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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE

RIBEIRÃO PRETO

Julia Junqueira, brasileira, casada em regime de separação total de bens, profissão (__),
portadora da cédula de identidade nº___, inscrita no CPF/MF sob o nº ___, endereço
eletrônico (__), domiciliada à rua (__), bairro (__), na cidade (__), vem, respeitosamente,
por intermédio de seu advogado, conforme procuração em anexo, e que ao final
subscreve, com endereço profissional com sede à rua (__), bairro (__), na cidade (__) e
endereço eletrônico (__), apresentar contestação com denunciação da lide diante da ação
declaratória de nulidade contratual que lhe move Mário Santos e já denunciando a corré
Ana Souza, ambos já qualificados nos autos

CONTESTAÇÃO COM DENUNCIAÇÃO DA LIDE

1- DA TEMPESTIVIDADE
O prazo realizar a denunciação da lide pela requerida na contestação passou a ser
contado a partir do dia 11 de setembro de 2017, a partir da realização da audiência de
conciliação, o que demonstra estar essa denunciação estar sendo realizada dentro do
prazo legal, de acordo com o artigo 126 c/c 131 do Código de Processo Civil.

2- BREVE SÍNTESE DO PROCESSO


Mário Santos ajuizou ação declaratória de nulidade contratual em face de Julia
Junqueira pelo fato de que a ela celebrou um contrato de compra e venda de um imóvel
de sua propriedade com a Ana Souza que se utilizou, para tanto, uma procuração nula
dada por Mário.
As ré foram devidamente citada e foi realizada audiência de conciliação, contudo,
infrutífera e, em virtude disso, vem apresentar contestação.
3- DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Quanto aos fatos narrados na inicial, a requerida não tem considerações a


acrescentar.

Em relação à compra do imóvel, a requerida comprou uma casa junto com seu marido,
sendo o regime do casamento o de separação total de bens, dando R$125.000,00 (cento
e vinte e cinco mil reais) pela compra e seu marido mais R$125.000, 00 (cento e vinte e
cinco mil reais).

Ambos não conheciam o proprietário da residência e encontraram o anúncio da venda


em um site na internet, o qual continha os dados para contato, telefone e endereço de Ana
Souza, proprietária da publicação do anúncio.

Pelo fato de que Ana possuía a matrícula do imóvel, supuseram que esta era a
proprietária legítima deste e acordaram na compra da venda da casa. Somente nessa
hora que analisaram que Ana Souza possuía uma procuração em nome de Mário Santos
e constava na matrícula que o imóvel havia sido doado para Mário Santos. Contudo, pelo
fato estar em posse da procuração e não haver motivos para desconfiar, celebraram com
boa-fé o contrato de compra e venda e pagaram à vista.

No contrato, a suposta vendedora, estipulou em uma cláusula que a casa estaria vaga
em 30 (trinta) dias a partir do aperfeiçoamento do mesmo, sob pena de devolução do valor
pago pela compra, e, por esse motivo, o casal contratou e pagou antecipadamente um
arquiteto a quantia de R$5.000 (cinco mil reais). Passando 50 (cinquenta) dias (vinte dias
do esgotamento do prazo estabelecido para ocupar o imóvel), contrataram um advogado
para realizar uma notificação extrajudicial no valor de R$2.000,00 (dois mil reais) a
respeito do descumprimento da cláusula contratual.

Em virtude dessa estipulação contratual, mostra-se cabível a aplicação do artigo 125,


II do Novo Código de Processo Civil, o qual dispõe: “É admissível a denunciação da lide,
promovida por qualquer das partes: àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato,
a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.”, devendo,
de acordo com o artigo 126 do mesmo diploma legal, ser requerida a citação do
denunciado na contestação.

Na doutrina e na jurisprudência é pacífico o entendimento de ser cabível a


denunciação da lide contra quem já seja parte no processo, restando claro que é legítima
a pretensão da requerida de integrar Ana Souza ao processo para pagamento de eventual
indenização caso seja julgada procedente a ação.

4- DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

1- Caso a ação seja julgada procedente, que seja julgada também procedente a
denunciação da lide para indenização dos R$125.000,00 (cento e vinte e cinco mil reais);

2- A citação da denunciada, anteriormente qualificada na exordial, para integrar a lide;

3- Protestar por todos os tipos de provas admitidas em direito;

Nestes termos, pede deferimento.

Ribeirão Preto, 29 de setembro de 2017.

__________________________

Advogado (____)

OAB/xx (____)

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