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Exercsolv2 PDF
Exercı́cios Resolvidos
+ 0 1 2 3 4 5 6 × 0 1 2 3 4 5 6
0 0 1 2 3 4 5 6 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 2 3 4 5 6 0 1 0 1 2 3 4 5 6
2 2 3 4 5 6 0 1 2 0 2 4 6 1 3 5
3 3 4 5 6 0 1 2 3 0 3 6 2 5 1 4
4 4 5 6 0 1 2 3 4 0 4 1 5 2 6 3
5 5 6 0 1 2 3 4 5 0 5 3 1 6 4 2
6 6 0 1 2 3 4 5 6 0 6 5 4 3 2 1
e módulo 8:
+ 0 1 2 3 4 5 6 7 × 0 1 2 3 4 5 6 7
0 0 1 2 3 4 5 6 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 2 3 4 5 6 7 0 1 0 1 2 3 4 5 6 1
2 2 3 4 5 6 7 0 1 2 0 2 4 6 0 2 4 6
3 3 4 5 6 7 0 1 2 3 0 3 6 1 4 7 2 5
4 4 5 6 7 0 1 2 3 4 0 4 0 4 0 4 0 4
5 5 6 7 0 1 2 3 4 5 0 5 2 7 4 1 6 3
6 6 7 0 1 2 3 4 5 6 0 6 4 2 0 6 4 2
7 7 0 1 2 3 4 5 6 7 0 7 6 5 4 3 2 1
1
Resolução: A última tabela mostra que os quadrados perfeitos pertencem
às classes de congruência 0, 1 e 4 módulo 8. A tabela da soma mostra por sua
vez que as somas entre estas classes tomam os valores 0, 1, 2, 4 e 5.
Como 4926834923 ≡ 3 mod 8, conclui-se que este inteiro não pode ser a soma
de dois quadrados perfeitos.
b) Neste caso (12, 33) = 3 que não divide 2 pelo que não há solução.
c) (9, 12) = 3 que divide 21 e portanto sabemos que existem 3 soluções não
congruentes entre si; podemos encontrar uma solução notando que
21 = 7 × 3 = 7(12 − 9) ≡ −7 × 9 mod 12
pelo que x0 ≡ −7 ≡ 5 mod 12 é solução; as outras podem obter-se somando
múltiplos k(12/3) com 1 ≤ k < 3, ou seja
x1 ≡ x0 + 4 ≡ 9 mod 12; x2 ≡ x1 + 4 ≡ 1 mod 12
Nota: a solução x2 ≡ 1 é óbvia se notarmos primeiro que 21 ≡ 9 mod 12.
2
satisfaz esta última; portanto as soluções da congruência inicial são as classes
de congruência mod 12 queestão contidas na classe 1 mod 4, ou seja 1, 5, 9
mod 12.
d) Como mdc(575, 110) = 5 que divide 40, conclui-se que a equação tem
5 soluções distintas. Aplicando o segundo método de resolução descrito na
alı́nea anterior, começamos por resolver
22x ≡ 8 mod 115 :
o algoritmo de Euclides dá-nos
1 = 9 × 115 − 47 × 22;
portanto a solução desta equação é
x ≡ −47 × 8 ≡ 68 × 8 ≡ 84 mod 115.
As soluções da equação original são as classes módulo 575 contidas na classe
de 84 módulo 115:
84, 199, 314, 429, 544.
A equação
22x ≡ 8 mod 115
também pode ser resolvido com aplicação do Teorema Chinês dos Restos: como
115 = 5 × 23, a soluções desta equação é a solução do sistema
22x ≡ 8 mod 5
⇔
22x ≡ 8 mod 23
2x ≡ 3 mod 5
⇔ ⇔
−x ≡ 8 mod 23
x ≡ 4 mod 5
⇔
x ≡ 15 mod 23
3
A segunda equação implica que x = 15 + 23y e substituindo na primeira
obtemos
15 + 23y ≡ 4 mod 5 ⇔ 3y ≡ 4 mod 5 ⇔ y ≡ 3 mod 5.
Portanto x = 15 + 23(3 + 5z) = 84 + 115z.
4
ı́mpar, já que 5 × 5 ≡ 1 mod 6).
A prova da segunda afirmação segue, com algumas alterações, a do teorema
de Euclides sobre a infinitude dos primos: se p1 , p2 , · · · , pt são primos todos
congruentes com 5 módulo 6, considere-se o número
N = p1 × p 2 × · · · × pt + 4
se t for par, e
N = p1 × p 2 × · · · × pt + 6
se t for ı́mpar.
N é congruente com 5 e não é divisı́vel por qualquer dos pi ; pela primeira parte
tem que ter um factor primo da forma 6k + 5 diferente daqueles, o que mostra
que o conjunto dos primos desta forma não é finito.
5
E de facto
7 | (10a + b) ⇔ 10a ≡ −b mod 7 ⇔ 3a ≡ −b mod 7 ⇔
⇔ a ≡ −5b mod 7 ⇔ a ≡ 2b mod 7 ⇔
⇔ 7 | (a − 2b)
Como os módulos das congruências são primos dois a dois, o Teorema Chinês
dos Restos garante a existência de uma solução única mod 120 (e é de esperar
que o número de alunos de uma turma seja inferior a 120...).
A primeira equação implica x = 2 + 3k; substituindo na segunda ficamos com
3k ≡ −1 mod 4 ⇔ k ≡ 1 mod 4
e portanto
k = 1 + 4j, x = 2 + 3(1 + 4j) = 5 + 12j
Substituindo na última equação
12j + 5 ≡ 4 mod 5 ⇔ 2j ≡ 4 mod 5 ⇔ j ≡ 2 mod 5
ou seja j = 2 + 5t e portanto x = 5 + 12(2 + 5t) = 29 + 120t.
6
Resolução: Começamos por factorizar o módulo 3025 = 25 × 121. O
Teorema Chinês dos Restos implica que as soluções da equação coincidem com
as do sistema
507x ≡ 312 mod 25 7x ≡ 12 mod 25
⇔
507x ≡ 312 mod 121 23x ≡ 70 mod 121
9. Determinar
a) 0 ≤ a < 73 satisfazendo a ≡ 9794 mod 73.
b) 0 ≤ a < 83 satisfazendo a ≡ 7670 mod 83.
7
b) Pode aplicar-se o mesmo método uma vez que também 83 é primo.
Como 670 = 8 × 82 + 14, somos conduzidos a calcular 714 mod 83, pelo que
é boa ideia tentar simplificar os cálculos e não calcular todas as potências
72 , 73 , 74 , · · · , 714 ( mod 83 é claro).
Uma forma passa por ver que 14 = 8 + 4 + 2 e
72 = 49 ≡ −34, 73 ≡ 11, 74 ≡ 77 ≡ −6
em que todas as congruências são mod 83, e portanto 78 ≡ 36 mod 83. Logo
714 ≡ (−34) × (−6) × 36 ≡ 40 mod 83.
10. Determinar o menor inteiro positivo congruente com 212500 +532 módulo
106 .
Resolução:
x ≡ 212500 + 532 mod 106
é equivalente, pelo Teorema Chinês dos Restos, a
12500 32 6
x ≡ 532 mod 26
x ≡ 2 + 5 mod 2
⇔
12500 32 6
x≡2 +5 mod 5 x ≡ 212500 mod 56
8
Resolução: Pelo Teorema Chinês dos Restos as soluções da equção são as
soluções do sistema
501x ≡ 345 mod 7 4x ≡ 2 mod 7
501x ≡ 345 mod 8 ⇔ 5x ≡ 1 mod 8
501x ≡ 345 mod 9 6x ≡ 3 mod 9
A primeira e segunda equações têm solução única enquanto que a terceira tem
três soluções. Resolvendo a primeira equação
4x ≡ 2 mod 7 ⇔ x ≡ 4 mod 7
e portanto x = 4 + 7y; substituindo na segunda equação obtemos
5(4 + 7y) ≡ 1 mod 8 ⇔ 3y ≡ −3 mod 8
e portanto y = −1 + 8z, donde se conclui que x = −3 + 56z. Finalmente na
última equação ficamos com
6(−3 + 56z) ≡ 3 mod 9 ⇔ 3z ≡ 3 mod 9
que tem as soluções z ≡ 1 mod 9, z ≡ 4 mod 9 e z ≡ 7 mod 9, ou seja z ≡ 1
mod 3. Subtituindo os valores em x concluı́mos que a equação tem as soluções
53, 221, 389 mod 7 · 8 · 9
9
e portanto
x86 ≡ 6 mod 29 ⇔ x2 ≡ 6 mod 29
Tentando as primeiras classes de congruência encontramos a solução x = 8;
portanto −8 ≡ 21 também é solução. Sabendo que uma congruência de grau
2 com módulo primo não pode ter mais do 2 soluções distintas (não congru-
entes), o exercı́cio fica terminado.
b) Aplicando o Teorema de Fermat ficamos com a congruência x3 ≡ 3 mod 13
que pode ser verificada caso a caso. Mas há uma abordagem diferente e com
interesse: suponhamos que temos uma solução x; então 34 = x12 ≡ 1 mod 13
usando mais uma vez o Teorema de Fermat. Ora 34 ≡ 3 mod 13, logo con-
cluı́mos que não há solução.
c) Como 24 não é primo, é preferı́vel usar primeiro o Teorema Chinês dos
Restos que nos diz que as soluções da congruência serão (se existirem) as do
sistema 123
x ≡ 5 mod 8
x123 ≡ 5 mod 3
Mais uma vez se verifica que se x não for primo com o módulo da congruência
não pode ser solução, pelo que podemos assumir que o é, e aplicar o Teorema
de Euler, ficando com o sistema
3
x ≡ 5 mod 8
x ≡ 5 mod 3
φ(2n)
13. Determinar quais os valores possı́veis de onde φ designa a
φ(n)
função de Euler.
Resolução: Consideramos separadamente os casos n par e n ı́mpar; se n
é ı́mpar φ(2n) = φ(2)φ(n) = φ(n); se é par, n = 2k m com k ≥ 1 e m ı́mpar,
10
logo
φ(n) = φ(2k )φ(m) = (2k − 2k−1 )φ(m) = 2k−1 φ(m)
, e do mesmo modo
φ(2n) = φ(2k+1 )φ(m) = (2k+1 − 2k )φ(m) = 2k φ(m)
x7 ≡ 2 mod 27
11
já que 25 = 32 ≡ 5 mod 27 e portanto
213 = 22×5 23 ≡ 25 × 8 ≡ −16 ≡ 11 mod 27
.
Portanto x = 11 + 27y e substituindo na primeira equação temos
11 + 27y ≡ 8 mod 25 ⇔ 2y ≡ 22 mod 25 ⇔ y ≡ 11 mod 25
Logo x = 11 + 27(11 + 25z) = 308 + 675z, ou seja, a única solução da equação
dada é a classe de congruência de 308 módulo 675.
12
uma vez que pelo Teorema de Euler x18 ≡ 1 mod 27 para x primo com
27.
Podemos ser tentados a concluir que x ≡ 2 é a solução da equação original,
o que não é verdade como se verifica directamente:
27 ≡ 20 mod 27;
o que se passa é que temos uma implicação e não uma equivalência. A
última equação
x3 ≡ 23 mod 27
tem de facto três soluções 2, 11, 20 e só uma delas é que é solução da
equação original.
Resolução: !
k
Y k
Y
ptii φ ptii =
φ(m) = φ =
i=1 i=1
k k k
Y
ti −1
Y 1 Y 1
ptii − pi ptii
= = 1− =m 1−
i=1 i=1
pi i=1
pi
13
O Teorema de Fermat implica que, dado um primo p
am ≡ am−p ap ≡ am−p+1 mod p;
repetindo este cálculo k vezes, deduzimos que
am ≡ am−kp+k mod p;
escolhemos k de modo a que
m m−p
0 ≤ m − kp + k < p ⇔ ≥k> ;
p−1 p−1
aplicando este raciocı́nio a cada uma das congruências, vemos que o sistema é
equivalente a
x ≡ a mod 3
x ≡ a mod 11 ⇔ x ≡ a mod 561,
x ≡ a mod 17
14
Usando a última congruência dada, temos então que a equação é equivalente
a
38y ≡ 36 mod 29
que é, por sua vez, equivalente a
8y ≡ 6 mod 28
uma vez que 3 é raiz primitiva. Mas esta equação não tem soluções, pelo que
o mesmo acontece com a equação original.
15
As duas multiplicações por x consecutivas podem aliás ser substituı́das por
uma única multiplicação por x2 , que já foi calculado no inı́cio. Para os valores
de x que nos interessam, e reduzindo módulo 9 a cada passo, temos
1→1→4→4→5→5→0
4→7→1→7→8→5→0
7→4→7→1→2→5→0
e concluı́mos que todos os possı́veis candidatos são soluções da equação.
16
Podemos calcular b1 e b2 tais que
11b1 ≡ 1 mod 9, 9b2 ≡ 1 mod 11
e calcular depois
11b1 a2 + 9b2 a1
onde a2 ∈ {1, 4, 7} enquanto que a1 = 5 em todos os casos.
Podemos usar b1 = −4 e b2 = 5 e portanto as soluções, módulo 99, são
45 × 5 − 44 × 1 = 181 ≡ 82 mod 99
45 × 5 − 44 × 4 = 49
45 × 5 − 44 × 7 = −83 ≡ 16 mod 99
17
Resolução: Queremos saber qual o inteiro 0 ≤ x < 100 tal que x ≡ 7888
mod 100.
Usando o Teorema Chinês dos Restos, isso é equivalente a resolver
x ≡ 7888
mod 4
x ≡ 7888 mod 25
18
para a ∈ 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, ....
Mas podemos aplicar o critério de Rabin-Miller: 294408 = 36801 × 8 e verifi-
camos que
236801 ≡ 512 mod 294409
Resolução: a)
F (5) = φ(1) + φ(5) = 1 + 4 = 5
19
P
c) Pela definição, F (mn) = d|mn φ(d); mas, porque m e n são primos entre
si, para cada divisor d de mn existem d1 | m e d2 | n, únicos, tais que d = d1 d2 .
E reciprocamente, a cada par (d1 , d2 ) nestas condições corresponde um divisor
d = d1 d2 de mn. Note-se além disso que d1 e d2 são primos entre si.
Podemos portanto escrever aquele somatório como um duplo somatório: para
cada valor fixo de d1 , somamos as parcelas correspondentes a d | mn da forma
d = d1 d2 em que d2 é um divisor de n; e somamos depois estas somas para
todos os valores de d1 . Ou seja
X X X
F (mn) = φ(d) = d1 | m φ(d1 d2 ) =
d|mn d2 |n
X X X X
= d1 | m φ(d1 )φ(d2 ) = d1 | mφ(d1 φ(d2 ) = F (m)F (n)
d2 |n d2 |n
20
Dado que k é primo com φ(m) = ki=1 φ(pi ), se b for primo com pi a i-ésima
Q
equação do sistema tem solução única. Mas se b não é primo com pi é porque
é congruente com 0 módulo pi e a equação também tem solução única x ≡ 0
mod pi .
Assim, cada equação tem solução única e, mais uma vez pelo Teorema Chinês
dos Restos, a equação original também.
24. Mostrar que se a = b2 então a não pode ser raiz primitiva de um primo
p ı́mpar.
Sugestão: se a é raiz primitiva, então existe s < p − 1 tal que as ≡ b mod p.
21
25. Sabendo que 5 é uma raiz primitiva de 47 e que 516 ≡ 17 mod 47,
determinar as soluções da equação “exponencial”
25x ≡ 17 mod 47
22
se j! = pl S, onde S é primo com p, ficamos com, pondo em evidência potências
de p,
k k−1
k−1+j−l (p − p − 1) · · · (pk − pk−1 − j + 1) φ(pk )−j
p a ;
S
k
φ(p )
note-se que, como é um inteiro, e S é primo com p, a fracção na
j
última expressão representa de facto um inteiro. Se conseguirmos provar que
pk−1+j−l ≡ 0 mod pk+1 , temos o resultado pretendido. Ora esta condição é
equivalente a k − 1 + j − l ≥ k + 1, ou seja, a j − 2 ≥ l. É isso que justifica a
última parte da sugestão.
Mas, num exercı́cio anterior, vimos que a maior potência de p que divide j!
(ou seja, o inteiro l ) é dado pela fórmula
X j
l= b i c;
i≥1
p
uma vez que p é ı́mpar. Mas então l < j/2 ≤ j − 1 (j ≥ 2!), como querı́amos
mostrar.
27. Supondo que a no exercı́cio anterior é uma raiz primitiva para pk+1 ,
mostrar que então a ou a + p (ou ambos) é raiz primitiva para pk+1 .
Concluir que pn (com p primo ı́mpar) tem sempre raizes primitivas.
Sugestâo: Quais os possı́veis valores de ordpk+1 (a)?
23
e, como estamos a supor que a é raiz primitiva módulo pk , as mesmas pro-
priedades implicam que φ(pk ) | t. Temos então pk−1 (p − 1) | t | pk (p − 1) e,
como t =< pk+1 − pk , só pode ser t = pk−1 (p − 1) = φ(pk ).
Usamos agora o exercı́cio anterior para calcular opk+1 (a + p): ficamos com
k k k k
(a + p)φ(p ) ≡ aφ(p ) − pk aφ(p )−1
mod pk+1 ≡ 1 − pk aφ(p )−1
mod pk+1 ;
note-se que o lado direito na última congruência não é congruente com 1
módulo pk+1 . Deduzimos que opk+1 (a + p) = pk s para algum divisor s de p − 1.
Mas então
X pk s k
pk s pk s
1 ≡ (a + p) ≡ a + ap s−j pj mod pk ;
j≥1
j
Este resultado mostra n ao só que existem raizes primitivas módulo pk para
todo o k, no caso de p ser um primo ı́mpar, mas que elas podem ser encontradas
facilmente.
24