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Por favor desligue seu aparelho


celular!!!
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NR-33 SEGURANÇA E SAÚDE NOS
TRABALHOS EM ESPAÇOS
CONFINADOS

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Objetivo
Esta Norma tem como objetivo
estabelecer os requisitos mínimos para
identificação de espaços confinados e o
reconhecimento, avaliação,
monitoramento e controle dos riscos
existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde
dos trabalhadores que interagem direta
ou indiretamente nestes espaços.

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Introdução
O ar que respiramos é composto de
aproximadamente 21% de oxigênio, 78%
de nitrogênio e 1% de outros gases. Nesta
combinação, estes gases mantêm a vida.
Sua saúde depende do ar puro que você
respira, porém quando outras substâncias
estão presentes, você está sujeito a
irritações, indisposições, problemas de
saúde e até mesmo a morte.

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Definição
Espaço Confinado é qualquer área ou
ambiente não projetado para ocupação
humana contínua, que possua meios
limitados de entrada e saída, cuja
ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes ou onde possa
existir a deficiência ou enriquecimento de
oxigênio.

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Responsabilidades do
Empregador
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo
cumprimento desta norma;
b) identificar os espaços confinados existentes no
estabelecimento;
c) identificar os riscos específicos de cada espaço
confinado;

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Responsabilidades do
Empregador
d) implementar a gestão em segurança e saúde no
trabalho em espaços confinados, por medidas
técnicas de prevenção, administrativas, pessoais
e de emergência e salvamento, de forma a
garantir permanentemente ambientes com
condições adequadas de trabalho;
e) garantir a capacitação continuada dos
trabalhadores sobre os riscos, as medidas de
controle, de emergência e salvamento em
espaços confinados;

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Responsabilidades do
Empregador
f) garantir que o acesso ao espaço confinado
somente ocorra após a emissão, por escrito, da
Permissão de Entrada e Trabalho, conforme
modelo constante no anexo II desta NR;

g) fornecer às empresas contratadas informações


sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão
suas atividades e exigir a capacitação de seus
trabalhadores;

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Responsabilidades do
Empregador
h) acompanhar a implementação das medidas de
segurança e saúde dos trabalhadores das empresas
contratadas provendo os meios e condições para que
eles possam atuar em conformidade com esta NR;
i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso
de suspeição de condição de risco grave e iminente,
procedendo ao imediato abandono do local;
j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e
medidas de controle antes de cada acesso aos
espaços confinados.

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Responsabilidades dos
Trabalhadores
a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;
b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos
fornecidos pela empresa;
c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as
situações de risco para sua segurança e saúde ou de
terceiros, que sejam do seu conhecimento; e
d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos
nos treinamentos com relação aos espaços
confinados.

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DIREITO DO TRABALHADOR- TREINAMENTO

Conhecer o trabalho a
ser executado
Conhecer os Conhecer os
riscos do procedimentos e
trabalho a ser equipamentos de
executado segurança para
executar o
trabalho

Receber todos os equipamentos Conhecer os procedimentos e


de segurança necessários para a equipamentos de regaste e
execução do trabalho primeiros socorros
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Gestão de segurança e saúde
nos trabalhos em espaços
confinados

A gestão de segurança e saúde deve ser


planejada, programada, implementada e
avaliada, incluindo medidas técnicas de
prevenção, medidas administrativas e medidas
pessoais e capacitação para trabalho em
espaços confinados.

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Medidas técnicas de prevenção
a) identificar, isolar e sinalizar os espaços
confinados para evitar a entrada de pessoas
não autorizadas;

b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços


confinados;

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Medidas técnicas de prevenção
c) proceder à avaliação e controle dos riscos
físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e
mecânicos;

d) prever a implantação de travas, bloqueios,


alívio, lacre e etiquetagem;

e) implementar medidas necessárias para


eliminação ou controle dos riscos
atmosféricos em espaços confinados;

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Medidas técnicas de prevenção
f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de
trabalhadores, para verificar se o seu interior é seguro;

g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante


toda a realização dos trabalhos, monitorando, ventilando,
purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado;

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Medidas técnicas de prevenção

h) monitorar continuamente a atmosfera


nos espaços confinados nas áreas onde os
trabalhadores autorizados estiverem
desempenhando as suas tarefas, para
verificar se as condições de acesso e
permanência são seguras;

i) proibir a ventilação com oxigênio puro;

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Medidas técnicas de prevenção

j) testar os equipamentos de medição antes de cada


utilização;

k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente


seguro, provido de alarme, calibrado e protegido contra
emissões eletromagnéticas ou interferências de
radiofreqüência .

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Medidas técnicas de prevenção

As avaliações atmosféricas iniciais devem ser


realizadas fora do espaço confinado.

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Medidas administrativas
a) manter cadastro atualizado de todos os
espaços confinados, inclusive dos desativados, e
respectivos riscos;

b) definir medidas para isolar, sinalizar,


controlar ou eliminar os riscos do espaço
confinado;

c) manter sinalização permanente junto à


entrada do espaço confinado, conforme o
Anexo I da presente norma;

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Medidas administrativas
d) implementar procedimento para trabalho
em espaço confinado;

e) adaptar o modelo de Permissão de


Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II
desta NR, às peculiaridades da empresa e
dos seus espaços confinados;

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Medidas administrativas
f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão
de Entrada e Trabalho antes do ingresso de
trabalhadores em espaços confinados;

g) possuir um sistema de controle que permita a


rastreabilidade da Permissão de Entrada e Trabalho;

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Medidas administrativas
h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e
ao Vigia cópia da Permissão de Entrada e Trabalho;

i) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando


as operações forem completadas, quando ocorrer
uma condição não prevista ou quando houver
pausa ou interrupção dos trabalhos;

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Medidas administrativas
j) manter arquivados os procedimentos e
Permissões de Entrada e Trabalho por cinco anos;
k) disponibilizar os procedimentos e Permissão de
Entrada e Trabalho para o conhecimento dos
trabalhadores autorizados, seus representantes e
fiscalização do trabalho;
l) designar as pessoas que participarão das
operações de entrada, identificando os deveres de
cada trabalhador e providenciando a capacitação
requerida;
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Medidas administrativas
m) estabelecer procedimentos de supervisão
dos trabalhos no exterior e no interior dos
espaços confinados;
o) garantir que todos os trabalhadores sejam
informados dos riscos e medidas de controle
existentes no local de trabalho;
p) implementar um Programa de Proteção
Respiratória de acordo com a análise de risco,
considerando o local, a complexidade e o tipo
de trabalho a ser desenvolvido.

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Medidas administrativas
A Permissão de Entrada e Trabalho é válida
somente para cada entrada.

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Medidas administrativas
Os procedimentos de entrada em espaços
confinados devem ser revistos quando da
ocorrência de qualquer uma das circunstâncias
abaixo:
a) entrada não autorizada num espaço
confinado;
b) identificação de riscos não descritos na
Permissão de Entrada e Trabalho;
c) acidente, incidente ou condição não prevista
durante a entrada;

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Medidas administrativas
d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na
configuração do espaço confinado;

e) solicitação do SESMT ou da CIPA; e

f) identificação de condição de trabalho mais segura.

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Medidas Pessoais

Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados


deve ser submetido a exames médicos específicos para a função
que irá desempenhar, conforme estabelecem as NRs 07 e 31,
incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do
respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.

31
Medidas Pessoais

Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços


confinados deve ser submetido a exames médicos específicos
para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem as
NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a
emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.

Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou


indiretamente com os espaços confinados, sobre seus direitos,
deveres, riscos e medidas de controle.

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Medidas Pessoais
O número de trabalhadores envolvidos na execução dos
trabalhos em espaços confinados deve ser determinado
conforme a análise de risco.

É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços


confinados de forma individual ou isolada.

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Medidas Pessoais
O Supervisor de Entrada deve desempenhar as
seguintes funções:

a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do


início das atividades;

b) executar os testes, conferir os equipamentos e os


procedimentos contidos na Permissão de Entrada e
Trabalho;

c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento


estejam disponíveis e que os meios para acioná-los
estejam operantes;

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Medidas Pessoais

d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho


quando necessário;

e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após


o término dos serviços.

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Medidas Pessoais
O Vigia deve desempenhar as seguintes
funções:
a) manter continuamente a contagem precisa do
número de trabalhadores autorizados no espaço
confinado e assegurar que todos saiam ao
término da atividade;
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à
entrada, em contato permanente com os
trabalhadores autorizados;
c) adotar os procedimentos de emergência,
acionando a equipe de salvamento, pública ou
privada, quando necessário;

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Medidas Pessoais

d) operar os movimentadores de pessoas;

e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que


reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma,
queixa, condição proibida, acidente, situação não
prevista ou quando não puder desempenhar
efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro
Vigia.

O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função


de Vigia.

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Medidas Pessoais

O Vigia não poderá realizar outras tarefas que


possam comprometer o dever principal que é o de
monitorar e proteger os trabalhadores
autorizados;

Em caso de existência de Atmosfera


Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde -
Atmosfera IPVS –, o espaço confinado somente
pode ser adentrado com a utilização de máscara
autônoma de demanda com pressão positiva ou
com respirador de linha de ar comprimido com
cilindro auxiliar para escape.
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Capacitação para trabalhos em espaços
confinados
É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados
sem a prévia capacitação do trabalhador

O empregador deve desenvolver e implantar programas de


capacitação sempre que ocorrer qualquer das seguintes
situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de
trabalho;
b) algum evento que indique a necessidade de novo
treinamento;
c) quando houver uma razão para acreditar que existam
desvios na utilização ou nos procedimentos de entrada nos
espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam
adequados.

39
Capacitação para trabalhos em espaços
confinados

Todos os trabalhadores autorizados, Vigias e


Supervisores de Entrada devem receber capacitação
periódica a cada 12 meses, com carga horária
mínima de 8 horas.

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Emergência e Salvamento
O empregador deve elaborar e implementar
procedimentos de emergência e resgate adequados
aos espaços confinados incluindo, no mínimo:

a) descrição dos possíveis cenários de acidentes,


obtidos a partir da Análise de Riscos;
b) descrição das medidas de salvamento e primeiros
socorros a serem executadas em caso de emergência;
c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos
de comunicação, iluminação de emergência, busca,
resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;

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Emergência e Salvamento

d) acionamento de equipe responsável,


pública ou privada, pela execução das
medidas de resgate e primeiros socorros
para cada serviço a ser realizado;
e) exercício simulado anual de salvamento
nos possíveis cenários de acidentes em
espaços confinados.

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Disposições Gerais

O empregador deve garantir que os trabalhadores


possam interromper suas atividades e abandonar o
local de trabalho, sempre que suspeitarem da
existência de risco grave e iminente para sua
segurança e saúde ou a de terceiros.

São solidariamente responsáveis pelo


cumprimento desta NR os contratantes e
contratados.

É vedada a entrada e a realização de qualquer


trabalho em espaços confinados sem a emissão da
Permissão de Entrada e Trabalho.

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Sinalização para identificação de
espaço confinado

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Equipamentos de Proteção

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COMO SE PROTEGER DOS
CONTAMINANTES

 Uma das formas de proteger o trabalhador


contra a inalação de contaminantes atmosféricos
é através do uso de Equipamento de proteção
Respiratória (EPR).

 Estes equipamentos, popularmente conhecidos


como respiradores (máscaras), são constituídos
por uma peça que cobre, no mínimo, a boca e o
nariz, através da qual o ar chega à zona
respiratória do usuário, passando por um filtro
ou sendo suprido por uma fonte de ar limpa.

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SELECIONANDO O RESPIRADOR
ADEQUADO

Existem basicamente, duas classes de


respiradores: os que filtram o ar do ambiente local
são chamados de purificadores de ar; e os
respiradores que recebem o ar de uma fonte
externa ao ambiente de trabalho, os de ar
mandado (ou linha de ar comprimido) e a máscara
autônoma.

Ainda, os respiradores podem ser: peça semi-


facial ou peça facial inteira. Na classe de
respiradores de ar, temos:
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Respiradores semi-faciais sem
manutenção

Estes respiradores auto-filtrantes podem


ser destinados à proteção contra a
inalação de partículas, gases ou
vapores, dependendo do tipo de
contaminante e filtros existentes. Se
este contaminante é uma partícula, será
necessário um filtro mecânico. Para os
gases e vapores será um filtro químico,
composto de carvão ativado ou outro
absorvente.
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Respiradores semi-faciais
reutilizáveis (purificadores de ar)

Como o nome diz estes respiradores semi-


faciais cobrem a região do nariz e da boca.
Normalmente são compostos por uma
peça feita de borracha, silicone ou material
semelhante e a purificação do ar é feita
através da colocação de filtros e ou
cartuchos para partículas, gases ou
vapores; que deverão ser trocados sempre
que estiverem saturados; isto é, quando a
pessoa estiver sentindo ou gosto do
contaminante.
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Respiradores de peça facial inteira
(purificadores de ar)

 Os respiradores peça facial inteira


protegem além do sistema respiratório,
também os olhos. Além disso, são
recomendados para ambientes com
concentrações mais altas de contaminantes
do que as peças semi-faciais.

 Podem ser utilizados com filtros para


eliminar poeiras, fumos, névoas, gases ou
vapores de ar.
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Respiradores com suprimento de ar
 Os equipamentos de suprimento levam o ar
através de uma traqueia plástica para dentro
do respirador.
 Este ar pode estar sendo enviado por um ar
comprimido ou um conjunto de cilindros de ar
comprimido (linha de ar comprimido); ou no
caso das máscaras autônomas de ar é
armazenado em um cilindro, sob alta pressão
dando maior mobilidade ao usuário.

 A autonomia de ar destes equipamentos é


de normalmente de 30 a 60 minutos,
dependendo da atividade que será realizada e
das dimensões e pressão do cilindro.
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COMO IDENTIFICAR UM BOM RESPIRADOR

• Eficiência do filtro - A qualidade do elemento filtrante é


muito importante para a adequada proteção respiratória.
É muito importante que se faça a escolha do filtro
apropriado para cada situação e contaminante.

• Vedação - Um respirador que não se ajusta bem à face


não dará uma boa vedação, e não estará protegendo o
usuário, uma vez que os contaminantes entrarão pelas
deficiências de vedação.

• Tempo de uso - Após ter sido selecionado, com base


nos riscos existentes no ambiente de trabalho, o
respirador deve ser usado por todo o tempo em que
você permanecer no ambiente contaminado. A
exposição a estes ambientes, mesmo que por curtos
períodos pode causar doenças ocupacionais ou até
mesmo a morte.
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CUIDADOS COM O RESPIRADOR

 No caso de respiradores com filtros


recambiáveis, lave o respirador em água
corrente com detergente neutro, como indicam
as instruções; retirando as peças se
necessário. Caso os filtros e cartuchos
estiverem saturados troque-os por novos. Não
suje nem danifique a parte interna do
respirador, que ficará em contato com a região
da boca e do nariz. Se estiver de manusear seu
respirador com as mãos sujas, pegue-o pela
parte externa. Não o deixe sobre equipamentos
ou lugares sujeitos a poeiras ou contaminantes.

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 Ao fim do trabalho ou nos intervalos de
descanso, guarde o respirador em um saco
plástico e coloque-o em lugar apropriado
(gaveta, armário, etc.). Se sentir dificuldade
na respiração, cheiro ou gosto do produto
que está trabalhando, pode ser que esteja
na hora de trocar de respirador
(respiradores sem manutenção) por um
novo, ou substituir os filtros (respiradores
com manutenção).

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 A barba impede o ajuste e vedação
adequados do respirador, facilitando a
passagem dos contaminantes. Por isso
pessoas com barba não devem usar
respiradores que necessitem vedação
facial.

 Em caso de dúvida ou pra informação


adicional, procure o responsável pela
segurança de sua empresa.

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Medidores de gás

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS

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Noções de Enfermagem
• Sinais Vitais: Temperatura – Pulso – Respiração
– Pressão Arterial

• Temperatura:

Temperatura bucal 36,2 a 37,0º C


Temperatura retal 36,4 a 37,2º C
Temperatura axilar 36,0 a 37,0º C

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Noções de Enfermagem
• Temperatura abaixo do normal:
 Sub Normal 35,0 a 36,0º C
 Hiportemia 34,0 a 35,0º C

• Temperatura elevada:
 Estado Febril 37,5 a 37,9º C
 Febre 38,0 a 38,9º C
 Pirexia 39,0º C
 Hiperpirexia 39,1 a 41,0º C

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Noções de Enfermagem
• Respiração

Adulto Masculino/feminino 10 a 20 MRPM*


Criança 20 a 30 MRPM*
Lactante 30 a 40 MRPM*

• * Movimento respiratório por minuto

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Noções de Enfermagem
• Pulso

Adulto Masculino/feminino 60 a 100 BPM*


Criança 100 a 120 BPM*
Lactante 120 a 140 BPM*

* Batimentos por minuto

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Noções de Enfermagem
• Pressão Arterial
• É a pressão que o sangue exerce na parede
das artérias.

Pressão Sistólica: é a pressão máxima – 110 a


140 mmHg
Pressão Diastólica: é a Pressão mínima – 60 a
90 mmHg
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Prioridades no Atendimento à Vítima
• Prioridades Principais:

Parada Cardiorrespiratória;
Parada respiratória;
Obstrução Respiratória;
Traumatismo Crânio Encefálico;
Traumatismo de Abdome;
Grandes Hemorragias (mais de 1 litro de
sangue perdido interna ou externamente).
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Prioridades no Atendimento à Vítima
• Prioridades Secundárias:

Trauma de Coluna;
Trauma de Bacia;
Grandes Queimados;
Fratura de Fêmur.

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Prioridades no Atendimento à Vítima
• Prioridades Terciárias:

Ferimentos;
Fraturas de Extremidades;
Queimaduras Leves.

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Análise do Paciente
Exame Subjetivo (anterior ao atendimento)
Relacionar a vítima ao acidente;
Relato de testemunhas;
Histórico médico da vítima;
Verificar se o local oferece algum perigo para o
socorrista e/ou para a vitima,
Verificar se é necessário apoio de pessoal e/ou
de material.
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Análise do Paciente
• Análise Primária Objetiva (feita no máximo em
30 segundos)

Verifique o nível de consciência;


Vias aéreas, abrir com o controle da coluna;
Em caso de lesão na coluna, deveremos usar
um método de abertura de vias aéreas que
não agrave a possível lesão na coluna.

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Análise Primária Objetiva
Verifique Circulação, e controle de grandes
hemorragias
Verifique pulso, em criança e adulto na Artéria
Carótida;
No bebê, na Artéria Braquial (perto das
axilas);
Avalie grandes hemorragias.

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Análise Primária Objetiva
Nível de Consciência

Verifique se a vítima esta:


Alerta;
Respondendo a estímulos Verbais;
Respondendo a estímulos Dolorosos;
Não respondendo.
Exponha o corpo da vítima antes de iniciar o
exame secundário.
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Análise Secundária Subjetiva
Relacione a vítima com o acidente;
Queixa principal do paciente;
Relato de testemunhas.

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Análise Secundária Subjetiva
 Histórico médico da vítima

• Sinais e Sintomas;
• Alergias;
• Medicamentos que faz uso;
• Problemas médicos anteriores;
• Última alimentação oral;
• Mecanismo da lesão.

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Análise Secundária Objetiva
• Análise secundária Objetiva (feita no máximo em
90 segundos)

 Exponha o corpo da vítima.

 Examine da “cabeça da Vítima”


• Consiste no exame completo da vítima,
procurando possíveis deformidades, ou outro
sinal anormal.

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Análise Secundária Objetiva
 A imobilização da cabeça deverá ser feita
manualmente;
 Examine as pupilas;
 Verifique a saída de líquor e/ou sangue pelo nariz
e/ou ouvidos;
 Verifique a presença de objetos estranhos e/ou
secreções na boca;
 Apalpe a cabeça da vítima, procurando por
hematomas, deformações e ferimentos;

73
Análise Secundária Objetiva
Examine o pescoço, verificando o alinhamento
da traquéia e da coluna, além de possíveis
ferimentos;
Após o exame da região do pescoço, deverá
ser colocado o colar cervical.
Examine o tórax da vítima, observe a
respiração (movimento de expansão do tórax);

74
Análise Secundária Objetiva
Examine o tórax procurando ferimentos,
segmentos soltos, deformidades ou qualquer
anormalidade.
Apalpe o abdome, procurando por áreas mais
enrijecidas, com hematomas, ferimentos e
deformidades;
Examine a bacia, verificando se existe dor,
crepitação ou rangido;

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Análise Secundária Objetiva
Examine os membros inferiores procurando
por ferimentos, deformidades e por fraturas;

Verifique pulso distal e perfusão capilar;

Se a vítima estiver consciente, verifique


sensibilidade e resposta motora, além do
pulso distal e perfusão capilar;

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Análise Secundária Objetiva
Examine os membros superiores procurando
por ferimentos, deformidades e por fraturas;

Verifique possíveis deformidades e


hematomas na coluna quando for fazer o
rolamento para transportar a vítima na
prancha longa;

Monitore os sinais vitais: Respiração, pulso,


pressão arterial e Pele.
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Obstrução Respiratória
• Vítima Consciente Engasgada;
Pergunte para a vítima: “você pode falar”?
Se não puder falar, se coloque atrás da vítima
e posicione as mãos para as Manobras de
Heimlich;
Efetue repetidas compressões no abdome, se
adulto ou criança, até a desobstrução ou até a
chegada de socorro adequado;

78
Obstrução Respiratória
A mão deverá ser em punho, devendo a outra
mão firmar a primeira;
Em gestantes ou obesos, efetue as
compressões no osso Esterno;
Repita os passos anteriores até a
desobstrução ou até a chegada de socorro
adequado;

79
Obstrução Respiratória
• Vítima Inconsciente Engasgada
Verifique inconsciência
Adulto ou criança: “Oi, tudo bem...!”
Se a vítima estiver inconsciente, abra as vias
aéreas e verifique a Respiração.
Caso a vítima não respire, efetue duas
insuflações boca a boca;

80
Obstrução Respiratória
Se não conseguir (o tórax se elevar), repita a
liberação das vias aéreas e as ventilações;

Se o ar não passar, efetue 05 compressões no


abdome, se a vítima for adulto ou criança
(Manobra de Heimlich);

Em gestante ou obesos, efetue as


compressões no osso Esterno.
81
Obstrução Respiratória

Após a manobra, tente remover o objeto


estranho;
Se não respira e persiste a obstrução, repita os
passos anteriores, até o fim da desobstrução,
ou até a chegada de socorro adequado;
82
Obstrução Respiratória
• Bebê Engasgado

Verifique inconsciência;
Abra as Vias aéreas e verifique a Respiração;
Se não respira, efetue duas insuflações boca a
boca e nariz;

83
Obstrução Respiratória
Se o ar não passa (o tórax não se eleva), repita
a abertura das vias aéreas e as insuflações. Se
persistir a obstrução, segure o bebê em sua
mãos;
Vire o bebê de bruços e efetue 05 pancadas
entre as escápulas do bebê;
Vire o bebê de barriga para cima, visualize a
linha dos mamilos e coloque dois dedos no
esterno, abaixo desta compressões.

84
Obstrução Respiratória
Após as manobras, tente visualizar e retirar o
objeto estranho.
Se não respira e persiste a obstrução, repita os
passos anteriores, até a desobstrução, ou até
a chegada de socorro adequado.

85
Parada Respiratória
• Adultos Crianças e Bebês
Verifique inconsciência: Adulto ou criança;
• Bebê: Vias aéreas (abertura);

Respiração (verificar) ver, ouvir e sentir;


Se a vítima não respira, libere as Vias,
pressione suas narinas com os dedos e efetue
duas insuflações;
86
Parada Respiratória
• Se a vítima tem pulso, então a vítima
apresenta um quadro de Parada Respiratória:
• Adulto faça uma insuflação a cada 05
segundos, verificando pulso e respiração, a
cada 10 ventilações;
• Criança ou Bebê faça uma insuflação a cada 03
segundos, verificando pulso e respiração, a
cada 20 ventilações.

87
Parada Respiratória
Adulto ou criança boca a boca, ou boca a
máscara;
Bebê boca a boca e nariz, ou boca a máscara;
• Circulação (verificar), com o controle de
grandes hemorragias:
Adulto ou criança pulso carotídeo;
Bebê pulso braquial;

88
Sincronismo das Ventilações e Massagens
Cardíacas Externas
• Bebê atendido por 01 Socorrista:
• O sincronismo é de 01 insuflação e 05 massagens
cardíacas externas (01X05), verificando o pulso a
cada 10 ciclos.
Pulso

01 insuflação 05 massagens

10 ciclos
89
Parada Cardiorrespiratória
Parada Cardiorrespiratória

• Adulto Criança e Bebê


• Verifique a consciência:

Adulto ou Criança “Oi tudo bem...!!!?”


Bebê - faça cócegas em seus pés.
Vias aéreas (abertura)
Respiração (verificar) ver, ouvir, sentir.

91
Parada Cardiorrespiratória
• Se a vítima não respira, libere as vias,
pressione suas narinas com os dedos e efetue;
Adulto ou Criança boca a boca ou boca a
mascara;
Bebê boca a boca e nariz, ou boca a mascara.

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Parada Cardiorrespiratória
• Circulação (verificar), com o controle de
grandes hemorragias:
Adulto ou criança pulso carotídeo;
Bebê pulso braquial;
• Se a vítima não pulso, então a vítima
apresenta um quadro de Parada
Cardiorrespiratória;
Ache o local da massagem cardíaca externa;

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Parada Cardiorrespiratória
O local da massagem cardíaca externa é
achado colocando a mão dois dedos acima do
Apêndice Xifóide;
As mãos devem ser sobrepostas, dedos
entrelaçados e somente uma das mãos em
contato com o ossos Esterno.
As compressões fazem com que o sangue
circule, substituindo assim o trabalho que
seria feito pelo coração.

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Sincronismo das Ventilações e Massagens
Cardíacas Externas
• Vitima adulta, atendidas por 01 Socorrista:
• O sincronismo será de 02 insuflações e 15 massagens
cardíacas externas (02 X15), verificando o pulso a cada
04 ciclos.

Pulso
02 insuflações 15 massagens

04 Ciclos

95
Sincronismo das Ventilações e Massagens
Cardíacas Externas

• Vítima Adulta, atendida por 02 Socorristas:


• O sincronismo é de 01 insuflação por 05 massagens
cardíacas externas (01X 05), verificando pulso a cada
10 ciclos.
Pulso

01 insuflação 05 Massagens

10 Ciclos

96
Sincronismo das Ventilações e Massagens
Cardíacas Externas
• Criança atendida por 01 ou 02 Socorristas:
• O sincronismo é de 01 insuflação e 05 massagens
cardíacas externas (01X 05), verificando o pulso a
cada 10 ciclos.

Pulso

01 Insuflação 05 massagens

10 Ciclos

97
Hemorragia
• É a perda aguda de sangue circulante.
• Ferimento
• Ferida é o resultado da agressão sofrida pelas
partes moles, produzindo lesão tecidal.

98
Hemorragia
• Procedimentos em Hemorragias Externas:

Nunca toque na ferida;


Não toque e nem aplique medicamento ou
qualquer produto no ferimento;
Não tente retirar o objeto empalado;
Proteger com gases ou pano limpo, fixando
com bandagem, sem apertar o ferimento;

99
Hemorragia
Fazer compressão local suficiente para acessar
o sangramento;
Se o ferimento for em membros, deve-se
elevar o membro ferido;
Caso não haja controle do sangramento,
pressione os pontos arteriais;
Procurar socorro adequado.

100
Hemorragia
• Hemorragias Internas (ferimentos Fechados)

 Mantenha as vias aéreas liberadas;


 Mantenha a vítima deitada;
 Use tala inflável em caso de fraturas;
 Transporte na posição de choque;
 Administre oxigênio;
 Não dê nada para o paciente beber;
 Procure socorro adequado.
101
Hemorragia

• Em caso de mutilação, o pedaço amputado


deverá ser colocado dentro de saco plástico,
sem nada dentro, devendo este saco ser
colocado dentro do gelo.

102
Fraturas
• É uma ruptura total ou parcial da estrutura
óssea.
• Tipos

Completa (quando há quebra do osso);


Incompleta (quando ocorre uma fissura);
Aberta (Provoca ferida na pele);
Fechada ( não há perfuração na pele).

103
Fraturas
• Reconhecimento:

• Deformação (angulação e encurtamento);


• Inchaço, hematomas;
• Ferida (pode existir ou não);
• Palidez ou cianose da extremidade;
• Diferença de temperatura no membro
afetado;
• Crepitação (rangido);
• Incapacidade funcional.
104
Fraturas
• Fraturas de Extremidades
• Reconhecimento:

Pesquise a dor;
Incapacidade funcional;
Alteração da cor da pele;
Observe deformidade ou sangramento.

105
Fratura
• Conduta

 Verifique VRC (vias aéreas, respiração e circulação);


 Ministre O2 se necessário;
 Nas fraturas alinhadas, mobilize com tala rígida ou
inflamável;
 Nos deslocamentos, em fraturas expostas em
articulações imobilize na posição encontrada com
tala rígida;
 A tentativa de alinhar devera ser tenta, suavemente,
e uma única vez; se houver resistência, imobilize na
posição encontrada com tala rígida;

106
Fratura
Use bandagens para imobilizar fraturas ou
luxações na clavícula, escapula e cabeça do
úmero;
Após a imobilização, continue checando pulso
e perfusão capilar;
Fratura de fêmur, não tente realinhar,
imobilize na posição encontrada com duas
talas rígidas, até o nível da cintura pélvica, e
transporte em prancha longa.

107
Fratura de Crânio
• Reconhecimento:

Ferimento extenso ou profundo na cabeça;


Verifique presença de hematomas nas
pálpebras (sinal de Guaxinim) e saída de
sangue e/ou líquor pelo nariz e ouvido;
Verifique estado neurológico, através de
resposta e reações da vítima alterações
mentais – AVDN)
108
Fratura de Crânio
• Alterações da resposta pupilar (pupilas
desiguais);
• Controle alterações do padrão respiratório;
• Sinal característico atrás da orelha (sinal de
BATLLE);
• Monitore pulso e pressão arterial.

109
Fratura de Crânio
• Conduta:

Evite manobras que possam agravar possível


lesão na coluna;
Imobilize coluna cervical;
Ministre O2 ;
Esteja preparado para aspirar ou retirar
secreções;
110
Fratura de Crânio
• Controle as condições e sinais vitais do
paciente;
• Não obstrua a saída do sangue ou líquor dos
ouvidos e nariz;
• Monitore pulso e PA;
• Procure socorro adequado.

111
Fratura da Pelve
• Procedimento:

• Associe a lesão com o acidente;


• Dor intensa na região à movimentação;
• Perda de mobilidade dos membros inferiores
(não obrigatório);
• Hematoma localizado (não obrigatório);

112
Fratura da Pelve
• Conduta:

Com vítima deitada de decúbito dorsal,


coloque um cobertor ou outro material
disponível, dobrado entre as pernas (se tiver
disponível);
Prenda suas pernas com faixas ou bandagens;

113
Fratura da Pelve
Transporte em prancha longa;
Procure socorro adequado.

114
Fratura Exposta
Fratura Exposta
• Conduta:

Controle da hemorragia;
Não tente recolocar o osso exposto no interior
da ferida;
Não limpe ou passe qualquer produto na
ponta do osso exposto;
115
Fratura Exposta
Proteja o ferimento com gaze, ou atadura
limpa;
Imobilize com tala rígida, abrangendo uma
articulação acima e outra abaixo;
Em todos os casos, previna o agravamento da
contaminação;
Procure socorro adequado.

116
Fratura de Tórax
• Tórax Instável
• Reconhecimento:

 Dor local;
 Respiração dificultosa, dor ao respirar;
 Tosse com sangue (não obrigatória);
 Sangue borbulhando da ferida do tórax, em caso de
perfuração por fragmento ósseo;
 Parte afetada não acompanha o movimento do
restante do tórax.
117
Fratura de Tórax
• Conduta

Estabilize a área solta com o braço da própria


vítima, prendendo-o com uma atadura de
crepom ou bandagem triangular, ou então,
prenda a parte solta ao restante do tórax,
através de uma compressa volumosa, presa
por esparadrapo;

118
Fratura de Tórax
A estabilização não pode causar dor à vítima;
Ministre oxigênio;

119
Trauma de Coluna
• Reconhecimento:

Associação do tipo de acidente com a


possibilidade de lesão (vítima de queda de
altura, mergulho no raso, acidente de
desabamento, considere portadora de trauma
de coluna);
Dor intensa na região do tronco;

120
Trauma de Coluna
Presença de hematoma ou edema na região
posterior do tronco;
Presença de deformação palpável ou visível na
coluna;
Perda de sensibilidade e ou mobilidade dos
membros;
Priapismo (ereção peniana) sem estímulo
sexual;

121
Trauma de Coluna
Perda do controle da urina e fezes;
Se o paciente estiver inconsciente; se estiver
consciente e for vítima de trauma, ou se não
se conhece o mecanismo da lesão, adote as
medidas para vítima portadora de lesão na
coluna.

122
Trauma de Coluna
• Conduta:

Mantenha as condições respiratórias (usar


O2);
Mantenha a cabeça alinhada com tração e
aplique colar cervical;
Se a vítima estiver sentada, coloque a prancha
curta ou KED, antes de removê-la;

123
Trauma de Coluna
Se a vítima estiver deitada, coloque prancha
longa, antes de removê-la;
Controle sinais vitais;
Procure socorro adequado.

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