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16/04/2018

CAT – Comunicação de
Acidentes de Trabalho
Custo efetivo
Métodos de avaliação
de acidentes

Modelo de CAT

Fonte: Tavares, J. C.

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EMISSÃO DO CAT

Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT e


outros documentos

 Além da CAT, outros documentos relativos aos acidentes e doenças


ocupacionais estão previstos de serem enviados à DRT pelas empresas,
quando estas possuírem o SESMT (Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho).
 É de responsabilidade desses serviços encaminhar à Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho, do MTb, por meio de suas Delegacias
Regionais, um mapa anual contendo a avaliação dos acidentes de
trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade,
para fins de controle estatístico do MTb.
 Ele deve ser composto de quatro quadros, constantes na NR4, da
Portaria N°3214/78.
Quadros III, IV, V e VI

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CAT e NTEP – Nexo Técnico Epidemológico


Previdenciário

Lei 8212/91- Lei de


FAP
Custeio da Previdência
FATOR ACIDENTÁRIO
SAT
DE PREVENÇÃO
SEGURO DE
ACIDENTES DE
TRABALHO

RAT
RISCO AMBIENTAL D0
TRABAHO

Há alíquotas diferenciadas para a exposição


FAP –NTEP-Decreto Lei: de agentes físicos, químicos e biológicos de
6042/2007 6, 9 ou 12%, entre outras para demais
condições de trabalho.

Custo efetivo de acidentes

Ce = C – i Reparos e reposições
de danos à propriedade
Onde:
Ce – Custo efetivo do acidente;
C – custo do acidente;
I – indenizações e ressarcimentos recebidos
através de seguro ou de terceiros (valor
líquido);

e
C = C1 + C2 + C3
Paralisações,
manutenção e lucros
interrompidos...

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Exemplo – Descrição do acidente


 No dia 25 de outubro de 2002, às 9:00 horas, na construção de uma residência em fase de
concretagem, o Sr. Luís, servente, é designado para fazer a vibração do concreto usinado da laje
de forro.
 Neste momento, o funcionário utilizava como EPI apenas as botas de borracha e não utilizava o
capacete e nem o cinto de segurança. No local não havia EPC, ou seja,grades de proteção.
 Quando o Sr. Luís fazia a vibração do concreto na extremidade da laje, perdeu o equilíbrio
caindo de uma altura de 3 metros sobre a caixa de areia, batendo com a cabeça
na padiola de madeira. Com a queda, o Sr. Luís ficou desacordado por alguns minutos
sofreu apenas leves escoriações pelo corpo. Logo após o ocorrido, os demais funcionários
tentaram socorrer o Sr. Luís o mais rápido possível, porém como este se encontrava
desacordado, nada puderam fazer, apenas aguardar achegada de alguém com maiores
conhecimentos para atendê-lo e prestar os primeiros socorros.
 Devido ao acidente, a obra ficou paralisada por 2 horas, sendo que o Engenheiro e o
Mestre de Obras perderam o resto do dia por estarem envolvidos com a assistência médica.
 O concreto utilizado era usinado, ou seja, dosado em central, o que significa que foi
transportado até a obra por meio de caminhão e que tinha aditivos em sua composição, os quais
não permitiam que o mesmo ficasse parado por mais de 1 hora e 30 minutos. Com a
ocorrência do acidente a concretagem teve que ser interrompida, perdendo 7,0 m3 de
concreto.

Informações
- Tempo de afastamento do acidentado: 10 dias
- As horas de trabalho despendidas pelos funcionários que suspenderam seu
trabalho normal para ajudar o acidentado ou por curiosidade: 2 horas
Os custos por hora de serviço são:
1 armadores: R$ 4,50 / hora
1 carpinteiro: R$ 4,80 / hora
3 serventes: R$4,25 / hora
2 pedreiros: R$ 11,50 / hora
As horas despendidas pelos supervisores: 7 horas
1 Mestre de obras: R$ 13,70 / hora
1 Engenheiro de obra: R$29,00 / hora
Horas de trabalho despendidas em providência para que o trabalho do
acidentado continuasse a ser executado:
- Devido à paralisação do dia do acidente: 5 horas
- A contratação de outro servente para substituir o funcionário acidentado por
10 dias.
- Um caminhão de concreto usinado comporta 7,0 m3 e o preço de 1 m3 de
concreto é R$ 230,00.

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Custos operacionais - cálculos


Pelos empregados que suspenderam seu trabalho normal: 2 horas-

1 armadores: R$ 4,50 / hora


Logo:1 x ( 4,50 x 1,28)x 2 = R$11,52
1 carpinteiro: R$ 4,80 / hora
Logo: 1 x ( 4,80 x 1,28)x 2 = R$12,28
3 serventes: R$4,25 / hora
R$968,43
Logo:3 x (4,25 x 1,28)x 2 = R$10,88
2 pedreiros: R$ 11,5 / hora • 93,56
Logo: 2 x ( 11,5 x 1,28)x 2 = R$58,88
SUB TOTAL: R$93,56 • 387,07
Pelos supervisores e outras pessoas: 7 horas-
• 489,60
1 Mestre de obras: R$ 13,70 / hora:
Logo:1x (13,70 x 1,28)x 7 = R$122,75-
1 Engenheiro de obra: R$29,50 / hora:
Logo: 1x (29,50 x 1,28) x7,0 = R$ 264,32
SUB TOTAL: R$387,07

Substituição do Funcionário Acidentado: 10 dias


Logo: 10 dias x 9 horas x ( 4,25 x 1,28) = R$489,60

Modelo de Ficha para Cálculo do


Sr. Luís Roberto Mendes :
b) Matrícula:12345678/9
Custo Efetivo de Acidentes c)d) Função:servente
Principais causa do acidente:Falta de EPI (cinto
de segurança) e de EPC (grade de proteção)
e) Conseqüências do Acidente: Inconsciência
208
x 26/10/02 temporária e escoriações pelo corpo, paralisação
Concretagem da obra,perda de material, contratação de novo
funcionário
Laje de concreto 09 : 00 25/10/02 f) Tempo de Afastamento:10 dias 9h/dia
g) Salário do funcionário:4,25/h
R$4,25 x 10 x 9 h)
Encargos Sociais:28% - R$(4,25 x 1,28%) x 10 x 9
i) Observações:
TOTAL C1: R$489,60

Ce = C – i b)1 caminhão = 7,0 m3


c) paralisação da obra impediu a concretagem
com concreto usinado
C = C1+C2+C3 d) Custo dos reparos ou reposições:
• Máquina(s) Equip.:
•Material(ais): R$ 230,00/m3 → 7,00 x 230,00
TOTAL C2: R$1.610,00

Outros: Custo com a paralisação de 2 horas para os


funcionários e de 7 horas para os supervisores e Mão-
de-obra para substituição.
•Custos Operacionais:TOTAL C3: R$968,43
9- CUSTO TOTAL DO ACIDENTE: (C1+C2+C3) = R$
3.068,03

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Indicadores para avaliação efetiva das


ações prevencionistas das empresas.
 Taxa de Frequência (TF) ou Coeficiente de Frequência (CF)
 Indica o número de acidentes com afastamento que podem ocorrer
em cada milhão de horas/homens trabalhadas.

De exposição ao
risco

A TF é apresentada com 2 casas decimais.


A relação com um milhão de horas/homens trabalhadas permite que empresas de diversos
tamanhos possam comparar sua taxa de frequência, ou seja, a quantidade de acidentes que
irão ocorrer se esse total de horas for atingido.

 Taxa de Gravidade (TG) ou Permanente


Coeficiente de Gravidade total ou parcial

(CG)
 Indica a gravidade dos acidentes
que acontecem na empresa, ou
seja, o número de dias perdidos
com acidentes com afastamento
em cada milhão de horas/homens
trabalhadas.

De
exposição
ao risco

OBS:No cálculo da TG, quando se computa os dias


debitados, não se computa os dias perdidos daquele
mesmo acidente.
O dia do acidente não é contabilizado.
A taxa de gravidade é expressa em números inteiros,
sem casas decimais.

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O acidente sem perda


de tempo não entra
nos cálculos de TF e
da TG

Mapa anual / NR4 contendo a avaliação dos acidentes de trabalho,


doenças ocupacionais e agentes de insalubridade

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Atividade
 Vamos supor que uma
indústria química tenha em
média 1.000 empregados.
Após uma auditoria, foi
levantado o número de
acidentes, os dias perdidos
e debitados. Calcule os
coeficientes (taxas) de
frequência e de gravidade,
OBSERVAÇÃO: No exercício proposto ocorre o fato
conforme os dados de o retorno ao trabalho ultrapassar o mês de origem
fornecidos na Tabela. do acidente (janeiro/fevereiro). Desse modo o
procedimento de contagem dos dias perdidos é
alterado.

Atividade
Retorno ao trabalho ultrapassar o mês de origem do
acidente.
 Isso significa que o cálculo da taxa de gravidade tem uma pequena modificação quando, por
exemplo, um trabalhador sofrer um acidente no dia 25 (vinte e cinco) de abril e retorne no
dia 5 (cinco) de maio, do mesmo ano.
 Agora, há uma mudança de mês durante o tempo de afastamento, onde, necessariamente, é
preciso contar os dias transportados, que são os dias perdidos em um mês posterior ao do
acidente (ou de meses, dependendo da situação), transportados para a estatística do mês
corrente, ou seja, se o afastamento avançar para outros meses, os dias perdidos nos meses
seguintes não são contabilizados para o mês do acidente e sim, para os respectivos meses
seguintes.
 Assim, para o caso do trabalhador acidentado em 25 de abril, os dias 26, 27,28, 29 e 30
serão computados para o mês de abril e os dias 01, 02, 03, e 04 são os dias transportados
para o mês de maio, que serão usados no cálculo da taxa de gravidade.

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