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IGREJA BATISTA NOVA VIDA EM TIMÓTEO - IBNV

Escola Bíblica Dominical - EBD


Adultos, Jovens, Adolescentes, Doutrinária e Pequenos Grupos
Série: Gotas Doutrinárias
Autor das Lições: Max Souza
LIÇÃO 01
A IMPORTÂNCIA DE SE ESTUDAR TEOLOGIA
Data:____/____/_____
Leitura Diária: “Tempo de meditação diário e semanal nas Sagradas Escrituras”
Segunda – Sexta –
Terça – Sábado –
Quarta – Domingo –
Quinta – Versículo-Chave:

OBJETIVO GERAL: Ao estudar esta lição, você irá refletir sobre a importância do estudo da teologia para o
fortalecimento doutrinário da igreja.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Fazendo uso do método saber-sentir-agir:


 Saber: O significado e importância da teologia.
 Sentir: O por quê do preconceito de muitos quanto à teologia e as contribuições da teologia dentro do
pensamento reformado.
 Agir: Comprometer-se a um estudo sistemático da teologia para fortalecimento doutrinário seu e de sua igreja,

INTRODUÇÃO
Devemos, em dias como os de hoje, nos interessar ainda mais pelo conhecimento teológico, bíblico,
doutrinário. Há muitos inimigos da igreja de Deus se levantando e assombrando a muitos, entre eles: o misticismo,
sectarismo, e humanismo exacerbados dentro das igrejas, chamadas cristãs. E por outro lado, quanto mais se crescem
tais movimentos, percebemos a indiferença de muitos cristãos, das chamadas igrejas históricas ou bíblicas, de origem
reformada, com relação à doutrina e á teologia. Deixando em segundo plano ou a uma categoria de somenos
importância. Precisamos nos preocupar não apenas em estudar, mas em fazer teologia comprometida com as
Escrituras Sagradas. De acordo com Wayne Grudem, a teologia deve ser estudada e feita a partir de alguns princípios:

1) Uma base bíblica clara para as doutrinas – Por crer que a teologia deve ser baseada explicitamente nos ensinos
das Escrituras.

2) Clareza na explicação das doutrinas – Não creio que Deus deseje que o estudo da teologia resulte em confusão e
frustração.

3) Aplicação à vida – Não acredito que Deus deseje que o estudo da teologia seja árido e enfadonho. Teologia é o
estudo de Deus e de todas as suas obras! Teologia deve ser vivida, orada e cantada! Teologia estudada corretamente
nos levará ao crescimento na vida cristã e à adoração.

4) Centrada no mundo evangélico – Não penso que um verdadeiro sistema de teologia possa ser construído a partir
do que podemos chamar de tradição teológica “liberal” - isto é, por pessoas que negam a absoluta veracidade da
Bíblia, ou que não pensam que as palavras da Bíblia sejam realmente palavras de Deus.
5) Esperança de avanço na unidade doutrinária na igreja – Creio que existe ainda esperança de que a igreja
alcance compreensão doutrinária mais profunda e mais pura e vença velhas barreiras, até mesmo aquelas que têm
persistido por séculos.

6) Consciência da necessidade de maior entendimento doutrinário na igreja como um todo – Estou convencido
de que existe hoje na igreja necessidade urgente de uma compreensão muito maior da doutrina cristã. Não são apenas
os pastores e professores que precisam compreender teologia com mais profundidade – é a igreja toda.

1 - A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA TEOLOGIA

Definição Etimológica: O termo teologia foi criado pelo grego Ferécides. O termo é extraído de
dois vocábulos gregos, a saber: Theos que significa Deus e Logia que significa tratado ou Estudo
sobre Deus.

Sendo assim, Teologia é um estudo ou tratado sobre Deus. A definição Técnica: Teologia é a
ciência de Deus e das coisas divinas baseada na revelação feita ao homem por meio de Jesus
Cristo e sistematizada em seus vários aspectos no âmbito da igreja cristã, como afirma William
Burtom Pop. A teologia como ciência tem como principal objeto de estudo o Eterno Deus, o Eu
Sou.

Ela parte do princípio de que o conhecimento a respeito do Supremo Ser já tenha sido revelado.
Esta revelação é o fundamento de todas as afirmações e pronunciamentos teológicos. O que não
foi revelado não pode ser conhecido, estudado ou explicado. A teologia é a mais elevada reflexão
acerca de Deus quando é biblicamente conservadora.

Além desta definição, podemos também definir Teologia como:

 "Esforço metódico do crente para que o mistério de Deus revelado em Cristo e confirmado
na fé seja percebido na sua realidade, esclarecido no seu conteúdo interior e
sistematicamente apresentado na sua conexão" (M. Schmaus).
 "Ciência sobre o mistério de Deus em Cristo, anunciado na Igreja" (L. Scheffczyk).
 "Conhecimento sistemático e baseado na Revelação divina a respeito de Cristo que vive
na Igreja e atua juntamente com os homens".

É inadmissível que haja pessoas que sustentem que o estudo da Teologia não tem importância
alguma. Esta é uma visão retrograda que desconsidera que estamos vivendo num mundo de
mudanças e crescimento na área humana. E que para tanto, é preciso que se tenha uma visão
relativista de tudo o que nos cerca e que fazemos parte dessa época. É diferente daqueles dias
antes do Renascimento, onde perdurava a ignorância, não no sentido pejorativo, mas no que
concerne a falta do conhecimento. Quem estuda teologia além de obter conhecimento
aprofundado das “Doutrinas Sistemáticas”, tem também ou obtém uma visão maior no campo
teológico, ou seja, adquire conhecimento Geográfico, Sociológico, Cultural, Filosófico e Bíblico
Geral.

2 - A REFORMA PROTESTANTE DO SÉCULO XVI

O movimento reformado nasceu da Reforma Protestante do século 16. Pouco depois que o
protestantismo começou na Alemanha, sob a liderança de Martinho Lutero, surgiu uma segunda
manifestação do mesmo no Cantão de Zurique, na Suíça, sob a direção de outro ex-sacerdote,
Ulrico Zuínglio (1484-1531). Para distinguir-se da reforma alemã, esse novo movimento ficou
conhecido como Segunda Reforma ou Reforma Suíça. O entendimento de que a reforma suíça foi
mais profunda em sua ruptura com a igreja medieval e em seu retorno às Escrituras fez com que
recebesse o nome de movimento reformado e seus simpatizantes ficassem conhecidos
simplesmente como “reformados”. Ao morrer, em 1531, Zuínglio teve um hábil sucessor na
pessoa de João Henrique Bullinger (1504-1575). Todavia, poucos anos mais tarde surgiu um líder
que se destacou de todos os outros por sua inteligência, dotes literários, capacidade de
organização e profundidade teológica.

Esse líder foi o francês João Calvino (1509-1564), que concentrou os seus esforços na cidade
suíça de Genebra, onde residiu durante 25 anos. Através da sua obra magna, a Instituição da
Religião Cristã ou Institutas, comentários bíblicos, tratados e outros escritos, Calvino traçou os
contornos básicos do presbiterianismo, tanto em termos teológicos quanto organizacionais, à luz
das Escrituras Sagradas.

Graças aos seus escritos, viagens, correspondência e liderança eficaz, Calvino exerceu enorme
influência em toda a Europa e contribuiu para a difusão do movimento reformado em muitas de
suas regiões. Dentro de poucos anos, a fé reformada fincou sólidas raízes no sul da Alemanha
(Estrasburgo, Heidelberg), na França, nos Países Baixos (as futuras Holanda e Bélgica) e no
leste europeu, onde surgiram comunidades reformadas em países como Polônia, Lituânia,
Checoslováquia e especialmente a Hungria. Em algumas dessas nações, a reação violenta da
Contra-Reforma limitou ou sufocou o novo movimento, como foram, respectivamente, os casos da
França e da Polônia. As igrejas calvinistas nacionais da Europa continental ficaram conhecidas
como “igrejas reformadas” (por exemplo, Igreja Reformada da França).

Outra região da Europa em que a fé reformada teve ampla aceitação foram as Ilhas Britânicas,
particularmente a Escócia. Para tanto foi decisiva a atuação do reformador João Knox (1514-
1572), que foi discípulo de Calvino em Genebra.
As igrejas reformadas declaravam que não queriam uma igreja governada por bispos nomeados
pelo estado (episcopalismo), e sim por presbíteros eleitos pelas comunidades. Foi na Inglaterra
que, em meio a uma guerra civil, o Parlamento convocou a Assembleia de Westminster (1643-
1649), que elaborou os documentos confessionais mais amplamente aceitos pelos presbiterianos
ao redor do mundo.

Nos séculos 17 e 18, milhares de calvinistas emigraram para as colônias inglesas da América do
Norte. Muitos deles abraçavam a teologia de Calvino, mas não a forma de governo eclesiástico
presbiterial proposta por ele. Foi esse o caso dos puritanos ingleses que se estabeleceram na
Nova Inglaterra.

CONCLUSÃO:

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