A Comissão Nacional da Verdade foi instituída pelo governo Brasileiro com o
propósito de investigar as graves violações de Direitos Humanos ocorridas no período entre 1946 e 1988, conhecido popularmente como ditadura militar. Quase trinta anos após o regime militar, essa Comissão investiga e analiza os crimes de agentes do Estado contra todos os cidadãos que eram contra a repressão. Foram convocadas vítimas, testemunhas e agentes da repressão para dar depoimento. Todas as sessões eram públicas e foram criadas comissões de verdade estaduais juntamente com organizações da sociedade civil para que fosse possível tal ouvidoria. Essa comissão elucidou as circunstancias em que houve gravíssimas violações dos direitos humanos, o qual foram elaborados laudos periciais, relatórios técnicos e croquis relativos as unidades militares. Além disso, ajudou a identificar os locais, as estruturas, as instituições e todas circusntancias que foram relacionadas as praticas de violações aos direitoes humanos. Em 2009, na Conferência Nacional de Direitos Humanos, ficou recomendada a criação da Comissão Nacional da Verdade para que a violação A legislação que viabilizou a implantação da Comissão Nacional da Verdade foi a Lei 12.528 de 2011, sancionada em 18 de novembro de 2011 e a Comissão foi instalada oficialmente em 16 de maio de 2012. A Comissão, composta de 7 membros nomeados pela presidente Dilma Roussef não tem presidente. Os nomeados são: Cláudio Fonteles, Gilson Dipp, José Carlos Dias, José Paulo Cavalcante Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro, Rosa Maria Cardoso da Cunha. Além deles 14 assessores e uma grande equipe de investigadores foi necessária. Diante disso, foram criadas Comissões da Verdade , mecanismos de apuração de abusos e violações de Direitos Humanos, para esclarecer um passado arbitrário. Além das oitivas das vítimas e familiares de vítimas dessas atrocidades, foram analisados os documentos oficiais e arquivos que ainda não eram conhecidos. Essas comissões são órgãos temporários. Além de descobrir, esclarecer e reconhecer esses abusos ocorridos no passado, foi possível dar voz a essas vítimas e aos familiares dos desaparecidos ou mortos. Outros objetivos adcionais foram instaurados: Combater a impunidade, revelando as causas , as conseqüências , o modus operandi, as motivações do regime que cometeu atos de violência e repressão, identificando aqueles que foram os perpetradores dos abusos cometidos. Assim, além de descobrir a responsabilidade no passado foi possível identificar uma nova política pública para combater a impunidade entre o poder político, militar ou policial e a população . Restaurar a dignidade das vítimas, principalmente por que elas sofreram humilhações, violências e torturas restabelecento a dignidade das pessoas e a sua história passando a ser parte do conhecimento e reconhecimento geral sobre esse período Relembrar a responsabilidade do Estado e recomendar reformas desse sistema com o relatório final produzido pela Comissão Nacional da Verdade Contribuir para a justiça e a reparação dessas pessoas. Por fim, a entrega do relatório final se deu em 10 de dezembro de 2014 para a presidente atual Dilma Rousself. Foi concluído que a pratica de detenções ilegais e arbitrárias, tortura, violência sexual, execuções, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres resultou de uma política estatal caracterizando-se como crimes contra a humanidade. 434 casos de mortes e desaparecimento de pessoas sob a responsabilidade do Estado Brasileiro foram identificados durante o período do regime da Ditadura Militar.