fonte: ANEEL, 2010.
Nível de Tensão +230 kV 88-138 kV 69 kV 30-44 kV 2,3-25 kV BT
18. Esses dados permitem traçar um perfil do tipo de unidades consumidoras conectadas a cada
um dos níveis de tensão. Tais informações, juntamente com dados referentes aos tipos de equipamentos
presentes em cada classe de consumo, permitem a modelagem das cargas ligadas em cada nível de tensão,
possibilitando, assim, uma análise mais detalhada dos potenciais efeitos de uma eventual modificação no
valor da tensão nominal de fornecimento. Estudos dessa natureza permitiriam que a ANEEL avaliasse os
potenciais cenários de padronização das tensões de maneira mais eficiente. Portanto, espera-se que a
sociedade possa contribuir com informações referentes a esse tipo de estudo que já tenham sido realizados,
ou estejam em andamento, bem como acerca do potencial de se desenvolver trabalhos de Pesquisa e
Desenvolvimento que tratem do assunto.
19. A falta de padronização das tensões leva ao aumento no custo de equipamentos para
construção de redes, transformadores etc. Além disso, a indústria de aparelhos eletroeletrônicos também é
afetada, tendo em vista que pode haver aumento de custos devido à necessidade de se projetar dispositivos
para diversos níveis de tensão e essas diferenças entre valores nominais de tensão constituem uma barreira
técnica ao livre comércio dos produtos.
20. Do ponto de vista dos consumidores, a falta de informações quanto ao nível de tensão da
rede e quanto à tensão nominal dos equipamentos leva ao uso incorreto de aparelhos, reduzindo sua vida útil,
causando mau funcionamento e diminuindo sua eficiência energética.
21. Outro ponto importante se refere às dificuldades de operação das redes de distribuição
quando os níveis de tensão são diferentes. Nesses casos, a flexibilidade operativa fica reduzida, podendo
elevar a duração de interrupções no fornecimento de energia elétrica aos consumidores, com impactos
diretos nos indicadores de continuidade das distribuidoras de energia elétrica.
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22. Parte da solução para esses problemas poderia estar na padronização das tensões, iniciada
por meio do Decreto nº. 97.280/1988, cuja eficácia e eventuais impactos ainda não foram integralmente
analisados. Assim, a proposta de Consulta Pública tem o objetivo de avaliar a melhor forma de tratamento
definitivo do tema, procurando considerar os custos associados para se atingir os benefícios que se espera
de uma padronização em massa das tensões de distribuição de energia elétrica.
23. Para tanto, conforme explicado anteriormente nesta Nota Técnica, a análise da Agência
pretende avaliar cenários para determinação das melhores opções para regulação da padronização das
tensões no Brasil. Assim sendo, a seguir são apresentadas diretrizes para elaboração dos cenários possíveis,
de forma a permitir à sociedade contribuir de maneira mais objetiva no processo de análise da ANEEL.
24. Uma abordagem inicial do tema indicaria a formulação de quatro cenários básicos, definidos
com base nas tensões a serem padronizadas:
• Nenhuma padronização
• Todas as tensões do decreto
• Somente AT e MT
• Somente BT
25. Esse enfoque levaria à eventual necessidade de se criar subcenários nos quais seriam
considerados critérios relativos ao tempo para padronização e à sua área de abrangência (uniformemente em
todo o país, por região, por unidade federativa, por área de concessão etc.).
26. Assim sendo, com base na combinação desses critérios, a Agência espera contribuições de
distribuidoras, consumidores, fabricantes de equipamentos e associações no sentido de fornecer informações
sobre quais seriam os melhores cenários para padronização das tensões no Brasil.
27. A partir das contribuições apresentadas, a Agência pretende realizar uma análise dos pontos
positivos e negativos em cada cenário, escolhendo a melhor opção e definindo as ações necessárias à sua
implementação.
28. Para se atingir esses objetivos, uma análise prévia das eventuais consequências regulatórias
da padronização é imprescindível, posto que os custos e demais impactos envolvidos na uniformização das
tensões podem ser bastante expressivos e os benefícios advindos desse processo podem não fazer face aos
seus efeitos negativos.
29. A avaliação dos impactos regulatórios necessita de análise completa dos possíveis benefícios
e prejuízos trazidos pela regra a ser proposta. Para que isso se dê de forma adequada, é necessária efetiva
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a) Aumento de tarifas
- redução de consumo
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34. Em relação à padronização das tensões em BT, a compatibilidade dos equipamentos aos
níveis de tensão em regime permanente é de grande importância, pois não seria conveniente permitir que a
distribuidora adotasse níveis de tensão nominal de distribuição incompatíveis com os principais equipamentos
dos consumidores. Nesse contexto, uma análise da compatibilidade dos equipamentos de baixa tensão
existentes no mercado aos diversos níveis de tensão nominal de distribuição secundária foi desenvolvida pela
consultoria contratada pela ANEEL e o relatório é apresentado no ANEXO III.
35. No que tange aos demais impactos, as contribuições da sociedade no sentido de fornecer
dados e possíveis metodologias de mensuração à Agência é indispensável para realização dos trabalhos de
forma a se adotar a opção que traga melhores resultados para o país.
36. Em que pese já terem sido efetuados certos estudos dos impactos negativos dos possíveis
cenários, com análise dos custos e impactos tarifários, a mensuração/quantificação dos benefícios carece de
dados adicionais que poderiam ser fornecidos pela sociedade. Nesse sentido, um dos objetivos da presente
Consulta Pública é solicitar que a sociedade contribua com dados ou metodologias que permitam a correta
mensuração (monetária ou não) dos potenciais benefícios da padronização.
37. Espera-se que a sociedade se manifeste no sentido de realizar análise crítica dessa Nota
Técnica e dos Relatórios (Anexos) fornecidos pela Agência, utilizando, se necessárias, as informações
constantes nesses documentos e apresentando sugestões de como melhor gerir os níveis de tensão nominal
de distribuição no Brasil.
38. Uma vez produzidos os cenários possíveis e feitas as análises de seus impactos, com
contribuições provenientes da Consulta Pública à sociedade, a Agência pretende determinar o cenário mais
adequado e estabelecer as formas de execução e controle para que os objetivos sejam alcançados.
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Fl. 10 da Nota Técnica no 0075/2011–SRD/ANEEL, de 21/12/2011.
39. A seguir são apresentadas questões elaboradas com o intuito de permitir a participação de
consumidores, distribuidoras, fabricantes, acadêmicos e demais interessados nas análises para
regulamentação da eventual padronização das tensões de distribuição no Brasil. Não há necessidade de
enviar resposta para todos os itens, podendo o colaborador restringir-se àqueles que considerar mais
adequados. No entanto, ressaltamos a importância de se justificar adequadamente a resposta aos itens, de
modo a fornecer à Agência o embasamento necessário para avaliação do tema.
40. As questões são indicativas e servem para estimular a discussão nos pontos já identificados.
Ressaltamos que contribuições adicionais são bem vindas, não sendo necessário que a contribuição se limite
apenas às questões enumeradas neste documento.
1. Baixa Tensão
1.2. A tensão padronizada em BT deve ser a mesma em todo território nacional? Favor justificar.
1.3. Quais os impactos da falta de padronização das tensões (principalmente em BT) para os
consumidores? Há dados confiáveis acerca dos prejuízos relativos à redução da vida útil, queima de
equipamentos, mau funcionamento e ineficiência energética oriundos da atual configuração de
tensões no país?
1.4. Quais os ganhos com eliminação de barreiras técnicas ao livre comércio de equipamentos
eletroeletrônicos com a padronização das tensões? Quais os valores de tensão padronizada (BT)
apresentariam maiores ganhos dessa natureza?
1.5. Ainda no que tange à mensuração/quantificação, quais as melhores formas de avaliar os benefícios
com: redução de perdas técnicas pela padronização em um nível de tensão mais elevado; aumento
de capacidade da rede e consequente postergação de investimentos; e melhoria do nível de tensão?
1.6. Além dos benefícios já explicitados na presente Nota Técnica, que benefícios adicionais podem ser
esperados com a padronização das tensões BT?
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Fl. 11 da Nota Técnica no 0075/2011–SRD/ANEEL, de 21/12/2011.
1.7. Quais os custos decorrentes de interrupções para realização dos serviços de troca do nível de
tensão? Quais as formas, monetárias ou não, de se quantificar esses problemas?
1.8. Na análise dos eventuais impactos tarifários da padronização das tensões apresentada no ANEXO II
não foram considerados os benefícios com postergação de investimentos. Tais benefícios seriam
expressivos? Como mensurá-los?
1.9. Quais ações poderiam diminuir os custos envolvidos na padronização das tensões?
1.10. Quais ações poderiam majorar os benefícios envolvidos na padronização das tensões?
2. Média Tensão
2.2. A padronização da AT e MT deve ser a mesma em todo território nacional? Favor justificar.
2.4. Para MT, os impactos nas tarifas de energia elétrica de uma eventual padronização podem ser
elevados. Além dos aspectos já abordados nesta Nota Técnica, há elementos que possam justificar
a padronização de redes de MT somente em 13,8 ou 34,5 kV?
3. Cenários
3.1. Como devem ser estabelecidos os cenários para comparação dos impactos da padronização das
tensões? Favor justificar.
3.2. No caso de se considerar quatro cenários, de acordo com as tensões a serem padronizadas, haveria
a necessidade de inclusão de subcenários? Como eles deveriam ser formados?
3.3. Qual ferramenta de análise dos critérios (relação custo-benefício, análise de multicritérios etc.) seria
mais apropriada para a correta mensuração e comparação dos impactos positivos e negativos?
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Fl. 12 da Nota Técnica no 0075/2011–SRD/ANEEL, de 21/12/2011.
4.1. A realização de projetos piloto de padronização das tensões poderia ser uma ferramenta efetiva para
avaliar a necessidade e modo de atuação? Como deveriam ser implementados?
4.2. A realização de ações de P&D poderia ser uma ferramenta efetiva para melhor conhecimento do
assunto? Caso positivo, que tipo de ações deveriam ser desenvolvidas?
4.3. Há estudos realizados em outros países para avaliação da padronização das tensões? O que esses
estudos concluem? Como podem ser aplicados à realidade brasileira?
4.4. Como a ANEEL deve interagir com outras instituições (INMETRO, ABNT, Ministérios) para melhorar a
adequação entre os equipamentos eletroeletrônicos comercializados no país e as tensões nominais
de distribuição?
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Fl. 13 da Nota Técnica no 0075/2011–SRD/ANEEL, de 21/12/2011.
DA CONCLUSÃO
43. Esse Decreto estabeleceu, também, que em ampliação, reforço, melhoria e reforma de redes
secundárias de distribuição que envolva instalação de transformador somente poderiam ser utilizadas as
tensões nominais padronizadas, exceto nos casos de troca de transformadores por avaria ou outras
necessidades operacionais, enquadráveis no orçamento de despesas operacionais.
44. A aplicação do disposto nesse Decreto, da forma como disciplinado, pode representar
impactos técnicos e econômicos às distribuidoras, até hoje não devidamente avaliados.
45. A padronização das tensões pode trazer benefícios pela possível economia em projetos,
equipamentos e subestações, favorecendo a melhoria da confiabilidade pela maior facilidade nas
interligações e reconfigurações dos sistemas elétricos, além de ganhos no desempenho de equipamentos
eletroeletrônicos.
46. Entretanto, para efetiva avaliação dos impactos positivos e negativos da padronização das
tensões nominais das instalações existentes e das expansões dos sistemas elétricos de distribuição é
imprescindível a participação efetiva da sociedade, contribuindo com informações, dados e metodologias que
permitam que a Agência avalie as melhores ações a serem tomadas.
47. Com isso, podem ser realizados estudos de modo a adequar a regulamentação à realidade
do país e aos objetivos almejados pela sociedade, com ponderação dos impactos e estabelecimento de
metas e formas de controle efetivas.
48. Dessa forma, a avaliação dos impactos da padronização das tensões de distribuição de
energia elétrica no Brasil exige uma discussão abrangente com os diversos setores da sociedade e, assim, a
SRD incluiu esta questão em sua Agenda Regulatória Indicativa para o biênio 2011-2012, conforme Portaria
ANEEL nº 1.447, de 12 de janeiro de 2010 e expõe as informações e questionamentos da presente Nota
Técnica com o intuito de obter subsídios da sociedade para nortear os estudos da Superintendência para
aperfeiçoamento dos regulamentos desta Agência.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Fl. 14 da Nota Técnica no 0075/2011–SRD/ANEEL, de 21/12/2011.
VI. DA RECOMENDAÇÃO
DANIEL VIEIRA
Especialista em Regulação – SRD
De acordo:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.