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Prática Educativa

das Ciências Naturais

Autores
Ronaldo Gazal Rocha
Christiane Gioppo
Vilma Maria Marcassa Barra

2009
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© 2005 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor
dos direitos autorais.

R672 Rocha, Ronaldo Gazal; Gioppo, Christiane; Barra, Vilma Maria


Marcassa. / Prática Educativa das Ciências Naturais. /
Ronaldo Gazal Rocha; Christiane Gioppo; Vilma Maria Marcassa
Barra. — Curitiba : IESDE Brasil S.A. , 2009.
356 p.

ISBN: 85-7638-086-2

1. Ciências naturais. 2. Educação. I. Título. II. Gioppo, Chris-


tiane. III. Barra, Vilma Maria Marcassa.

CDD 551.7

Todos os direitos reservados.


IESDE Brasil S.A.
$O'U&DUORVGH&DUYDOKR‡%DWHO
‡&XULWLED‡35
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Sumário
Ícones Utilizados no Livro................................................................................................... 6

Apresentação........................................................................................................................ 7

Aprendendo a Questionar o Aluno....................................................................................... 9


Idéias Básicas........................................................................................................................................... 9

Investigação no Ensino de Ciências..................................................................................... 29


Idéias Básicas........................................................................................................................................... 29
Conceituando Investigação...................................................................................................................... 30
Introduzir o Tópico .................................................................................................................................. 35
Avaliar os Conhecimentos Prévios .......................................................................................................... 36
Permitir a Exploração .............................................................................................................................. 38
Levantar e Anotar as Questões ................................................................................................................ 38
&ODVVL¿FDUH5HYLVDUDV4XHVW}HV ............................................................................................................ 38
Selecionar uma Pergunta para Investigar................................................................................................. 38
Levantar Possíveis Soluções.................................................................................................................... 38
,GHQWL¿FDURTXHp7HVWiYHO ...................................................................................................................... 39
Selecionar Estratégias e Delinear um Plano ............................................................................................ 39
Coletar Evidências e Dados ..................................................................................................................... 39
Organizar os Dados e Encontrar Relações............................................................................................... 39
Elaborar Considerações e Recomendações ............................................................................................. 39
Apresentar e/ou Comunicar os Resultados .............................................................................................. 39
Comparar o Conhecimento Novo com o Conhecimento Anterior........................................................... 40
Aplicar o Conhecimento a Novas Situações............................................................................................ 40
Formigas como bioindicadores................................................................................................................ 40

'HVHQYROYLPHQWRGH+DELOLGDGHV&LHQWt¿FDV ...................................................................... 47
O que ensinar em Ciências?..................................................................................................................... 47
Descobrindo “Coisas” pela Observação .................................................................................................. 48

Ensino por Ciclos ................................................................................................................ 61


Envolvimento........................................................................................................................................... 61
Exploração ............................................................................................................................................... 62
Explicação................................................................................................................................................ 62
Elaboração ou Aprofundamento .............................................................................................................. 63
Avaliação ................................................................................................................................................. 63

Explorando o Pátio da Escola .............................................................................................. 71

Visita Dirigida...................................................................................................................... 79
O que caracteriza uma instituição não-formal de ensino? ....................................................................... 79
Qual é o foco central da visita?................................................................................................................ 79
Por que visitar o local antecipadamente? ................................................................................................ 79

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Aula de Laboratório ............................................................................................................. 85

Ensinando Assuntos Controversos....................................................................................... 93

Atividades Lúdicas no Ensino de Ciências..........................................................................103

Educação Ambiental e Cidadania ........................................................................................127

Estudando Ecologia .............................................................................................................151


Clima Sofre com a Ação do Homem .......................................................................................................151

O Planeta em que Vivemos ..................................................................................................171


Para começar a conversa! ........................................................................................................................171
Desenvolvendo o tema.............................................................................................................................171
Conhecendo o assunto .............................................................................................................................172
Descobrindo mais! ...................................................................................................................................175

Terra: Planeta Água..............................................................................................................189


Para começar a conversa! ........................................................................................................................189
Desenvolvendo o tema.............................................................................................................................189
Conhecendo o assunto .............................................................................................................................190
Descobrindo mais! ...................................................................................................................................192

Conhecendo Melhor as Plantas............................................................................................209


Para começar a conversa! ........................................................................................................................209
Desenvolvendo o tema.............................................................................................................................209
Conhecendo o assunto .............................................................................................................................210
Descobrindo mais! ...................................................................................................................................211

Estudando os Animais..........................................................................................................223

Conhecendo Melhor o Corpo Humano ................................................................................241


Para começar a conversa! ........................................................................................................................241
Desenvolvendo o tema.............................................................................................................................241
Conhecendo o assunto .............................................................................................................................241
Descobrindo mais! ...................................................................................................................................243

Estudando o Clima e o Tempo .............................................................................................261


Para começar a conversa! ........................................................................................................................261
Desenvolvendo o tema.............................................................................................................................261
Conhecendo o assunto .............................................................................................................................261
Descobrindo mais! ...................................................................................................................................265

Estudando Astronomia .........................................................................................................279


Para começar a conversa! ........................................................................................................................279
Desenvolvendo o tema.............................................................................................................................279
Conhecendo o assunto .............................................................................................................................279
Descobrindo mais! ...................................................................................................................................284

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Eletricidade: um mundo de recursos tecnológicos...............................................................297
Para começar a conversa! ........................................................................................................................297
Desenvolvendo o tema.............................................................................................................................297
Conhecendo o assunto .............................................................................................................................299
Descobrindo mais! ...................................................................................................................................302

Ciência no Cotidiano............................................................................................................315
Para começar a conversa! ........................................................................................................................315
Desenvolvendo o tema.............................................................................................................................315
Conhecendo o assunto .............................................................................................................................315

Referências...........................................................................................................................345

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Ícones Utilizados no Livro

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Apresentação

A
s Ciências Naturais formam um campo de conhecimento vasto e, por vezes, complexo. Conso-
lida-se como uma das áreas de maior produção de conceitos e de símbolos abstratos. Contudo,
é capaz de fornecer, por meio da experimentação, as condições adequadas para os contatos
iniciais com esse mundo de noções e de concepções “vagas”. Visto dessa forma, o ensino das Ciências
Naturais pode se transformar em um importante campo de estruturação lógica, em que a criança pode
iniciar sua formação intelectual e atitudinal.
Na tentativa de integrar os conhecimentos próprios da área de Ciências Naturais com as expe-
riências pedagógicas desenvolvidas em sala, este livro foi idealizado partindo-se de dois princípios:
o da UHÀH[mR e o da prática educativa. Considerando que o aprendizado em Ciências Naturais pode
ser iniciado em casa, na escola, na rua, no supermercado ou em qualquer outro lugar que freqüenta-
PRV2FRQWH~GRFLHQWt¿FRSDVVRXHQWmRDVHUHQFDUDGRFRPRXPDDSURSULDomRFXOWXUDOLPSRUWDQWH
para viver bem em sociedade e para compreender muitos dos mecanismos que nos fazem agir. O co-
QKHFLPHQWRFLHQWt¿FRHQWmRDSUHVHQWDVHFRPRXPFRQKHFLPHQWRWHyULFRSUiWLFRTXHQmRSRGHVHU
encarado de forma dissociada, mas sim como elemento de integração didática na disciplina e entre os
diversos outros campos de formação.
Este livro foi elaborado pensando em você, professor da Educação Infantil e dos ciclos iniciais
do Ensino Fundamental. Conhecedores da necessidade de reorientar a atual prática docente nas Ci-
ências Naturais, buscamos integrar conteúdos já conhecidos às modernas concepções de alfabeti-
]DomRFLHQWt¿FDSUHFRQL]DQGRRXVRGHYDULDGDVDERUGDJHQVPHWRGROyJLFDV1RVVRREMHWLYRPDLRU
é despertar em você, professor, o interesse pelo avanço da Ciência. Não pretendemos transformá-lo
HPXPFLHQWLVWDPDVYLDELOL]DUPHLRVSDUDTXHSRVVDWHUDFHVVRjSURGXomRFLHQWt¿FDFRQWHPSRUkQHD
integrada ao trabalho no espaço educacional.
Assim, consideramos que os mais diferentes objetos e fenômenos podem ser utilizados pelos
DOXQRVGDVVpULHVLQLFLDLVSDUDGHVHQYROYHUXPDREVHUYDomRUH¿QDGDXPDDSURSULDomRFUtWLFDGHVDEH-
res, bem como a possibilidade de compreensão real desse campo de conhecimento. Tomamos por base
o fato de que o ato de experimentar permite que a criança manipule objetos, desenvolva os sentidos,
acrescente mais conhecimentos àqueles já reconhecidos, faça inferências e deduções, meça e avalie
JUDQGH]DVGHGLIHUHQWHVRUGHQVHQ¿PDVDWLYLGDGHVVXJHULGDVWrPDREMHWLYLGDGHGHFRQWULEXLUGH
PDQHLUDVLJQL¿FDWLYDSDUDRGHVHQYROYLPHQWRItVLFRHLQWHOHFWXDOGHQRVVRVDOXQRV
Organizamos o livro em duas partes: a primeira enfatiza diferentes estratégias metodológicas
GRSRQWRGHYLVWDWHyULFRDUWLFXODQGRDVDRFRQKHFLPHQWRFLHQWt¿FRXWLOL]DGRQDVQRVVDVHVFRODV1D
segunda parte, privilegiamos as atividades práticas, que favorecem o desenvolvimento de habilidades
FLHQWt¿FDVHVSHFt¿FDVGHPDQHLUDLQWHUUHODFLRQDGDDRVSURFHVVRVGHDTXLVLomRIRUPDOGHFRQKHFLPHQ-
WR1HVVHVHQWLGRGHVWDFDPRVDXWLOL]DomRGHXPDLFRQRJUD¿DSUySULDTXHOKHSHUPLWLUiLGHQWL¿FDUUD-
pidamente as principais Habilidades que se buscou enfatizar em cada um dos conteúdos abordados.
$DSUHVHQWDomRGHtFRQHVHVSHFt¿FRVGHYHVHUHQFDUDGDFRPRXPHOHPHQWRRULHQWDGRUHDRPHVPR
tempo, facilitador da sua aprendizagem. É importante ainda ressaltar que as atividades propostas não
IRUDPHVWDEHOHFLGDVSDUDVpULHVHVSHFt¿FDVPDVSDUDVHUHPUHDOL]DGDVHGHEDWLGDVHPJUXSRQDVPDLV
GLIHUHQWHVVpULHVFRPDVGHYLGDVDGHTXDo}HVTXHVH¿]HUHPQHFHVViULDV
Inicialmente, cada texto apresenta aspectos importantes a serem considerados antes de se apro-
fundar na temática ou de se trabalhar de forma prática o assunto. Os experimentos podem – e devem
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– ser realizados tanto por professores como por alunos e devem permitir o reconhecimento de noções
FLHQWt¿FDVEiVLFDV&RPRPDLVXPHOHPHQWRGHRULHQWDomRFDGDH[SHULPHQWRRXDWLYLGDGHSURSRVWD
traz consigo uma lista de 3ULQFtSLRV a partir dos quais se pode trabalhar de forma mais concentrada
um determinado objetivo. Nos 7H[WRV&RPSOHPHQWDUHV, procuramos contextualizar a área em ques-
WmRDRFRQKHFLPHQWRFLHQWt¿FRPRGHUQRHSRU¿PQRV7H[WRVGDVDWLYLGDGHVGH$SURIXQGDPHQWR
incluímos questões que permitem uma discussão coletiva mais sólida e abrangente. Acrescentamos,
DLQGDDRORQJRGRVWH[WRVXPDVpULHGHUHIHUrQFLDVGHELEOLRJUD¿DVHGHHQGHUHoRVHOHWU{QLFRV OLQNV 
que lhe permitirão a você ampliar sua visão sobre o conteúdo trabalhado, bem como articular as di-
versas partes do livro, tanto no que diz respeito à abordagem teórica como à metodológica.
Convencidos de que a aprendizagem em Ciências pode ser uma atividade prazerosa e, ao mes-
mo tempo, enriquecedora, apresentamos este livro na esperança de poder contribuir para sua forma-
ção docente.

Os Autores

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Estudando Astronomia
Ronaldo Gazal Rocha

Para começar a conversa!


magine um grupo de crianças observando o céu de uma noite estrelada. Seus pais, por algumas ve-
I zes, já devem ter apontado uma constelação conhecida e que lhes foi ensinada por seus avós. Cada
vez mais imersos em um mundo urbano, somos muitas vezes ofuscados pelo brilho das luzes da
cidade, que quase nos faz esquecer que a astronomia sempre foi um assunto que instigou a curiosidade
humana. “Ali está a Estrela Dalva”, “Vejam as Três Marias”, “Se nos perdemos basta encontrar o Cru-
]HLURGR6XO´(VVDVHPXLWDVRXWUDVD¿UPDo}HVQRVUHSRUWDPDLPDJHPGHSODQHWDVGHFRQVWHODo}HV
GHVDWpOLWHVDUWL¿FLDLVHQ¿PDXPDLQ¿QLGDGHGHFRUSRVFHOHVWHVTXHWDQWRQRVDWUDHPHIDVFLQDP
Como professores, devemos reconhecer a motivação natural que as crianças têm para esses
assuntos. Devemos facilitar a procura por respostas que tanto intrigam suas mentes e jamais esquecer
que estaremos oferecendo uma oportunidade que os acompanharão por toda a vida.
Sendo assim, vamos estudar alguns aspectos relevantes para os alunos das Séries Iniciais, bus-
cando reconhecer as informações, fatos e fenômenos que fazem da ciência da astronomia muito mais
que uma simples determinação de horóscopo.

Desenvolvendo o tema
Nosso sistema solar é formado por uma estrela, o Sol, e por planetas que se movimentam ao seu
redor. Observamos ainda que, nesse universo cósmico, muitos desses planetas possuem satélites asso-
ciados em seu entorno, bem como um vasto campo de outros corpos celestes – asteróides, meteoros,
cometas – que compõem nossa área de estudo. O Sol, que está no centro do nosso sistema solar, é uma
estrela como muitas outras que observamos em noites estreladas. Contudo, o Sol domina nosso céu devi-
do à sua proximidade, mas lembre-se de que é uma estrela comum em termos de tamanho e de brilho.

Conhecendo o assunto
O Sol Nunca olhe diretamente
Nosso Sol é uma estrela de porte médio que possui um para o Sol porque seus
GLkPHWUR DSUR[LPDGR GH  PLOK}HV GH NP FHUFD GH 
olhos podem ficar severa-
vezes o tamanho do nosso planeta. Através da análise es-
pectroscópica, foi possível avaliar que sua massa é composta mente comprometidos
SRU  GH KLGURJrQLR +  H  GH KpOLR +H  4XDQGR devido à luminosidade
observado com equipamentos próprios, sua superfície “lisa” intensa e penetrante.

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Prática Educativa das Ciências Naturais

não se mostra uniforme devido à presença de manchas solares. Esses pontos pre-
tos surgem periodicamente, em ciclos de aproximadamente 11 anos e parecem ser
ocasionados por severas variações magnéticas que acontecem em seu interior.
Os gases do Sol fornecem uma quantidade enorme de luz e calor, mas que
não são de fato devida à queima desses gases. Atualmente, as pesquisas têm de-
monstrado que a enorme quantidade de energia gerada pelo Sol é resultado de
explosões atômicas em seu interior que convertem H2 em He.
Aqui, na Terra, recebemos apenas uma pequena parte dessa energia sob a
forma de calor e de luz. Como a energia se dispersa em todas as direções, a maior
parte acaba por se perder no espaço sideral de nosso sistema solar. Contudo, sem
essa pequena quantidade de energia recebida, a vida na Terra, tal qual a conhece-
mos, não existiria.
O Sol é uma enorme fonte de energia que, direta ou indiretamente, é utiliza-
da por todos os organismos vivos. Quando trabalhamos, consumimos energia, que
deve ser reposta por meio da ingestão de alimentos. As plantas convertem a ener-
gia solar em energia química de ligação, como forma de assimilação de energia e
de transformação de determinados elementos químicos em outros incorporados à
biomassa do vegetal. Portanto, acabam gerando fontes de matéria e de energia que
podem ser consideradas como alimentos. Uma vez ingeridos, diretamente ou atra-
vés de processos indiretos, esses materiais servirão de recursos a uma variedade
enorme de seres vivos.
A energia solar também gera calor. Assim, o Sol contribui de maneira signi-
¿FDWLYDQRVSURFHVVRVGHHYDSRUDomRGHiJXDGHPDUHVHGHRFHDQRV1DDWPRVIHUD
esse vapor se condensa para formar nuvens, que quando estão “carregadas” de água
acabam precipitando na forma de chuva ou neve. No solo, essa água forma rios e
lagos que podem ser canalizados para fazer mover turbinas e, dessa maneira, gerar
energia elétrica em represas e barragens. Os combustíveis fósseis também são uma
forma indireta de demonstrar que mesmo ao longo do tempo, a energia solar pôde ser
concentrada sob determinadas formas, amplamente empregadas nos dias atuais.
([SHULPHQWR

Como o calor do Sol é absorvido?


3ULQFtSLR: “Os materiais, que formam os objetos, absorvem o calor solar
de maneira diferente.”

2EMHWLYR
Observe que as  5HFRQKHFHUTXHRVPDWHULDLVDEVRUYHPFDORUGHIRUPDGLIHUHQFLDGD
atividades que Materiais
aqui propomos
 'LIHUHQWHVWLSRVGHVXEVWUDWR FDOoDGDJUDPDGRDVIDOWR
devem ser
realizadas em  2EMHWRVGHPDGHLUDSOiVWLFRHGHPHWDO SLQWDGRVHQmRSLQWDGRV
dias com Sol! Termômetros
280
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Estudando Astronomia

3URFHGLPHQWRV 
 3HoDDVHXVDOXQRVTXHUHWLUHPVHXVFDOoDGRV Você deve improvisar
 )DoD FRP TXH HOHV FDPLQKHP VREUH GLIHUHQWHV WLSRV GH
diferentes tipos de
VXEVWUDWR WHUUDJUDPDGRDVIDOWRFDOoDGDGHFLPHQWR  substratos e ficar
atento para que não
 6ROLFLWHTXHRVDOXQRVGHVFUHYDPVXDVVHQVDo}HV
ofereçam riscos aos
3URFHGLPHQWRV  alunos.
 3HoDDVHXVDOXQRVTXHWRTXHPGLIHUHQWHVREMHWRVHQFRQ-
WUDGRVQRSiWLRGDHVFROD EDODQoRGHPDGHLUDFRPFRUGD
HVFRUUHJDGRUGHPHWDORXGHSOiVWLFRWLMRORVSHGUDVHWF 
 6ROLFLWHTXHRVDOXQRVH[SUHVVHPGHIRUPDRUJDQL]DGDDVVHQVDo}HVRE-
servadas.
 (ODERUHXPDHVFDODGHYDORUGDVVHQVDo}HVWpUPLFDV
 &RPSDUHDVVHQVDo}HVGHGLIHUHQWHVDOXQRVFRPEDVHQDHVFD- Crianças com
la de valor. mais idade podem
9DPRVSHQVDU" se utilizar de
 $VVHQVDo}HVGHVFULWDVSHORVDOXQRVVmRDVPHVPDV" termômetros para
 8P PHVPR WLSR GH VXEVWUDWR RX PDWHULDO RIHUHFH FRQGLo}HV testar as diferentes
para que os alunos tenham as mesmas sensações? temperaturas dos
materiais.
 6HUi TXH HVVDV VHQVDo}HV VmR DV PHVPDV SDUD TXDOTXHU UH-
gião?
 6HUiTXHHVVDVVHQVDo}HVYDULDPGHDFRUGRFRPDVpSRFDVGRDQR"

([SHULPHQWR

Qual a hora mais quente do dia?


3ULQFtSLR: “A temperatura varia ao longo do dia.”

2EMHWLYR
 5HFRQKHFHUTXHDWHPSHUDWXUDYDULDDRORQ- Aproveite a oportunidade
go do dia. desse tipo de experimento para
associar idéias relacionadas
 &RPSUHHQGHUTXHGLIHUHQWHVIDWRUHVLQWHUIH-
rem na temperatura. à Astronomia com aspectos
geográficos das variações
Materiais climáticas de sua região.
Papel cartolina
Lápis
Régua
Termômetros
281
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3URFHGLPHQWRV
 3HoDDVHXVDOXQRVTXHVHGLYLGDPHPHTXLSHV
 6ROLFLWHTXHFDGDHTXLSHVHHQFDUUHJXHGHUHJLVWUDUKRUDDKRUDDVWHP-
SHUDWXUDVGHGLIHUHQWHVORFDLVQDHVFROD GHQWURGDVDODQDMDQHODGDVDOD
QRSiWLRGDHVFRODjVRPEUDGHXPDiUYRUH 
  6ROLFLWHDRVDOXQRVTXHUHJLVWUHPDVLQIRUPDo}HVFROHWDGDVHPXPDWDEHOD
 5HSLWD R SURFHGLPHQWR SRU DOJXQV GLDV WRPDQGR R FXLGDGR GH QXQFD
deixar o termômetro exposto diretamente à luz do Sol.
 $SDUWLUGDVWDEHODVHODERUHJUi¿FRVTXHSRVVLELOLWHPHYLGHQFLDUDKRUD
mais quente do dia.
9DPRVSHQVDU"
 $WHPSHUDWXUDpDPHVPDQDVDODGHDXODHQRSiWLR"
 eSRVVtYHOUHJLVWUDUGLIHUHQoDVGHWHPSHUDWXUDHPORFDLVGLVWLQWRVGRSi-
tio de sua escola? Explique por quê.
 (GHQWURGDVDODGHDXODHQFRQWUDPRVYDULDo}HVGHWHPSHUDWXUD"
 2PDWHULDOHPSUHJDGRQDFRQVWUXomRGHVXDHVFRODGHVXDFDVDRXGH
outros espaços que você freqüenta leva em consideração a temperatura
de sua região?
([SHULPHQWR

O Sol interfere na vida dos seres vivos?


3ULQFtSLR: “O Sol é a fonte primária de energia do nosso planeta.”

2EMHWLYR
 &RPSUHHQGHUGHTXHIRUPDR6RODIHWDDYLGDGRVRUJDQLVPRVYLYRV
Materiais
Plantas envasadas
Você sabe que
existem plantas que se 3URFHGLPHQWRV
desenvolvem melhor   &RQVLJD GXDV SODQWDV GH XPD PHVPD HVSpFLH DSUR[LPDGD-
sob a luz do Sol e outras mente do mesmo tamanho.
em locais de sombra?   &RORTXHXPDGHODVSUy[LPDjMDQHODHRXWUDHPXPDPELHQWH
Procure expandir escuro.
seus conhecimentos   0DQWHQKDRQtYHOGHXPLGDGHGDVGXDVDJXDQGRDVGHD
realizando o experimento vezes por semana.
de interferência da luz   2EVHUYHRGHVHQYROYLPHQWRGDVSODQWDVGXUDQWHRXVHPD-
solar em plantas de sol e nas e registre-o.
de sombra.
282
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Estudando Astronomia

9DPRVSHQVDU"
 2GHVHQYROYLPHQWRGDVSODQWDVIRLRPHVPR"
 4XDLVDVSULQFLSDLVGLIHUHQoDVREVHUYDGDVDRORQJRGRFUHVFLPHQWRGDV
plantas?
 &RPRVHH[SOLFDDRFRUUrQFLDGHGLIHUHQoDVQRGHVHQYROYLPHQWRGHXP
vegetal?

1. De que forma o Sol afeta a vida dos organismos vivos em nosso planeta?

. Quais as principais adaptações que uma planta desenvolveu para captar luz
solar?

283
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3. Locais com excesso de luz solar praticamente inviabilizam a vida em fun-


ção do excesso de temperatura. Como plantas e animais se adaptaram para
ocupar esses ambientes?

Descobrindo mais!
Os planetas
O nosso sistema solar está organizado por vários astros: uma estrela típica
– o Sol – que ocupa uma região central, nove planetas – Mercúrio, Vênus Terra,
Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão – que circundam ao redor de nos-
VDHVWUHODHLQ~PHURVVDWpOLWHVQDWXUDLV OXDV DOpPGHPLOKDUHVGHRXWURVFRUSRV
celestes como meteoritos, asteróides e cometas.
Os planetas não possuem luz própria, conseqüentemente, só podem ser vis-
WRVSRUTXHUHÀHWHPDOX]GR6RO'HIRUPDJHUDOHVWmRRUJDQL]DGRVHPGRLVJUX-
pos: os planetas internos e os planetas externos. Mercúrio, o mais próximo do
Sol, é tão quente que certamente a vida que conhecemos não seria viável em sua
superfície. Vênus, nosso “planeta irmão” é praticamente do mesmo tamanho da
Terra e é demasiado quente para suportar a vida. A atmosfera venusiana é forma-
GDSUDWLFDPHQWHSRUJiVFDUE{QLFR &2 HSHTXHQDVTXDQWLGDGHVGHYDSRUG¶iJXD
o que favorece a elevação da temperatura de sua superfície, que pode atingir até
ž&$7HUUDQRVVRSODQHWDHQFRQWUDVHDXPDGLVWkQFLDGR6ROTXHOKHSHUPLWH
ter água nos três estados físicos, especialmente na forma líquida. Nossa atmosfe-
UDJDVRVDpFRPSRVWDSUHGRPLQDQWHPHQWHSRUQLWURJrQLR 1 DOpPGHR[LJrQLR
2 HSHTXHQDVTXDQWLGDGHVGHRXWURVJDVHV0DUWHpR~OWLPRSODQHWDLQWHUQRH
sua superfície gelada possui crateras e vales, uma atmosfera tênue, além de man-
chas escuras no solo – que se acredita possam ter sido organismos vegetais que se
implantaram quando o planeta ainda possuía água líquida. Porém, sem contar com
uma camada protetora de ozônio e com sua água congelada no interior do solo,
imaginar a preservação de formas vivas é provavelmente inviável.
284
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Estudando Astronomia

Separando os planetas internos, uma zona de asteróides se coloca entre estes


até aqui mencionados e os grandes planetas externos gasosos. Júpiter, o maior de
todos os planetas de nosso sistema, é formado por uma atmosfera de metano e
amônia que provoca intensas e constantes tempestades. Saturno, com seus encan-
tadores “anéis” formados por partículas congeladas de amônia e CO2, possui dez
luas. Urano e Netuno são planetas com grandes quantidades de massas gasosas,
sendo que Netuno é muito mais quente que Urano. Plutão é um planeta pequeno e
é também o que mais afastado se encontra do Sol, sendo o único a ser descoberto
no século XX.
([SHULPHQWR

Construindo um modelo de sistema solar


3ULQFtSLR: “Nosso sistema solar é formado por planetas que circundam
uma estrela – o Sol.”

Construir um modelo de sistema solar é uma atividade relativamente fre-


qüente nas Séries Iniciais. Contudo, as correlações de tamanho entre os corpos
UHSUHVHQWDGRV H D GLVWkQFLD GHQWUH HOHV HP UHODomR DR 6RO VmR GH IRUPD JHUDO
desconsideradas.
Como os planetas de nosso sistema apresentam essa diversidade, é impor-
tante que se represente, no modelo construído, as escalas que relacionam os tama-
QKRVHDVGLVWkQFLDVGRVSODQHWDVHPUHODomRDR6RO
2EMHWLYRV
 5HFRQKHFHUDRUJDQL]DomRGRQRVVRVLVWHPDVRODU
 (VWDEHOHFHUUHODo}HVGHSURSRUomRHQWUHRWDPDQKRHDGLVWkQFLDGRVSOD-
netas.
Materiais
Papel cartão colorido
Barbante
Tesoura
3URFHGLPHQWRV
 3DUDUHSUHVHQWDUFDGDSODQHWDIDoDGRLVFtUFXORVGHPHVPRGLkPHWURHP
papel cartão de uma mesma cor.
 5HSLWDRSURFHGLPHQWRDFLPDSDUDWRGRVRVSODQHWDVFRQVLGHUDQGRDWDEH-
ODDEDL[RGHGLkPHWURV
Planeta Mercúrio Vênus Terra Marte Júpter Saturno Urano Neturno
7DPDQKR 10 40 40 20 480 380 200 200
PP

285
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 )DoDXPFRUWH HPkQJXORUHWR DWpRFHQWURGHFDGDFtUFXOR


 (QFDL[HRVFtUFXORVUHVSHFWLYRVGHFDGDSODQHWDXPDRRXWUR
 )DoDXPSHTXHQRIXURQRDOWRGRVFtUFXORV
 3HQGXUHRVFtUFXORVFRPEDUEDQWHFRQVLGHUDQGRDWDEHODDEDL[RGHGLV-
WkQFLDVHPUHODomRDR6RO

Planeta Mercúrio Vênus Terra Marte Júpter Saturno Urano Neturno


7DPDQKR 25 47 65 99 317 634 1300 2000
P

([SHULPHQWR

Construindo uma luneta de Galileu


A luneta ou telescópio de Galileu é basicamente constituída de duas len-
WHVFRQYHUJHQWHVGLVSRVWDVXPDHPIUHQWHDRXWUDHDXPDGHWHUPLQDGDGLVWkQ-
FLD GLVWkQFLD IRFDO  (OD SHUPLWH TXH REMHWRV GLVWDQWHV SRVVDP VHU YLVXDOL]DGRV
mais próximos. Se você tiver dúvidas sobre a construção do equipamento, consiga
maiores detalhes no endereço eletrônico: www.ufsm.br.
2EMHWLYRV
 2EVHUYDUREMHWRVjGLVWkQFLD
Materiais
 &DQRVGH39&±FPFRPPPGHGLkPHWURHFPGHPP
Lentes de 1 e 2 “graus”
Tinta spray preta fosca
 0DVVDGHPRGHODU WLSRUHVLQDHSy[L

Nesse experimento, Fita métrica


vamos usar lentes de Fita adesiva dupla face
óculos vendidas em Papel
óptica, mas tome o
3URFHGLPHQWRV
devido cuidado na hora
de comprar suas lentes.  3DUDIDFLOLWDUDFRQVWUXomRGRHTXLSDPHQWRPDQGHFRQIHF-
Peça ao vendedor para
cionar as lentes em uma óptica, considerando que sua objetiva
deve:
que não recorte a lente
e leve em consideração D  WHU³JUDX´SRVLWLYR GLVWkQFLDIRFDOGHP 
que a distância focal é E VHULQFRORUHHVIpULFD
inversamente proporcional F  VHUDGDSWDGDSDUDVHUHQFDL[DGDHPXPSHGDoRGH39&GH
à medida do “grau” GLkPHWURDSUR[LPDGRGHPP
pedido.
286
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 &RQVLGHUHDLQGDTXHDRFXODUGHYH
Para um melhor
D  WHU³JUDXV´SRVLWLYRV GLVWkQFLDIRFDOGHFP 
resultado final, pinte
E VHULQFRORUHHVIpULFD as paredes internas de
F  VHU DGDSWDGD SDUD VHU HQFDL[DGD HP XP SHGDoR GH preto. Para diminuir a
39&GHGLkPHWURDSUR[LPDGRGHPP aberração cromática,
 )DoDRVDMXVWHV UHGXo}HV QRVGRLVWXERVFRPPDVVDGH coloque um disco de
modelar ou resina epóxi. cartolina preta (com
 (QFDL[HRVWXERVSDUDTXHFRUUDPXPGHQWURGRRXWUR furo central de 20mm)
próximo a lente objetiva.
 $MXVWHRHVSDoRHQWUHRVWXERVFRPSDSHO
 5HJXOHRIRFRGHVORFDQGRRVFDQRVHQWUHVLDWpREWHUXPDLPDJHPDGH-
TXDGDGHXPREMHWRDORQJDGLVWkQFLD

9DPRVSHQVDU"
 4XDODUHODomRHQWUHRREMHWRREVHUYDGRHDGLVWkQFLDUHJLVWUDGDQDWUHQD
da luneta?
 2VWLSRVGHOHQWHVLQWHUIHUHPQDIRFDOL]DomRGRREMHWR"(QRDXPHQWRGD
luneta?
 4XDO D FRUUHODomR TXH H[LVWH HQWUH D GLVWkQFLD GD RFXODUREMHWLYD H GD
objetiva/objeto?
([SHULPHQWR

O que nos dá a noção de Dia e de Noite?


3ULQFtSLR: “A sucessão do dia e da noite está relacio- 2FDVR: Desaparecimento de um
nada ao movimento de rotação da Terra.” astro no horizonte, do lado oeste,
proveniente do movimento diur-
O que nos dá a sensação de Dia e de Noite, bem como a no; poente.
noção de tempo cronológico de horas, minutos e segundos é, na Latitude: 'LVWkQFLDFRPSUHHQGL-
verdade, o movimento de rotação de nosso planeta. Nossas co- da entre uma determinada locali-
nhecidas unidades de tempo são geradas pelo movimento que dade terrestre e a linha do Equa-
D7HUUD RXTXDOTXHURXWURDVWUR H[HFXWDDRUHGRUGHVLPHV- dor, quer em relação ao Norte ou
PDFULDQGRXPHL[RLPDJLQiULRTXHSHUPDQHFH¿[RHQTXDQWR ao Sul, medida em graus sobre o
todos os demais pontos da superfície terrestre estão girando. meridiano desse lugar.
287
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Prática Educativa das Ciências Naturais

Esse eixo é chamado de HL[RGHURWDomR e, em conseqüência do movimento da Ter-


ra em torno dele, os raios do Sol incidem sobre cada um dos hemisférios de forma
alternada. Desta forma, enquanto no hemisfério iluminado pelo Sol é dia, na outra
face do planeta, que não está recebendo a incidência dos raios solares, é QRLWH.
Contudo, a noção de dia possui uma certa ambigüidade, isto é, um duplo
sentido. Podemos nos referir a dia como o período de tempo em que a Terra, ou um
RXWURFRUSRFHOHVWH FRPRMiGLVVHPRV JLUDDRUHGRUGHVHXHL[RGHURWDomR1HVVH
FDVR D GXUDomR GR TXH LGHQWL¿FDPRV FRPR dia  KRUDV  HTXLYDOHULD DR WHPSR
gasto para completar uma volta completa ao redor de seu eixo, ou seja, 23 horas, 56
minutos e 04 segundos. Você deve ter observado que os períodos de tempo não são
exatamente iguais. Isso se deve ao fato de que, ao mesmo tempo em que executa sua
rotação, a Terra também descreve seu movimento de translação.
Mas freqüentemente, ouvimos e utilizamos a noção de dia para nos referir
ao período distinto do da noite, aquele que vai do amanhecer ao pôr-do-sol. Nesse
caso, esse período vai variar de acordo com a latitude e a estação do ano.
2EMHWLYR
 'HPRQVWUDUTXHDRFRUUrQFLDGRGLDHGDQRLWHpFRQVHTrQFLDGRPRYL-
mento de rotação da Terra.
Materiais
Massa de modelar
 $O¿QHWHGHFDEHoDFRORULGD
Globo terrestre
Lanterna
3URFHGLPHQWRV
 /RFDOL]HQRJORERWHUUHVWUHXPDFLGDGHFRQKHFLGD
 &RPXPSRXFRGHPDVVDGHPRGHODU¿[HXPDO¿QHWHFRORULGR
 'LPLQXDDOXPLQRVLGDGHGDVDOD
 $SRQWHDODQWHUQDDFHVDSDUDRJORERWHUUHVWUH
 *LUHRJORERHREVHUYHDLQFLGrQFLDGDOX]GDODQWHUQDQRSODQHWD

Observe que,
quando num país,
o Sol começa a
aparecer, em outro,
é meio-dia e, em
outros, já está
escurecendo.

288
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Estudando Astronomia

9DPRVSHQVDU"
 7RGRRJORERpLOXPLQDGRDRPHVPRWHPSR"
 4XDQGRRORFDODVVLQDODGRHVWiLOXPLQDGRTXHRXWUDVUHJL}HVHVWmRQR
escuro?
 &RPRVHSRGHH[SOLFDURIDWRGHTXHGLIHUHQWHVSDtVHVSRVVXHPGLIHUHQ-
tes horas locais?

Faça uma pesquisa sobre fuso horário e descubra:


D  3RUTXHIRUDPFULDGRV"

E  'HTXHIRUPDHOHVDIHWDPQRVVRGLDDGLD"

F  3RUTXHTXDQGRXPDSHVVRDYLDMDSDUDORFDLVGLVWDQWHVDWUDYHVVDQGRYi-
rios fusos, o corpo precisa se adaptar ao novo fuso de chegada?

([SHULPHQWR

Por que existem diferenças


entre as estações do ano?
3ULQFtSLR: “O movimento de translação da Terra e
seu eixo inclinado em relação ao Sol provocam as estações
do ano.” Órbita: Percurso ou trajetória de
um corpo através do espaço, sob
D LQÀXrQFLD GH IRUoDV GH DWUDomR
Se o movimento de rotação traz junto a si a noção de dia, ou repulsão exercidas por um ou-
horas, minutos e segundos, o que explica a noção de DQR? tro corpo.
289
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A Terra, além de girar em torno de si, também realiza um movimento em


torno do Sol, compreendendo uma órbita em forma de elipse pouco acentuada.
Esse é o movimento conhecido como WUDQVODomR ou UHYROXomR e dura um ano.
&RQWXGRHVVHDQRQmRHTXLYDOHH[DWDPHQWHDRVGLDV WDOTXDORDQRTXHFR-
QKHFHPRV PDVVLPDGLDVKRUDVPLQXWRVHVHJXQGRV$V  VHLVKRUDV
em excesso são acumuladas durante 4 anos até que, juntas, integrem um novo dia
KRUDV DRFDOHQGiULR2GLDGHGLIHUHQoDpLQFRUSRUDGRDRPrVGHIHYHUHLUR
nos anos bissextos, quando esse mês conta com 29 dias. A diferença relativa aos
minutos e segundos também formam mais um dia a cada 128 anos.
2EMHWLYR
 'HPRQVWUDUTXHDRFRUUrQFLDGDVHVWDo}HVGRDQRpFRQVHTrQFLDGRPR-
vimento de translação da Terra em torno do Sol.
 'HPRQVWUDU TXH DV GLIHUHQoDV GH HVWDo}HV GR DQR HP GLVWLQWRV ORFDLV
da Terra, é conseqüência da inclinação de nosso planeta em relação ao
“equador” do Sol.
Materiais
Massa de modelar
 $O¿QHWHGHFDEHoDFRORULGD
Globo terrestre
Lanterna
3URFHGLPHQWRV
 /RFDOL]HQRJORERWHUUHVWUHXPDFLGDGHFRQKHFLGDGRKHPLVIpULR6XOH
outra do Norte.
 &RPXPSRXFRGHPDVVDGHPRGHODU¿[HXPDO¿QHWHFRORULGRLGHQWL¿-
FDQGRRORFDODR6XOHFRPRXWURDO¿QHWHLGHQWL¿TXHRORFDODR1RUWH
 'LPLQXDDOXPLQRVLGDGHGDVDOD
 $SRQWHDODQWHUQDDFHVDSDUDRJORERWHUUHVWUH
Como forma de lhe  *LUHRJORERHREVHUYHDLQFLGrQFLDGDOX]GDODQWHUQDQRSODQHWD
auxiliar a constatação  $JRUDGHVORTXHRJORERQRVHQWLGRKRUiULRHPž
do fenômeno das
 $SRQWHDODQWHUQDHREVHUYH
estações do ano,
observe, no esquema,  *LUHRJORERHREVHUYHDLQFLGrQFLDGDOX]GDODQWHUQDQRSODQHWD
cada uma das  1RYDPHQWHGHVORTXHRJORERHPž žGRSRQWRRULJLQDO 
posições indicadas nos  $SRQWHDODQWHUQDHREVHUYH
procedimentos (0o,  *LUHRJORERHREVHUYHDLQFLGrQFLDGDOX]GDODQWHUQDQRSODQHWD
90o, 180o e 270o).
 1RYDPHQWHGHVORTXHRJORERHPž žGRSRQWRRULJLQDO 
Compare o que
acontece com os dois  $SRQWHDODQWHUQDHREVHUYH
locais selecionados.  *LUHRJORERHREVHUYHDLQFLGrQFLDGDOX]GDODQWHUQDQRSODQHWD

290
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9DPRVSHQVDU"
 2VKHPLVIpULRVUHFHEHPDPHVPDTXDQWLGDGHGHOX]DRORQJRGRPRYL-
mento de translação da Terra?
 4XDODFRQVHTrQFLDGHVVHIDWR"
 (PTXHSRVLo}HVRVKHPLVIpULRV1RUWHH6XOUHFHEHPDPHVPDTXDQWLGD-
de de luz?
 ,VVRVLJQL¿FDTXHHVWmRQDPHVPDHVWDomR"
 (PFDGDXPDGDVTXDWURSRVLo}HVWRPDGDVSHORJORERRFpXYLVtYHOGX-
rante a noite, apresentará as mesmas constelações?

'H¿QLWLYDPHQWH D $VWURQRPLD p XPD FLrQFLD FRPSOH[D PDV DR PHVPR


tempo encantadora. Nossa curiosidade freqüentemente nos aproxima dessa temá-
tica e, portanto, se você gostou do assunto e quer mais material para aprimorar
seus estudos, que tal conhecer mais?
Então, procure ler:
KINDERSLEY, D. &RPR R XQLYHUVR IXQFLRQD. São Paulo: Globo,
1994.
BAROLLI, E.; GONÇALVES FILHO, A. 1yVHR8QLYHUVR. São Paulo:
Scipione, 1992.
Se for possível, consulte os sites:
UFSM. 2OKRVSDUDRLQ¿QLWR. Disponível em: <www.ufsm.br/mastr/
olhos1.htm>.
FUNDAMENTOS da história da astronomia. Disponível em: <www2.
uerj.br/~oba/cursos/astronomia/fundamentoshistastro.htm>.
291
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Prática Educativa das Ciências Naturais

Leia o texto abaixo:

A Lei da Gravitação Universal


&$172

Geocentrismo
Desde a antigüidade, a humanidade tenta explicar o comportamento exibido pela natureza.
Destacam-se, nesse sentido, as regularidades que se podem observar no céu, particularmente no
céu noturno.
2¿OyVRIRJUHJR$ULVWyWHOHV D& SURS{VXPPRGHORSDUDH[SOLFDUHVVDVUHJXODULGD-
des, no qual os corpos celestes se moveriam todos ao redor da Terra, considerada como o centro
do Universo. Esse é o modelo geocêntrico, ou seja, no qual a Terra é o centro.
(VVHPRGHORIRLDSULPRUDGRSHORPDWHPiWLFRJHyJUDIRHDVWU{QRPR&OiXGLR3WRORPHX "
"±DVLQWHUURJDo}HVLQGLFDPTXHQmRKiFHUWH]DKLVWyULFDQDVGDWDV $SOLFDQGRFRQFHLWRVPDWHPi-
ticos, Ptolomeu era capaz de prever que posição ocupariam os astros no céu, com o passar dos dias.
Embora essas previsões fossem de precisão limitada, o modelo de Ptolomeu foi aceito como
a melhor explicação para as regularidades celestes por mais 1.400 anos.
Heliocentrismo
Insatisfeito com alguns aspectos do modelo de Ptolomeu, o padre polonês Nicolau Copérnico
 HODERURXXPQRYRPRGHORGHVWDYH]KHOLRFrQWULFRRXVHMDQRTXDOR6ROHUDRFHQWUR
do Universo.
No modelo de Copérnico, a Terra e os demais planetas girariam ao redor do Sol em órbitas
circulares. Ao redor da Terra, apenas a Lua orbitária.
O modelo de Copérnico também era capaz de prever a posição dos astros no céu ao longo do
tempo.
Geocentrismo x Heliocentrismo
Só havia um jeito de decidir qual dos dois modelos, o geocêntrico ou o heliocêntrico, estava
correto. Era necessário comparar as previsões feitas por ambos os modelos com a real posição dos
astros no céu, observada a cada dia.
Contudo, as medidas feitas até aquela época, realizadas a olho nu e com instrumentos nem sem-
SUHPXLWRSUHFLVRVQmRHUDPVX¿FLHQWHPHQWHFRQ¿iYHLVSDUDSHUPLWLURSWDUSRUXPGRVPRGHORV
Na polêmica do geocentrismo versus heliocentrismo, dois indivíduos tiveram papel decisivo.
8PGHOHVIRLRGLQDPDUTXrV7\FKR%UDKH  TXHFRQVWUXLXLQVWUXPHQWRVGHDOWD
SUHFLVmRSDUDPHGLUDSRVLomRGRVDVWURVQRFpX HPERUDDLQGDQmRH[LVWLVVHWHOHVFySLR (OHIH]
medidas e registros por vinte anos.
2RXWURIRL-RKDQQHV.HSOHU  (VVHDOHPmRGRWDGRGHLQFUtYHOKDELOLGDGHPDWHPi-

292
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Estudando Astronomia

tica, analisou por cerca de duas décadas os registros de Brahe e chegou à conclusão de que, em-
bora parecesse que o modelo de Copérnico fosse o menos incorreto por ser heliocêntrico, nenhum
dos dois modelos era totalmente adequado para prever a posição dos astros.
Os estudos de Kepler revelaram que o aspecto do céu poderia ser descrito admitindo-se que o
6ROSHUPDQHFHVVH¿[RHDRUHGRUGHOHVHPRYHVVHPRVSODQHWDV RTXHLQFOXLD7HUUD HPyUELWDV
elípticas. Nesse modelo, o Sol se posicionaria num dos focos da elipse.
1RPRGHORGH.HSOHUD/XDVHPRYHULDHPWRUQRGD7HUUDHDVFRQVWHODo}HVHVWDULDP¿[DV
numa aposição muitíssimo distante do Sol, da Terra e dos demais planetas.
O modelo de Kepler é diferente dos anteriores, mas compartilha com Copérnico uma caracte-
rística importante: é um modelo heliocêntrico. Pode-se dizer que o modelo de Kepler é um aperfei-
çoamento do modelo de Copérnico. Isso é comum em Ciência. Quando surgem novas evidências,
um modelo deve ser aprimorado ou, se não for possível, substituído por outro melhor.
Galileu e o Heliocentrismo
Galileu nasceu em 1564 em Pisa, norte da Itália. Com 17 anos, ele entrou para a universidade
de Medicina, mas logo decidiu fazer da Matemática e da Física as ciências da sua vida.
Na época de universidade, observou que o período de oscilação de um pêndulo depende
apenas de seu comprimento. Isso deu à humanidade as bases para o primeiro método razoável de
marcação do tempo.
$SyV VDLU GD XQLYHUVLGDGH HP  *DOLOHX HVWXGRX KLGURVWiWLFD VLWXDo}HV GH HTXLOtEULR
HQYROYHQGR OtTXLGRV  H R FHQWUR GH PDVVD GH REMHWRV VyOLGRV 6XDV FRQFOXV}HV QHVVHV HVWXGRV
valeram-lhe a aceitação como professor de Matemática na Universidade de Pisa.
$HVVDDOWXUDHOHMiKDYLDGH¿QLGREHPRTXHTXHULDHVWXGDURVIHQ{PHQRVQDWXUDLVHXVDU
D0DWHPiWLFDHPVXDLQWHUSUHWDomR$&LrQFLD0RGHUQDIRLPXLWRLQÀXHQFLDGDSHORPpWRGRGH
trabalho de Galileu: a experimentação.
Em vez de se preocupar com o porquê de os movimentos ocorrerem, ele preferiu investigar
como eles ocorrem. De Pisa, Galileu foi para a Universidade de Pádua, onde continuou suas pes-
quisas sobre movimento acelerado, objetos em queda e trajetória de projéteis.
8VDQGRXPWHOHVFySLRTXHHOHPHVPRFRQVWUXLX HPERUDQmRWHQKDVLGRRLQYHQWRUGHVVHLQV-
WUXPHQWR *DOLOHXIRLRSULPHLURDYHURVTXDWURPDLRUHVVDWpOLWHVGH-~SLWHUDVIDVHVGRSODQHWD
9rQXV VHPHOKDQWHjVIDVHVGD/XD DVPDQFKDVVRODUHVHDVPRQWDQKDVOXQDUHV
Suas descobertas astronômicas deram-lhe grande fama. Com base nelas, Galileu passou a
defender o modelo heliocêntrico.
Contudo, o pensamento geocêntrico de Aristóteles e de Ptolomeu era aceito pela Igreja Cató-
lica, e defender o modelo de Copérnico era considerado heresia, ato ofensivo àquilo considerado
correto pela Igreja. O poder do papa era muito forte na região, e Galileu foi advertido, em 1616,
para que parasse de defender o Heliocentrismo.
Em 1631, quando um amigo seu foi eleito papa, Galileu achou que poderia voltar a difundir o
modelo Heliocêntrico. Estava enganado.
Esse novo papa voltou-se contra ele e, em 1633, Galileu foi considerado pela Igreja, culpado
por heresia e condenado à prisão perpétua, ele foi forçado a negar publicamente que a Terra se mo-
via. Diz a lenda que, logo após a negação pública, ele teria sussurrado: “contudo ela se move!”.

293
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6XDSHQDIRLFRQYHUWLGDHPFRQ¿QDPHQWRHPFDVDSHORUHVWRGHVXDYLGD1RVDQRVVHJXLQ-
tes, ele trabalhou num livro, o diálogo sobre duas novas Ciências, que, para ser publicado, teve
VHXVRULJLQDLVOHYDGRVjVHVFRQGLGDVSRUDPLJRVDWpD+RODQGDRQGHDLQÀXHQFLDSDSDOQmRFKH-
gava, e o livro pôde ser publicado.
Galileu, ainda sob prisão domiciliar, morreu em 1642, com 78 anos. Alguns meses depois de
sua morte, nasceu outro brilhante cientista, o inglês Isaac Newton.
Em 1992, passados 350 anos da morte de Galileu, uma comissão papal reavaliou seu julga-
mento e declarou-o inocente.
As descobertas astronômicas de Galileu e a maneira apaixonada como defendeu suas opini-
}HVIRUDPGHFLVLYDVSDUDDDFHLWDomRFLHQWt¿FDGRPRGHORKHOLRFrQWULFR

Newton e o heliocentrismo
,VDDF1HZWRQQDVFHX¿OKRGHXPDIDPtOLDGHID]HQGHLURVHPQDORFDOLGDGHGH:ROV-
thorpe, Inglaterra.
Não chegou a conhecer o pai, que morreu antes de seu nascimento. Embora sua mãe desejasse
que ele tornasse fazendeiro, Newton mostrou incrível aptidão para a Ciência e a família decidiu
encaminhá-lo à Universidade de Cambridge em 1661.
Alguns anos depois, por causa de uma grande epidemia de peste bubônica que se espalhou
pela Inglaterra, a Universidade de Cambridge foi fechada por 18 meses. Newton retornou à sua
cidade de origem e, durante esse tempo, lá permaneceu. Segundo o próprio Newton, essa foi a
época mais criativa e produtiva de sua vida.
Nesse período, ele começou a realizar suas incríveis descobertas em Matemática e em Física,
muitas das quais ele só tornariam públicas vários anos depois.
Newton voltou a Cambridge e formou-se em 1667. Dois anos mais tarde, tornou-se professor
da universidade. Nela, Newton realizou experimentos e pesquisas teóricas em vários campos da
)tVLFDGHVWDFDQGRVHD0HFkQLFDHDÏSWLFD
(OHGHVFREULXSRUH[HPSORTXHDOX]EUDQFDpFRPSRVWDSRUOX]HVGHFRUHVGLIHUHQWHV DVFRUHV
GRDUFRtULV HIRUPXODD/HLGD*UDYLWDomRVHJXQGRDTXDORSHVRGRVREMHWRVHDVIRUoDVTXHPDQ-
têm os astros em órbita são encarados como uma única manifestação natural, a força gravitacional.
Galileu preocupou-se em estudar como os movimentos ocorrem. Isso abriu caminho para que
Newton pudesse explicar por que eles ocorrem, ao associar o conceito de força aos conceitos de
movimento e de interação entre corpos.
Uma outra paixão de Newton foi a Química, contudo, ele não obteve nenhum progresso
QRWiYHOQHVVD&LrQFLD1RV~OWLPRVDQRVGHYLGD1HZWRQDIDVWRXVHGDVSHVTXLVDVFLHQWt¿FDVH
ocupou altos cargos como funcionário público. Em 1708, recebeu da rainha Anne o título de Sir,
distinção nunca antes concedida a um cientista. Sir Isaac Newton morreu aos 85 anos de idade,
em 1727, como um dos maiores matemáticos e físicos da história. Suas três leis do movimento e
VXD/HLGD*UDYLWDomR8QLYHUVDOIRUDPHVVHQFLDLVSDUDTXHRJHRFHQWULVPRIRVVHGH¿QLWLYDPHQWH
abandonado. Essas leis também constituem a base de inúmeras aplicações práticas, por exemplo, em
vários ramos da Engenharia.

294
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Estudando Astronomia

Leia o texto abaixo:

Origem do sistema solar


%8/*$5(//,
[…] a formação do sistema solar deve ter se originado de uma nebulosa primitiva, que teve
origem na morte de uma estrela, o que explica os elementos pesados que faziam parte dessa ne-
bulosa primitiva. Ela deve ter sido enriquecida também de gás e de poeira interestelar, e talvez de
explosões de outras estrelas próxima a ela. As nebulosas já têm um certo movimento de rotação;
no universo nada está parado, tudo está em movimento.
Esse movimento de rotação e a pressão de outras explosões de supernovas próximas da nebu-
ORVD SUy[LPDVLJQL¿FDPLOKDUHVGHDQRVOX] DFHOHUDUDPRSURFHVVRGHFRQWUDomRJUDYLWDFLRQDO
A partir daí, o núcleo dessa nebulosa foi ganhando mais massa e se contraindo cada vez mais. Até
que chegou a um ponto em que a pressão e a temperatura no interior desse núcleo eram tão gran-
des que o Sol começou a brilhar, ou seja, começou a reação nuclear no interior do Sol.
Quatro toneladas de hidrogênio são transformadas em hélio por segundo no Sol. Com o início
GDIXVmRQXFOHDUQRLQWHULRUGR6RORPDWHULDOUHVWDQWHGDQHEXORVD¿FRXDOLQKDGRHPWRUQRGR6RO
HPIRUPDGHDQHO2VHOHPHQWRVPDLVSHVDGRV¿FDUDPPDLVSUy[LPRVGR6ROHRVHOHPHQWRVPDLV
OHYHVPDLVDIDVWDGRV,VWRQmRVLJQL¿FDTXHQRVDQpLVPDLVSUy[LPRVGR6ROQmRWLYHVVHPHOHPHQWRV
PDLVOHYHVHOHVH[LVWLDPPDVDFRQWHFHXTXHQHVVDIDVHGHSURWRVRO WUDQVLomRHQWUHR6RORULJLQDOH
R6ROSURSULDPHQWHGLWRFRPRRFRQKHFHPRVKRMH R6ROSDVVRXSRUXPSURFHVVRFKDPDGR³WHWDXUL´
Além de toda a radiação luminosa que o Sol enviou para o espaço, enviou, também, o que chamamos
de “vento solar”, ou seja, as partículas transmitidas para o espaço varreram o sistema solar interior.
Então, os planetas que se formaram nesses anéis mais próximos do Sol, perderam parte dos gases
que os compunham. Daí a ausência ou a presença de uma atmosfera pouco densa nos planetas pró-
[LPRVDR6ROHDSUHVHQoDGHDWPRVIHUDVEDVWDQWHGHQVDVQRVSODQHWDVH[WHULRUHV «
Essa hipótese da nebulosa primitiva, da formação de anéis em torno da estrela e dos com-
ponentes desses anéis formarem planetas, é hoje a mais aceita. Essa teoria não explica tudo que
encontramos quando vamos estudar cada componente do sistema solar separadamente; não expli-
ca, por exemplo, o movimento de rotação de Vênus. Todos os movimentos dos planetas, princi-
palmente os de rotação, são iguais. Se estivéssemos em qualquer planeta, ele giraria de oeste para
leste, mas Vênus gira ao contrário; não sabemos por quê.
Essa teoria também não explica muito bem a inclinação do planeta Netuno. Consideremos o eixo
de rotação da Terra; o eixo é perpendicular ao plano da órbita da Terra. A Terra gira inclinada com
UHODomRDHVVHHL[Rž$PDLRULDGRVSODQHWDVWHPXPDLQFOLQDomRQmRPXLWRDFHQWXDGDPDV8UDQR
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Não explica, também, “o momento angular” que todo o mundo circular possui. O momento
angular, no caso do sistema solar, está muito mais no Sol e não está distribuído uniformemente

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Prática Educativa das Ciências Naturais

como as leis da física preconizam. Mas através de observações recentes, nos últimos dez anos,
estamos achando que dependendo da massa da nebulosa primitiva e dependendo da composição
química dessa nebulosa, realmente seria essa a seqüência da formação de um sistema planetário.

E aí, já arrumou o que fazer essa noite? Não! Se você gosta de Astronomia e está com tempo,
que tal observar as estrelas? Chame alguns amigos, procure um local, de preferência, com pouca lu-
PLQRVLGDGH iUHDVDIDVWDGDVGRVJUDQGHVFHQWURVXUEDQRVVmRPDLVGHVSURYLGDVGHOX]RTXHIDFLOLWD
DREVHUYDomRDROKRQX UH~QDVHXPDWHULDOGHREVHUYDomR OXQHWDHELQyFXORV HWHQWHLGHQWL¿FDUDO-
gumas constelações. Aos poucos, você será capaz de reconhecer grupos inteiros de estrelas, podendo
organizar o seu próprio mapa do céu.
Freqüentemente os jornais publicam artigos ligados à Astronomia. Procure fazer um acompa-
nhamento durante algumas semanas, recorte e arquive todas as matérias sobre essa questão. Você se
sente em condições de discutir com seus alunos esses noticiários? O que lhe falta? Por que o cidadão
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coisas desse tipo?
Você também pode fazer uma pesquisa na Internet e encontrará muito material interessante
para auxiliar sua compreensão sobre o que são cometas, como diferenciamos meteoros, meteoritos e
asteróides. Procure organizar uma tabela comparativa ou um pequeno glossário de termos técnicos
que facilite seu trabalho em sala de aula.
Procure fontes que lhe possam fornecer dados sobre a origem e evolução do Universo. Trabalhe
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esqueça da riqueza que existe nas abordagens mitológicas dos diferentes povos e aproveite para de-
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e outras montagens que forem possíveis. Mas não deixe também de contrapor essas idéias com as
modernas visões sobre a origem do nosso mundo.
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e de naves espaciais. Procure organizar uma linha de tempo que apresente didaticamente a evolução
tecnológica desses equipamentos.

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