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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC PARQUE DA JUVENTUDE

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

CONTROLE DA DOR SEM USO DE FARMACOTERÁPICOS

EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

SÃO PAULO

2018
Controle da dor sem uso de farmacoterápicos

em pacientes oncológicos

Pacientes acometidos por qualquer tipo de câncer já iniciam uma batalha


dolorosa ao receber a noticia de seu diagnostico, infelizmente a medicina atual ainda
não evoluiu tanto a fim de conseguir proporcionar um conforto tão grande a ponto
que muitos pacientes acabam desistindo no meio do tratamento pelos efeitos
colaterais das medicações utilizadas.

Pensando nisso, algumas técnicas complementares são utilizadas para


proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes, ajudando inclusive no
combate das dores provocadas pelo problema de saúde e pelas consequências dos
medicamentos quimioterápicos.

A dor associada ás neoplasias hoje é considerada uma emergência medica


pela OMS e deve ser combatida com o uso de analgésicos, seja este um
medicamento opioide ou no caso de pacientes usuários de drogas, substancias
como a heroína e a cocaína, sendo que a heroína é utilizada em raros casos para o
tratamento de algias e a cocaína é utilizada pelo doente para fugir da realidade e
não sentir mais nada além do êxtase e prazer do consumo.

Mas as equipes de saúde atualmente conhecem e indicam aos seus


pacientes, formas complementares de alivio da dor, como acupuntura, exercícios
físicos leves, como tai chi chuan, hidroginástica, ginastica alongamentos,
caminhadas, yoga, etc, também outros métodos como a hipnose e meditação se
mostram possíveis para ajudar no alivio da dor.

Dados coletados entre 2002 e 2007 mostram que os sintomas mais


frequentes, tratados com terapias não convencionais, foram: problemas
musculoesqueléticos, como: dores nas costas (17,1%), no pescoço (5,9%), nas
articulações (5,2%), artrite (3,5%) e outras (1,8%). Já em crianças, as condições
mais tratadas foram dores nas costas e no pescoço (6,7%), resfriados e pneumonias
(6,6%), ansiedade ou estresse (4,2%) e Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (2,5%).

Apesar das dificuldades, o tratamento medicamentoso não deve ser


interrompido sem o conhecimento do médico, mesmo sendo muito desgastante para
o paciente e seus familiares. Por isso a importância de métodos complementares,
que ajudam a diminuir os danos provocados pelas seções de terapia e auxiliando no
equilíbrio físico e psicológico.

“Todos os Deuses, todos os céus e todos os infernos estão dentro de nós” –


Upanixades.

Medicamentos

Os medicamentos mais utilizados em hospitais para o controle da na


oncologia são:

Codeína*.

Tramadol.
Metadona.
Morfina.
Fentanil.

* Combinação frequentes de opioides e paracetamol ou AINEs.

CODEÍNA

Classe terapêutica:

Analgésico entorpecente, antitussígeno.


Posologia e apresentação:

Solução Oral
• Cartucho com 1 frasco de 120 mL.
Comprimidos
• Cartucho com 30 comprimidos.

Indicações:

A codeína é um analgésico derivado do ópio, usada para o alívio da dor moderada.

Contra-Indicações:

Nos casos de depressão respiratória, especialmente em presença de cianose e


excessiva secreção brônquica.
É contraindicado quando há dependência a drogas, inclusive alcoolismo;
instabilidade emocional ou tentativa de suicídio, condições onde há aumento da
depressão intracraniana, arritmia cardíaca, convulsão, função hepática ou renal
prejudicada, inflamação intestinal, hipertrofia ou obstrução prostática,
hipotireoidismo, cirurgia recente do trato intestinal ou urinário.

Advertências:

GRAVIDEZ:
Deve ser considerado o risco-benefício, uma vez que o analgésico opioide atravessa
a placenta. O uso regular durante a gravidez pode causar dependência física ao
feto, causando ao recém-nascido: convulsão, irritabilidade, choro excessivo,
tremores, febre, vômitos, diarreia.
TRABALHO DE PARTO:
O uso do analgésico durante o trabalho de parto pode resultar na depressão
respiratória do recém-nascido.
AMAMENTAÇÃO:
O fosfato de codeína é excretado no leite materno. Os efeitos no lactente são ainda
desconhecidos. A relação risco-benefício deve ser considerada.
USO PEDIÁTRICO:
Crianças até 1 ano de idade são mais susceptíveis aos efeitos, principalmente os de
depressão respiratória.
USO EM IDOSOS:
Pacientes idosos são mais susceptíveis a efeito de depressão respiratória, pois
metabolizam e eliminam o medicamento de forma mais lenta.
Para estes pacientes são recomendadas baixas doses ou longo intervalo entre as
doses.
Pacientes idosos geralmente com hipertrofia ou obstrução prostática e
enfraquecimento da função renal, apresentam retenção urinária quando fazem uso
de analgésico opioide.

TRAMADOL

Classe terapêutica:
Analgésico opióide

Posologia e apresentação:

Solução injetável 50mg/mL


Embalagens contendo 1, 6 e 60 ampolas com 1mL.

Solução injetável 100mg/2mL


Embalagens contendo 1, 6 e 60 ampolas com 2mL

Indicações:

O cloridrato de Tramadol é indicado para dor de intensidade moderada à severa, de


caráter agudo, subagudo e crônico.

Contraindicações:

Hipersensibilidade ao cloridrato de Tramadol ou a qualquer componente da fórmula.


Intoxicações agudas: por álcool, hipnóticos, analgésicos e psicofármacos em geral.
Pacientes em tratamento com: inibidores de MAO, antidepressivos tricíclicos,
antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina, neurolépticos e drogas ou
situações que baixam o limiar 4 para convulsões (carbamazepina, trauma encefálico,
desordens metabólicas, abstinência a álcool e drogas) ou pacientes que foram
tratados com essas drogas nos últimos 14 dias.

Advertências:

O cloridrato de tramadol deverá ser usado com cautela nas seguintes condições:
hipersensibilidade aos analgésicos opioides, pacientes idosos, pacientes com
insuficiência respiratória, história prévia de convulsões, história de dependência ou
sensibilidade a opioides, pressão intracraniana aumentada, rebaixamento de
consciência de origem não estabelecida.
Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo tramadol nas doses
recomendadas. O risco pode aumentar quando as doses de tramadol excederem a
dose diária limite recomendada (400mg). Além disso, o cloridrato de tramadol pode
elevar o risco de convulsões em pacientes tomando outras medicações que
reduzam o limiar de excitabilidade para convulsões. Pacientes com epilepsia, ou
aqueles susceptíveis a convulsões, somente deveriam ser tratados
com tramadol sob as circunstâncias inevitáveis.
O tramadol apresenta um baixo potencial de dependência. No uso a longo prazo,
pode-se desenvolver tolerância e dependência física e psíquica. Pacientes com
tendência a dependência ou ao abuso de droga, só devem utilizar o cloridrato
de tramadol por períodos curtos e sob a supervisão médica rigorosa.

METADONA

Classe terapêutica:
Analgésico narcótico sintético

Posologia e apresentação:

Comprimidos de: 5 mg em embalagem com 20 comprimidos. 10 mg em embalagem


com 20 comprimidos

Indicações:
Este medicamento é indicado para o alívio da dor aguda e crônica de intensidade
moderada ou forte; tratamento de desintoxicação de narcóticos (heroína ou outras
drogas similares à morfina), em conjunto com serviços médicos e sociais adequados
e para terapia de manutenção temporária de narcóticos.

Contraindicações:

Este medicamento é contraindicado para pacientes com alergia à própria metadona


ou a algum dos componentes da fórmula. Em casos de insuficiência respiratória
grave e asma brônquica aguda ou hipercarbia. E em pacientes com íleo paralítico.

Advertências:

Abdômen agudo: os opioides podem mascarar o diagnóstico ou o curso clínico de


pacientes com abdômen agudo. A metadona é contraindicada em pacientes com
íleo paralítico. Dependência: A metadona pode produzir dependência semelhante
àquela da morfina. Portanto possui potencial para viciar. A dependência física e
psíquica e a tolerância podem desenvolver-se após repetida administração, motivo
pelo qual a sua administração deve ser criteriosa. Lesão Craniana e Pressão
Intracraniana Aumentada: Os efeitos depressores respiratórios da metadona e sua
capacidade de elevar a pressão do fluido cerebroespinhal pode ser muito
aumentada na presença de pressão intracraniana aumentada. Além disso, os
narcóticos produzem efeitos colaterais que podem encobrir o curso clínico dos
pacientes com lesões intracranianas. Em tais pacientes, a metadona deve ser usada
com cuidado e somente se houver muita necessidade.

MORFINA

Classe terapêutica:
Analgésico narcótico

Posologia e apresentação:
Embalagens com 2 e 20 blisteres com 10 comprimidos Embalagens com 1 frasco
com 50 comprimidos

Indicações:

É indicado para o alívio da dor intensa aguda e crônica.

Contraindicações:

É contra-indicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade à morfina, ou a


algum componente da fórmula. Também na insuficiência ou depressão respiratória,
depressão grave do sistema nervoso central, crise de asma brônquica, insuficiência
cardíaca secundária, doença pulmonar obstrutiva crônica, arritmias cardíacas,
aumento da pressão intracraniana, lesões cerebrais, tumor cerebral, alcoolismo
agudo, delirium tremens, desordens convulsivas, após cirurgia do trato biliar, cirurgia
no abdômen e anastomose cirúrgica, administração conjunta com inibidores da MAO
ou após um período de 14 dias com este tratamento.

Advertências:

Deve ser administrado com extremo cuidado em pacientes idosos ou debilitado, na


presença de aumento da pressão intra-ocular/intracraniana, em pacientes com lesão
cerebral, em doses reduzidas em pacientes que estejam tomando conjuntamente
outros analgésicos gerais, fenotiazidas, outros tranqüilizantes, antidepressivos
tricíclicos e outros depressores do SNC, inclusive álcool. A miose pode obscurecer o
curso da patologia intracraniana. Depressão respiratória, hipotensão, sedação
profunda e coma podem ocorrer. Pode aparecer convulsão em conseqüência de
altas doses em pacientes com história de convulsão que deverão ser observados
cuidadosamente quando medicados com morfina. Os efeitos depressores da morfina
sobre a respiração e sua capacidade de elevar a pressão do fluido cérebro espinhal
podem ser exacerbados na presença de aumento da pressão intracraniana. Deve
ser utilizada com cuidado durante crises de asma levando-se em conta o fato de que
pode causar hipotensão, mascarar o diagnóstico de condições abdominais agudas,
deve ter dose reduzida para pacientes idosos, debilitados, com problemas renais ou
hepáticos, mal de Addison's, hipotiroidismo, estreitamento uretral, hipertrofia da
próstata, depressão do SNC ou coma, psicose tóxica, alcoolismo agudo, delirium
tremens, hipotireoidismo ou incapacidade para deglutição. Deve ser usado com
cautela em pacientes com doença do trato biliar, incluindo pancreatite aguda.
Opióides podem elevar os níveis séricos de amilase. Pacientes ambulatoriais devem
ser avisados de que a morfina altera as habilidades físicas ou mentais necessárias
para certas atividades que requerem atenção e alerta. Como outros narcóticos a
morfina pode causar hipotensão ortostática. A morfina pode causar dependência
física ou psíquica.

FENTANIL

Classe terapêutica:
Analgésico.

Posologia e apresentação:

Solução injetável isotônica estéril em embalagens com 5 ampolas de 2 mL, 5


ampolas de 5 mL ou 5 ampolas de 10 mL

Indicações:

Para analgesia de curta duração durante o período anestésico (pré-medicação,


indução e manutenção) ou quando necessário no período pós-operatório imediato
(sala de recuperação).
Para uso como componente analgésico da anestesia geral e suplemento da
anestesia regional.
Para administração conjunta com neuroléptico, como o droperidol, na pré-
medicação, na indução e como componente de manutenção em anestesia geral e
regional.
Para uso como agente anestésico único com oxigênio em determinados pacientes
de alto risco, como os submetidos a cirurgia cardíaca ou certos procedimentos
neurológicos e ortopédicos difíceis.
Para administração espinhal no controle da dor pós-operatória, operação cesariana
ou outra cirurgia abdominal.

Contraindicações:
É contraindicado em pacientes com intolerância a qualquer um de seus
componentes ou a outros morfinomiméticos.

Advertências:

Quando usado como suplemento da anestesia regional, o anestesista deve ter em


mente que esse tipo de anestesia pode provocar depressão respiratória por bloqueio
dos nervos intercostais, depressão essa que pode ser potencializada pelo fentanil.
Utilizado em associação com tranquilizante como o droperidol. A dose de fentanil
deve ser reduzida em pacientes idosos e debilitados, de acordo com cada
caso. Fentanil é recomendado para o uso em anestesiologia, não devendo ser
empregado a não ser em centros cirúrgicos equipados com aparelhagem adequada
e com antídotos indicados.
Quando aplicado na técnica de neuroleptoanalgesia, associado ao droperidol, e
eventualmente complementado pelo protóxido de nitrogênio, curarizantes ou outros
agentes, é desaconselhável a administração simultânea de outros neurolépticos ou
analgésicos morfínicos. Quando utilizado no trabalho de parto com feto vivo, existe a
possibilidade de atravessar a barreira placentária e causar depressão do centro
respiratório do feto, razão pela qual seu uso deve ser feito com cautela, por
anestesistas com experiência nessa técnica. Não se deve ultrapassar a dose
recomendada a fim de evitar possível depressão respiratória e hipertonia muscular.
Tem sido relatada a possibilidade de que o protóxido de nitrogênio provoque
depressão cardiovascular, quando administrado com altas doses de fentanil.

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