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Funec – Fundação de Ensino de Contagem

Unidade CENTEC

INVENTÁRIO DOS RESÍDUOS GERADOS NAS AULAS


PRÁTICAS DE QUÍMICA NOS LABORATÓRIOS DO CENTE

PROFESSORAS:
Helena Gadetto Lages dos Reis
Adriana Mara Vasconcelos Fernandes de Oliveira

1. Alisson Marques de Melo RG: MG 18711655


2. Giulia Rita Goulart Carvalho RG: MG 17621521
3. Isabella Costa RG: MG 12275730
4. Larissa Silva Souza RG: MG 17729607

ÁREA DE CONHECIMENTO: Química ambiental - Nº CNPQ: 10604073

Contagem, 18 de setembro de 2012

SUMÁRIO

1. Resumo 3

2. Descrição da Pesquisa 4

2.2 Antecedentes Científicos 4

2.3 Justificativa 5
2.4 Relevância 5

3. Objetivo 6

3.1. Objetivo Geral 6

3.2. Objetivo Específico 6

4. Metodologia 7

5. Resultados 7

6. Conclusão 8

6.1. Referências bibliográficas 8

Resumo

Este trabalho faz parte de um Projeto de Pesquisa – Bic Jr que está sendo
desenvolvido por alunos bolsistas e voluntários, nos laboratórios do Curso Técnico
de Química da FUNEC –Unidade CENTEC e objetiva inventariar todo resíduo já
existente. Recentemente vem crescendo o interesse pela Química Limpa, através da
qual as indústrias estão gradualmente trocando processos tradicionais
por tecnologias ambientalmente corretas, da mesma forma, as instituições de ensino
e pesquisa estão montando programas de gerenciamento de resíduos.

Esta avaliação ou inventário prévio dos resíduos faz parte da montagem do


programa de gerenciamento de resíduos do CENTEC, bem como o levantamento de
informações sobre condições de armazenamento dos resíduos produzidos,
periculosidade, quantidade de resíduos e local adequado de armazenamento.

Estes resíduos merecem uma preocupação especial devido à complexidade


dos seus compostos, e principalmente por apresentarem vários níveis de toxicidade.
Por isso, na segunda etapa de trabalho serão propostos métodos de segregação,
minimização, reaproveitamento e tratamento.

Em termos educacionais, o estabelecimento de programas de gestão de


resíduos tornar-se-á em fator de motivação, por tratar-se de uma excelente
oportunidade de aprendizagem, treinamento e sensibilização. Dessa forma, os
alunos do curso técnico de química estarão desenvolvendo uma nova
mentalidade em relação à importância da redução e tratamento dos resíduos,
minimizando o impacto ambienta.

As propostas de tratamentos serão fundamentadas nos equilíbrios químicos


básicos em solução aquosa (neutralização, precipitação, oxirredução e
complexação) e facilitarão a assimilação de diversos conceitos. Essa iniciativa
facilita a inculturação nos alunos da necessidade de serem parte integrante de uma
relação mais harmoniosa com o ambiente (SILVA, 2010).

DESCRIÇÃO DA PESQUISA

O estudo será de abordagem quantitativa, do tipo exploratório e descritivo.

Segundo Marconi (2007), a pesquisa quantitativa se preocupa com a causa,


busca explicações, fatos naturais descritos, permitindo testar hipóteses.

Para Gil (2009), o estudo exploratório e descritivo permite maior familiaridade


com o problema, além de descrever as características de uma determinada
população.

1.1. Antecedentes científicos

Observa-se nos últimos anos uma crescente preocupação com os resíduos


gerados em laboratórios de ensino e pesquisa universitários, evidenciada pelo
crescente número de artigos e livros publicados sobre o assunto.
A partir da Agenda 21, foi adotado como lema, à cada indivíduo, entidade ou
instituição, “pensar globalmente e agir localmente, ou seja a responsabilidade
objetiva.”

Segundo a Lei 6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente, o gerador


torna-se responsável pelo resíduo e pelos possíveis danos causados quando esses
foram descartados no ambiente.

Nolasco,2006 faz uma análise sobre a implantação de gerenciamento de


resíduos químicos em laboratórios de universidades, mencionando experiências
semelhantes nos Estados Unidos da América, desde 1985:

Ashbroob & Reinhart (1985) citam várias instituições que


implantaram seus PGRE (Projetos de Gerenciamento de Resíduos)
a partir da década de 70 como a Universidade da Califórnia. Izzo
(2000) também relata interessante programa de prevenção a
poluição e minimização de geração de resíduos nos laboratórios da
Universidade de Princeton. Algumas experiências também
resultaram na publicação de livros sobre a questão apresentando
inclusive métodos de tratamento para alguns tipos de resíduos.
(Kaufman, 1990; Lunk e Santana, 1994; Amour, 1996)

No Brasil, experiências vêm sendo realizadas nas maiores e mais antigas


universidades estaduais e federais como IQ/USP – Instituto de Química da
Universidade de São Paulo (Di Vitta et al 2002), IQ/ Universidade de São Carlos –
SP, IQ/UERJ – Instituto de Química da Universidade do Rio de Janeiro. (Barbosa et
al, 2003)

Além das indústrias, as universidades e centros de pesquisa também acabam


por gerar resíduo químico, que embora gerados em pequenas quantidades são
encarados como problema devido à diversidade com que são gerados. (Jardim,
1998. Tavares, 2004) o que contribui para que essas instituições de ensino e
pesquisa estejam gradativamente implementando seus programas de
Gerenciamento de Resíduo Químico.
Segundo Zancanaro Jr (2002) se considerarmos a quantidade de resíduos
gerados no setor industrial (100 t/mês), os resíduos de instituições de pesquisa
aparentam ser insignificantes. Gil et al (2007) afirma que a grande diferença entre
gerenciar resíduos industriais e resíduos de laboratório está na forma de tratamento
e disposição final. O grande problema desta forma de geração é a composição
variada e inconstante que apresentam. As propriedades químicas dos resíduos
mudam e dificilmente encontra-se um método padrão e eficaz para o seu tratamento.

1.2. Justificativa

De acordo com a Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005,


“resíduo químico é todo material ou substância com característica de periculosidade,
quando não forem submetidos a processo de reutilização ou reciclagem, que podem
apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.”

Acumular resíduos pode constituir um perigoso passivo ambiental. Nos


cursos em que atividades experimentais envolvendo substâncias químicas estão
presentes, a geração de resíduos perigosos é uma realidade ainda não muito
conhecida e somente há pouco tempo, após a década de 90, os gestores e os
docentes vêm se preocupando com a destinação destas substâncias.

1.3. Relevância

Uma das principais metas dos cursos profissionalizantes em


química é treinar os estudantes para lidarem com materiais perigosos de maneira
correta e responsável. No entanto, a forma tradicional de ensino é um paradoxo,
pois, enquanto praticam-se sínteses, separações, purificações e análises,
uma grande quantidade de resíduos é gerada.
Assim como muitas indústrias, as instituições de ensino, pesquisa
ou prestadoras de serviços têm sérios problemas para lidarem com os seus
resíduos perigosos. No entanto, diferentemente das indústrias, estas instituições
geram pequenas quantidades de resíduos, sendo que a maioria destes são gerados
em laboratórios. Estes resíduos são constituídos de grande diversidade
de substâncias, tóxicas ou não, incluindo novos compostos de
toxicidade desconhecida. Além disto, sua composição muda com cada novo
projeto ou experimento.
Esta ampla variedade de substâncias muitas vezes torna a gestão de
resíduos mais complexa nestes tipos de instituições do que em indústrias, que
geram grandes quantidades de composição conhecida e sem tanta variação.
Por isso, torna-se relevante implementar uma política interna de
gerenciamento de resíduos químicos em laboratórios de escolas, como uma das
maneiras de despertar no aluno a percepção da importância do seu envolvimento
com o tema e promover um comportamento diferenciado e socialmente correto
(GIMENEZ et al., 2006: 32-33).

OBJETIVOS

Objetivo geral:

Através de pequenos experimentos sensibilizar a todos que a química


possui um campo de conhecimento para solucionar danos causados ao meio
ambiente

Objetivos específicos:

 Despertar nos alunos o interesse pela Química Ambiental;

 Promover a educação e conscientização ambiental dos visitantes em


relação aos resíduos gerados em aulas práticas de química;

 Demonstrar de maneira lúdica a aplicabilidade da química.

METODOLOGIA

A metodologia inclui uma análise crítica das informações obtidas com revisão
da literatura e a aplicação de um questionário quantitativo aos responsáveis pelos
diversos laboratórios do Curso Técnico em Química do CENTEC, a fim de fazer um
diagnóstico dos resíduos laboratoriais gerados nas atividades experimentais.

Com estas ferramentas serão obtidas informações sobre as atividades


realizadas, reagentes armazenados, condições de uso dos laboratórios, utilização de
normas de segurança, condições de armazenagem e validade dos reagentes.

Uma vez diagnosticado uma significativa quantidade de resíduos sem


identificação, será proposto o projeto de gerenciamento desses resíduos.

Serão feitos testes físico-químicos para caracterização e posterior


classificação de compostos passíveis de tratamento.

Como proposta de gerenciamento dos resíduos serão desenvolvidas ações,


que promovam:

 a diminuição do consumo de reagentes;

 a substituição ou eliminação de reagentes tóxicos;

 a redução da quantidade de resíduos gerados;

 armazenagem adequada dos que forem gerados.

 elaboração de material explicativo

Este material explicativo pretende promover a conscientização dos usuários


sobre a importância do gerenciamento de resíduos.

RESULTADOS

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O trabalho está na primeira fase de execução, inventário e caracterização e já


foi quantificado um volume de 22 litros de resíduos (passivo ambiental). Isto por si só
já um volume considerado, já que é de apenas um dos laboratórios do Centec –
Orgãnica.

As características, os testes físico-químicos e os volumes estão na tabela em


anexo. Os alunos, não só os participantes do projeto, estão adotando uma postura
diferente em relação aos resíduos (ativo ambiental), em suas aulas práticas:
inquirindo do professor procedimentos para neutralização, acondicionamento e
identificação dos mesmos.

CONCLUSÃO
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____

A escola ao longo do seu funcionamento tem gerado um passivo de resíduos


bastante significativo. Haja vista que o levantamento só foi realizado em um
laboratório e ainda faltam três a serem inventariados, portanto a implantação do
programa de gerenciamento de resíduos se torna imprescindível permanente
justificável para não haver geração de ativo ambiental grande.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BARBOSA, D. P. et al. Gerenciamento dos resíduos dos laboratórios do Instituto de


Química da Universidade Estadual do Rio de Janeiro como um projeto educacional e
ambiental. Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p.114-119,
jul./sep. 2003.

DI VITTA, P. B. et al. Gerenciamento de Resíduos no Instituto de Química da


Universidade de São Paulo. In: 2º ENCONTRO NACIONAL DE SEGURANÇA EM
QUÍMICA, Porto Alegre, UFRGS, 1 CD ROM. 2002.

FIGUERÊDO, D. V. Manual para gestão de resíduos químicos perigosos de


instituições de ensino e pesquisa. Belo Horizonte: Conselho Regional de Química de
Minas Gerais, 364p, 2006.
GIL, E. S. (et. al.). Aspectos técnicos e legais do gerenciamento de resíduos
Químicos farmacêuticos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. Vol. 43. N.1.
São Paulo. Jan/Mar. 2007. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
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GIMENEZ, S.M.N.; ALFAYA, A.A.S.; ALFAYA, R.V.S.; YABE, M.J.S.; GALÃO, O.F.;
BUENO, E.A.S.; PASCHOALINO, M.P.; PESCADA, C.E.A.; HIROSSI, T. e BONFIM,
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Química Nova na Escola, n. 23, p. 32-37, 2006.

MICARONI, Regina Clélia da Costa Mesquita. M581g Gestão de resíduos em


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Micaroni. Campinas, SP: [s.n], 2002.

NOLASCO, F. R.; TAVARES, G. A.; BENDASSOLLI, J. A. Implantação de


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ZANCANARO Jr., O. Manuseio de produtos químicos e descarte de seus resíduos.


In:
HIRATA, M.H; MACINI FILHO, J. Manual de Biossegurança. Barueri/SP: Manole
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JARDIM, Wilson de Figueiredo. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS,


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Disponível em: http://lqa.iqm.unicamp.br/pdf/LivroCap11.PDF. Acesso em : 27 de
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