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Exmª Sra.

Promotora de Justiça

GERUSA FÁVERO GIRARDELLI

7ª Promotoria de Justiça de Goiânia


Rua 23, esq. com Av. B, Qd. A6 Lt. 15/25
Sala 345
Jardim Goiás
74.805-100 - Goiânia - GO

Assunto: Resposta ao Ofício nº 288/2009

Senhora Promotora de Justiça,

Centro Cultural Eldorado dos Carajás, Everaldo Antonio Pastore, Sindicato dos Trabalhadores no
Sistema Único de Saúde/GO – Sindsaúde, Associação dos Auxiliares e Técnicos em Odontologia
do Estado de Goiás (AATO-GO), Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no
Estado de Goiás – SINTSEP-GO, a par de cumprimentá-la pela retomada dos trabalhos referentes
ao Procedimento Administrativo relativo “à construção de viadutos na cidade de Goiânia – viadutos
da avenida 85 e desta com a T-63”, vimos, por meio desta, através de nosso procurador
regularmente constituído, conforme instrumentos anexos, com enorme satisfação, convosco
cooperar respondendo às solicitações feitas no ofício em epígrafe.

1. Solicitação: “Estudo/Relatório, no qual aponte as justificativas técnicas para a não construção


de viadutos (de forma genérica)”.

Em atenção à vossa primeira solicitação, informamos que as pessoas solicitadas são todas pessoas
naturais ou entidades sem fins lucrativos e por isso, infelizmente, sem condições para arcar com os
custos que um amplo estudo técnico demandaria. No entanto, dentro de nossas limitações,
ratificamos o conteúdo da representação feita e das contra-razões apresentadas por ocasião do
arquivamento do procedimento original, e acrescentamos que as justificativas técnicas para a não
construção dos viadutos em tela, alicerçam-se na inobservância aos princípios da legalidade, da
publicidade e da eficiência, por parte de Administração Pública, ao construir mencionados
viadutos.

Isto porque, agindo ao revés dos princípios supramencionados, a Administração Pública,


arbitrariamente, impediu, tecnicamente, a real mensuração dos impactos ambientais
ocorridos, e/ou que, futuramente, possam vir a ocorrer, em decorrência da construção dos ditos
viadutos.

A forma arbitrária como a Administração Pública construiu os viadutos, tecnicamente, por falta de
estudos precisos e exigidos por lei, é grave, talvez, também, temerária, no caso do viaduto da Av.
85 com a Av. T-63.

Ao contrário do que pode parecer, somos completamente favoráveis às medidas administrativas que
possam cooperar com o trânsito em Goiânia, feitas dentro dos liames legais, visando o interesse

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público. Todavia, infelizmente, este não é o caso, e, imperiosamente, somos obrigados a denunciar
as falhas havidas.

2. Solicitação: “...as justificativas específicas para o caso em tela, que teriam desaconselhado a
adoção destas providências (construção de dois viadutos ao longo da Avenida 85)”.

2.1 Princípio da Legalidade

Apesar da Prefeitura de Goiânia afirmar que a construção dos viadutos observou os ditames legais,
este fato não corresponde à verdade.

2.1.1 O Estatuto da Cidade (lei nº 10.257/2001), art. 38, determina que a elaboração de Estudo de
Impacto de Vizinhança (EIV) não substitui a elaboração e aprovação de Estudo de Impacto
Ambiental (EIA), estudo este que foi dispensado pela AMMA1.

Diga-se de passagem, que apesar da AMMA entender que a construção dos viadutos, por se
tratarem de áreas antropizadas, dispensava EIA, Entidades Civis, a Câmara Municipal, o Ministério
Público, e a própria AMMA na Licença Prévia, entenderam que era caso, sim, de EIA. Afinal, como
uma obra, como a do viaduto da T-63, numa Praça conhecida como Praça do Chafariz, onde havia a
possibilidade do lençol freático aflorar, não necessitava de EIA?

Posteriormente, comprovou-se o temido, o afloramento do lençol freático, sem nenhum estudo


de impacto ambiental. Resultado: aumento no orçamento da obra, soluções técnicas que
necessitam ser averiguadas e conseqüências ainda incertas e temerárias.

De fato, legalmente, a decisão sobre qual a modalidade de estudo ambiental a ser aplicado a cada
caso, cabe à AMMA. Isto porque, o Legislador pressupõe que o órgão ambiental, por capacidade
técnica, e não política, está habilitado a avaliar a situação. Todavia, no caso em tela, a AMMA,
contrariando a lógica do bom-senso técnico, optou pela modalidade mais simples, dispensando
EIA/RIMA. Os resultados, obviamente, comprovaram que era necessário, sim, haver feito
EIA/RIMA.

Pelo que, visando a segurança da coletividade, entendemos que os responsáveis, comprovados os


prejuízos à terceiros, devem ser penalizados, nos termos do art. 37, § 6º2, da Constituição
Federal, sob pena de situações parecidas continuarem a ocorrer, e o interesse político-particular a
preponderar sobre o interesse público.

2.1.2 O Plano Diretor, Lei Complementar nº 171/2007, art. 95, III3, exige, para o porte de obra dos
viadutos, o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e o Estudo de Impacto de Trânsito.
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Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA),
requeridas nos termos da legislação ambiental.

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Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.”
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“Art. 95. A liberação para instalação das atividades geradoras de alto grau de incomodidade urbana, em macro-
projetos ou não, será condicionada à elaboração preliminar de instrumentos técnicos, tais como:

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O Estudo de Impacto de Vizinhança fora apresentado de forma insuficiente, vez que não
cumpriu todas as exigências dos incisos do art. 964 da LC nº 171/2007.
Como se não bastasse a apresentação insuficiente do EIV, o Estudo de Impacto de Trânsito,
apesar de ser uma exigência legal, sequer fora apresentado.

2.1.3 Ademais, a Instrução Normativa Conjunta nº 001/2007, art. 7º, §1º5, exige que no caso de
escavações abaixo do terreno natural, o que fora o caso dos viadutos trincheiras, o laudo de
sondagem geotécnica do local, com indicação do nível do lençol freático, referente ao mês de
abril, seria obrigatório. Mas referido laudo não fora feito no prazo legal, acarretando sérios
prejuízos à coletividade.

2.1.4 Soma-se a todas as infrações elencadas, a proibição legal, segundo a Instrução Normativa
Conjunta nº 001/2007, art. 8º6, da AMMA, do rebaixamento permanente do lençol freático.

2.1.5 Frise-se, ainda, o que fora dito pelo líder do prefeito e pelos representantes da prefeitura que
estiveram na audiência convocada pela Comissão de Orçamento da Câmara Municipal, em
19/11/07, (cinco meses antes da representação!) cuja gravação em DVD está nos autos:

2.1.5.1 Que havia necessidade de 200 viadutos (14:15’) e que o prefeito dissera não ter havido
ainda nenhuma reunião de técnicos, mas ele já pedira que se iniciassem os estudos de impacto
ambiental e de trânsito, explicando que os órgãos responsáveis seriam AMMA, SMT e SMO
(21:50’) (Vereador Bruno Peixoto, líder do prefeito).

III - Estudo do Impacto de Trânsito.”


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“Art. 96. O EIV será executado na forma a complementar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou
atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no
mínimo das seguintes condições:
I – adensamento populacional;
II – equipamentos urbanos e comunitários;
III – uso e ocupação do solo;
IV – valorização imobiliária;
V – geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI – ventilação e iluminação; e,
VII – paisagem urbana e patrimonial natural e cultural.
Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que
ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público Municipal, no
sítio/página da internet da Prefeitura Municipal de Goiânia e da Câmara Municipal do
Município, qualquer interessado.”
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“Art. 7º O rebaixamento provisório de lençol freático por bombeamento, necessário em alguns projetos para
viabilizar a implantação de fundações, só será autorizado após análise dos impactos e posterior autorização pela
AMMA.

§1º No caso de existência de escavações abaixo do nível do terreno natural deverá ser exigido, em anexo ao projeto de
arquitetura, o laudo de sondagem geotécnica do local, com indicação do nível do lençol freático, referente ao mês de
abril, para fornecer subsídios para a aprovação na SEPLAM e na AMMA”.
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“Art. 8º Fica proibido o rebaixamento permanente do lençol freático.
Art. 9º Os sistemas de recarga de lençol freático que estejam em desacordo com as exigências técnicas e legais deste
ato normativo, outras legislações, normas técnicas e com as exigências das licenças ambientais serão passíveis de
autuação até à sua total adequação, conforme disposição da Lei nº 9605/98 e do Decreto Federal nº 3179/99.”

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2.1.5.2 Respondendo aos questionamentos feitos por moradores e comerciantes, disse que o
arquiteto responsável iria fazer todos os levantamentos mencionados: Estudo de Impacto de
Vizinhança, Estudo de Impacto Ambiental, etc. (27:00’) (Coronel Sanches, Superintendente da
SMT).

2.1.5.3 Disse que a obra iria passar por licenciamento e que seriam exigidos todos os estudos
necessários: EIV, PCA, PGA, laudos de sondagem para ver a profundidade do lençol freático. Só
seria aprovada após isso (30:30’) (Adriano da Paixão, diretor de licenciamento da AMMA);

2.1.6 Na mesma reunião, Fernanda Mendonça, engenheira especialista em transportes, representante


do CREA-GO - afirmou (1:11:00’) que em reunião anterior, a SEPLAM desconhecia o projeto e
que este estava em desacordo com o Plano Diretor. Elogiou a mudança do elevado para trincheira,
confirmando que viadutos ou trincheiras não são mais considerados tecnicamente.

2.1.7 A atribuição de verificar a compatibilidade de planos e programas, inclusive da legislação que


integra o ciclo orçamentário, com o Plano Diretor é do COMPUR (Conselho de Política Urbana),
segundo a Lei Complementar nº 10/1991, art. 2º e art. 7º, II e III.7

2.1.8 A Lei Orgânica do Município de Goiânia também estabelece a necessidade de aprovação de


Relatório de Impacto Ambiental para intervenções que causem alteração ambiental significativa
(art. 206, §2º) .8

2.1.9 Como pode ser verificado nos autos, a despeito de todo o comprometimento do Poder Público,
os estudos só foram iniciados após o protocolo da representação, neste órgão, e não há qualquer
referência à tramitação do projeto pela SEPLAM ou COMPUR, para verificar sua adequação ao
plano diretor.

2.2. Princípio da Publicidade

O princípio da publicidade, juntamente com o da legalidade, fora amplamente desrespeitado no


processo de construção dos viadutos.

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Art. 2º - O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, assim como os planos, programas e
projetos setoriais deverão estar compatibilizados com as diretrizes do Plano Diretor.

Art. 7º - Compete ao Conselho Municipal de Política Urbana:

II - examinar a compatibilidade entre planos e programas setoriais, de responsabilidade de órgãos da administração


direta, indireta ou fundacional, de qualquer nível de governo, e as diretrizes do Plano Diretor, assim como propor as
medidas necessárias para sustar ações incompatíveis com o referido Plano;

III - examinar a compatibilidade entre o Plano Plurianual e as diretrizes constantes do Plano Diretor;
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Art. 206 - O Município, através do órgão competente, destinado a formular, avaliar e executar a política ambiental
apreciará:

§ 2º - Todo projeto, programa ou obra, público ou privado, bem como a urbanização de qualquer área, de cuja
implantação decorrer significativa alteração do ambiente, está sujeito à aprovação prévia do Relatório de Impacto
Ambiental, de conformidade com a lei estadual, bem como à análise e aprovação do órgão municipal próprio.

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2.2.1 Na Câmara Municipal, foi afirmado pela vereadora Marina Sant’Anna (3:50’) que não tinha
sido feita nenhuma audiência pública, embora a lei 7.138/92, de sua autoria, o exigisse. Mesmo
os vereadores, que estavam apreciando emenda ao orçamento para destinar recursos para a obra só
tinham acesso a informações sobre o projeto , inclusive a mudança de viaduto para trincheira,
através da imprensa . Por isso pedira vista do projeto e a comissão aprovara a audiência pública,
para a qual esperara contar com as presenças da AMMA e da SEPLAM.

2.2.2 São diretrizes de política urbana do Estatuto da Cidade a gestão democrática e a realização
de audiência pública do Poder Público Municipal e da população interessada (Lei 10.257/2001,
art. 20, II e XIII)9.

2.2.3 Os documentos referentes ao EIV/RIV deveriam ser amplamente divulgados, conforme Lei
171/2007, art. 9610, parágrafo único. Todavia, não houve divulgação. Afinal, seria impossível
divulgá-lo nas condições em que fora feito (v. 2.1.7).

2.3. Princípio da Eficiência

Por fim, o princípio da eficiência, também, não lograra êxito.

2.3.1 O Estatuto da Cidade determina, no art. 41,§2º, a elaboração do Plano de Transporte


Urbano Integrado (“Plano de Mobilidade”), compatível com o Plano Diretor, nas cidades com
mais de 500 mil habitantes.11 O documento que consta dos autos não é este, e a vereadora Marina
Sant’Anna confirmou, na reunião realizada em 16.05.08, na sede do MP, que tal plano não existe.
2.3.2 O desrespeito ao Plano Diretor, em especial aos artigos 1712 e 1913, vez que não há
plano/política de mobilidade, tornou ineficaz a construção dos viadutos, a despeito de terem sido

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Art. 20 A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
...
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos
da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento
urbano;
...
XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de implantação de
empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o
conforto ou a segurança da população;
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“Art. 96. O EIV será executado na forma a complementar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou
atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no
mínimo das seguintes condições:
Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no
órgão competente do Poder Público Municipal, no sítio/página da internet da Prefeitura Municipal de Goiânia e da
Câmara Municipal do Município, qualquer interessado.”
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Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:
...
§ 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de transporte urbano
integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.
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“Art. 17. A implementação da política de mobilidade, acessibilidade e transporte dar-se-á por meio das seguintes
diretrizes gerais:
I – prioridade dos deslocamentos não motorizados sobre os motorizados, dos deslocamentos coletivos sobre os
individuais e dos descolamentos das pessoas sobre os bens e mercadorias;
II – estímulo aos meios não motorizados de transporte, valorizando a bicicleta como um meio de transporte e
integrando-a com os modais de transporte coletivo;

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as obras de custo mais elevado executadas pela prefeitura. Prova disto é a persistência dos
congestionamentos locais14 (confirmando o alerta feito anteriormente), que exigiu nova
intervenção na Av. 8515, não possibilitando o estabelecimento de linhas preferenciais de ônibus,
que privilegiaria o transporte coletivo, a grande justificativa sempre mencionada para a construção
dos viadutos.

Mas a ineficácia dos viadutos, sob análise, para a fluidez do trânsito de Goiânia, também, era fato
lógico. Historicamente, os viadutos, construídos sem a observação do plano de mobilidade,
integrando-o à cidade, são soluções pontuais, transferindo o congestionamento para outro
ponto à frente. Por este motivo, visando evitar obras dispendiosas e ineficazes, é que o Estatuto
da Cidade exige o Plano de Mobilidade.

Todavia, resta reconhecer que a grande inovação trazida ao trânsito de Goiânia, com a construção
dos viadutos, é a estética monumental.

Pelo que, cientes da realidade política vivenciada, reiteramos nossa disposição em cooperar com a
população de Goiânia, bem como com o Ministério Público, Fiscal da Lei, para o desenvolvimento
seguro e sustentável de nossa Capital.

Diante dos fatos, confiamos que o Ministério Público averiguará as ilegalidades, os reais impactos
ambientais acarretados, punirá, se comprovada culpa ou dolo, os responsáveis, e exigirá que o Poder
Público providencie o Plano de Mobilidade, antes de novamente intervir no trânsito.

Por todo o exposto, visando garantir o interesse público, esperamos ter esclarecido às vossas
solicitações, nos colocando à sua inteira disposição para sanar quaisquer dúvidas e/ou fazer
qualquer complementação que julgue necessária.

Goiânia, 23 de novembro de 2009.

Marcus Fidelis F. Castro


OAB-GO 30.086

VIII – garantir na rede estrutural de transporte coletivo, com corredores exclusivos, a capacidade de implantação de
veículos articulados, bi-articulados, veículos leves sobre trilhos e modais com tecnologia metroviária.”
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“Art. 19. A implantação de ações estratégicas, tendo como base os objetivos e diretrizes dar-se-á por meio dos
seguintes programas:
I – Programa de Planejamento e Adequação da Rede Viária;
II – Programa de Sistematização do Transporte Coletivo;
III – Programa de Gerenciamento do Trânsito;
IV–Programa de Promoção da Acessibilidade Universal.”
14
V. Carla Borges: Viadutos tem efeito restrito na 85 – O Popular, 29.08.09, anexo.
15
V. Washington Novaes: Mudando os Congestionamentos – O Popular, 25.06.09, anexo.

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[ Segue reprodução do cap. III do Plano Diretor e seus anexos - não escaneamos]

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