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Implicar: o verbo “implicar” no sentido mais usual nos escritos acadêmicos, isto
é, significando decorrência ou conseqüência, é transitivo direto. Diz-se, portanto,
“os resultados da pesquisa implicaram a redefinição dos pressupostos” e não “...
implicaram na redefinição ...”. “Implicar” é transitivo indireto apenas quando
significa “estar envolvido” (por exemplo, “ele está implicado num processo”). Ver
Regência.
Na medida em que: significa “uma vez que”, “posto que”, “já que”. Não
confundir com “à medida que” (e não “à medida em que”), que significa “ao
mesmo tempo em que”, “à proporção que”.
Não: em expressões nas quais a palavra “não” forma com a seguinte um sentido
completo, ligam-se ambas com um hífen (por exemplo, não-proliferação, não-
euclidiano, não-ficção).
Onde: No português coloquial serve para quase tudo, mas, a rigor, a palavra
indica tão somente lugar, localização, e isso num sentido literal, não-metafórico.
Assim, diz-se “foi em Diamantina, onde nasceu JK”, mas não “a teoria da
relatividade, onde se prova que energia é matéria”. Não se deve admitir jamais o
barbarismo que emprega “onde” como quase sinônimo da conjunção “e”.
Qualquer: Não se deve usar no sentido negativo, do tipo “não disse qualquer
palavra”, pois isso pode sugerir que alguma palavra precisa (e não qualquer) foi
dita. Deve-se, portanto, dizer: “ele não disse nenhuma palavra”.
Referências
SACCONI, Luiz Antonio. Não erre mais! São Paulo: Atual, 1990.
INTRODUÇÃO