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resumo da AULA 02 - 21/03

Técnicas para criação de


rotina antidepressiva
Psic. Luiz Eduardo

1
Como manter os ingredientes
antidepressivos na rotina?

2
Problemas comuns ao tentar
criar uma rotina antidepressiva
Como manter os ingredientes
1
antidepressivos na rotina?

Na aula de ontem você aprendeu a técnica


ADANES, para conseguir estruturar de uma
forma eficaz a sessão no tratamento da
depressão.
Além disso, você entendeu que a finalidade da
terapia para depressão é criar um antidepressivo
natural na rotina do paciente. A terapia é o
momento onde o terapeuta e o paciente
descobrem juntos como fazer essa
combinação.
No meio desse percurso, surge uma
dificuldade própria: não basta descobrir os
ingredientes antidepressivos que funcionam para
o paciente. Pelo mecanismo próprio da
depressao, a chance de que ele comece algo
mas logo desista é muito grande.
Esse é o problema que vamos abordar hoje:
o que fazer para manter os ingredientes
antidepressivos na rotina?
Para responder isso, primeiro precisamos
entender quais são os obstáculos mais comuns.
Problemas comuns ao tentar
2
criar uma rotina antidepressiva

Os grandes obstáculos quando começamos


a formar uma rotina antidepressiva geralmente
são:
Frequência de pensamentos como "não vou
conseguir", "não vai dar certo", que
diminuem a motivação do paciente;
Dificuldades, falhas e obstáculos se tornam
ENORMES e parecem insolucionáveis;
O Ciclo da Depressão (exposto na aula 1)
parece que voltará a qualquer momento.
Como você pode perceber, isso tudo tem a
ver com pensamentos e percepções do
paciente, que a depressão causa.
Por isso, nosso objetivo precisa ser descobrir
como lidar com pensamentos depressivos e
como resolver esses obstáculos, para manter
uma rotina antidepressiva.
É como se a pessoa com depressão tivesse
uma nuvem na frente dos olhos, que escurece
a visão. Esses são os pensamentos depressivos
(memórias, palavras, sensações). A pessoa
briga com os pensamentos, e surgem outros - é
uma luta sem fim.
Na Eurekka, lidamos com os pensamentos
depressivos em 3 passos, que chamamos de
DDD.

Detectar
O primeiro passo é detectar os pensamentos
depressivos. É importante lembrar que o ciclo
desses pensamentos não é interrompido durante
a terapia. Por isso, você pode, inclusive,
aproveitar a terapia para ensinar o paciente a
detectar os pensamentos quando perceber
que ele está entrando neles. Use frases como:

"Percebi que você ficou mais quieto..."


"Estão surgindo pensamentos de que


você não vai conseguir, não é?"

"Estou com a impressão de que algumas


memórias estão surgindo."
O foco é que você ajude o paciente a
perceber o processo de pensamento que está
ocorrendo.
Dar um nome
Depois de perceber que há um processo
rolando, precisamos que o paciente entenda
que são pensamentos depressivos, e não
pensamentos que ele mesmo está se propondo.
Normalmente, algumas perguntas-chave
podem guiar esse processo de autopercepção:
"O que sua mente está trazendo?"

"Que pensamentos são esses?"


"Para onde a mente está te levando?"

Desarmar
Essa é a última parte da técnica. Aqui,
queremos que o paciente perceba que esses
pensamentos não vão trazer benefício para ele.
Além disso, uma das coisas mais importantes
no tratamento da depressão é que os
pensamentos não nos determinam - podemos
fazer coisas e tomar decisões independente do
que eles estejam nos dizendo. Para isso, faça
uma das seguintes perguntas:

"Se seguir esse pensamento, para qual lado


você irá? Terá mais prazer e maestria?"

"Se você seguir o que sua mente está dizendo


agora, como acha que sua vida será?"
Resolvendo obstáculos
Além de lidar com os pensamentos
depressivos, existem também os obstáculos
materiais, que o paciente encontra na sua vida
mesmo.
Para lidar com eles, precisamos de alguns
princípios na hora de descobrir os ingredientes
antidepressivos e propor o experimento
semanal:

1. Transformar o certo em fácil e prazeroso.


A ideia é que o paciente possa entrar em
contato com aquilo que nós chamamos (dentro
da teoria comportamental) de reforçadores
naturais.
Ou seja: precisamos que, no longo prazo, ao
fazer as atividades propostas, o paciente
encontre sua recompensa nelas mesmas - fazer
porque gosta, porque vê sentido, e não só por
uma motivação externa. Para isso, além de ser
prazerosa, a atividade precisa ser fácil.
Por exemplo: se ele tiver que atravessar toda
a cidade para fazer o exercício físico, a chance
de que ele desista é muito grande. Percebe
como precisamos de estratégias fáceis?
2. Planejar para que o paciente consiga manter o
hábito
Muitas vezes, o paciente consegue fazer a
atividade uma vez, mas não consegue manter.
Tirar um tempo da sessão para falar sobre o
que ele fará/manterá para a próxima semana é
essencial.

3. Dedicar tempo suficiente para prever


obstáculos
Complementando o ponto anterior, é
importante antever dificuldades que possam
surgir. Separe um tempo da sessão para isso;
do contrário, o paciente pode trazer os
obstáculos nos últimos minutos e você fica sem
tempo de analisar com ele as situações.
Por exemplo: se a meta é encontrar um
amigo por semana, vale a pena já delinear com
o paciente um plano B - e se aquele amigo não
puder? E se ele não responder? Etc.

4. Garantir que a missão está clara


No fundo, esse ponto é o mais importante,
mas também muitas vezes negligenciado!
Precisamos garantir que o paciente entenda o
que combinamos e qual a importância daquilo.
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nos vemos hoje,


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