Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Subsecretaria de Edificações
Departamento de Urbanismo
Prefeito
Jorge Roberto Silveira
Secretária de Urbanismo
Maria Christina Monnerat
Subsecretário de Urbanismo
Daniel Pitlik Tortato
PRODUÇÃO E ELABORAÇÃO
Subsecretária de Edificações
Patrícia M. Q. Barros
Diretora de Urbanismo
Fátima Valeroso P. Castro
Equipe Técnica:
Coordenação e Produção:
Patrícia M. Q. Barros, Arq. Urb. Msc.
Beatriz C. Vasconcellos, Arq. Urb. Dsc.
Ilustração e Diagramação:
Catarina Pereira Thomaz, Arq. Urb.
Caio Garcia de Almeida Cacholas - Técnico
Participação na fase inicial:
Evellyn Pimenta, Arq. Urb.
Andréa Tibau, Arq.Urb.
Rômulo Weckmüller - Estagiário
Colaboração:
Participaram da elaboração deste documento através de reuniões técnicas
as seguintes secretarias:
Secretária Municipal de Acessibilidade e Cidadania – SMAC
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e
Sustentabilidade - SMMARHS
Niterói Transporte e Trânsito- NITTRANS.
Apoio:
ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
PREFEITURA DE NITERÓI
Secretaria de Urbanismo
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
A proposta de padronizar as calçadas da cidade demandou um trabalho de base, que
envolveu diferentes Secretarias Municipais, as quais participaram da elaboração deste
documento através de reuniões técnicas, a fim de reunir as experiências e demandas
inerentes a cada uma. São elas: a Secretária Municipal de Acessibilidade e Cidadania –
SMAC; a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade –
SMMARHS e a Niterói Transporte e Trânsito- NITTRANS.
As diretrizes estabelecidas neste documento nortearão a avaliação dos novos
projetos e das situações urbanas já consolidadas, que deverão apresentar condições de
acessibilidade espacial. Para tal, fez-se necessário adequar a legislação que regula sobre
as vias de pedestres no Município de Niterói à Legislação Brasileira de Acessibilidade que
remete ao Decreto Federal 5.296 /2004 e aos padrões técnicos da Norma ABNT NBR 9050
/2004, observando-se a interface da legislação vigente no Município, que passou por
revisão e atualização.
Existem muitas dificuldades a serem enfrentadas para a promoção de calçadas
acessíveis. Estas dificuldades surgem devido às questões originárias do parcelamento do
solo urbano e da materialização do ambiente em tempos passados, quando não existiam
parâmetros específicos para a acessibilidade urbana. Existe também o fato de que nem
todas as áreas urbanas apresentam a possibilidade de dimensionamento em
conformidade com os padrões técnicos.
Como na cidade as intervenções urbanísticas ocorrem, na maioria das vezes, em
tempos distintos, requer-se por parte do planejador urbano habilidade para promover a
integração entre toda a malha viária.
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
PREFEITURA DE NITERÓI
Secretaria de Urbanismo
APRESENTAÇÃO
Tornar a cidade acessível aplicando-se os padrões normativos de acessibilidade da
Norma Brasileira NBR 9050 /2004 ou norma técnica oficial superveniente que a substitua,
constitui-se no início de um processo de se pensar o espaço urbano como um lugar
importante para a interação de todos os cidadãos. Assim, busca-se a superação das
dificuldades para a consolidação de espaços mais inclusivos na cidade de Niterói.
4
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
SUMÁRIO
1. CONCEITOS BÁSICOS
SUMÁRIO
1.5 Conceitos e definições relacionados ao ambiente urbano...................................13
1.5.1 Via, logradouro público ou rua..........................................................................13
1.5.2 Pista ou caixa de rolamento..............................................................................13
1.5.3 Passeio público e calçada................................................................................14
1.5.4 Ciclistas no passeio.........................................................................................14
1.5.5 Ciclovia.......................................................................................................... 14
1.5.6 Ciclofaixa........................................................................................................15
1.5.7 Rota ciclável....................................................................................................16
1.5.8 Calçada rebaixada...........................................................................................16
1.5.9 Faixa livre........................................................................................................16
1.5.10 Mobiliário urbano............................................................................................16
1.5.11 Equipamento Urbano.......................................................................................17
1.5.12 Rota Acessível................................................................................................ 17
1.6 A Sinalização.................................................................................................. 18
1.6.1 Definição........................................................................................................18
1.6.2 Tipos de sinalização........................................................................................ 18
1.6.3 Formas de comunicação e sinalização..............................................................19
1.6.4 Informações essenciais...................................................................................19
1.6.5 Sinalização tátil no piso....................................................................................20
1.7 A responsabilidade sobre a construção e manutenção das calçadas...................26
1.8 Obras nas calçadas.........................................................................................27
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
SUMÁRIO
2.2.3.2 Situação B: Calçadas com largura igual ou superior a 3m.................................. 37
2.4 Aspectos construtivos a serem observados nas calçadas................................ 38
2.4.1 Inclinação das calçadas................................................................................. 38
2.4.1.1 Inclinação transversal..................................................................................... 38
2.4.1.2 Os acessos de veículos à garagens.................................................................. 39
2.4.1.3 Inclinação longitudinal.................................................................................... 41
2.4.2 Os revestimentos dos pisos das calçadas........................................................ 41
2.5 Os rebaixamentos de calçadas para a travessia de pedestres............................ 43
2.5.1 Os rebaixamentos de calçada quanto ao seu posicionamento na via.................. 43
2.5.2 A largura dos rebaixamentos........................................................................... 44
2.5.3 A sinalização tátil nos rebaixamentos............................................................... 46
2.5.4 Os tipos de rebaixamento................................................................................ 46
2.5.4.1 Rebaixamento do tipo A.................................................................................. 46
2.5.4.2 Rebaixamento do tipo B.................................................................................. 47
2.5.4.3 Rebaixamento do tipo C.................................................................................. 47
2.5.4.4 Rebaixamento do tipo D.................................................................................. 48
2.5.5 Critérios para a avaliação da acessibilidade nas esquinas................................. 50
2.6 Diretrizes para a implantação de sinalização tátil de piso nas calçadas.............. 51
2.7 Critérios para a implantação de jardineiras e árvores nas calçadas.................... 56
2.8 Critérios para implantação de mobiliário nas calçadas...................................... 59
2.8.1 Definições..................................................................................................... 59
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
SUMÁRIO
2.12.1 O caso das situações consolidadas e o caso dos novos projetos urbanos........ 69
2.12.2 O caso dos edifícios novos e dos edifícios antigos.......................................... 69
2.13 O projeto de calçadas acessíveis de acordo com as regiões e os bairros.......... 70
2.14 Critérios gerais para a instalação de bicicletários junto à vias públicas............. 70
2.15 Critérios gerais para a compatibilização de calçadas com vias destinadas ao
uso de bicicletas...................................................................................................... 72
ÍNDICE DE FIGURAS
SUMÁRIO
Figura 12: Composição de sinalização tátil de alerta e direcional em rebaixamentos das
calçadas.............................................................................................................................. 25
Figura 13: Exemplo de aplicação de sinalização tátil............................................................... 26
Figura 14: Obras na calçada .................................................................................................. 27
Figura 15: As faixas que compõem as calçadas...................................................................... 31
Figura 16: Modelo esquemático de calçada acessível............................................................. 33
Figura 17: Exemplo do caso 1................................................................................................ 35
Figura 18: Exemplo do caso 2................................................................................................ 36
Figura 19: Exemplo caso 02 - Corte....................................................................................... 36
Figura 20: Exemplo do caso 3................................................................................................ 37
Figura 21: Exemplo do caso 3: Corte...................................................................................... 37
Figura 22: Inclinação Transversal........................................................................................... 39
Figura 23: O rebaixamento de calçadas para acesso de veículos .............................................. 40
Figura 24: Acesso de veículos a garagens (vista superior)....................................................... 40
Figura 25: Corte AA - Acesso de veículos a calçadas............................................................... 41
Figura 26: Exemplo de adequação de toda a esquina (rampas)................................................. 44
Figura 27: A largura do rebaixamento é igual à largura da faixa de travessia (situação ideal)........ 45
Figura 28: Exemplo de rampas com largura de 1,20 m............................................................. 45
Figura 29: Rebaixamentos em esquinas (exemplo)................................................................. 46
Figura 30: O rebaixamento em locais onde não há espaço para as abas laterais das rampas....... 47
Figura 31: O rebaixamento da esquina................................................................................... 47
Figura 32: Os casos de rebaixamento da esquina.................................................................... 48
Figura 33: Exemplo de rebaixamento de calçada estreita em meio de quadra (Calçada estreita). 48
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
SUMÁRIO
Figura 48: Vaga especial perpendicular à calçada e com espaço compartilhado........................ 87
Figura 49: Vaga especial paralela à calçada............................................................................ 87
Figura 50: Vaga especial transversa à calçada e com espaço compartilhado............................ 88
Figura 51: Placa de regulamentação de estacionamento em via pública -Exemplo.................... 89
Figura 52: Sinalização vertical em espaço interno................................................................... 89
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
CONCEITOS
1.2 O direito de ir e vir
1.3.1 Acessibilidade
CONCEITOS
O Desenho Universal é uma proposta de projeto que tem como objetivo atender a
uma gama diversificada de pessoas através de projetos que ampliem as condições de
uso às pessoas com diferentes características.
As pessoas com deficiência são classificadas pelo Decreto Federal Nº 5.296 /2004 como
aquelas que apresentam: Deficiência física; Deficiência auditiva; Deficiência visual;
12
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
A calçada ideal é aquela que garante o direito de ir e vir a todas as pessoas dentro das
CONCEITOS
condições de autonomia e segurança a todos os cidadãos. A calçada ideal melhora a
qualidade de vida de todos os cidadãos.
CONCEITOS
1.5.4 - Ciclistas no passeio
1.5.5 Ciclovia
1.5.6 Ciclofaixa
CONCEITOS
Figura 3 : Exemplo de ciclofaixa
CONCEITOS
Figura 5 : Exemplo de rota ciclável
a) Circulação e transporte;
b) Ornamentação da paisagem e ambientação urbana;
c) Descanso e lazer;
d) Serviços de utilidade pública;
e) Comunicação e publicidade;
f) Atividade comercial;
g) Acessórios à infraestrutura.
CONCEITOS
integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados mediante
autorização do poder público em espaços públicos e privados. (NBR 9040 /2004).
1.6 A Sinalização
1.6.1 Definição
CONCEITOS
De emergência
Sinalização utilizada para indicar as rotas de fuga e saídas de emergência das
edificações, dos espaços e do ambiente urbano, ou para alertar quanto a um perigo
iminente.
Permanente
Sinalização utilizada nas áreas e espaços cuja função já esteja definida,
identificando os diferentes espaços ou elementos de um ambiente ou de uma
edificação. No mobiliário, deve ser utilizada para identificar os comandos.
Direcional
Sinalização utilizada para indicar a direção de um percurso ou a distribuição espacial
dos diferentes elementos de um edifício. Na forma visual, associa setas indicativas
de direção, a textos, figuras ou símbolos. Na forma tátil, utiliza recursos como linha-
guia ou piso tátil.
Temporária
Sinalização utilizada para indicar informações provisórias ou que podem ser
alteradas periodicamente.
18
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
Visual
É realizada através de textos ou figuras.
Tátil
É a realizada através de caracteres em relevo, Braille ou figuras em relevo.
Sonora
É realizada através de recursos auditivos. Sinalização utilizada para indicar
CONCEITOS
informações provisórias ou que podem ser alteradas periodicamente.
Destaca-se como exemplo a implantação semáforos com dispositivos sonoros
conforme Norma ABNT NBR 9050/04
19
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
O piso tátil constitui-se em uma linguagem que provê informações para que as
pessoas com deficiência visual (pessoas cegas ou com baixa visão) se orientem nos
seus deslocamentos.
Esta linguagem é construída através da utilização do piso tátil, que é caracterizado
pela diferenciação de textura em relação ao piso adjacente conforme as especificações
técnicas dadas pela Norma ABNT NBR 9050/2004. Apresenta-se na forma de piso tátil
direcional e piso tátil de alerta.
CONCEITOS
Piso Tátil Direcional
indica o sentido do percurso
O piso tátil direcional orienta a pessoa com deficiência visual na direção dos
percursos.
O piso direcional é instalado formando uma faixa que acompanha o sentido do
deslocamento e tem a largura variando entre 25 cm a 60 cm. Esta faixa deve ser utilizada
em áreas de circulação, indicando o caminho a ser percorrido e em espaços muito amplos,
sempre que houver interrupção da face dos imóveis ou de linha guia identificável, como
por exemplo, nos postos de gasolina.
CONCEITOS
O piso tátil de alerta é um recurso que auxilia a pessoa com deficiência visual quanto
ao seu posicionamento na área da calçada e sinaliza também situações que ofereçam
risco. Este deve ser instalado em áreas de rebaixamento de calçada, travessia elevada,
canteiro divisor de pistas ou obstáculos suspensos.
(c) Linha-guia
Linha-guia é qualquer elemento natural ou edificado que possa ser utilizado como
guia de balizamento para pessoas com deficiência visual que utilizem bengala de
rastreamento.
CONCEITOS
Quais são as funções do piso tátil?
O piso tátil tem a função de orientar a pessoa com deficiência visual em duas
situações distintas:
a) No deslocamento contínuo ou direcional. Para esta função aplica-se o piso tátil
direcional.
b) Indicar as situações de atenção. Para esta função aplica-se o piso tátil de alerta.
As situações de atenção ou alerta podem indicar:
CONCEITOS
Figura 9: Padrão normativo para a orientação direcional através de piso tátil direcional e de alerta.
Construído a partir da Norma ABNT NBR 9050/2004.
23
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
Quando houver mudança de direção formando ângulo superior a 90°, a linha-guia deve ser
sinalizada com piso tátil direcional.
CONCEITOS
Figura 10: Piso tátil direcional em casos de ângulo: 165° <x ≤ 150°.
Construída a partir da Norma ABNT NBR 9050/2004.
Figura 11: Piso tátil direcional em casos de ângulo: 165° <x ≤ 180°.
Construída a partir da Norma ABNT NBR 9050/2004. 24
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
CONCEITOS
Figura 12 : Composição de sinalização tátil de alerta e direcional em rebaixamentos das calçadas
■ Nas portas de elevadores, quando houver sinalização tátil direcional, esta deve
CONCEITOS
Figura 13 : Exemplo de aplicação de sinalização tátil. Conforme a Norma ABNT NBR 9050/ 2004.
CONCEITOS
Figura 14: Obras na calçada
Rampa de acesso provisória construída a partir da NBR 9050:2004
DIRETRIZES
A Prefeitura Municipal de Niterói estabelece a divisão das calçadas em três faixas
que organizam o espaço para as suas diferentes funções: circulação de pedestres e
suporte do mobiliário e equipamento urbano e acesso aos lotes. A saber:
■ Faixa-livre
■ Faixa de Serviços
■ Faixa de Transição.
2.1.1 Faixa-Livre
Características da faixa-livre
DIRETRIZES
Deve ser antiderrapante sob quaisquer condições, confortável ao pedestre e
completamente acessível às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida,
permitindo fluidez, e apresentando as características de durabilidade e resistência.
superior a 8,33%.
DIRETRIZES
a acessibilidade local.
No caso de existência da faixa de transição, a implantação do piso tátil direcional e
alerta deverá ser estabelecida de forma a permitir a circulação de pessoas em rotas
desobstruídas.
A faixa de transição aos lotes só é permitida diante da aprovação do Município em
locais específicos, onde as calçadas são largas e quando a faixa-livre (circulação de
pessoas) e a faixa de serviços (equipamentos e mobiliário urbano) estiverem em
conformidade com os padrões de acessibilidade.
30
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
DIRETRIZES
Figura 15: As faixas que compõem as calçadas
Faixa livre, faixa de serviços e faixa de transição.
31
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
DIRETRIZES
da Lei 1470 de 11 de dezembro de 1995 - Lei de Uso e Ocupação do Solo:
■I - Vias tipo "A" com pista de largura igual ou maior a 10,50m (dez metros e
cinqüenta centímetros);
■ II - Vias tipo "B" com pista de largura maior que 7,00m (sete metros) e menor que
■ III - Vias tipo "C" com pista de largura igual ou menor que 7,00m (sete metros).
Esta Lei apresenta também a classificação funcional das vias, cujas definições
encontram-se em anexo nesta cartilha:
■ Coletora
■ Arterial principal
■ Arterial secundária 32
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
A implantação de faixas de acordo com a largura das calçadas: FAIXA LIVRE ; FAIXA
DE SERVIÇOS E FAIXA DE TRANSIÇÃO
DIRETRIZES
Figura 16 : Modelo esquemático de calçada acessível.
Observação: A faixa de transição será implantada somente em locais específicos e com a autorização do
Município.
DIRETRIZES
*Neste caso, não implantar mobiliário e equipamentos urbanos. O espaço existente deverá ser preservado
para a mobilidade de pedestres.
** No caso de 0,70m de largura, a faixa de serviço não poderá comportar gola de árvore e o mobiliário deverá
ser de pequeno ou médio porte, devendo ser o mínimo necessário. O posteamento deverá situar-se nesta
faixa ou, preferencialmente em calçadas mais largas. Não será permitida a implantação de telefones públicos
em calçadas menores do que três metros. Porém, as árvores existentes não poderão ser retiradas. 34
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
Em calçadas com largura inferior a três metros não será permitida a implantação de
mobiliário e de equipamentos como: telefones públicos, bancas de jornal e mobiliário de
médio e grande porte. Nestes casos, quando possível, será estabelecida uma faixa de
0,70m para implantação de posteamento e mobiliário de pequeno porte, desde que seja
preservada uma faixa livre de 1,50m (aceitando-se 1,20m).
Os casos mais críticos, onde a largura da calçada é inferior a 1,20m não poderão ser
considerados como integrantes de rota acessível. Nestes casos, deverão ser
estabelecidas propostas alternativas de percursos acessíveis. As árvores existentes não
poderão ser retiradas sem a devida autorização.
DIRETRIZES
CASO 01 (tabela 01)
As calçadas com largura inferior a 2,00m não apresentam faixa de serviço e faixa de
transição, sendo toda a largura da calçada destinada à circulação de pessoas. Quando o
espaço destinado à faixa-livre for inferior a 1,20m, o município estabelecerá critérios
específicos após a análise da situação local. As árvores eventualmente existentes não
poderão ser retiradas sem a devida autorização.
Nos casos de calçadas com largura maior ou igual a 2,00m e menor que 3,00m, a
faixa de serviço será de 0,70m de largura, não podendo, neste caso, haver gola de árvore.
Porém, as árvores eventualmente existentes não poderão ser retiradas. O mobiliário
deverá ser de porte pequeno ou médio, devendo ser o mínimo necessário. Este, bem como
o posteamento, deverá situar-se na faixa de serviço ou, preferencialmente, em calçadas
mais largas. Não será permitida a implantação de telefones públicos em calçadas com
largura inferior a três
DIRETRIZES
Figura 18: Exemplo do caso 2: Calçadas Largura da Calçada ≤ 2 <3,00 -Vista Superior
Figura 19: Corte- Exemplo de calçada do caso 02: Calçada com dois metros de largura
36
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
Calçadas com largura igual a 3,00m: considerar 1,85 m como largura da faixa-livre e
1,15m para a faixa de serviço.
DIRETRIZES
Figura 20: Exemplo do caso 3: Calçadas com largura igual a 3m – Vista Superior
DIRETRIZES
2.4.1 Inclinação das calçadas
DIRETRIZES
Figura 22: Inclinação transversal
■ Acomodação transversal
DIRETRIZES
Figura 23 : O rebaixamento de calçadas para acesso de veículos (faixa de serviços).
DIRETRIZES
Figura 25: Corte AA - Acesso de veículos a calçadas
(e) Para a escolha dos pisos, além da observância dos padrões normativos, deve-
se observar a tipologia adotada no segmento urbano onde se insere a calçada de
forma a propiciar unidade visual no ambiente.
DIRETRIZES
(f) A municipalidade orienta a adoção dos seguintes tipos de piso de acordo com as
faixas:
DIRETRIZES
O piso deverá se apresentar nivelado. Não deverá haver desnível entre o
rebaixamento da calçada e o leito carroçável. A inclinação não deverá ser superior a
8,33%.
DIRETRIZES
Figura 26: Exemplo de adequação de toda a esquina (rampas).
DIRETRIZES
Figura 27: A largura do rebaixamento é igual a largura da faixa de travessia (situação ideal).
Observar a composição de sinalização tátil de alerta e direcional em rebaixamentos das calçadas
(rampas).
DIRETRIZES
Figura 29: Rebaixamentos em esquinas (exemplo)
DIRETRIZES
Figura 30: O rebaixamento em locais onde não há espaço para as abas laterais das rampas.
Fonte: Norma ABNT NBR 9050 /2004 pág. 57
DIRETRIZES
Figura 32: Os casos de rebaixamento da esquina
Figura 33: Exemplo de rebaixamento de calçada estreita em meio de quadra (Calçada estreita)
Observação: O rebaixamento preferencialmente deverá ser da largura da faixa de travessia 48
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
DIRETRIZES
Figura 34: Exemplo de rebaixamento de calçada muito estreita
Figura 35: Exemplo de rebaixamento de calçada estreita em meio de quadra (Calçada estreita) 49
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
DIRETRIZES
III - permitir que haja boa visibilidade e livre passagem nas faixas de travessia de
pedestres nos cruzamentos.
No caso das esquinas, as quadras deverão ser avaliadas nos quatro cantos da via
para que se obtenham soluções combinadas, propiciando melhores condições de
acessibilidade em âmbito geral.
O Município adotará as soluções adequadas ao entorno urbano local. Para isto, as
calçadas não poderão ser analisadas de forma isolada, mas em conjunto, visando atender
às demandas do seu entorno urbano imediato.
O rebaixamento das calçadas se fará após a análise das situações locais, quando
então se adotarão as soluções adequadas às condições locais.
Poderão ser adotadas soluções diferenciadas para projetos específicos em áreas
especiais, desde que atendam aos padrões normativos brasileiros e as diretrizes
municipais. 50
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
DIRETRIZES
A implantação de mobiliário e equipamentos, posteamento, grelhas, tampas de
concessionárias e outros não poderão comprometer as condições de acessibilidade da
via. O seu posicionamento deverá estar compatível com a implantação de rampas e
também com nivelamento do piso, de forma a permitir fluidez e segurança para os
pedestres.
Como condição básica, a esquina deve estar sempre desobstruída, pois se constitui
em espaço importante para os deslocamentos de pessoas.
As rampas deverão estar de acordo com todas as especificações da Norma de
Acessiblidade e deverão atender às orientações apresentadas este manual.
DIRETRIZES
importância de estabelecerem-se as rotas acessíveis e que, neste sentido, o piso tátil
direcional deverá apresentar a melhor solução para compatibilizar a situação urbana
existente com a intervenção proposta. Deverão ser considerados os elementos
urbanísticos locais como: árvores, posteamento, mobiliário, dentre outros, para que se
possa trabalhar o projeto de paginação de piso tátil direcional e de alerta, vinculado ao
Projeto de Alinhamento da cidade.
O piso tátil direcional deverá ser aplicado de forma a oferecer à pessoa com
deficiência visual o percurso mais seguro, livre de obstáculos existentes, e indicando
também o direcionamento aos destinos almejados, dando maior autonomia ao cidadão.
Como o ambiente da cidade é construído ao longo dos anos, a indicação do melhor
percurso deverá ser objeto de análise em face de situação urbana já existente ou do projeto
em questão, evitando-se ao máximo as interrupções súbitas e desvios excessivos.
O piso tátil direcional deverá se apresentar interligado oferecendo possibilidades de
rotas acessíveis.
Quando há descontinuidade no percurso, deverão ser obedecidos os parâmetros de
angulação estabelecidos pela Norma ABNT NBR 9050/2004 para aplicação de piso
direcional.
Para facilitar as conexões entre as rotas sinalizadas com piso tátil, considerar como
referência a distância de 0,60m do alinhamento do lote urbano para posicionar o piso tátil
direcional, no caso de calçadas de 3,00m de largura sem faixa de transição. 52
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
DIRETRIZES
Figura 36: Faixa de piso tátil direcional na faixa -livre próxima à testada do lote.
Figura 37: Faixa de piso tátil direcional na faixa -livre próxima a faixa de transição 53
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
Nestes casos deverá ser adotada a distância mais compatível com a situação local.
DIRETRIZES
identificados pelo Município, poderá ser adotada a solução de implantação de piso tátil
direcional lateral à faixa de serviço, desde que sejam respeitadas as medidas apresentadas
na tabela 01, se as condições locais permitirem. Consideram-se como condições locais: a
largura das calçadas, a dimensão e posicionamento das golas de árvores e os
equipamentos urbanos dentre outros. No caso de adoção desta solução, o piso tátil
direcional deverá ser implantado na linha que limita a faixa de serviço com a faixa livre,
utilizando –se o meio fio como referencial métrico para o posicionamento da faixa.
Nos casos onde a situação urbana não for compatível com a primeira solução, isto é,
próximo ao alinhamento do lote, o piso tátil direcional poderá ser implantado na faixa-livre
no limite junto a faixa de serviços. 54
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
DIRETRIZES
Figura 38: Faixa de piso tátil direcional na faixa -livre no limite com a faixa de serviço
DIRETRIZES
■ As faixas determinadas como faixas livres deverão ser mantidas isentas de tais
elementos, pois estas se destinam exclusivamente ao fluxo local de pessoas.
ambiente das calçadas: iluminação pública, sinalização visual e tátil, dentre outras. 56
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
ambiente urbano.
DIRETRIZES
passeios.
A escolha da vegetação deve atender aos requisitos como: porte da vegetação, tipo
de raízes, tipo de folhas, flores e frutos, tronco, copa (formato e dimensão), altura.
Os elementos da vegetação tais como ramos pendentes, plantas entouceiradas,
galhos de arbustos e de árvores não devem interferir com a faixa livre de circulação.
Devem-se escolher espécies para a arborização urbana que não arrebentem as
calçadas nem soltem seiva pelo chão.
DIRETRIZES
Figura 39: Posicionamento de árvores: Calçadas com três metros (corte)
58
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
DIRETRIZES
Figura 40: Exemplo de gola de árvore
2.8.1 Definições
DIRETRIZES
mínimo, metade de sua largura, nunca inferior a 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros); nos calçadões, a faixa de circulação terá 4,50m (quatro metros e cinquenta
centímetros) de largura .
Em função disto, o Município está complementando a legislação acima citada, o
Código de Posturas, adequando-o às necessidades de mobilidade e acessibilidade urbana.
A implantação de mobiliário urbano não poderá interferir na faixa- livre.
O mobiliário urbano só poderá ser implantado na faixa de serviços nas calçadas com
largura compatível conforme tabela 01 desde documento.
2. Elementos de médio porte: dimensão maior que 1,00m de altura e com boa
permeabilidade visual
3. Elementos de grande porte: altura maior que 2,00m e cuja área é superior a 2,00
m² e com baixo índice de permeabilidade visual.
DIRETRIZES
Assim, para preservar a mobilidade de pessoas e a garantia de boas condições de
trânsito, deve ser garantida a área padrão de visibilidade mínima, evitando-se a
implantação de elementos urbanos nesta área.
As bancas de jornal, jardineiras, e outros se constituem em barreiras físicas que
podem comprometer o direito de ir e vir das pessoas e também prejuízos a itervisibilidade
entre veículos e entre veículos e pedestres, o que pode comprometer a segurança do
trânsito.
Assim, orienta-se que:
3. Mobiliário urbano de pequeno porte, como por exemplo, as caixas de correio estar
afastados a 3,00m do eixo da esquina. Nos locais de faixa de travessia de
pedestres, os elementos de pequeno porte com altura máxima d 0,80m e
diâmetro ou laterais de 0,35m devem estar no mínimo a 3,0m da faixa de
pedestres. 61
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
DIRETRIZES
Figura 41: A implantação do mobiliário urbano de acordo com o seu porte (esquina) 62
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
DIRETRIZES
Figura 42: A implantação do mobiliário urbano de acordo com o seu porte (meio de quadra)
DIRETRIZES
Jornal só será permitida em calçadas seja adequada;
DIRETRIZES
Figura 43 :Bancas de Jornais e revistas-modelo Figura 44 :Bancas de Jornais e revistas-modelo
esquemático A esquemático B
2.8.5 Abrigos de espera de transporte coletivo
DIRETRIZES
e encaminhada ao Departamento de Urbanismo.
O Município adotará dois tipos de soluções: A adoção de elementos fixos, e a
concessão de permissão para a implantação de vasos ornamentais ( elementos móveis),
desde que em situações específicas quando a implantação do elementos fixos não for
adequada à situação local.
(a) A utilização de elementos fixos: os elementos fixos são aqueles fixados nas
calçadas tornado-se permanentes. Estes seguirão o padrão adotado pelo Município.
DIRETRIZES
Os passeios serão executados de acordo com especificações
técnicas fornecidas pelo setor competente da Administração
Municipal, nos quais será aplicado, obrigatoriamente, o uso de
material liso e antiderrapante no seu leito, sem obstáculos de qualquer
natureza, exceto os indispensáveis e de utilidade pública, previstos na
legislação federal, estadual ou municipal.
DIRETRIZES
devolver à municipalidade os pisos das calçadas em condições ideais de acessibilidade.
2.12.1 O caso das situações consolidadas e o caso dos novos projetos urbanos
DIRETRIZES
estabelecer propostas para as áreas específicas de forma a melhor atender às condições
urbanas locais.
Cabem ao proprietário, concessionárias, e outros, consultar a Prefeitura Municipal
de Niterói que analisará as condições locais para a implantação dos equipamentos e
mobiliário urbanos de forma a garantir a qualidade das calçadas.
Os ambientes urbanos inseridos em áreas patrimoniais (APA-U) deverão ter analise
especial através da consulta a secretaria de cultura.
DIRETRIZES
A Prefeitura Municipal de Niterói prevê que em situações urbanas estabelecidas para
intervenções com tratamentos específicos, poderão ser definidos padrões especiais a
serem adotados com vistas a criar e valorizar as ambiências da cidade, considerando-se
nos projetos os padrões acessíveis estabelecidos pelo município.
DIRETRIZES
Para a implantação dos bicicletários deverão ser guardadas as seguintes distâncias
incluindo-se o espaço ocupado pela bicicleta:
d. Um metro e meio (1,50m) dos acessos rampas e/ou com largura compatível
para as manobras em cadeiras de rodas.
2.15 Critérios gerais para a compatibilização de calçadas com vias destinadas ao uso
de bicicletas
DIRETRIZES
72
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
INSTRUÇÕES
Do Projeto:
INSTRUÇÕES
transpostos:
a) Rampas;
b) Degraus;
c) Outros (especificar).
■ Detalhar as golas de árvores
■ Indicar no projeto como está integrada a calçada proposta às calçadas adjacentes.
■ Esta integração deverá apresentar soluções compatíveis com a Norma ABNT NBR
Em caso de lote de esquina, apresentar vista das quatro esquinas que compõem o
■
confrontantes.
■ Atender ao Modelo Básico de Calçadas Acessíveis.
Formatação da apresentação
INSTRUÇÕES
PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI
SECRETARIA DE URBANISMO
INDICADORES\ URBANO USO EXCLUSIVO DA SMU
AS A
Fração Urbana:
Alinhamento(s): BOLETIM Nº:
C
Afastamento(s):
N ES
Passeio(s):
Recuo(s): DATA / /
A
Tipo de Via(s):
R
Notas:
AS M
APROVO
O
ID
DE ACORDO:
C L
D
TE N DO ÍVE
N
TE
EN A OR AT
EX
LM DA AC MP
A3
O
D LC
TERMO DE COMPROMISSO
U
T
DECLARO, NOS TERMOS E PARA OS EFEITOS DA LEI N 1620, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1997, SOB PENA DE DEMOLIÇÃO
O
A, E
DA OBRA (LEI 1470/95 ART 118), QUE ESTE PROJETO SERÁ EXECUTADO, OBRIGANDO-ME, POR MIM E MEUS SUCESSORES
B
D ÁV
A4
A QUALQUER TÍTULO, A INDENIZAR O MUNICÍPIO PELOS CUSTOS DA DEMOLIÇÃO, SEM PREJUÍZO DAS DEMAIS COMINAÇÕES
SECRETARIA DE URBANISMO
EN VA
TÍTULO
ES O
Fração Urbana:
C
Afastamento(s):
ER
Passeio(s):
PROPRIETÁRIO
Recuo(s): DATA / /
EF
Tipo de Via(s):
R
Notas:
AUTOR DO PROJETO - CREA/CAU
APROVO
(P
DE ACORDO:
DECLARO, NOS TERMOS E PARA OS EFEITOS DA LEI N 1620, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1997, SOB PENA DE DEMOLIÇÃO
DA OBRA (LEI 1470/95 ART 118), QUE ESTE PROJETO SERÁ EXECUTADO, OBRIGANDO-ME, POR MIM E MEUS SUCESSORES
A QUALQUER TÍTULO, A INDENIZAR O MUNICÍPIO PELOS CUSTOS DA DEMOLIÇÃO, SEM PREJUÍZO DAS DEMAIS COMINAÇÕES
TÍTULO
PROPRIETÁRIO
BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9.284:1986 – Equipamento
urbano.
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito: Volume IV - Sinalização horizontal. 1° edição. Brasília: Ministério das
Cidades, Contran, 2007. 128 p.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL: DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004. - Regulamenta as Leis nos
10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que
especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e
critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
______: LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997. Institui o Código de Trânsito
Brasileiro.
GUEDES, João Batista. Design no Urbano: Metodologia de Análise Visual de
Equipamentos no Meio Urbano. Tese. Universidade Federal de Pernambuco, 2005.
Disponível em: HTTP://www.bdtd.ufpe.br
PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO. Decreto 45.904 de 19 de maio de 2005:
Regulamenta o artigo 6º da Lei nº 13.885, de 25 de agosto de 2004, no que se refere à
padronização dos passeios públicos do Município de São Paulo.
PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI. LEI Nº 2624, de 29 de dezembro de 2008 - Institui
o Novo Código de Posturas do Município de Niterói e dá outras providências.
PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI. LEI Nº 1595 de 18 de Setembro de 1997: Dispõe
sobre os projetos de alinhamento das vias do Município. Prefeitura Municipal de
Niterói,
SECRETARIA DE URBANISMO E MEIO AMBIENTE, Guia de arborização. Prefeitura
Municipal de Niterói. 76
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
GLOSSÁRIO
veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário,
sinalização, vegetação de outros fins ( Código de Trânsito Brasileiro).
Calçada rebaixada: Rampa construída ou implantada na calçada ou passeio, destinada a
promover a concordância de nível entre estes e o leito carroçável (NBR 9050/2004).
Circulação externa: Espaço coberto ou descoberto, situado fora dos limites de uma edificação,
destinado à circulação de pedestres. As áreas de circulação externa incluem, mas não
necessariamente se limitam a, áreas públicas, como passeios, calçadas, vias de pedestres,faixas
de travessia de pedestres, passarelas,caminho, passagens, calçadas verdes e pisos drenantes
entre outros, bem como espaços de circulação externa em edificações e conjuntos industriais,
comerciais ou residenciais e cetros comerciais (NBR 9050/2004).
Pessoa com deficiência: além daquelas previstas na Lei n 10.690, de 16 de junho de 2003
(pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas) a que
possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes
categorias (Dec. 5.296 /2004):
a) Deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,
acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia,
paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,
hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros
com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não
produzam dificuldades para o desempenho de funções ( Dec. 5.296 /2004) 77
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
b) Deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais,
aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;
c) Deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor
olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no
melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo
o
visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60 ; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das
condições anteriores( Dec. 5.296 /2004)
d) Deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com
manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades
adaptativas, tais como: comunicação; cuidado pessoal;habilidades sociais; utilização dos
recursos da comunidade; saúde e segurança; habilidades acadêmicas; lazer; e8. trabalho( Dec.
5.296 /2004)
GLOSSÁRIO
e) Deficiência múltipla: associação de duas ou mais deficiências;
Pessoa com mobilidade reduzida: É aquela que, não se enquadrando no conceito de pessoa com
deficiência, tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-se, permanente ou
temporariamente, gerando redução efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e
percepção. Aplica-se, ainda, às pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, gestantes,
lactantes e pessoas com criança de colo.
Equipamento urbano: todos os bens públicos ou privados, de utilidade pública, destinados à
prestação de serviços necessários ao funcionamento da cidade, implantados mediante
autorização do Poder Público em espaços públicos e privados.
Estacionamento: local destinado à parada de veículo por tempo superior ao necessário para
embarque ou desembarque de pessoas ou bens.
Faixa de serviço: área do passeio destinada à colocação de objetos, elementos, mobiliário urbano
e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não,
implantados mediante autorização do Poder Público.
Faixa elevada: Elevação do nível do leito carroçável composto de área plana elevada, sinalizada
com faixa de travessia de pedestres e rampa de transposição para veículos, destinada a promover a
concordância entre os níveis das calçadas em ambos os lados da via (NBR 9050/2004).
Faixa livre: Área do passeio, calçada, via ou rota destinada exclusivamente à circulação de
pedestres (NBR 9050/2004). 78
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
GLOSSÁRIO
Passeio: Parte da calçada ou pista de rolamento, neste último caso separada por pintura ou
elemento físico, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e,
excepcionalmente, de ciclistas ( Código de Transito Brasileiro).
Pedestre: pessoa que anda ou está a pé, em cadeira de rodas ou conduzindo bicicleta na qual não
esteja montada.
Piso tátil: piso caracterizado pela diferenciação de cor e textura, destinado a constituir aviso ou
guia perceptível por pessoas com deficiência visual.
Pista, caixa de rolamento ou leito carroçável: É a parte da via destinada ao trânsito de veículos.
Sinalização: conjunto de sinais e dispositivos de segurança instalados na via pública para orientar
e garantir a sua utilização adequada por motoristas, pedestres e ciclistas.
Via ou logradouro público: É o espaço que compreende o passeio, pista, acostamento e
canteiro destinado à circulação de pessoas e veículos.
79
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
Art. 1º - Fica estabelecido o projeto de alinhamento (P.A.) e a classificação funcional das vias do
Município, relacionadas nos anexos I, II, III e IV, partes integrantes desta Lei, atendendo ao disposto
nas diretrizes de Transporte e Sistema Viário da Lei 1157 de 29 dezembro de 1992 - Plano Diretor- e
na Lei 1470 de 11 de dezembro de 1995 - Lei de Uso e Ocupação do Solo.
ANEXOS
trânsito, transporte e sistema viário, deverão ser precedidas de estudo técnico específico dos
órgãos responsável pelo planejamento urbano do município e implementadas por lei.
§ 2º - Serão classificadas como vias locais todas aquelas não listadas nos anexos desta lei.
Art. 2º - A classificação tipológica das vias do Município é definida em função dos projetos de
alinhamento definidos nesta lei e de acordo com os seguintes critérios, estabelecidos no art. 14 da
Lei 1470 de 11 de dezembro de 1995 -Lei de Uso e Ocupação do Solo:
I - Vias tipo "A" com pista de largura igual ou maior a 10,50m ( dez metros e cinqüenta
centímetros);
II - Vias tipo "B" com pista de largura maior que 7,00m (sete metros) e menor que 10,50m
(dez metros e cinqüenta centímetros);
III - Vias tipo "C" com pista de largura igual ou menor que 7,00m (sete metros). 80
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
Art. 3º - Ficam cancelados, a partir da vigência desta lei os recuos previstos para as vias locais da
Região Oceânica.
Parágrafo Único - Excetua-se do disposto no caput deste artigo o polígono delimitado pela Av.
Ewerton Xavier, Av. Professora. Romanda Gonçalves e Est. Francisco da Cruz Nunes e as vias
relacionadas no anexo II, onde serão mantidos os recuos previstos.
Art. 4º - Ficam mantidos os alinhamentos existentes no local para as vias integrantes das Áreas de
Preservação do Ambiente Urbano -APA - U, Centro, Ponta d'Areia, e São Domingos/Gragoatá/Boa
Viagem, respeitadas as situações específicas constantes da Lei 1451/95, que dispõe sobre a
regulamentação destas APA - U e as definidas nesta Lei.
ANEXOS
Art. 5º - Ficam cancelados os projetos de prolongamento das travessas Martins Teixeira e Matos
Coutinho nos trechos entre a Rua Dr. Mário Viana e Av. Almirante Ary Parreiras.
c) Av. Ernani do Amaral Peixoto no trecho entre a rua Evaristo da Veiga e a Av. Marques de Paraná
d) Rua Dr. Celestino no trecho entre as ruas Manuel de Abreu e Marquês de Paraná
Parágrafo único - Até a aprovação dos respectivos projetos específicos o alinhamento de novas
edificações nos trechos das ruas da Conceição e Dr. Celestino e da Av. Ernani do Amaral Peixoto,
referidos no caput deste artigo, deverá ser definido pela Comissão de Análise das Áreas de
Preservação do Ambiente Urbano, em conformidade com regulamentação específica.
Art. 7º - A aprovação de projetos de edificações nos terrenos voltados para rótulas deverá respeitar
os respectivos projetos específicos.
Art. 8º - Nas vias onde estiverem previstos projetos específicos, até a elaboração dos mesmos,
deverá ser adotada uma largura de passeio de 3,00m (três metros).
Art. 9º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário,
especialmente as contidas na Deliberação 2705/70, na Lei 369/82 e no Decreto Nº 7297/96.
ANEXOS
Prefeitura Municipal de Niterói, em 18 de setembro de 1997
Jorge Roberto Silveira
Prefeito Municipal
82
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
ANEXOS
Parágrafo único. Considera-se módulo o conjunto de uma mesa e até quatro cadeiras.
Art. 114 Somente serão aprovadas as autorizações quando atendidas as seguintes condições:
I - não implicar a realização da obra ou construção de piso, muretas, gradis e jardineiras, nem a
fixação de estruturas e peças na calçada;
II - ocupar calçada com largura mínima de 4,00m (quatro metros);
III - ocupar no máximo 50% (cinqüenta por cento) da largura da calçada, mantendo o restante para
o trânsito dos pedestres;
IV - ocupar no máximo a faixa do comprimento da calçada correspondente aos limites laterais da
testada do imóvel;
V - manter livre a faixa perpendicular da calçada correspondente à entrada de garagem, entrada
social e de serviço acrescida de 1,00m (um metro) de cada lado do vão de acesso;
Art. 117 A área autorizada para a ocupação das mesas e cadeiras deverá ser demarcada com uma
faixa de cor amarela de 0,10m (dez centímetros) de largura.
Parágrafo único. A faixa de que trata o caput deste artigo deverá ser mantida permanentemente em
perfeito estado de conservação.
Art. 118 A autorização para a ocupação de logradouro público com mesas e cadeiras poderá ser
restringida através de limitação de horários para sua utilização conforme motivo de conveniência, 83
oportunidade ou interesse público, nos termos do regulamento.
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
A calçada acessível promove a inclusão entre o edifício e toda a via pública. Neste sentido
apresentamos como apêndice deste trabalho, informações sobre alguns aspectos relacionados ao
ambiente urbano que devem ser observados na análise de projetos de calçadas. São estes:
APÊNDICE A - A LARGURA DAS FAIXAS DE TRAVESSIA DE PEDESTRES: CONSIDERAÇÕES
GERAIS e APÊNDICE B - AS VAGAS DESTINADAS A VEÍCULOS QUE TRANSPORTAM PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA: PARÂMETROS GERAIS. As larguras das faixas de travessia de pedestres são
importantes para o dimensionamento da largura das rampas para rebaixamento das calçadas, nos
pontos de travessia, conforme referenciado ao longo deste Manual e conforme determina a Norma
Brasileira NBR 9050 / 2004. A obrigatoriedade da existência de vagas especiais para veículos que
transportam pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida junto às edificações
APÊNDICES
referenciadas pelo Decreto Federal 5.296 /2994 implica no desenho das calçadas ou do segmento
urbano ao qual a calçada se insere, sendo outro fator determinante do projeto de calçadas
acessíveis.
As faixas de travessia deverão ser executadas conforme o Código de Trânsito Brasileiro, Lei
Nº 9503 de 23 de setembro de 1977.
A largura da faixa de travessia de pedestres é determinada pelo fluxo local de pedestres,
aplicando-se a seguinte equação:
Quadro 2: Fórmula para o cálculo da largura da faixa de travessia de pedestres
Onde:
As vagas destinadas aos veículos que transportem PCR (Pessoa em Cadeira de Rodas)
deverão apresentar um espaço adicional para a circulação das pessoas que utilizam cadeiras de
rodas, a saber:
Este espaço adicional deve ser de 1,20 m de largura, quando a vaga estiver afastada da
APÊNDICES
faixa de travessia de pedestres.
O espaço adicional deve ser compartilhado por duas vagas no caso de estacionamento
paralelo ou perpendicular ao meio fio.
* Observamos a variação de 3,00m, 7,00m e 10,00m para a largura das faixas de travessia apenas
para efeito de representação gráfica.
85
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
Este quadro tem por objetivo embasar a análise das calçadas que se encontra conjugada à
análise de bainhas de estacionamento de veículos, quando se devem atender às determinações do
Decreto Federal 5.296 de 2004 para as edificações de uso público e de uso coletivo, que estabelece
a exigência de vagas especiais em suas proximidades.
APÊNDICES
O Decreto Federal 5.296 /2004 determina a existência de vagas especiais próximas às
edificações as quais especifica.
As vagas destinadas aos veículos que transportem PCR (Pessoa em Cadeira de Rodas)
deverão apresentar um espaço adicional para a circulação das pessoas que utilizam cadeiras de
rodas, a saber:
Este espaço adicional deve ser de 1,20 m de largura, quando a vaga estiver afastada da
faixa de travessia de pedestres.
O espaço adicional deve ser compartilhado por duas vagas no caso de estacionamento
paralelo ou perpendicular ao meio fio. 86
MANUAL DE CALÇADAS ACESSÍVEIS
APÊNDICES
Figura 48: Vaga especial perpendicular à calçada e com espaço compartilhado
(c) Sinalização
As vagas especiais deverão apresentar sinalização horizontal e vertical dentro do
padrão normativo.
Sinalização horizontal
As vagas destinadas a veículos que transportem pessoa com deficiência devem apresentar
sinalização horizontal.
Quando afastada da faixa de travessia de pedestres, a vaga deve conter espaço adicional
para circulação de pessoas em cadeiras de rodas e estar a rampas para acesso à calçada.
Sinalização vertical
APÊNDICES
As vagas especiais deverão apresentar sinalização vertical, para o caso de vagas em via
pública conforme figura 50-a e para os casos de vagas fora de via publica conforme figura 50-b.
APÊNDICES
Figura 51: Placa de regulamentação de Figura 52: Sinalização vertical em espaço
estacionamento em via pública interno Exemplo
A vaga especial deve estar localizada de forma a evitar a circulação de pessoas entre
veículos. A vaga especial deve estar vinculada às rotas acessíveis e aos pólos de atração.
APÊNDICES
Vagas especiais em estacionamentos
90