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24/04/2018 CURTO CIRCUITO E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO - Engenheiros Associados

2 1 J U N C U R TO C I R C U I TO E
E Q U I PA M E N TO S D E P R OT E Ç Ã O
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CO R R E N T E D E C U RTO C I R C U I TO
Principais Características

Fundamentos
Para a especi cação dos equipamentos de proteção de um sistema elétrico, a
determinação correta da corrente de curto circuito é tão importante quanto a
determinação da corrente nominal. Para isto, o tamanho deste sistema, deve ser

avaliado cuidadosamente, para a de nição do valor da corrente de curto circuito. Os


disjuntores e fusíveis devem ser dimensionados dentro de sua adequada capacidade de
interrupção, permitindo a sua abertura segura para a máxima corrente de curto circuito
que poderá uir dentro do sistema. Esta corrente é diretamente proporcional ao

tamanho do sistema, (sua capacidade de fornecer energia) e não tem relação com a
carga do ramal a ser protegido. (Fig. 1)

FONTES DE CORRENTE DE CURTO CIRCUITO,


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FONTES DE CORRENTE DE CURTO CIRCUITO,
CONCESSIONÁRIA, GERADOR PRÓPRIO, MOTOR SÍNCRONO,
MOTOR DE INDUÇÃO
Quando do cálculo da corrente de curto circuito devemos considerar todas as fontes,
com suas respectivas reatâncias.

No instante do curto circuito, cada uma das fontes atua de acordo com suas
características, conforme descrito a seguir:

CONCESSIONÁRIA

Neste caso o sistema de alimentação é muito grande comparado à instalação industrial.


No instante do curto circuito o sistema fornecerá corrente para a falta de maneira

contínua, sendo limitada apenas pela impedância da concessionária no ponto de falta.

GERADOR

Quando ocorre uma falta em um circuito alimentado por um gerador síncrono, este
continuará a fornecer tensão para o sistema, pois a turbina continuará a movimentá-lo, e

o campo de excitação será mantido independente do curto circuito. Esta tensão gerada

irá produzir a corrente de curto circuito, que uirá para o ponto de falta, e será limitada

apenas pela impedância do gerador e do circuito entre o gerador e o ponto de falta.

MOTOR SÍNCRONO

É bastante semelhante ao gerador síncrono, podendo portanto gerar energia da mesma

forma. Quando ocorre um curto circuito, a tensão do sistema cai a valores muito baixo,

fazendo com que o motor deixe de fornecer energia mecânica à carga. Devido a inércia

mecânica desta mesma carga e do rotor do motor, estes continuam seu movimento de

rotação durante muito ciclos, passando a funcionar durante este tempo como
alternador, em que a tensão gerada produzirá a corrente de curto circuito que uirá para

o ponto de falta. O valor da corrente gerada dependerá da potência, da tensão, e da

reatância do motor síncrono, e da impedância do sistema até o ponto de falta.

MOTOR DE INDUÇÃO

Também neste caso, quando ocorre o curto circuito, a tensão do sistema é reduzida a

um valor bastante baixo. Apesar da tensão ter variado bruscamente, o mesmo não
ocorre com o uxo magnético no motor. Como a rotação do motor permanecerá durante

algum tempo, devido a inércia da carga e do próprio rotor, este passará a gerar corrente

de curto circuito durante o tempo em que existir o uxo magnético, aproximadamente

quatro ciclos.

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Em função do seu curto tempo de atuação, deverá ser levado em consideração apenas
para o calculo da corrente momentânea dos disjuntores de média tensão, ou para

aqueles disjuntores cuja interrupção se dá em um ou dois ciclos (baixa tensão). O valor

da corrente gerada dependerá da potência, da tensão de serviço e da reatância do

motor, e da impedância do sistema entre o motor e o ponto em que se veri ca a falta.

REATÂNCIAS DAS MÁQUINAS ROTATIVAS

A reatância das máquinas rotativas não são valores xos como nos transformadores,

cabos e outros equipamentos, mas sim valores que variam em função do tempo.

Se analisarmos a corrente de curto circuito nos terminais de um gerador, veri camos

que ela inicia com um valor elevado, decai durante um determinado tempo, e depois

estabiliza em um valor constante. Como durante este tempo a tensão do campo de

excitação e a velocidade do gerador permaneceu praticamente constante, concluímos


que o que variou com o tempo foi a reatância da maquina.

A expressão usada para o cálculo da reatância variável neste caso requer uma fórmula

bastante complexa, tendo o tempo como uma das variáveis. Para efeitos de

simpli cação, serão usados apenas três valores de reatância :

REATÂNCIA SUBTRANSITÓRIA ( X”D )

É a reatância aparente do enrolamento do estator no instante em que ocorre o curto

circuito, e determina a corrente de curto circuito que ui nos primeiros ciclos.

REATÂNCIA TRANSITÓRIA (X’D )

É a reatância inicial do enrolamento do estator, considerando apenas o efeito do


enrolamento de campo. Esta reatância tem in uência em até 0,5 segundos ou mais,

dependendo do projeto da máquina.

REATÂNCIA SÍNCRONA (X D )

É a reatância que determina o valor da corrente quando o regime permanente de curto


circuito é atingido. Como ela passa a atuar em até vários segundos após o curto circuito,

ela não é levada em consideração no dimensionamento de equipamentos de proteção.


É utilizada para estudos e especi cações de relés de proteção.

Corrente de Curto Circuito Simétrica e Assimétrica


Quando a envolvente que toca o pico das ondas de corrente é simétrico em relação a
um eixo esta corrente é chamada simétrica, caso contrário, será chamada assimétrica.
(Fig. 2)
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A corrente de curto circuito é normalmente assimétrica nos primeiros ciclos, e depois


torna-se simétrica A máxima assimetria ocorre no instante do curto circuito e

gradualmente torna-se simétrica alguns ciclos depois.

Corrente Simétrica/Assimétrica
A assimetria da corrente de curto circuito é determinada pela relação entre a reatância e
a resistência do sistema (X/R), excluindo sempre as cargas, e pelo instante em que

ocorre em relação a Onda de Tensão.

Nos Sistemas Elétricos Industriais, normalmente o valor das resistências é muito


pequeno em relação ao das reatâncias.

Portanto o valor do fator de potência do sistema é muito baixo (desprezando-se sempre


as cargas). (Fig.3)

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Em função destas características, a onda da corrente de curto circuito, deverá sempre


estar defasada da tensão, de um valor de aproximadamente 90º.

Considerando por hipótese que tenhamos um sistema com resistência praticamente


zero, e o curto circuito ocorra no instante em que a tensão está em seu valor máximo

(pico), teremos uma corrente de curto circuito totalmente simétrica. (Fig. 4)

Considerando ainda o mesmo sistema, caso o curto circuito venha a ocorrer no instante

em que a tensão é máxima, para que permaneça a defasagem de 90º, a corrente irá se
deslocar em relação a um eixo central, tornando-se totalmente assimétrica. (Fig.5)

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Como na realidade o curto circuito pode ocorrer em qualquer ponto da onda de tensão,
e os sistemas elétricos industriais, possuem valores de resistência diferentes de zero,

podemos deduzir que a quase totalidade das correntes de curto circuito serão

assimétricas, porém não com assimetria máxima. Vemos também que a assimetria
máxima ocorrerá em apenas um instante em cada ciclo, quando o curto circuito ocorrer

num ponto da onda de tensão medindo em graus, 90º + a, a partir do ponto zero, onde

tga é igual a relação X/R do sistema. (Fig.6)

Componente Contínua da Corrente


Por questões de simpli cação de cálculo podemos dividir a corrente de curto circuito
assimétrica em componentes mais simples. Uma das componentes será simétrica e a

outra será uma componente contínua da corrente. A soma dos componentes a cada

instante, será igual à corrente assimétrica no mesmo instante. (Fig. 7)

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Durante o curto circuito a componente contínua será dissipada através das resistências

do circuito (I2R). Em função disso a velocidade com que a corrente assimétrica se


tornará simétrica dependerá da relação X/R do sistema.

Caso a resistência seja teoricamente zero, teremos uma corrente assimétrica


permanente. Caso a reatância seja zero, teremos a corrente assimétrica tornando-se

simétrica instantaneamente.

Na realidade os dois casos são teóricos, e teremos uma curva para a maioria das
correntes de curto circuito, próxima da gura mostrada acima.

O cálculo exato do valor e caz da corrente assimétrica, tão logo ocorra o curto circuito,

requer cálculos complexos, além de que a obtenção exata do comportamento do


decréscimo da componente contínua requer o conhecimento dos dados de difícil

obtenção.

Utilizando um método de cálculo simpli cado, podemos nos utilizar de fatores de

multiplicação e convertemos o valor e caz da corrente de curto circuito simétrica no

valor e caz da corrente de curto circuito assimétrica.

O valor da componente contínua depende, como já vimos anteriormente, do ponto da

onda de tensão em que ocorreu o Curto Circuito.

Para a especi cação dos dispositivos de proteção, necessitamos saber apenas o valor

máximo da componente contínua, já que os disjuntores serão dimensionados para a

máxima corrente de curto circuito que poderá ocorrer no sistema.

Para cálculos mais aproximados encontramos, tabela e curvas que nos forneçam fatores

de multiplicação, em função da relação X/R do sistema, e do tempo em ciclos, contados

a partir do instante do curto circuito.

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E S P E C I F I C A Ç Ã O D O S E Q U I PA M E N T O S
Principais Equipamentos:

A. DISJUNTORES

Disjuntores de Média/Alta Tensão

Disjuntores de Baixa Tensão

B. FUSÍVEIS

Fusíveis de Média Tensão


Fusíveis de Baixa Tensão

A de nição das características dos equipamentos dependem das condições em que

ocorre o curto circuito, e da variação da corrente com o tempo.

Para uma melhor análise dividiremos os equipamentos em média/alta tensão e baixa

tensão (acima ou abaixo de 1000V)

Equipamentos de proteção acima de 1000V


DISJUNTORES

Utilizaremos como base de nossos estudos disjuntores de média tensão, instalação


interna. Os mesmos princípios fundamentais podem ser aplicados aos disjuntores de

alta .

Os disjuntores de média tensão não atuam instantaneamente, isto é, passam alguns


ciclos entre o instante em que ocorre o curto circuito e a extinção completa do arco.

Este tempo é composto basicamente por:

Tempo para que o relé detecte o defeito e feche os contatos


Tempo para que haja o destravamento do mecanismo de acionamento, pela bobina
de disparo
Tempo para que ocorra a abertura dos contatos
Tempo de extinção completa do arco
Durante este tempo a corrente de curto circuito produz esforços mecânicos muito
grandes no disjuntor e a todo o circuito, este esforço ocorre instantaneamente, e é

proporcional ao quadrado da corrente.


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A corrente máxima, como já vimos, ocorre no primeiro ciclo, em função da componente


contínua da corrente (assimétrica) e da contribuição dos motores para a corrente total do

curto circuito. Portanto o esforço máximo ocorre também no primeiro ciclo do tempo

contado do início do curto circuito até a extinção completa do arco, valor da corrente
decresce em função do decréscimo do valor da componente contínua e a mudança da

reatância dos motores, conseqüentemente, a corrente que o disjuntor deverá

interromper, quatro a oito ciclos depois do início do curto circuito é geralmente de valor

menor que a corrente máxima do primeiro ciclo.

Em função disso veri camos a necessidade de de nir dois valores básicos:

CORRENTE MOMENTÂNEA

Capacidade do disjuntor de suportar os esforços mecânicos produzidos pela corrente de

curto circuito, do primeiro ciclo.

CORRENTE DE INTERRUPÇÃO

Capacidade do disjuntor de interromper a corrente de curto circuito até a sua extinção.

Para a especi cação completa de um disjuntor de média tensão devemos levar em


consideração os seguintes dados:

Quanto ao tipo do disjuntor.,


1. É de nido em função do meio que utilizam para a extinção do arco.

Disjuntores a pequeno volume de óleo


Disjuntores a vácuo
Disjuntores a SF6
Disjuntores a ar comprimido.
2. Quanto as características de tensão.

2a. Tensão Nominal: É a tensão ou classe de tensão em que o disjuntor irá operar.

2b. Tensão Máxima: É a máxima tensão em que o disjuntor irá operar.

2c. Tensão Mínima de Operação: É a mínima tensão com que o disjuntor irá


interromper a capacidade nominal de interrupção (MVA).

Para qualquer tensão abaixo deste valor o disjuntor irá interromper um valor abaixo de
sua capacidade nominal de interrupção.

3 Testes quanto a característica de isolamento


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3. Testes quanto a característica de isolamento.

3a. Tensão de Ensaio a Freqüência Industrial: É o valor de tensão aplicada, de

acordo com ensaios normalizado a freqüência de 60Hz, que de ne suas

características de isolamento para sua classe de tensão.

3b. Nível Básico de Impulso: de ne a capacidade do disjuntor de superar efeitos


causados por uma descarga atmosférica, direta ou indireta, e outros surtos. Este

ensaio é realizado através de um gerador de impulso, com um formato de onda

padrão.

4. Capacidade de Corrente.

4a. Corrente Nominal: É a corrente que o disjuntor deverá suportar continuamente,


sem que a sua temperatura exceda a temperatura máxima para qual foi

dimensionado.

4b. Corrente Momentânea: É a máxima corrente assimétrica que o disjuntor deverá


suportar, incluindo a contribuição de todas as fontes, motores síncrono e

assíncronos e a componente contínua da corrente. Este valor de ne a capacidade

do disjuntor de suportar os esforços de curto circuito assimétrico do primeiro ciclo.


Este valor é de nido aproximadamente como sendo de 1,6 a 1,8 vezes a corrente

máxima de interrupção (valor de pico).

4c. Corrente Suportável de Curta Duração: (1 seg.) é a corrente máxima que o

disjuntor deverá suportar na posição fechada, por um período de 1 segundo, dando-


se o tempo para que o relê opere. Este valor é o mesmo da máxima corrente de

interrupção em amperes.

5. Capacidade de Interrupção.

5a. Capacidade Nominal de Interrupção (MVA): É a máxima potência de interrupção

que o disjuntor irá interromper operando entre a tensão máxima e a tensão mínima
de operação.

5b. Corrente Nominal de Interrupção: É a máxima corrente que o disjuntor irá

interromper, operando na sua tensão nominal, obedecendo o limite de sua


capacidade nominal de interrupção.

5c. Corrente Máxima de Interrupção: É a máxima corrente que o disjuntor irá

interromper com tensão abaixo da tensão mínima de operação. Como

Conseqüência o disjuntor terá uma capacidade de interrupção menor, para essa


tensão, que sua capacidade nominal de interrupção.

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6. Tempo Interrupção.

É o tempo total de operação contando da energização da bobina de disparo até a

extinção completa do arco.

6a. Corrente de Fechamento: É a máxima corrente de crista que o disjuntor poderá

suportar no primeiro instante após o seu fechamento, em um sistema em curto

circuito.

7. Ciclo de Operações:

É o número de operações, dentro de um tempo pré-determinado, que o disjuntor deverá

suportar em caso de curto circuito.

LIMITES DOS DISJUNTORES QUANTO A SUAS CARACTERÍSTICAS DA


CORRENTE DE INTERRUPÇÃO E CORRENTE MOMENTÂNEA

Tensão de operação nunca deverá exceder a tensão máxima de nida para o disjuntor.
A capacidade nominal de interrupção não deverá ser ultrapassada em nenhuma
tensão. O disjuntor deverá interromper a sua potência nominal de interrupção nas
tensões entre a máxima e a mínima tensão de operação. Para operações abaixo da
tensão mínima de operação ele deverá interromper em potência menor que sua
potência nominal.
A corrente máxima de interrupção nunca deverá ser ultrapassada, isto é, o produto
dela por (raiz 3) vezes a tensão deverá ser menor que a capacidade nominal de
interrupção.
A corrente momentânea nunca deverá ser ultrapassada. Na maioria dos disjuntores
este valor varia de 1,6 a 1,8 (fatores de multiplicação assimétrica), vezes a corrente
máxima de interrupção.

Fusíveis de Média Tensão


Tipos:

Limitadores de Corrente, que interrompem na subida do primeiro meio ciclo da


corrente de curto circuito.
Não Limitadores de Corrente, que abrem após o pico do primeiro meio ciclo da
corrente de curto circuito.
Os fusíveis devem ser dimensionados para interromper a corrente de curto circuito

assimétrica máxima que ocorre no primeiro ciclo. O fator de multiplicação utilizado neste

caso, varia também de 1,6 a 1,8 vezes a corrente de curto circuito simétrica calculada,

levando-se em consideração as reatâncias subtransitórias e as contribuições dos

motores de indução e síncronos. Na realidade considera-se o mesmo valor da corrente


normalmente calculado para o disjuntor.
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Na escolha do fusível pode ser levada a consideração tanto a corrente de interrupção

quanto a potência trifásica de curto circuito calculada para o sistema.

A especi cação dos fusíveis de média tensão deverão levar consigo as seguintes

características:

1. Tensão Nominal: É de nida levando-se em consideração as características do local

onde será instalado o fusível:

Sistema trifásico com neutro aterrado: A tensão nominal do fusível deverá ser
igual a máxima tensão do sistema.
Sistema Monofásico: A tensão nominal do fusível deverá ser no mínimo 15%
acima da tensão máxima do sistema.
Obs: Quando temos correntes capacitivas em nosso sistema, devemos analisar a
possibilidade da ocorrência de surtos de tensão, quando da sua interrupção.
É desaconselhável a utilização destes fusíveis em sistemas com tensão inferior a sua

tensão nominal. Quando da atuação do fusível, a sua interrupção pode ocasionar

sobretensões que ultrapassem ao nível de isolamento dos demais equipamentos do

sistema. (sobretensão máxima permitida na atuação do fusível – + ou – Vnom. fusível x

2,2 x raiz de 2. – IEC-282-1)

2. Corrente Nominal

É sempre de nida com um valor acima da corrente de carga, e depende exclusivamente

das características desta carga. Deve considerar sobrecargas harmônicas, e fenômenos

transitórios por ocasião da ligação ou desligamento de motores, transformadores,

capacitores, etc. Este tipo de fusível não é adequado para proteção contra sobrecarga já
que sua atuação só é inteiramente con ável para valores de corrente muito acima de

sua corrente nominal (corrente mínima de interrupção – 2,5 a 7 x In). Esta corrente

mínima de interrupção depende das características do fusível – tensão nominal,

comprimento e diâmetro do corpo do fusível.

PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES

É utilizado sempre em conjunto com um relê de proteção, onde o fusível deverá atuar
antes do relê um caso de curto circuito, e em caso de sobrecarga a proteção deverá car

a carga do relê de proteção.

A corrente nominal do fusível para proteção de transformadores não deverá ser inferior

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de 1,8 a 2 vezes a corrente nominal do transformadores deverá levar em consideração o

seguinte:

Por razões de conseguirmos uma boa proteção com tempo de interrupção o menor
possível e seletividade com o relê de sobrecorrente, a corrente nominal do fusível
deverá ser a mínima possível.
A corrente nominal não deve ser inferior ao valor mínimo (1.8 a 2 vezes In.
transformador), para que o surto da corrente na energização do transformador não afete
seus elementos fusíveis.
Também por questões de seletividade a curva Tempo x Corrente do fusível limitador
deve car acima da curva característica dos fusíveis de baixa tensão. (ou do disjuntor).
Em resumo o fusível deverá ter sua curva compreendida entre a curva do relé de
sobrecorrentes e fusível ou disjuntor da baixa tensão.
Em casos especiais recomenda-se sempre consultar o fabricante do fusível.
PROTEÇÃO DE MOTORES

Para proteção de motores de média tensão o fusível deverá levar em consideração a

corrente de partida do motor, seu tempo de partida, e número de partidas por hora.
A curva do fusível deverá estar acima do seu ponto d partida (corrente x tempo de

partida). Alguns fabricantes fornecem curvas próprias para o dimensionamento destes

fusíveis.

Assim como no caso anterior, as curvas destes fusíveis deverão estar coordenados com

as demais proteções dos motores, já que a sua atuação será apenas para o curto

circuito.

FUSÍVEIS PARA PROTEÇÃO DE CABOS E LINHAS

A corrente nominal do fusível deve ser adequada tanto quanto possível, à bitola dos

cabos e a sua capacidade de carga contínua.

Deve-se evitar a operação deste tipo de fusível em caso de sobrecarga, pois isto poderá

acarretar ao mesmo rupturas por aquecimento nos tubos ocasionando efeitos

indesejáveis na sua capacidade de interrupção.

Sua utilização neste tipo de proteção deverá ser estudada cuidadosamente, e analisada
a sua e ciência.

FUSÍVEIS PARA PROTEÇÃO DE CAPACITORES

A colocação em operação e particularmente a interrupção de capacitores, poderá fazer

surgir no sistema correntes transientes com características semelhante às de um curto

circuito.
Para minimizar os efeitos desta corrente, resistências ôhmicas ou bobinas de bloqueio

de correntes de surto são recomendados como dispositivos de amortecimento, para


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limitação da taxa de aumento da corrente e da sua amplitude máxima.

Mesmo com o uso destes dispositivos limitadores, os capacitores devem ter fusíveis

superiores, com pelo menos o dobro, ou até mesmo quatro vezes a corrente nominal do

banco de capacitores.

Atuações indesejadas ou danos nos fusíveis, sempre pode ocorrer nestes casos.

3. Capacidade de Interrupção

O fusível deverá ser dimensionado para uma capacidade de interrupção igual ou

superior a calculada para o sistema. Os catálogos normalmente indicam a corrente de

curto circuito e caz simétrico e/ou a potência trifásica de curto circuito. Este Fusível

deverá também limitar a corrente de curto circuito a um valor menor que os valores
máximos suportáveis pelos equipamentos por eles protegidos.

Os fabricantes fornecem as curvas que indicam limitações destas correntes de curto

circuito.

Observações:

Estes fusíveis poderão ser fornecidos com percursor (Strikur-Pin), utilizado para operar
interruptores ou outros equipamentos associados ao fusível, ou sinalizador ótico.

Deve-se de nir sua utilização para uso interno ou externo.

D I S J U N TO R ES D E BA I X A T E N SÃO – T E N SÃO
A B A I X O D E 1 0 0 0V
Os disjuntores de baixa tensão diferem signi cativamente dos de média tensão, quanto

ao seu tempo de atuação em caso de curto circuito. Em função de suas características

mecânicas, os contatos dos disjuntores de baixa tensão, iniciam a sua abertura no

primeiro ciclo da corrente, após a ocorrência do curto circuito.

Os disjuntores de baixa tensão devem portanto ter condições de interromper a corrente

de curto circuito assimétrico do primeiro ciclo depois do curto circuito e suportar os

esforços mecânicos resultantes desta corrente.

O fator de multiplicação para encontrarmos o valor assimétrico da corrente é

normalmente menor que nos casos de média tensão. Isto ocorre em função de que a

relação X/R em baixa tensão é muito menor que a média tensão.

Tipos Básicos
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Disjuntor Aberto: São utilizados normalmente para altas corrente nominais, e altas
correntes de curto-circuito. Caracterizam-se por possuir uma carcaça aberta,
possibilitando a manutenção em todos os seus componentes. São próprios para
instalações industriais.
Disjuntor em Caixa Moldada: São do tipo fechado, com dimensões muito menores
que os disjuntores abertos, e são fabricados desde pequenas correntes, mono, bi ou
tripolares, com baixa capacidade de interrupção, até altas correntes nominais e alta
capacidade de interrupção.

Características Importantes para sua Especi cação:


1. Tensão Nominal:

Tensão de Operação Nominal:


É a tensão referida a capacidade de interrupção e de estabelecimento nominal do
disjuntor e seu desempenho em curto circuito. Um disjuntor poderá ter mais de uma
tensão de operação nominal, cada uma associada a sua respectiva capacidade de
interrupção e estabelecimento nominal e desempenho em curto-cicuito.
Tensão de Isolamento Nominal
É a tensão referida ao ensaios dielétricos e às distâncias de isolação e escoamento, é o
valor máximo da tensão nominal. Nunca a máxima tensão de operação nominal deve ser
maior que a tensão de isolamento nominal.
2. Freqüência Nominal:

A freqüência normal para este tipo de equipamento em corrente alternada é de 60


Hz
3. Corrente Nominal:

Corrente Nominal da Estrutura – é o maior valor de corrente que uma estrutura pode
conduzir, por tempo indeterminado, sem danos ou elevações de temperatura superiores
às admissíveis para seus componentes.
Corrente Nominal de um Disparador Série – é o valor da corrente que poderá passar
por tempo indeterminado, pelo disparador série, sem que o mesmo opere, desde que
mantidas as suas características nominais.
Corrente Nominal de um Disjuntor Automático – corresponde ao valor da corrente
nominal do disparador série deste disjuntor.
4. Capacidade de Interrupção Nominal em Curto-Circuito:

É o valor e caz da componente periódica da corrente presumida de interrupção,


levando-se em consideração a tensão nominal, a freqüência nominal e a um fator de
potência, quando trabalhamos em corrente alternada, ou constante de tempo, quando
trabalhamos em corrente contínua O disjuntor deverá ser capaz de interromper esta
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trabalhamos em corrente contínua. O disjuntor deverá ser capaz de interromper esta
corrente, independente do valor de sua componente contínua, supondo que a
componente alternada seja constante
5. Corrente Suportável Nominal de Curta Duração:

É o valor e caz da componente alternada da corrente presumida de curto-circuito,


que o disjuntor deverá suportar durante um determinado tempo, de nido normalmente
como de um segundo.
Um disjuntor equipado com disparadores série, não necessita ter especi cada a corrente
suportável de curta duração, já que é su ciente que ele possa suportar a corrente
correspondente a sua capacidade de interrupção nominal em curto-cicuito pelo tempo
total de interrupção, com o disparador série ajustado em seu retardo máximo.
6. Capacidade de Estabelecimento Nominal em Curto Circuito:

É o máximo valor de crista da corrente presumida de estabelecimento, tomando


como referencia o valor da tensão nominal, freqüência nominal e a um fator de potência
quando trabalhamos em corrente alternada ou constante de tempo quando
trabalhamos em corrente contínua.
Quando trabalhamos com corrente alternada, a capacidade de estabelecimento nominal
em curto circuito de um disjuntor não deve ser inferior ao produto da capacidade de
interrupção nominal em curto-cicuito pelo fator “n” da tabela 1 da NBR 5361/83,
conforme transcrito abaixo.
Quando trabalhamos com corrente contínua esta capacidade de estabelecimento não
deve ser inferior a capacidade de interrupção nominal em curto circuito.

7. Constante de tempo nominal:

Para corrente contínua a NBR 5361prevê que a constante de tempo nominal deve ser
de 15 ms.
8. Categoria de desempenho sob curto-circuito:

É de nida em função de seqüência de operação do disjuntor, e de suas condições


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É de nida em função de seqüência de operação do disjuntor, e de suas condições
após a execução desta seqüência. Os valores de corrente referentes a seqüência de
operação, correspondem às capacidades de estabelecimento e interrupção nominais
em curto-cicuito. Estes valores podem ser diferentes para as duas categorias de
desempenho sob curto circuito.
Estas categorias são designadas pela NBR 5361 conforme abaixo:

Características Gerais:
a) Quanto às curvas tempo x corrente

Os disjuntores de baixa tensão, atuam sempre dentro das curvas Tempo X Corrente, de
seus disparadores. Estas curvas são compostas normalmente por duas partes:

Uma com características de uma curva a tempo inverso (disparador térmico), e outra

com características de atuação a tempo curto ou instantânea (disparador magnética).

Quanto ao seu tempo de atuação, ou características de seus disparadores, poderemos

ter:

Disjuntores Limitadores de Corrente:


São aqueles que interrompem a corrente de curto circuito antes que ela atinja seu valor
de pico, isto é, na subida do primeiro meio ciclo. Utilizados em sistemas industriais que
possuem elevadas correntes de curto circuito. Muitos destes disjuntores são fabricados
com fusíveis incorporados.

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Disjuntores somente magnéticos: São disjuntores que possuem somente a unidade


magnética de proteção. Sua atuação é praticamente instantânea e protege somente
contra curto circuito. São utilizados para proteção de motores onde o sistema de partida
já possui um relé térmico para proteção contra sobrecarga.
Disjuntores termomagnéticos (que possuem unidade de proteção temporizada e
instantânea) podem ser fabricados:
 Com unidades de proteção sem ajuste externo onde estas unidades são pré-
ajustadas pelo fabricante e o disjuntor é comercializado selado.
Com unidades de proteção com ajuste externo, onde podemos regular as
correntes de atuação. São fabricados disjuntores com ajustes externos somente na
unidade magnética, na unidade térmica ou em ambas.
b ) Quanto ao dimensionamento: No dimensionamento dos disjuntores de baixa tensão
além do que já foi dito acima, deveremos levar em consideração; segundo previsto na

NBR5410/90:

A corrente nominal ou de ajuste da unidade térmica do disjuntor deve ser igual ou


superior à corrente de carga prevista, e igual ou inferior a capacidade de condução de

corrente dos condutores.

c ) Quanto as propriedades dielétricas

Os disjuntores deverão suportar, durante um minuto, tensões conforme prescrita na NBR

5361/83, em função de sua tensão nominal de isolamento. Disjuntores com tensão

nominal de isolamento igual a 220 V deverão suportar deverão suportar no ensaio


durante um minuto 2000 V, os de 380 a 480 V deverão suportar 2500 V.

d ) Quanto a durabilidade mecânica e elétrica

Os disjuntores devem ser capazes de efetuar um numero determinado de ciclos de

operações, conforme previsto em norma. Estes ciclos de operação correspondem a uma

abertura e um fechamento no caso do ensaio mecânico, e de um estabelecimento e

uma interrupção, com corrente igual a corrente nominal da estrutura e com um fator de
potência igual a 0,8 para corrente alternada ou constante de tempo entre 1 e 3 ms para

corrente contínua.

Um disjuntor de 100 A deve suporta 6000 ciclos de operação com corrente e 4000

ciclos sem corrente , totalizando 10000 ciclos de operação, considerando 6 ciclos de


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operação por minuto.

Um disjuntor de 1000 A deve suportar 500 ciclos de operação com corrente e 2000

ciclos sem corrente , totalizando 2500 ciclos de operação, considerando 1 ciclo de

operação por minuto.

e ) Quanto a Características dos Disparadores Série

Em caso de curto-circuito o disparador deverá atuar com uma exatidão de ± 20% para
todos os valores de seu ajuste de corrente de curto-cicuito.
Em caso de sobrecarga com disparadores a tempo inverso, deverão ser atendidos os
seguintes requisitos os requisitos da tabela 7 da NBR 5361/83, transcrita abaixo:

FUSÍVEIS DE BAIXA TENSÃO


Podemos de nir fusível como parte de um dispositivo-fusível, composto por um ou

vários elementos-fusíveis em paralelo, que devem fundir, quando uma corrente de valor

especi cado percorrê-los durante um determinado tempo.

Fazem parte de um dispositivo fusível : a sua base, o fusível com seus elementos

fusíveis, seus contatos, indicador de operação, percursor etc.

De acordo com a norma NBR 11840/91 os fusíveis de baixa tensão podem ser:

Tipo g – fusível limitador de corrente, capaz de interromper, sob condições

especi cadas, todas as correntes que causam fusão dos elementos fusíveis até sua

capacidade de interrupção nominal. São fusíveis para aplicações gerais, e podem ser:

fusíveis gG – são fusíveis para aplicação geral

fusíveis gM – são fusíveis próprios para proteção de motores

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Observações:

Atualmente os fusíveis gG são também utilizados para partida de motores, o que é


possível quando suas características são adequadas para suportar a corrente de partida
do motor.
Os fusíveis gM são caracterizados por dois valores de corrente In MIch –
caracterizando um fusível de característica G, a ser utilizado para proteção de motores,
onde In é a máxima corrente permanente do dispositivo fusível, e Ich corresponde a
característica G do fusível.
Tipo a – fusível limitador de corrente, capaz de interromper, sob condições
especi cadas, todas as correntes entre a menor corrente indicada na sua característica
tempo-corrente de operação (K2In da gura abaixo) e sua capacidade de interrupção
nominal.
São fusíveis de retaguarda:

Fusível aM – são fusíveis com capacidade de interrupção em faixa parcial para


proteção de circuito de motores.
Observação:

Estes fusíveis são apropriados para proteção contra curto circuito. Quando for
necessária uma proteção contra sobrecorrentes menores do que K2In deve-se utilizar
outros dispositivos de proteção adequados, acrescidos a este.

Dados para especi cação


a) Tipo e dimensões do fusível em função da sua utilização.

b) Corrente Nominal

É a corrente que o fusível poderá suportar por um tempo inde nido, sem que a sua

temperatura exceda a temperatura máxima para qual este foi dimensionado.

c) Tensão Nominal

É a tensão máxima que o fusível poderá atuar dentro de suas características normais.

d) Corrente de Interrupção

É o valor máximo e caz da corrente simétrica de curto-circuito que o fusível é capaz de

interromper, dentro das condições de tensão nominal e do fator de potência

estabelecido.

e) Características da Curva Tempo x Corrente

Fusíveis de atuação rápida utilizado para nos circuitos que operam em condições inferior
a corrente nominal, com circuitos que suprem áreas de iluminação, tomadas e
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resistências em geral.

Fusíveis de atuação retardada utilizado em circuitos sujeitos a sobrecargas periódicas,

como motores e capacitores.

Fusíveis limitadores de correntes utilizado em sistemas com nível de curto circuito

bastante alto, onde a atuação de fusíveis normais, deixará passar uma quantidade de

energia su ciente para dani car a carga. estes fusíveis atuam na subida do primeiro ciclo
da corrente de curto circuito.

Em circuitos onde o nível de curto circuito é alto, e a utilização de disjuntores encarece a

instalação, é comum as utilização de fusíveis limitadores de corrente, coordenados com

os mesmos. O fusível protege contra curto circuito e o disjuntor contra sobrecarga.

Estes fusíveis não protegem o sistema contra sobrecarga.

Deverá também permitir a partida do motor, devemos portanto de posse do tempo de

partida, corrente de partida e curva característica veri car se o fusível permite que o
motor parta em condições normais.

DIMENSIONAMENTO

a) Proteção de circuitos de distribuição de motores, a corrente nominal do fusível deverá

ser:

I nom. fusível £ I partida do maior motor X K + S I nom. demais motores

b) Proteção de circuitos de distribuição geral:

I nom. fusível ³ 1 A 1,15 X S In. aparelhos ligados ao circuito

c) Proteção de Capacitores:

I nom. fusível £ 1,65 X I nom. capacitor

d) Veri cação se o fusível protege, dentro do tempo determinado pelas suas curvas, os

demais equipamentos do circuito, contra curto circuito analisar com base na corrente de

curto circuito a coordenação da proteção entre: fusível – condutor – curvas que


fornecem a corrente máxima de curto circuito que o condutor suporta durante

determinado tempo. fusível – condutor – relê térmico – curvatura os fabricantes

normalmente fornecem a corrente de curto circuito máximo que esses equipamentos

poderão suportar durante determinado tempo (I2t)

DISJUNTORES DE MÉDIA TENSÃO


Características principais quanto ao sistema de interrupção do arco.

a) Disjuntores a pequeno volume de óleo: É um disjuntor em que a separação dos

contatos xos e móveis é feita em uma câmara de extinção contendo óleo Na abertura
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contatos xos e móveis é feita em uma câmara de extinção contendo óleo. Na abertura
dos contatos surge o arco que é rapidamente resfriado pelo óleo e auxilia a extinção na

primeira passagem da corrente por zero. Em função do óleo a rigidez dialética da


distância de abertura dos contatos é restabelecida rapidamente, evitando seguramente
reignição. São os disjuntores mais utilizados e instalações de pequeno e médio porte.

b) Disjuntores a sopro magnético: É um disjuntor em que a extinção do ar, em caso de


operação com carga ou curto circuito, é feita em camadas moldadas em poliester

reforçado, com ar a pressão normal.


O arco é conduzido à entrada da câmara, por efeito pneumático. Movido a partir dai por

efeito magnético e térmico, o arco penetra no interior da camada onde é fracionado,


alongado e extinto. Possuem a vantagem em função da ausência de uído para a

extinção do arco de ser salvo do perigo de incêndio ou explosão e pode ser energizado
mesmo após longos períodos parado. Sua manutenção é simpli cado em função do
acesso fácil e imediato. às partes ativas.

c) Disjuntor a Vácuo: É um disjuntor em que os contatos xos e móveis estão dentro de


uma câmara a vácuo. Quando da separação dos contatos, surge um arco entre eles de

grande intensidade, acompanhado de uma certa quantidade de vapor metálico


resultante de uma pequena decomposição dos contatos. Ao passar a corrente por zero,

o arco se extingue, ocasionando a deposição do vapor metálico sobre a superfície do


próprio contato. Após isto, se restabelece o valor da rigidez dielétrico entre os contatos.

Estes disjuntores são recomendados em instalações onde a freqüência de manobras é


intensa, não sendo recomendado o uso de disjuntores a óleo.

d) Disjuntores a SF6: São disjuntores em que a abertura dos contatos ocorrem dentro de
uma câmara contendo gás hexa uoreto de enxofre sob pressão constante.
Este gás atua como meio isolante ao mesmo tempo que resfria o arco, durante a

operação dos contatos, extinguindo-o completamente.


São utilizados em sistemas de alto e extra alta tensão, principalmente em função do seu

alto custo para tensões mais baixas.

e) Disjuntores a Ar Comprimido: São disjuntores que utilizam o ar sob alta pressão para

resfriar e extinguir o arco elétrico.


O ar utilizado nesses disjuntores deve ser praticamente puro e com total ausência de

umidade. Para isso são utilizados ltros de desumidi cadores. O ar comprimido também
é empregado no sistema mecânico de acionamento dos disjuntores.
São utilizados em autos e extra alta tensão (superiores a 230KV), principalmente em

função do seu alto custo (sistema de alimentação e compressão do ar), estão hoje
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perdendo mercado para os disjuntores SF-6.

SISTEMA DE COMANDO
O sistema de acionamento do disjuntor é mecânico, através de molas pré carregadas,
isto é, a operação de carga da mola não é automaticamente seguida pela alteração dos
contatos principais.
Estas molas após carregadas, são destravadas, liberando a energia mecânica
armazenada, para a operação de fechamento ou abertura do disjuntor.
Estas molas são carregadas manualmente ou através de motorização.
A energia armazenada no sistema permita seqüência de operação O.C.O.
Os mecanismos de sistema de comando pode ser descrito:
ACIONAMENTO POR ALAVANCA

O disjuntor é acionado através de uma alavanca inserida na parte frontal do seu


mecanismo de acionamento. Esta alavanca partindo do zero, movimenta-se até um
determinado ponto onde ocorre o carregamento das molas, e na seqüência até um m
de curso onde o destravamento e descarregamento da mola de fechamento, fazendo
com que o disjuntor feche seus contatos. Neste ponto a mola de abertura permanece
pronta para atuar, por acionamento mecânico através de um botão, ou por outro
dispositivo remoto, ou relê.
ACIONAMENTO POR MOLA PRÉ CARREGADA

Neste tipo de acionamento o comando pode ser feito manualmente ou através de


motorização.
Quando o comando é manual realiza-se através de uma alavanca apropriada ou de uma
manivela, uma operação mecânica própria, que carrega as molas do acionamento. Após
esta operação o disjuntor esta com suas molas carregadas, porém com seus contatos
ainda abertos. A operação de fechamento do disjuntor irá ocorrer através uma botoeira
mecânica instalada no próprio disjuntor, ou através de um comando remoto por meio de
uma bobina de fechamento. Após o seu fechamento, o disjuntor permanece com sua
mola de abertura travada, pronta para atuar. A operação de abertura pode ocorrer
através do acionamento de seu botão mecânico localizado no disjuntor, ou através de
um comando remoto pela bobina de abertura, ou através do comando de seus reles de
proteção.
Quando o comando é motorizado a alavanca do disjuntor ou a sua manivela é
substituída por um motor do tipo universal que acionado a partir do painel de comando
ou de um ponto remoto qualquer. Normalmente os disjuntores motorizados possuem
também o sistema manual incorporado. A função do motor neste caso é somente de
carregar as molas do acionamento, após o carregamento as demais operações de
fechamento e abertura são idênticas as descrita anteriormente.
SISTEMA DE EXTRAÇÃO DO DISJUNTOR
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Os disjuntores são normalmente montados sobre carrinho com rodas para facilitar seu
deslocamento. Estes disjuntores podem ser fornecidos na versão para execução xa,
onde os barramentos de entrada e saída são presos diretamente nos terminais dos
disjuntores, e na versão para execução extraível, onde essas ligações são feitas de
maneira a facilitar a retirada e recolocação dos mesmos.
Os disjuntores do tipo extraível são constituídos de duas partes distintas. A primeira é o
próprio disjuntor na sua versão xa acrescido de contatos próprios de extração (tulipas),
e a segunda é formada por contatos xos próprios, onde de um lado se encaixam os
barramentos de entrada e saída do sistema, e de outro se encaixam os contatos de
extração do disjuntor.
Este sistema funciona como um secionamento visível, dispensando o uso de chaves
seccionadoras, normalmente utilizada nos sistemas com disjuntores de execução xa.
Os disjuntores do tipo extraível são dotados de sistema especial de intertravamento e
bloqueio mecânico e elétrico que impedem a inserção ou extração do disjuntor com
seus contatos fechados. Este sistema garante que a operação de secionamento do
disjuntor nunca será realizada com carga, o que poderia provocar danos sérios ao
equipamento e ao operador.
Este tipo de disjuntor é normalmente instalado em cubículos blindados, porém seu uso
em cabines de alvenaria é possível e ocorre em alguns casos como alternativa técnica
para sua instalação.
DISJUNTORES DE BAIXA TENSÃO DO TIPO ABERTO
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

Este tipo de disjuntor é normalmente utilizado em instalações onde se requer altas


correntes nominais (acima de 800 A). É fabricado para suportar o efeito térmico e
dinâmico produzido por correntes de curto circuito de valores elevados (acima de 50
kA), possuindo alta capacidade de interrupção. São fabricados em caixa aberta ,
facilitando a sua manutenção, requerendo porem cuidados especiais quando da
instalação em ambientes quimicamente agressivos e com altos índices de poeira. A
interrupção da corrente é feita no ar a condições normais, dentro de uma câmara de
interrupção apropriada. Estes disjuntores são dotados de reles de sobrecorrente
eletrônicos que permitem uma faixa ampla de ajuste tanto para as correntes de
sobrecarga quanto para as correntes de curto circuito, facilitando a sua coordenação
com outros equipamentos de proteção em caso de seletividade.Sistema de Comando
Os disjuntores do tipo aberto são acionados por um sistema mecânico, operado através
de molas pré carregadas , onde a operação de carregamento das molas não é
automaticamente seguido pela alteração de posição dos contatos principais. Estas
molas após carregadas são destravadas, liberando a energia mecânica armazenada,
possibilitando as operações de fechamento e abertura do disjuntor. Essas molas são
carregadas manualmente ou através de sistema de motorização. A energia armazenada
permite a seqüência de operação O.C.O. O sistema de comando pode ser assim descrito:
https://engenheirosassociados.com.br/home/index.php/2017/06/21/curto-circuito-e-equipamentos-de-protecao/ 24/30
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permite a seqüência de operação O.C.O. O sistema de comando pode ser assim descrito:
Acionamento manual : neste caso a mola é carregada através da operação de uma
alavanca instalada na parte frontal do disjuntor. São necessárias normalmente 5 a 7
operações no sentido vertical para o carregamento total da mola. A operação de
fechamento do disjuntor irá ocorrer através de uma botoeira mecânica instalada no
próprio disjuntor, ou através de um comando remoto por meio de uma bobina de
fechamento. Após o seu fechamento o disjuntor permanece com sua mola da abertura
travada, pronta para atuar. A operação de abertura pode ocorrer através de sua botoeira
mecânica localizada no disjuntor, ou através de um comando remoto pela bobina de
abertura, ou através do comando de seus relés de proteção.
Acionamento motorizado : na motorização, a alavanca do disjuntor é substituída por
um motor do tipo universal, que é acionado a distancia através de um painel de
comando remoto. Normalmente os disjuntores motorizados possuem o sistema manual
incorporado. A função do motor neste caso é somente de carregar as molas do
acionamento, após o carregamento as demais operações de fechamento e abertura são
idênticas as descritas anteriormente.
SISTEMA DE EXTRAÇÃO DO DISJUNTOR

Os disjuntores de baixa tensão do tipo aberto podem ser fornecidos na versão xa, onde
os barramentos de entrada e saída são presos diretamente nos terminais dos
disjuntores, e na versão extraível, onde essas ligações são feitas de maneira a facilitar a
retirada e recolocação dos mesmos.
Os disjuntores do tipo extraível são constituídos de duas partes distintas. A primeira é o
próprio disjuntor na sua versão xa acrescido de contatos próprios de extração (tulipas),
e a segunda de um envólucro metálico próprio, onde estão instalados os contatos xos.
Este envólucro dispõe de um guia próprio para possibilitar a inserção do disjuntor, e o
encaixe correto das tulipas nos contatos xos . Este sistema facilita em muito a
manutenção do sistema e aumenta a sua con abilidade, pois possibilita a troca do
disjuntor com defeito por outro de reserva em poucos minutos, evitando paradas longas.
Os disjuntores do tipo extraível são dotados de sistema especial de intertravamento e
boqueio mecânico e elétrico que impedem a inserção ou extração do disjuntor com
seus contatos fechados. Este sistema garante que a operação de secionamento do
disjuntor nunca será realizada com carga, o que poderia provocar danos sérios ao
equipamento e ao operador. Este tipo de disjuntor, tanto xo como extraível, é montado
em painel metálico (centro de carga) possibilitando sua sustentação mecânica.
RELÉS DE SOBRECORRENTE
Os relés utilizados neste tipo de disjuntor, são normalmente eletrônicos, sensibilizados
por sensores.
O sistema completo normalmente é composto da seguinte forma :
Quadro de programação tipo intercambiável, onde é possível ajustar o tempo e a
corrente de atuação em função de suas curvas características.
Percursor de abertura, comandado pelo próprio relé, com baixo consumo de energia,
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, p p p , g ,
com s função de provocar o destravamento da mola de abertura, disparando o disjuntor.
Conjunto de três sensores de corrente incorporados ao barramento de saída dos
disjuntores, cuja função é enviar o sinal ao relé.
A operação do relé é totalmente automática, sem que haja necessidade de fonte
externa de alimentação.Este tipo de equipamento além de oferecer as funções e
características normais de um relé de sobrecorrente, facilita de maneira signi cativa a
coordenação de seletividade com outros equipamentos do sistema. Possui diversas
funções de tempo e corrente ajustáveis, facilitando a programação e possibilitando a
sinalização local e remota, bem como o travamento mecânico e elétrico do disjuntor
após sua atuação.Os relés mais completos podem apresentar diversas combinações de
proteção:
Proteção de sobrecarga (tempo longo), com ajuste no tempo e na corrente.
Proteção de curto circuito (tempo curto), com ajuste no tempo e na corrente.
Proteção de curto circuito instantânea.
Proteção de falta a terra.
PROCEDIMENTOS PARA CÁLCULO DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO1
) DIAGRAMA UNIFILAR DO SISTEMA EM ESTUDO

No estudo da corrente de curto circuito, a primeira providência a ser tomada é desenhar

o diagrama uni lar do sistema em estudo, mostrando as fontes de corrente de curto


circuito e todos os elementos mais importantes, como transformadores, cabos,

disjuntores, barramentos, chaves seccionadoras, etc.2)

MONTAGEM DO DIAGRAMA DE IMPEDÂNCIAS


Considerar inicialmente duas barras in nitas ( Z = 0 ), sendo uma na parte superior, e
outra na parte inferior do diagrama,
Ligar na barra superior todas as fontes de corrente de curto circuito.
Anexar as demais impedâncias, interligando-as.
Considerar o ponto de falta.
Interligar o diagrama à barra inferior.
3) REATÂNCIAS E RESISTÊNCIAS A SEREM CONSIDERADAS
Sistema com tensão acima de 1000 V
As reatâncias dos pequenos barramentos, transformadores de corrente, disjuntores e
de outros elementos de pequeno comprimento, podem ser desconsideradas (erro
desprezível)
As resistências dos geradores, transformadores, reatores, motores, barramentos de
alta capacidade são muito baixas se comparadas com as reatâncias, podendo portanto
serem desconsideradas.
Sistemas com tensões menores que 1000V
As reatâncias dos transformadores de corrente, disjuntores, seccionadoras,
barramentos podem vir a ter valores signi cativos para o cálculo de curto circuito em
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sistemas com potências acima de 1MVA e tensão 220 ou 380 V e sistemas com
potências acima de 3 MVA e tensão 440 V e acima. Estes valores devem ser
considerados sempre que disponíveis.
As resistências e as reatâncias dos cabos de baixa tensão tem normalmente um valor
bastante signi cativo, e deverão ser sempre levados em consideração.
4) SELEÇÃO DO TIPO DE CURTO CIRCUITO
Na maioria dos sistemas industriais a máxima corrente de defeito é obtida quando
ocorre um curto circuito trifásico. Nestes casos a corrente de curto circuito fase-fase e
fase-terra serão sempre menores que a trifásica, bastando portanto calcular apenas esta

última.
Para grandes sistemas, com neutro solidamente aterrado, e alimentação direta de um

gerador ou de um banco de transformadores delta estrela, a corrente de curto circuito


fase terra poderá ter valor maior que a trifásica. Nestes casos deveremos calcular a

corrente de curto circuito fase terra através de componentes simétricas.


Para se evitar isto, normalmente nos sistemas industriais, o neutro é aterrado através de
um reator ou resistor limitador de corrente, o qual irá limitar a corrente de curto circuito

fase terra a valores abaixo da corrente de curto circuito trifásica. Para efeito de
dimensionamento normalmente se considera o curto circuito nos terminais dos

disjuntores ou fusíveis.

5) CALCULO DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO


A) CALCULO DA IMPEDÂNCIA PERCENTUAL

OBS: Em um circuito todo o equipamento tem sua impedância percentual dada em uma
potência base. Para o cálculo da corrente de curto circuito, é necessário determiná-la
em uma só potência base.

B) DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA BASE DOS MOTORES


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Quando a corrente nominal de plena carga não é conhecida, considera-se as seguintes

potências bases:

C) CORRENTE DE CURTO CIRCUITO SIMÉTRICA

D) POTÊNCIA DE CURTO CIRCUITO SIMÉTRICA

E) CORRENTE DE CURTO CIRCUITO ASSIMÉTRICA

F) REATÂNCIAS PERCENTUAIS DAS MAQUINAS ROTATIVAS (VALORES


MÉDIOS)

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G) IMPEDÂNCIAS E RESISTÊNCIAS PERCENTUAIS DOS


TRANSFORMADORES (VALORES MÉDIOS)

H) QUANDO LEVAR EM CONSIDERAÇÃO A ICCASSIMÉTRICA

Em baixa tensão

Para sistemas com X/R menor que 6,6 , a escolha do equipamento de proteção pode
ser feita especi cando apenas a capacidade nominal simétrica calculada.
A maioria dos sistemas de distribuição de edifícios tem X/R menor que 6,6, porém

quando temos subestações transformadoras de 750 kVA ou mais X/R será maior que
6,6. Nestes casos deveremos analisar também a corrente de curto circuito assimétrica

para especi cação dos equipamentos, pois poderá haver casos em que o equipamento
suporte a IccSIMÉTRICA e não suporte a IccASSIMÉTRICA.

EM ALTA TENSÃO

Para especi cação correta dos equipamentos de alta tensão é necessário calcular tanto
capacidade de interrupção simétrica como a assimétrica (momentânea).
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