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Elementos de Matemática Finita (2012-2013)

Exercı́cios Resolvidos

1. Construir as tabelas da soma e multiplicação para as classes de con-


gruência módulo 7 e módulo 8.

Resolução: As tabelas módulo 7:

+ 0 1 2 3 4 5 6 × 0 1 2 3 4 5 6
0 0 1 2 3 4 5 6 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 2 3 4 5 6 0 1 0 1 2 3 4 5 6
2 2 3 4 5 6 0 1 2 0 2 4 6 1 3 5
3 3 4 5 6 0 1 2 3 0 3 6 2 5 1 4
4 4 5 6 0 1 2 3 4 0 4 1 5 2 6 3
5 5 6 0 1 2 3 4 5 0 5 3 1 6 4 2
6 6 0 1 2 3 4 5 6 0 6 5 4 3 2 1
e módulo 8:

+ 0 1 2 3 4 5 6 7 × 0 1 2 3 4 5 6 7
0 0 1 2 3 4 5 6 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 2 3 4 5 6 7 0 1 0 1 2 3 4 5 6 1
2 2 3 4 5 6 7 0 1 2 0 2 4 6 0 2 4 6
3 3 4 5 6 7 0 1 2 3 0 3 6 1 4 7 2 5
4 4 5 6 7 0 1 2 3 4 0 4 0 4 0 4 0 4
5 5 6 7 0 1 2 3 4 5 0 5 2 7 4 1 6 3
6 6 7 0 1 2 3 4 5 6 0 6 4 2 0 6 4 2
7 7 0 1 2 3 4 5 6 7 0 7 6 5 4 3 2 1

2. Em que classes de congruência mod 8 estão os quadrados perfeitos?


4926834923 poderá ser a soma de dois quadrados perfeitos?

1
Resolução: A última tabela mostra que os quadrados perfeitos pertencem
às classes de congruência 0, 1 e 4 módulo 8. A tabela da soma mostra por sua
vez que as somas entre estas classes tomam os valores 0, 1, 2, 4 e 5.
Como 4926834923 ≡ 3 mod 8, conclui-se que este inteiro não pode ser a soma
de dois quadrados perfeitos.

3. Resolver as seguintes congruências (encontrar todas as soluções ou justi-


ficar que não existem):
a) 5x ≡ 3 mod 11;
b) 12x ≡ 2 mod 33;
c) 9x ≡ 21 mod 12;
d) 110x ≡ 40 mod 575.

Resolução: a) (5, 11) = 1 e portanto existe solução única; como 9 × 5 ≡ 1


mod 11 concluı́mos que a solução é x ≡ 9 × 3 ≡ 5 mod 11.

b) Neste caso (12, 33) = 3 que não divide 2 pelo que não há solução.

c) (9, 12) = 3 que divide 21 e portanto sabemos que existem 3 soluções não
congruentes entre si; podemos encontrar uma solução notando que
21 = 7 × 3 = 7(12 − 9) ≡ −7 × 9 mod 12
pelo que x0 ≡ −7 ≡ 5 mod 12 é solução; as outras podem obter-se somando
múltiplos k(12/3) com 1 ≤ k < 3, ou seja
x1 ≡ x0 + 4 ≡ 9 mod 12; x2 ≡ x1 + 4 ≡ 1 mod 12
Nota: a solução x2 ≡ 1 é óbvia se notarmos primeiro que 21 ≡ 9 mod 12.

Outro método de resolução passa por resolver primeiro a congruência 3x ≡ 7


mod 4 (dividindo tudo por 3) que tem a solução x ≡ 1 mod 4, e usar o facto
de que um inteiro x satisfaz a congruência inicial 9x ≡ 21 mod 12 se e só se

2
satisfaz esta última; portanto as soluções da congruência inicial são as classes
de congruência mod 12 queestão contidas na classe 1 mod 4, ou seja 1, 5, 9
mod 12.
d) Como mdc(575, 110) = 5 que divide 40, conclui-se que a equação tem
5 soluções distintas. Aplicando o segundo método de resolução descrito na
alı́nea anterior, começamos por resolver
22x ≡ 8 mod 115 :
o algoritmo de Euclides dá-nos
1 = 9 × 115 − 47 × 22;
portanto a solução desta equação é
x ≡ −47 × 8 ≡ 68 × 8 ≡ 84 mod 115.
As soluções da equação original são as classes módulo 575 contidas na classe
de 84 módulo 115:
84, 199, 314, 429, 544.

A equação
22x ≡ 8 mod 115
também pode ser resolvido com aplicação do Teorema Chinês dos Restos: como
115 = 5 × 23, a soluções desta equação é a solução do sistema

 22x ≡ 8 mod 5

22x ≡ 8 mod 23


 2x ≡ 3 mod 5
⇔ ⇔
−x ≡ 8 mod 23


 x ≡ 4 mod 5

x ≡ 15 mod 23

3
A segunda equação implica que x = 15 + 23y e substituindo na primeira
obtemos
15 + 23y ≡ 4 mod 5 ⇔ 3y ≡ 4 mod 5 ⇔ y ≡ 3 mod 5.
Portanto x = 15 + 23(3 + 5z) = 84 + 115z.

4. Determinar as soluções, se existirem, da equação modular


57x ≡ 87 mod 105

Resolução: Como m.d.c.(57, 105) = 3 e 3|87, a equação tem exactamente 3


soluções módulo 105; e x ∈ Z é solução da equação dada se e só se for solução
de
19x ≡ 29 mod 35
que é por sua vez equivalente ao sistema
 
 19x ≡ 29 mod 5  −x ≡ −1 mod 5

19x ≡ 29 mod 7 5x ≡ 1 mod 7
 

que tem a solução única 31 módulo 35.


As soluções da equação original são portanto as classes de congruência
31, 66, 101 mod 105

5. Mostrar que todo o inteiro da forma 6k + 5 tem algum factor da mesma


forma. Deduzir que existem infinitos primos congruentes com 5 módulo 6.

Resolução: Todos os primos maiores que 3 estão nas classes de congruência


1 e 5 módulo 6 e um número da forma 6k+5 ( ou seja congruente com 5 módulo
6) só pode er factores primos congruentes com 1 ou 5; mas como um produto
de números congruentes com 1 (sempre módulo 6) é ainda congruente com 1,
conclui-se que ele terá que ter factores primos congruentes com 5 (em número

4
ı́mpar, já que 5 × 5 ≡ 1 mod 6).
A prova da segunda afirmação segue, com algumas alterações, a do teorema
de Euclides sobre a infinitude dos primos: se p1 , p2 , · · · , pt são primos todos
congruentes com 5 módulo 6, considere-se o número
N = p1 × p 2 × · · · × pt + 4
se t for par, e
N = p1 × p 2 × · · · × pt + 6
se t for ı́mpar.
N é congruente com 5 e não é divisı́vel por qualquer dos pi ; pela primeira parte
tem que ter um factor primo da forma 6k + 5 diferente daqueles, o que mostra
que o conjunto dos primos desta forma não é finito.

Observação: Os diversos resultados deste tipo provados generalizam-se de


facto num Teorema muito mais geral devido a Dirichlet (matemático alemão
da primeira metae do século XIX): qualquer progressão aritmética de inteiros
positivos contém infinitos primos.

6. Dado um número positivo qualquer n, seja n1 o resultado de subtrair


o dobro do algarismo das unidades ao número que se obtém eliminando esse
algarismo em n; por exemplo, se n = 2472 então n1 = 247 − 2 × 2 = 243.
Verifica-se que n é divisı́vel por 7 se e só se n1 também o for. Repetindo o
procedimento descrito, pode-se testar a divisibilidade por 7 sem proceder a
divisões: por exemplo, de 2472 passamos a 243 e deste a 24 − 6 = 18. Como
18 não é divisı́vel por 7, 2472 também não é.
Justificar porque funciona este critério de divisibilidade.

Resolução: O critério de divisibilidade pode apresentar-se assim:


7 | (10a + b) ⇔ 7 | (a − 2b);

5
E de facto
7 | (10a + b) ⇔ 10a ≡ −b mod 7 ⇔ 3a ≡ −b mod 7 ⇔
⇔ a ≡ −5b mod 7 ⇔ a ≡ 2b mod 7 ⇔
⇔ 7 | (a − 2b)

7. Ao tentar formar grupos de trabalho numa turma, conclui-se que se os


grupos tiverem 3 elementos ficam dois alunos de fora, se tiverem quatro fica
1 de fora, mas que se consegue formar grupos de 5 elementos desde que o
professor faça parte de um deles. Quantos alunos terá a turma?
Resolução: o problema corresponde à resolução do sistema de congruências


 x ≡ 2 mod 3



x ≡ 1 mod 4




x ≡ 4 mod 5

Como os módulos das congruências são primos dois a dois, o Teorema Chinês
dos Restos garante a existência de uma solução única mod 120 (e é de esperar
que o número de alunos de uma turma seja inferior a 120...).
A primeira equação implica x = 2 + 3k; substituindo na segunda ficamos com
3k ≡ −1 mod 4 ⇔ k ≡ 1 mod 4
e portanto
k = 1 + 4j, x = 2 + 3(1 + 4j) = 5 + 12j
Substituindo na última equação
12j + 5 ≡ 4 mod 5 ⇔ 2j ≡ 4 mod 5 ⇔ j ≡ 2 mod 5
ou seja j = 2 + 5t e portanto x = 5 + 12(2 + 5t) = 29 + 120t.

8. Determinar, usando o Teorema Chinês dos Restos, as soluções, se exis-


tirem, da equação
507x ≡ 312 mod 3025

6
Resolução: Começamos por factorizar o módulo 3025 = 25 × 121. O
Teorema Chinês dos Restos implica que as soluções da equação coincidem com
as do sistema
 
 507x ≡ 312 mod 25  7x ≡ 12 mod 25

507x ≡ 312 mod 121 23x ≡ 70 mod 121
 

A aplicação do algoritmo de Euclides dá


1 = 2 × 25 − 7 × 7,
pelo que a primeira equação tem a solução única
x ≡ −7 × 12 ≡ 16 mod 25;
Já na segunda equação temos
23x ≡ 70 mod 121 ⇔ −x ≡ 70 mod 121 ⇔ x ≡ 51 mod 121.
Substituindo na primeira equação x = 51 + 121y obtemos
51 + 121y ≡ 16 mod 25 ⇔ −4y ≡ 15 mod 25 ⇔ y ≡ 15 mod 25.
Portanto x = 51 + 121(15 + 25z) ≡ 1866 mod 3025 é a única solução da
equação original.

9. Determinar
a) 0 ≤ a < 73 satisfazendo a ≡ 9794 mod 73.
b) 0 ≤ a < 83 satisfazendo a ≡ 7670 mod 83.

Resolução: a) Como 73 é primo, sabemos pelo Teorema de Euler (ou


mesmo pelo Teorema de Fermat) que 972 ≡ 1 mod 73. Portanto
11
9794 = 911×72+2 = 972 92
e 11
972 92 ≡ 92 ≡ 8 mod 73

7
b) Pode aplicar-se o mesmo método uma vez que também 83 é primo.

Como 670 = 8 × 82 + 14, somos conduzidos a calcular 714 mod 83, pelo que
é boa ideia tentar simplificar os cálculos e não calcular todas as potências
72 , 73 , 74 , · · · , 714 ( mod 83 é claro).
Uma forma passa por ver que 14 = 8 + 4 + 2 e
72 = 49 ≡ −34, 73 ≡ 11, 74 ≡ 77 ≡ −6
em que todas as congruências são mod 83, e portanto 78 ≡ 36 mod 83. Logo
714 ≡ (−34) × (−6) × 36 ≡ 40 mod 83.

10. Determinar o menor inteiro positivo congruente com 212500 +532 módulo
106 .

Resolução:
x ≡ 212500 + 532 mod 106
é equivalente, pelo Teorema Chinês dos Restos, a
12500 32 6
 x ≡ 532 mod 26
 
 x ≡ 2 + 5 mod 2

12500 32 6
x≡2 +5 mod 5 x ≡ 212500 mod 56
 

Pelo teorema de Euler, como φ(26 ) = 26 − 25 = 25 = 32, 532 ≡ 1 mod 26 .


Do mesmo modo, como φ(56 ) = 56 − 55 = 55 × 4 = 12500, temos 212500 ≡
1 mod55 .
Portanto, x = 1 é a menor solução positiva de
x ≡ 212500 + 532 mod 106

11. Determinar as soluções da congruência


501x ≡ 345 mod 7 · 8 · 9

8
Resolução: Pelo Teorema Chinês dos Restos as soluções da equção são as
soluções do sistema
 
 501x ≡ 345 mod 7  4x ≡ 2 mod 7
501x ≡ 345 mod 8 ⇔ 5x ≡ 1 mod 8
501x ≡ 345 mod 9 6x ≡ 3 mod 9
 

A primeira e segunda equações têm solução única enquanto que a terceira tem
três soluções. Resolvendo a primeira equação
4x ≡ 2 mod 7 ⇔ x ≡ 4 mod 7
e portanto x = 4 + 7y; substituindo na segunda equação obtemos
5(4 + 7y) ≡ 1 mod 8 ⇔ 3y ≡ −3 mod 8
e portanto y = −1 + 8z, donde se conclui que x = −3 + 56z. Finalmente na
última equação ficamos com
6(−3 + 56z) ≡ 3 mod 9 ⇔ 3z ≡ 3 mod 9
que tem as soluções z ≡ 1 mod 9, z ≡ 4 mod 9 e z ≡ 7 mod 9, ou seja z ≡ 1
mod 3. Subtituindo os valores em x concluı́mos que a equação tem as soluções
53, 221, 389 mod 7 · 8 · 9

12. Resolver a equação ou mostrar que não existe solução


a) x86 ≡ 6 mod 29
b) x39 ≡ 3 mod 13
c) x123 ≡ 5 mod 24

Resolução: a) Se x não for primo com 29 então é divisı́vel por 29 e é claro


que x86 ≡ 0 mod 29. Portanto podemos assumir que (x, 29) = 1 e aplicar o
Teorema de Fermat: 3
x86 = x3×28+2 = x28 x2

9
e portanto
x86 ≡ 6 mod 29 ⇔ x2 ≡ 6 mod 29
Tentando as primeiras classes de congruência encontramos a solução x = 8;
portanto −8 ≡ 21 também é solução. Sabendo que uma congruência de grau
2 com módulo primo não pode ter mais do 2 soluções distintas (não congru-
entes), o exercı́cio fica terminado.
b) Aplicando o Teorema de Fermat ficamos com a congruência x3 ≡ 3 mod 13
que pode ser verificada caso a caso. Mas há uma abordagem diferente e com
interesse: suponhamos que temos uma solução x; então 34 = x12 ≡ 1 mod 13
usando mais uma vez o Teorema de Fermat. Ora 34 ≡ 3 mod 13, logo con-
cluı́mos que não há solução.
c) Como 24 não é primo, é preferı́vel usar primeiro o Teorema Chinês dos
Restos que nos diz que as soluções da congruência serão (se existirem) as do
sistema  123
 x ≡ 5 mod 8

x123 ≡ 5 mod 3

Mais uma vez se verifica que se x não for primo com o módulo da congruência
não pode ser solução, pelo que podemos assumir que o é, e aplicar o Teorema
de Euler, ficando com o sistema
 3
 x ≡ 5 mod 8

x ≡ 5 mod 3

Verifica-se que a solução tem que satisfazer x ≡ 2 mod 3 e x ≡ 5 mod 8 ou


seja, usando o Teorema Chinês dos Restos, x ≡ 5 mod 24.

φ(2n)
13. Determinar quais os valores possı́veis de onde φ designa a
φ(n)
função de Euler.
Resolução: Consideramos separadamente os casos n par e n ı́mpar; se n
é ı́mpar φ(2n) = φ(2)φ(n) = φ(n); se é par, n = 2k m com k ≥ 1 e m ı́mpar,

10
logo
φ(n) = φ(2k )φ(m) = (2k − 2k−1 )φ(m) = 2k−1 φ(m)
, e do mesmo modo
φ(2n) = φ(2k+1 )φ(m) = (2k+1 − 2k )φ(m) = 2k φ(m)

Conclui-se assim que 


φ(2n) 2 n par
=
φ(n) 1 n ı́mpar

14. Sabendo que 675 = 25 × 27, determinar, justificando, a solução de


x7 ≡ 2 mod 675

Resolução: pelo Teorema Chinês dos Restos, a equação é equivalente a


 7
x ≡2 mod 25

x7 ≡ 2 mod 27

Como φ(25) = 25 − 5 = 20 e φ(27) = 27 − 9 = 18 e


1 = 3 × 7 − 20, 1 = 13 × 7 − 5 × 18,
o Teorema de Euler garante que, para qualquer x primo com 25 e com 27, este
sistema é equivalente a
 7×3
≡ 23
 20+1
x mod 25 x ≡ 23 mod 25

 13×7 13  5×18+1
x ≡2 mod 27 x ≡ 213 mod 27
 x ≡ 23
 
mod 25 x≡8 mod 25
⇔ ⇔
13
x≡2 mod 27 x ≡ 11 mod 27
 

11
já que 25 = 32 ≡ 5 mod 27 e portanto
213 = 22×5 23 ≡ 25 × 8 ≡ −16 ≡ 11 mod 27
.
Portanto x = 11 + 27y e substituindo na primeira equação temos
11 + 27y ≡ 8 mod 25 ⇔ 2y ≡ 22 mod 25 ⇔ y ≡ 11 mod 25
Logo x = 11 + 27(11 + 25z) = 308 + 675z, ou seja, a única solução da equação
dada é a classe de congruência de 308 módulo 675.

Notas: Estas observações referem-se ao exemplo do exercı́cio anterior mas


podem aplicar-se, com as necessárias adaptações, a qualquer problema deste
tipo.
1. quando aplicamos o algoritmo de Euclides a 18 e 7 obtemos de facto
1 = 2 × 18 − 5 × 7;
Passamos a
1 = (2 − 7) × 18 + (−5 + 18) × 7 = −5 × 18 + 13 × 7
para podermos deduzir depois que
213 ≡ x7×13 = x1+5×18 ≡ x mod 27.
Em alternativa, podemos usar a primeira igualdade do seguinte modo:
x7 ≡ 2 mod 27 =⇒ x5×7+1 ≡ 25 x mod 27 =⇒
=⇒ x2×18 ≡ 25 x mod 27 =⇒ 5x ≡ 1 mod 27 =⇒
=⇒ x ≡ 11 mod 27
uma vez que 25 = 32 ≡ 5 mod 27 e que 5 × 11 = 2 × 27 + 1.
Chegamos assim ao mesmo sistema.
2. se na segunda equação levantarmos ambos os membros ao cubo obtemos
x7 ≡ 2 mod 27 =⇒ x21 ≡ 23 mod 27 =⇒ x3 ≡ 23 mod 27

12
uma vez que pelo Teorema de Euler x18 ≡ 1 mod 27 para x primo com
27.
Podemos ser tentados a concluir que x ≡ 2 é a solução da equação original,
o que não é verdade como se verifica directamente:
27 ≡ 20 mod 27;
o que se passa é que temos uma implicação e não uma equivalência. A
última equação
x3 ≡ 23 mod 27
tem de facto três soluções 2, 11, 20 e só uma delas é que é solução da
equação original.

15. Se p1 , p2 , · · · , pk são os primos que dividem m, mostrar que


    
1 1 1
φ(m) = m 1 − 1− ··· 1 −
p1 p2 pk

Resolução: !
k
Y k
Y
ptii φ ptii =

φ(m) = φ =
i=1 i=1
k k   k  
Y
ti −1
Y 1 Y 1
ptii − pi ptii

= = 1− =m 1−
i=1 i=1
pi i=1
pi

16. Usando a factorização 561 = 3 ∗ 11 ∗ 17 mostrar que a561 ≡ a mod 561


para todo o inteiro a.
Resolução: Dado um a fixo, considere-se o sistema
x ≡ a561 mod 3






x ≡ a561 mod 11




x ≡ a561 mod 17

13
O Teorema de Fermat implica que, dado um primo p
am ≡ am−p ap ≡ am−p+1 mod p;
repetindo este cálculo k vezes, deduzimos que

am ≡ am−kp+k mod p;
escolhemos k de modo a que
m m−p
0 ≤ m − kp + k < p ⇔ ≥k> ;
p−1 p−1
aplicando este raciocı́nio a cada uma das congruências, vemos que o sistema é
equivalente a 

 x ≡ a mod 3



x ≡ a mod 11 ⇔ x ≡ a mod 561,




x ≡ a mod 17

pelo Teorema Chinês dos Restos.

17. Determinar as soluções, ou mostrar que não existem, de


x8 ≡ 4 mod 29
sabendo que
314 ≡ −1 mod 29, 36 ≡ 4 mod 29

Resolução: As congruências dadas implicam que 3 é uma raiz primitiva


mod 29: de facto, se 34 ≡ 1 mod 29, terı́amos 32 ≡ ±1 mod 29, o que é
falso; portanto, a menor potência positiva de 3 congruente com 1 módulo 29
só pode ser 328 . Para qualquer 1 ≤ x ≤ 28 existe portanto algum 0 ≤ y ≤ 27
tal que
x ≡ 3y mod 29.

14
Usando a última congruência dada, temos então que a equação é equivalente
a
38y ≡ 36 mod 29
que é, por sua vez, equivalente a
8y ≡ 6 mod 28
uma vez que 3 é raiz primitiva. Mas esta equação não tem soluções, pelo que
o mesmo acontece com a equação original.

18. Determinar as soluções de


x5 + 3x3 + x + 4 ≡ 0 mod 99

Resolução: Pelo Teorema Chinês dos Restos, o problema é equivalente a


encontrar as soluções do sistema
 5
x + 3x3 + x + 1 ≡ 0 mod 11
5 3
x + 3x + x + 4 ≡ 0 mod 9
Começamos por notar que qualquer inteiro que seja solução da segunda
congruência também tem que ser solução de x5 + 3x3 + x + 4 ≡ 0 mod 3. Mas
como, pelo Teorema de Fermat, x3 ≡ x mod 3 para todo o x, esta última
equação é equivalente a
2x + 1 ≡ 0 mod 3 ⇔ x ≡ 1 mod 3
Portanto as classes de congruência módulo 9 que podem ser solução da equação
são 1, 4 e 7.
Para calcular os valores (módulo 9) do polinómio p(x) = x5 + 3x3 + x + 4 para
x ∈ {1, 4, 7}, vamos usar uma técnica de cálculo que que será também útil
nos cálculo s módulo 11; note-se que no cálculo directo dos valores de p(x)
(ou seja, calcular os valores de x5 e de 3x3 e depois somar todas as parcelas)
farı́amos, em princı́pio, 7 multiplicações e 3 somas; podemos reduzir o número
de multiplicações fazendo os cálculos pela ordem seguinte
x → x2 → x2 + 3 → x3 + 3x → x4 + 3x2 →
→ x4 + 3x2 + 1 → x5 + 3x3 + x → x5 + 3x3 + x + 4

15
As duas multiplicações por x consecutivas podem aliás ser substituı́das por
uma única multiplicação por x2 , que já foi calculado no inı́cio. Para os valores
de x que nos interessam, e reduzindo módulo 9 a cada passo, temos
1→1→4→4→5→5→0
4→7→1→7→8→5→0
7→4→7→1→2→5→0
e concluı́mos que todos os possı́veis candidatos são soluções da equação.

Nota: De facto, usando os resultados contidos na Ficha suplementar sobre


o Lema de Hensel (mais precisamente no problema 8), podı́amos saber, depois
de determinar a única solução módulo 3, que a equação módulo 9 teria ou 3
ou nenhuma solução, isto porque p0 (1) ≡ 0 mod 3.

Para calcular os valores de p(x) módulo 11, usamos o mesmo método de


cálculo e deduzimos que a única solução da equação módulo 11 é 5. Neste
caso, a única alternativa a calcular os valores de p(x) para x ∈ {0, 1, · · · , 10},
seria fazer a divisão de polinómios (com coeficientes em Z/11 )
x11 − x ≡ (x5 + 3x3 + x + 4)(x6 + 8x4 + 8x2 + 7x + 1) + (2x4 + 5x2 + 3x + 7)
e concluir que qualquer solução da nossa equação também teria que ser solução
de
2x4 + 5x2 + 3x + 7 ≡ 0 mod 11;
voltando a dividir x11 − x por este polinómio, poder-se-ia ainda reduzir o
problema ao cálculo das raizes módulo 11 de um polinómio de grau inferior,
mas o volume de cálculos envolvidos não é menor (antes pelo contrário) ao da
opção anterior.

Para completar a solução, temos que resolver os três sistemas de congruências


  
x≡5 mod 11 x≡5 mod 11 x≡5 mod 11
x≡1 mod 9 x≡4 mod 9 x≡7 mod 9

16
Podemos calcular b1 e b2 tais que
11b1 ≡ 1 mod 9, 9b2 ≡ 1 mod 11
e calcular depois
11b1 a2 + 9b2 a1
onde a2 ∈ {1, 4, 7} enquanto que a1 = 5 em todos os casos.
Podemos usar b1 = −4 e b2 = 5 e portanto as soluções, módulo 99, são
45 × 5 − 44 × 1 = 181 ≡ 82 mod 99
45 × 5 − 44 × 4 = 49
45 × 5 − 44 × 7 = −83 ≡ 16 mod 99

Nota: O método de cálculo dos valores de p(x) usado acima é habitualmente


designado método ou esquema de Horner. A sua generalização é simples: se
p(x) = an xn + an−1 xn−1 + · · · + a1 x + a0
calculamos p(c) iniciando com o valor bn = an e definindo iterativamente
bn−1 = an−1 + bn c
bn−2 = an−2 + bn−1 c
..
.
b0 = a0 + b1 c
ou seja, em cada passo multiplicamos o valor obtido por c e somamos o próximo
coeficiente de p. O valor final b0 é p(c).
Uma descrição do algoritmo mais próxima de um esquema de programa de
computador é dizer que damos o valor inicial b = an e para 1 ≤ ı ≤ n, repeti-
mos a operação b = an−i + bc.
Naturalmente, no caso particular do problema omitiram-se os passos corre-
spondentes a coeficientes nulos.

19. Qual é o algarismo das unidades de 7888 ? E o das dezenas?

17
Resolução: Queremos saber qual o inteiro 0 ≤ x < 100 tal que x ≡ 7888
mod 100.
Usando o Teorema Chinês dos Restos, isso é equivalente a resolver
 x ≡ 7888

mod 4

x ≡ 7888 mod 25

Como φ(4) = 2 e 7 é primo com 4, o Teorema de Euler implica que 72 ≡ 1


mod 4 e portanto
7888 ≡ 1 mod 4;
aplicando o mesmo raciocı́nio à segunda equação, temos que φ(25) = 20 e
portanto
7888 = 744×20 78 ≡ 78 mod 25
Mas 72 ≡ −1 mod 25 e portanto 78 ≡ 1 mod 25.
Em conclusão 7888 ≡ 1 mod 100 e portanto o algarismo das unidades é 1 e o
das dezenas é 0.

20. Mostrar que os inteiros 11051 e 294409 não são primos.

Resolução: A resolução deste problema depende da realização de cálculos


impraticáveis sem o uso de um computador. Apresenta-se a solução como
ilustração da aplicação dos resultados apresentados nas aulas.

Se 11051 for primo, o Teorema de Fermat garante que, para qualquer a


primo com 11051,
a11050 ≡ 1 mod 11051;
mas 211050 ≡ 5907 mod 11051.
Se tentamos aplicar o mesmo teste a 294409, verificamos que
a294408 ≡ 1 mod 294409

18
para a ∈ 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, ....
Mas podemos aplicar o critério de Rabin-Miller: 294408 = 36801 × 8 e verifi-
camos que
236801 ≡ 512 mod 294409

236801×2 ≡ 262144 mod 294409

236801×4 ≡ 1 mod 294409


o que mostra que 294409 não é primo: pondo r = 236801×2 , temos r2 ≡ 1
mod 294409; se este fosse primo, terı́amos que ter r ≡ ±1 mod 294409.

21. Seja F (m) = φ(d1 )+ φ(d2 )+ · · · + φ(dr ) onde os di , 1 ≤ i ≤ r designam


os divisores (positivos) de m.

Exemplo: F (12) = φ(1) + φ(2) + φ(3) + φ(4) + φ(6) + φ(12).

a) Calcule F (5), F (6) e F (12).


b) Mostre que se p é primo, F (p) = p e mais geralmente F (pk ) = pk .
c) Justifique que, se mdc(m, n) = 1, então F (mn) = F (m)F (n).

Resolução: a)
F (5) = φ(1) + φ(5) = 1 + 4 = 5

F (6) = φ(1) + φ(2) + φ(3) + φ(6) = 1 + 1 + 2 + 2 = 6

F (12) = φ(1) + φ(2) + φ(3) + φ(4) + φ(6) + φ(12) = 1 + 1 + 2 + 2 + 2 + 4 = 12


b) F (p) = φ(1) + φ(p) = 1 + p − 1 = p. Mais geralmente, como os divisores de
pk são os inteiros pi com 0 ≤ i ≤ k,
k
X k
X k
X
k i i
F (p ) = φ(p ) = 1 + φ(p ) = 1 + (pi − pi−1 ) = pk
i=0 i=1 i=1

19
P
c) Pela definição, F (mn) = d|mn φ(d); mas, porque m e n são primos entre
si, para cada divisor d de mn existem d1 | m e d2 | n, únicos, tais que d = d1 d2 .
E reciprocamente, a cada par (d1 , d2 ) nestas condições corresponde um divisor
d = d1 d2 de mn. Note-se além disso que d1 e d2 são primos entre si.
Podemos portanto escrever aquele somatório como um duplo somatório: para
cada valor fixo de d1 , somamos as parcelas correspondentes a d | mn da forma
d = d1 d2 em que d2 é um divisor de n; e somamos depois estas somas para
todos os valores de d1 . Ou seja
X X X
F (mn) = φ(d) = d1 | m φ(d1 d2 ) =
d|mn d2 |n
X X X X
= d1 | m φ(d1 )φ(d2 ) = d1 | mφ(d1 φ(d2 ) = F (m)F (n)
d2 |n d2 |n

22. Recordar que, como consequência do Teorema de Euler, a equação


modular
xk ≡ b mod m
tem uma única solução se mdc(b, m) = 1 e mdc(k, φ(m)) = 1.
Se ku − φ(m)v = 1, essa solução é dada por x ≡ bu .
Seja m um número natural livre de quadrados, isto é, existem primos pi (com
1 ≤ i ≤ k) tais que se i 6= j então pi 6= pj e m = p1 p2 · · · pk .
Supondo que mdc(k, φ(m)) = 1, mostrar que a equação
xk ≡ b mod m
tem uma única solução, mesmo que mdc(b, m) > 1.

Sugestão: usar o Teorema Chinês dos Restos.


Resolução: A equação é equivalente ao sistema
 k
x ≡b mod p1
..
.
 k
x ≡b mod pk

20
Dado que k é primo com φ(m) = ki=1 φ(pi ), se b for primo com pi a i-ésima
Q
equação do sistema tem solução única. Mas se b não é primo com pi é porque
é congruente com 0 módulo pi e a equação também tem solução única x ≡ 0
mod pi .
Assim, cada equação tem solução única e, mais uma vez pelo Teorema Chinês
dos Restos, a equação original também.

23. Determinar (sem esforço...) a única solução da equação


47x120 + 7x100 + 54x20 + 25x + 2 ≡ 0 mod 101

Resolução: Em primeiro lugar, x ≡ 0 mod 101 não é solução; portanto,


como 101 é primo, podemos considerar apenas x primo com 101. Mas então
x100 ≡ 1 mod 101 e a equação simplifica-se:
47x120 + 7x100 + 54x20 + 25x + 2 ≡ 0 mod 101 ⇔
⇔ 47x20 + 7 + 54x20 + 25x + 2 ≡ 0 mod 101 ⇔⇔ 25x ≡ −9 mod 101 ⇔
⇔ −x ≡ −36 mod 101 ⇔ x ≡ 36 mod 101

24. Mostrar que se a = b2 então a não pode ser raiz primitiva de um primo
p ı́mpar.
Sugestão: se a é raiz primitiva, então existe s < p − 1 tal que as ≡ b mod p.

Resolução: as ≡ b mod p e a ≡ b2 implicam que


a2s ≡ b2 ≡ a mod p
e portanto, como a é primo com p,
a2s−1 ≡ 1 mod p;
mas se a é raiz primitiva isso implica que 2s − 1 é múltiplo de p − 1; mas isso
é impossı́vel porque p − 1 é par e 2s − 1 é ı́mpar.

21
25. Sabendo que 5 é uma raiz primitiva de 47 e que 516 ≡ 17 mod 47,
determinar as soluções da equação “exponencial”
25x ≡ 17 mod 47

Resolução: As condições do problema implicam


516 ≡ 52x ≡ 17 mod 47
e portanto, como 5 é raiz primitiva,
2x ≡ 16 mod 46
que tem soluções 8 e 31.

26. Sendo p um primo ı́mpar e a e k inteiros positivos, usar o Teorema do


binómio para mostrar que
k k k
(a + p)φ(p ) ≡ aφ(p ) − pk aφ(p )−1
mod pk+1 .
Sugestão: Mostrar que, para j ≥ 2,
 k 
φ(p ) j
p ≡0 mod pk+1 ;
j
começar por mostrar que pj−1 não divide j!.
Resolução: pelo Teorema do Binómio, temos
X φ(pk )
φ(pk ) φ(pk ) k φ(pk )−1 k
(a + p) =a + φ(p )a p+ aφ(p )−j pj ;
j≥2
j
como
k k k k
φ(pk )aφ(p )−1
p = (pk −pk−1 )paφ(p )−1
= pk (p−1)aφ(p )−1
≡ −pk aφ(p )−1
mod pk+1 ,
o resultado equivale a mostrar que a soma dos restantes termos é congruente
com 0 módulo pk+1 .
Vamos mostrar que de facto cada uma das parcelas satisfaz esta congruência:
 k 
φ(p ) φ(pk )−j j (pk − pk−1 )(pk − pk−1 − 1) · · · (pk − pk−1 − j + 1) φ(pk )−j j
a p = a p;
j j!

22
se j! = pl S, onde S é primo com p, ficamos com, pondo em evidência potências
de p,
k k−1
k−1+j−l (p − p − 1) · · · (pk − pk−1 − j + 1) φ(pk )−j
p a ;
S
 k 
φ(p )
note-se que, como é um inteiro, e S é primo com p, a fracção na
j
última expressão representa de facto um inteiro. Se conseguirmos provar que
pk−1+j−l ≡ 0 mod pk+1 , temos o resultado pretendido. Ora esta condição é
equivalente a k − 1 + j − l ≥ k + 1, ou seja, a j − 2 ≥ l. É isso que justifica a
última parte da sugestão.
Mas, num exercı́cio anterior, vimos que a maior potência de p que divide j!
(ou seja, o inteiro l ) é dado pela fórmula
X j
l= b i c;
i≥1
p

evidentemente, podemos majorar esta soma por


X j 1/p j j
= j = ≤
i≥1
pi 1 − 1/p p − 1 2

uma vez que p é ı́mpar. Mas então l < j/2 ≤ j − 1 (j ≥ 2!), como querı́amos
mostrar.

27. Supondo que a no exercı́cio anterior é uma raiz primitiva para pk+1 ,
mostrar que então a ou a + p (ou ambos) é raiz primitiva para pk+1 .
Concluir que pn (com p primo ı́mpar) tem sempre raizes primitivas.
Sugestâo: Quais os possı́veis valores de ordpk+1 (a)?

Resolução: Temos que mostrar que ou a ou a + p tem ordem módulo pk+1


igual a φ(pk+1 ) = pk+1 − pk . Suponhamos que t = opk+1 (a) < pk+1 − pk ; pelas
propriedades elementares da ordem, t tem que dividir pk+1 − pk = pk (p − 1);
mas por outro lado,
at ≡ 1 mod pk+1 =⇒ at ≡ 1 mod pk

23
e, como estamos a supor que a é raiz primitiva módulo pk , as mesmas pro-
priedades implicam que φ(pk ) | t. Temos então pk−1 (p − 1) | t | pk (p − 1) e,
como t =< pk+1 − pk , só pode ser t = pk−1 (p − 1) = φ(pk ).
Usamos agora o exercı́cio anterior para calcular opk+1 (a + p): ficamos com
k k k k
(a + p)φ(p ) ≡ aφ(p ) − pk aφ(p )−1
mod pk+1 ≡ 1 − pk aφ(p )−1
mod pk+1 ;
note-se que o lado direito na última congruência não é congruente com 1
módulo pk+1 . Deduzimos que opk+1 (a + p) = pk s para algum divisor s de p − 1.
Mas então
X  pk s  k
pk s pk s
1 ≡ (a + p) ≡ a + ap s−j pj mod pk ;
j≥1
j

ora, repetindo o raciocı́nio feito no exercı́cio anterior, verificamos que cada


k
parcela deste último somatório é congruente com 0 módulo pk ; portanto ap s ≡
1 mod pk o que implica, pela hipótese de a ser raiz primitiva módulo pk ,
φ(pk ) | pk s
e portanto (p − 1) | s, ou seja, s = p − 1 e opk+1 (a + p) = pk (p − 1) = φ(pk+1 ) e
a + p é raiz primitiva módulo pk+1 .

Este resultado mostra n ao só que existem raizes primitivas módulo pk para
todo o k, no caso de p ser um primo ı́mpar, mas que elas podem ser encontradas
facilmente.

24

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