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Fisioterapia

ROTEIRO

Neurologia Infantil

• Crescimento e Desenvolvimento

ASPECTOS FUNCIONAIS
• Desenvolvimento Motor
– Avaliação

DO DESENVOLVIMENTO • Reflexos Primitivos

MOTOR TÍPICO
– Reações de Endireitamento e Equilíbrio
• O Recém Nascido
• Segundo Mês
Me. RODOLFO SILVA KÓS • [...]
Fisioterapeuta especialista em Neurologia Infantil
Fisioterapeuta da Casa da Criança Paralítica de Campinas • Décimo ao Décimo Segundo Mês
Mestre em Ciências da Cirurgia –UNICAMP
Doutorando em Ciências da Cirurgia - UNICAMP • A partir de 12 meses
• Orientações Domiciliares
Curso de Especialização “Neuropsicologia aplicada à Neurologia Infantil”
Faculdade de Ciências Médicas – FCM/UNICAMP

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO MÉTODO CAPURRO PARA AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL


Formação do Pouco visível, Nítido, com Puntiforme; Puntiforme;
Mamilo sem aréola (0) aréola < 0,75 cm aréola de borda aréola de borda
(5) não elevada > elevada >0,75
• Idade gestacional 0,75 cm (10) cm (15)

Textura da Pele Fina, gelatinosa Fina, lisa (5) Lisa, discreta Grossa, sulcos Grossa,
– Pré-termo: Menos que 37 semanas completas (0) descamação superficiais, apergaminhada,
superficial (10) descamação de com sulcos
mãos e pés (15) profundos (20)
– A termo: 37 semanas completas até menos que 42
semanas completas Forma da Chata, disforme,Somatória
Pavilhão + 204  7Pavilhão
Pavilhão
Orelha pavilhão não parcialmente parcialmente totalmente
– Pós-termo: 42 semanas completas ou mais encurvado (0) encurvado na
borda (8)
encurvado em
toda a borda
encurvado (24)

• Determinação da IG:
superior (16)
Tamanho da Ausência de Diâmetro < 0,5 Diâmetro entre Diâmetro > 1 cm
– Método Capurro Glândula
Mamária
tecido mamário
(0)
cm (5) 0,5-1 cm (10) (15)

– Baseado em parâmetros físicos e neuromusculares Sulcos plantares Ausentes (0) Marcas mal Marcas bem Sulcos na Sulcos em mais
definidas na definidas na metade anterior da metade
– Demonstram padrão previsível de maturação no
metade anterior metade anterior da planta (15) anterior da
da planta (5) e sulcos no planta (20)
decorrer da gestação terço anterior
(10)

Moura-Ribeiro, 2010. Moura-Ribeiro, 2010.

Moura-Ribeiro, 2010. Moura-Ribeiro, 2010.

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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

• Idade corrigida

– Idade pós-natal menos o número de semanas que


faltam para completar 40 semanas

– Usada para avaliação de crescimento e desenvolvimento


da criança

IG: 28 semanas
Para 40 semanas: 12 semanas

IPN: 6 meses
IC: 6 meses – 12 semanas
IC:  3 meses

Moura-Ribeiro, 2010. Moura-Ribeiro, 2010.

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

• Escore de APGAR Escore de APGAR


Sinal 0 1 2
– Desenvolvido em 1952 Cor Cianose / Palidez Corpo róseo e Corpo róseo
extremidades
– Dra. Virgínia Apgar cianóticas
– Avalia a condição fisiológica Frequência Ausente < 100 > 100
do RN no 1º e 5º min Cardíaca
– Necessidade de reanimação Irritabilidade Ausente Algum Movimento Espirros
ou cuidados especiais
Tônus Muscular Flacidez Alguma flexão de Boa
extremidade movimentação
Esforço Ausente Irregular Choro forte
Respiratório
10 a 8: Sem asfixia; 7 a 5: Asfixia leve; 4 a 3: Asfixia moderada; 2 a 0: Asfixia grave

Moura-Ribeiro, 2010. Moura-Ribeiro, 2010.

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

• Escore de APGAR • Teste do Pezinho – Triagem Neonatal

– O prematuro saudável pode receber baixa pontuação – Ação profilática realizada para diagnóstico precoce de
somente por conta de sua imaturidade doenças congênitas, infecciosas, hematológicas

– Influências sobre o APGAR: drogas, traumas, anomalias – Entre o 3º e o 7º dia de vida


congênitas, infecções, hipóxia, hipovolemia e
prematuridade extrema

A Appearence Hipotireoidismo Congênito


Fibrose Cística
P Pulse Fenilcetonúria
G Grimace Anemia Falciforme
Toxoplasmose Congênita
A Activity
R Respiration
Moura-Ribeiro, 2010. Moura-Ribeiro, 2010.

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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

• Crescimento • Crescimento
– Fator biológico complexo, constitui parte do – Sofre influência de doenças, da nutrição e das condições
desenvolvimento da criança sociais
– Indicador de condições de saúde • Diminuição do ritmo do crescimento

– Influência direta sobre as células nervosas:


– Interação entre o potencial genético e o meio ambiente
• Crescimento, migração, diferenciação, morte

– Intraútero/pós-parto

Moura-Ribeiro, 2010. Moura-Ribeiro, 2010.

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO MOTOR

Taxa de desenvolvimento
acelerada no primeiro ano
de vida
• Céfalo-caudal

• Movimentos gerais antes dos


movimentos específicos

• Extensores axiais

Flehming, 2002. Flehming, 2002.

DESENVOLVIMENTO MOTOR DESENVOLVIMENTO MOTOR


Avaliação
• Diagnóstico Médico:
– Tendencial
– “O que se pode reconhecer ou pressentir”
– Profissional deve ter profundo conhecimento do
desenvolvimento típico e seus desvios
– Controle a curto prazo
– Medida terapêutica o mais precoce possível

• Em alguns casos
– Tratamento precoce desnecessário

Moura-Ribeiro, 2010; Flehmig, 2002; Bobath, 1967. Flehming, 2002.

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DESENVOLVIMENTO MOTOR DESENVOLVIMENTO MOTOR
Avaliação Avaliação
EXAME NEUROLÓGICO DO LACTENTE
Como a criança se desenvolve a partir dos Avaliação Visucefálica Seguimento visual em diferentes posturas e
movimentos? direções
Flexão ventral repetida da Presença de restrição ou hipermobilidade e
cabeça comprometimento da musculatura extensora
cervical
A partir do parâmetro normal de
Mobilidade de tronco Presença de restrição ou hipermobilidade para
desenvolvimento, é possível de se identificar
os movimentos avaliados
desvios
Rechaço de MMSS e MMII Presença de assimetrias
Cachecol Avaliação específica de MMSS
Diferenciar anormalidades de variações no Balanceio de MMSS e MMII Presença de assimetrias, hipermobilidades ou
restrições
padrão normal
Posturas Comportamento em diferentes posturas

Graminha, 1997. Moura-Ribeiro, 2010; Bobath, 1967.

DESENVOLVIMENTO MOTOR REFLEXOS PRIMITIVOS


Avaliação
Reflexos Primitivos e de Atitude

Desencadeamento de respostas automáticas e


estereotipadas frente a um estímulo sensorial

Reações Posturais e Protetoras

Alberta Infant Motor Scale Test of Infant Motor Performance Surgem nos primeiros meses de desenvolvimento
(AIMS) (TIMP)
e se mantém ao longo de toda a vida

Campbell, 2001; Valentini, 2012. Flehming, 2002; Bly, 1994.

REFLEXOS PRIMITIVOS REFLEXOS PRIMITIVOS

• Reflexo de busca/procura: • Reflexo Tônico Cervical Assimétrico


– Estímulo lateral da face – Persiste até de 4 até 6 meses
– Persiste até 4 meses – Reflexo do esgrimista

• Reflexo de Moro:
– Persiste até 4 meses
• Reflexo de sucção:
– Reflexo do abraçamento
– Introdução de estímulo na boca do bebê
– Deslocamento do centro de gravidade
– Persiste até 4 meses de idade
ou estímulo sonoro/visual

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

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REFLEXOS PRIMITIVOS REFLEXOS PRIMITIVOS

• Reação automática: • Reflexo de preensão palmar:


– Liberação das vias respiratórias – Estímulo na palma da mão da criança
– Primeira extensão a partir da flexão total – Persiste até 3 meses de idade

• Reflexo Magnético: • Reflexo de preensão plantar:


– Estímulo na face plantar do pé em flexão – Estímulo nas cabeças dos metatarsos
– Resposta de extensão de MMII – Persiste até 6 meses – 1 ano
– Persiste até 2 meses

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

REFLEXOS PRIMITIVOS REFLEXOS PRIMITIVOS

• Reflexo de colocação: • Marcha reflexa:


– Início com 1 mês e persiste até 3 meses – Apoio axilar, deslocando centro de gravidade

• Manobra de propulsão:
• Reação positiva de suporte: – Compressão da face plantar em prono
– Estímulo tátil e proprioceptivo – Rastejar alternado
– Contração de flexores e extensores – Até 4º mês
– Início entre o primeiro e terceiro
– Persiste até o oitavo

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

REFLEXOS PRIMITIVOS REFLEXOS PRIMITIVOS

Reações de Endireitamento e Equilíbrio


Comportamentos desenvolvidos, aprimorados e
• Reflexo de Galant:
mantidos para o resto da vida
– Persiste até 2 meses
– Criança desnuda, estimulação nos pára-vertebrais
– Resposta de flexão lateral do tronco • Reações de verticalização:
– Óptica e labiríntica
– Criança mantém cabeça ereta quando
• Reflexo Tônico Labiríntico: deslocada lateralmente
– Persiste até 6 meses
– Resposta de extensão/flexão • Reação de Landau:
– Exacerbado em casos patológicos – Inicia em 4, 5 meses

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

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REFLEXOS PRIMITIVOS O RECÉM NASCIDO

Reações de Endireitamento e Equilíbrio


Comportamento Motor
• Reações de proteção/protetora dos braços:
Predomínio de tônus flexor fisiológico
– Impede queda para cada um dos lados Move-se casualmente
Abertura espontânea das mãos
• Anterior: 5 a 7 meses
• Lateral: 6 a 7 meses
• Posterior: 8 a 9 meses
Comportamento Global

• Reações de equilíbrio: Dorme a maior parte do tempo


Mama em um intervalo médio de 2 a 3 horas
– Sobreposição da reação de proteção Chora ao sentir forme
– Usadas para ajuste do centro de gravidade Não tem boa percepção do meio
– Reação reflexa de correção postural

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

O RECÉM NASCIDO O RECÉM NASCIDO

• Postura prona (DV): • Postura supina (DD):


– Primeiro componente de movimento contra a gravidade
– Demonstra a contratura flexora
– Libera vias aéreas e extende torácica alta
– Não mantém cabeça na linha média
– Peso se encontra na face

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

O RECÉM NASCIDO SEGUNDO MÊS

• Puxado para sentar: • Bebê já passou por um grande processo de


– Inicia movimento de flexão adaptação ao novo ambiente

• Diminuição gradativa do tônus flexor


• Sentado:
• Começa a ocorrer a adaptação à força da gravidade
– Não tem controle de cabeça
– Apresenta cifose
– Peso nas tuberosidades isquiáticas

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

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SEGUNDO MÊS SEGUNDO MÊS

• Postura prona: • Postura supina:


– Há desenvolvimento da força de extensão
– Evidente assimetria (RTCA)
– Ativação de ECM e trapézio superior
– Período de expansão torácica
– Alongamento de musculatura supra e infra-hioídea
– Ação da gravidade alonga grupos musculares em flexão
– Realiza seguimento visual a 90°

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

SEGUNDO MÊS TERCEIRO MÊS

• Puxado para sentar: • Desenvolvimento intimamente ligado à exploração


– Cabeça acompanha, porém desaba no meio do caminho do ambiente

• Maior extensão antigravitária

• Chutar com MMII

• Sentado:
– Cifose total, retroversão pélvica e flexão de tronco
– Eleva a cabeça temporariamente e desaba

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

TERCEIRO MÊS TERCEIRO MÊS

• Postura prona: • Postura supina:


– Movimentos de cabeça mais variados
– Apresenta controle de cabeça suficiente
– Mantém a cabeça na linha média por um longo período
– Ganho de estabilidade e mobilidade da cintura escapular
de tempo
– Transferência de peso para realizar o alcance
– Começam a aparecer os movimentos dissociados

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

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TERCEIRO MÊS QUARTO MÊS

• Puxado para sentar: • Atividade muscular simétrica bilateral


– Cabeça acompanha a partir de 45°
– MMSS auxiliam • Principal característica: Simetria

• Sentado:
• Preensão palmar começa a inativar
– Melhor controle e movimentos escapulares para reforçar
o sustento cefálico

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

QUARTO MÊS QUARTO MÊS

• Prono: • Supino:
– Mais simetria
– Extensão aumentada – peito elevado
– Mãos juntas no espaço
– Suporte de pesos em antebraços
– Alcança os joelhos (alcance para baixo)
– Descarga de peso em pelve
– Rola para o lado acidentalmente
– Rola acidentalmente

• Puxado para sentar:


– Cabeça ainda atrasa na sua reação de retificação
– Consegue controlar a cabeça na postura sentado
(quando colocado)

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

QUINTO MÊS QUINTO MÊS

• Prono: • Supino:
– Trabalho independente entre cintura escapular e – Tende a realizar flexão de punho para segurar objetos
extensão de tronco – Agarra os pés para brincar
– Escápulas são capazes de aguentar grande descarga de – Pé na boca: rotação de pelve, dissociação, mobilidade
peso

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

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QUINTO MÊS SEXTO MÊS

• Prono:
• Sentado:
– Usa o arrastar para se locomover  quadril é
– Quando puxado, musculatura abdominal contrai e empurrado, favorecendo extensão
estabiliza tronco
– Reduz retroversão pélvica
– Quando sentado com apoio, começa a desenvolver
estratégias nesta postura

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

SEXTO MÊS SEXTO MÊS

• Sentado:
• Supino: – Quando sentada em anel, o peso está anterior e criança
apoia MMSS a frente
– Força de flexão contra a gravidade
completa – Quando há controle completo de flexão e extensão,
ocorre os movimentos laterais e rotações
– Rola dissociando pelve dos ombros
– Fortalecimento de musculatura abdominal – A qualidade de dissociação de cinturas é evidência do
controle de flexão e extensão
e cintura pélvica
– Senta sozinho, porém sinergia muscular ainda não é
harmoniosa

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

SEXTO MÊS SÉTIMO MÊS

• Postura de Gatas: Pivotear em Ficar de 4


Rolar
– Inicia transferência de peso lateral e senta de lado prono apoios e urso
– Rolar de supino para prono: Ativa as reações de
equilíbrio Tentam Iniciam o sentar a Puxam-se para ficar
– Deita de lado e brinca nesta postura engatinhar partir de 4 apoios de pé

– Melhora a mobilidade de torácica baixa e lombar

– Balançar para frente e para trás de gatas ativa cintura


pélvica e aplica carga de força compressiva ao acetábulo
– Habilidade de desenvolver movimentos gravitacionais
nos 3 planos
– Extremidades inferiores começam a desenvolver seus
próprios componentes específicos

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

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SÉTIMO MÊS SÉTIMO MÊS

• Prono: • Quatro apoios:


– Realizam transferência de peso lateral e pegam objetos – Chega através do DL
– Realiza balanceio em todas as direções
• Supino: – Trabalha mobilidade articular
– Postura transitória – Começa a ter base para o engatinhar
– Utilizada para explorar objeto
– Controle flexor completamente desenvolvido • Decúbito lateral:
– Forte flexão lateral de pescoço e tronco

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

SÉTIMO MÊS SÉTIMO MÊS

• Engatinhar? • Engatinhar:
– Fase necessariamente obrigatória? – Possibilita movimentos recíprocos das extremidades

• Sentado:
– Sentado independente, com bom controle de tronco
• Contradição entre autores
– Evidência de curva lombar
– Não necessariamente devem engatinhar
– Engatinhar aparece antes do sentar
– Andar até no máximo 12 meses

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

SÉTIMO MÊS SÉTIMO MÊS

• Urso:
– Passar de 4 apoios para urso requer: estabilidade • De pé:
escapular, mobilidade em extremidades inferiores – Eixo segue movimentos da cabeça
– Alonga cadeia posterior – Cintura pélvica fixa para estabilizar centro de gravidade

• Arrastar: • Andar:
– É meio primitivo de locomoção, somente bebês muito
– Dá passos quando segurado e com o centro de
grandes ou hipotônicos passam por esta fase
gravidade deslocado

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

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OITAVO MÊS OITAVO MÊS

• Realiza várias transições e não permanece nelas • Sentado:


por muito tempo – Postura usada para realização de atividades motoras
finas
– Long-sitting: Diminuição da base de suporte,
• Apoiam-se em locais a partir de gatas, passam de
alongamento de isquiotibiais
ajoelhado para semi e andam ao redor dos móveis
– Side-sitting: Postura de transição
– W sitting: Assumida vinda de quatro apoios
• As postura de prono e supino já estão
aprimoradas e serão apenas transições
para as transferências

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

OITAVO MÊS NONO MÊS

• W sitting: • Controle de tronco aumentado


– Quadris se encontram no limite da rotação interna
– Mecanismo para luxação de quadril
• Caracterizado por combinar atividades globais com
– Deformidades ósseas
atividades seletivas

• Grande capacidade de manipulação na postura


sentado

• Fica de joelhos, porém com extensão de quadril


incompleta

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

NONO MÊS NONO MÊS

• Engatinhar: • De pé:
– Eficiente – Apoio nos móveis ainda é necessário
– Movimentos recíprocos das extremidades – O sentar é programado, controle pélvico quase completo
– Maior exploração do ambiente
• Andar:
– Macha lateral mais refinada
• De Joelhos: – Maior rotação de pelve
– Bebê brinca nesta postura, com
contração eficaz de grupos musculares
importantes
– Em semi-ajoelhado, o bebê transfere o
peso lateralmente, onde o lado que
sustenta alonga e o outro realiza flexão
lateral

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

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DÉCIMO AO DÉCIMO SEGUNDO MÊS DÉCIMO AO DÉCIMO SEGUNDO MÊS

• Atividades de joelho:
• Inspeciona brinquedos com os olhos e os manipula
– Tendência a assumir posturas mais verticais para
realizar atividades múltiplas
• Engatinhar:
– Amadurece a partir da diminuição da base de suporte • Cócoras:
– Aparece a partir da postura de pé com apoio para o
• Urso: sentado
– Alongamento de isquiotibiais, intrínseco plantares, – Alongamento e ativação de tríceps sural, ativação de
aumento da mobilidade de antepé e tornozelo tibial anterior (manutenção do equilíbrio)

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

DÉCIMO AO DÉCIMO SEGUNDO MÊS DÉCIMO AO DÉCIMO SEGUNDO MÊS

• Andar apoiado: • Subir:


– Preparação para a deambulação
– Escalar móveis de altura apropriada desenvolve
– Começa a tentar tirar o apoio componentes de dissoçiação, mobilidade e força
antigravitária
• De pé:
– Solta as mãos espontaneamente para pegar brinquedos

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

A PARTIR DE 12 MESES A PARTIR DE 12 MESES

• Diminuição da base de suporte na postura de pé

• Levanta e abaixa sem dificuldade


O Desenvolvimento Motor Normal no primeiro
• Melhor estabilidade durante a marcha ano de vida tem como resultado a marcha, e há
algumas variações neste período até sua
aquisição
• É capaz de andar puxando / segurando
objetos

Flehming, 2002; Bly, 1994. Flehming, 2002; Bly, 1994.

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A PARTIR DE 12 MESES ORIENTAÇÕES DOMICILIARES

Entre 10 e Início do comportamento de marcha


15 meses

Próximo • Conversar com a mãe e observar o bebê


Início do comportamento de corrida
aos 2 anos E DEPOIS DA AQUISIÇÃO DA MARCHA? • Estimular principalmente transferências
Próximo Comportamento de saltitar e galopar
• Se atentar a padrões típicos e atípicos
aos 4 anos
• Conscientizar a família sobre a importância da estimulação
Após os 4 Comportamento de pular domiciliar
anos

Entre 7 e 10 O Controle Postural semelhante ao do adulto


anos
Flehming, 2002; Bly, 1994. Braga, 2008.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Bly, L. Motor skills acquisition in the first year: Na illustrated guide to


normal development. Tucson, Ariz: Therapy Skill Builders, 1994.

• Bobath, B. The very early treatment of cerebral palsy. Developmental


Medicine & Child Neurology. vol 9. p. 373-90. 1967.

• Braga, L. W.; Júnior, A. C. P. Método SARAH – Reabilitação baseada na


família e no contexto da criança com lesão cerebral. Livraria Santos
Editora. 2008.

• Campbell, S. K.; Girolami, G. L.; Kolobe, T. H. A.; Osten E. T.; Lenke, M. C. The
Test of Infant Motor Performance (TIMP). 2001.

• Flavell, H. J. Psicologia do desenvolvimento de Jean Piaget. São Paulo:


Pioneira, 2001.

OBRIGADO!
• Flehmig, I. Desenvolvimento Normal e seus desvios no Lactente:
Diagnóstico e tratamento até o 18°. mês. Atheneu, 2002.
rodolfo.kos@gmail.com

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Graminha, S. S. V; Martins, M. A. O. Condições adversas na vida de


crianças com atraso no desenvolvimento. Medicina, Ribeirão Preto, 30:
259-267, abr/jun 1997.

• Halpern, R.; Giugliani, E. R.; Victoria, C. G.; Barros, F. C.; Horta, B. L. Fatores
de risco para suspeita de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor
aos 12 meses de vida. Rev. Chil. Pedriatr. 73(5); 529-539, 2002.

• Moura-Ribeiro, M. V. L.; Gonçalves, V. M. G. Neurologia do Desenvolvimento


da Criança. 2 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2010.

• Valentini, N. C.; Saccani, R. Brazilian Validation of the Alberta Infant


Motor Scale. Phys Ther. 2012; 92: 440-447.

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