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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA TÊXTIL


CAMPUS APUCARANA

ISABELLA RUFINO
MARCOS HENRIQUE SANTANA
MAYARA PAZ

CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE COSTURA

TECNOLOGIA DA CONFECÇÃO II

APUCARANA
2018
ISABELLA RUFINO

MARCOS HENRIQUE SANTANA

MAYARA PAZ

CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE COSTURA

Relatório apresentado como requisito


parcial para obtenção de nota da
disciplina de Tecnologia Da Confecção
2 do curso de Engenharia Têxtil na
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná – UTFPR, ministrada pela
Professora Mestre Patrícia Mellero
Machado Cardoso.

APUCARANA

2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
1.1. Objetivos .................................................................................................. 4
2. REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................... 5
3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 9
3.1. Materiais ................................................................................................... 9
3.1.1 Equipamentos ....................................................................................... 9
3.2 Métodos .................................................................................................... 9
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 10
4.1 Máquina Reta ......................................................................................... 10
4.2 Máquina Overloque ................................................................................ 11
4.3 Máquina Interloque ................................................................................. 12
4.4 Máquina Galoneira ................................................................................. 13
4.5 Máquina Fechadeira ............................................................................... 14
4.6 Máquina Zig Zag..................................................................................... 15
4.7 Máquina Prespontadeira ........................................................................ 16
4.8 Máquina de Travete ................................................................................ 17
5 CONCLUSÕES ......................................................................................... 18
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 19
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1. INTRODUÇÃO

A máquina de costura vem se modificando com o tempo e se


adaptando às novas tecnologias. Existem variados tipos de máquinas, um
modelo para cada tipo de trabalho a ser executado, e para trabalhar com
grande demanda de encomendas, utilizam-se as máquinas industriais
(EDUCAÇÃO, 2013)
As máquinas de costura são compostas por muitos elementos, e um
dos mais importantes é a base, local onde o operador posiciona o tecido a ser
costurado. A partir do tipo de base e do tipo de acionamento e controle das
máquinas de costura, é possível classifica-las (Reis, 2014).
A classificação das máquinas de costura é importante, pois ela torna
possível a identificação dos tipos de pontos e a definição de onde os artigos
serão confeccionados, de acordo com suas particularidades.

1.1. Objetivos

• Compreender referências utilizadas para a classificação das máquinas


de costura;
• Reconhecer os principais elementos da máquina de costura;
• Entender o papel do operador de máquina na produção do vestuário;
• Compreender as normalizações do ponto de costura;
• Relacionar funções da máquina de costura com aplicações do
confeccionado.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Classificação das Máquinas de Costura

2.1.1 Classificação das Máquinas de Costura quanto à base

As máquinas de costura podem ser divididas em dois tipos: base


horizontal e base vertical.
As máquinas de base horizontal podem ser classificadas ainda em:
cilíndrica, plana, braço, suporte vertical e levantada. O Quadro 1 a seguir
apresenta as características de cada máquina de base horizontal.

Quadro 1 – Classificação da máquina de costura de base horizontal.


São caracterizadas por um braço
inferior que permite a costura das peças
em forma tubular. Existem dois modelos
para esse tipo de máquina: a costura
de comprimento – em que o tecido vai
se enrolando na base da máquina à
medida que ocorre o processo de
Cilíndrica
costura e o operador remove o tecido
após a finalização, e a costura de
perímetro – em que a medida que
ocorre o processo de costura o tecido
vai girando à volta do perímetro da
base da máquina.

Constituída por um braço tubular, a


medida que a peça é costurada em seu
Braço
comprimento, ela vai saindo da base.
Esse tipo de máquina não necessita do
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descarregamento da peça após a


costura.
A máquina de costura de base
horizontal também pode ser do tipo
plana em que são geralmente
montadas em mesas. Nesse modelo, a
base fica nivelada com a mesa onde foi
montada.
São montadas em mesas e sua base
Suporte Vertical e Levantada fica por cima dessa mesa onde ela foi
montada.
Fonte: Reis F.F., 2014

As máquinas de base vertical são montadas em cima de um suporte


vertical e sua base permite a costura de peças arredondadas tais como as de
calçados. Elas podem ser do tipo aberta ou fechada (REIS, 2014).
Nas máquinas de base vertical aberta o material é levado até a base da
máquina. Ela fica suspensa e à medida que o tecido é costurado o material
liberado. Esse modelo costura a peça em seu comprimento e é bastante
utilizada para o fechamento de sacaria (REIS, 2014).
Já nas máquinas de costura de base vertical fechada a peça é levada
até a base da máquina. O material envolto em componentes da máquina é
liberado somente com o final da costura. Os tamanhos das peças costuradas
nesse tipo de máquina são limitados (REIS, 2014).

2.1.2 Classificação quanto ao acionamento e controle das máquinas de costura

As máquinas de costura podem ser classificadas em máquinas de


acionamento e controle manual, máquinas semi-automática e máquinas
automáticas (REIS, 2016).
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Nas máquinas de acionamento e controle manual o operador controla


todas as etapas do ciclo de produção, tais como: destacar a peça a ser costura
do pacote de corte, posicionar as partes a ser costura na máquina de costura,
realizar o processo de costura e destacar as partes costuradas da máquina
(REIS, 2014).
Nos modelos semi-automáticos a operação de costura é controlada
automaticamente pela máquina. As máquinas deste grupo são: Máquinas de
casear, pregar botões, travetes e de pregar bolso. Nelas o operador posiciona
a peça na máquina e, após a costura, destaca a peça (REIS, 2014).
Já nas máquinas automáticas o operador apenas carrega o alimentador
com um lote de peças e a máquina realiza todo o processo de costura (REIS.
2014)

2.1 Tipos de Pontos

Para realizar a junção das costuras, ornamentar, terminar um bordo de


tecido ou casear botões, os pontos de costura são indispensáveis. Cada ponto
representa um ciclo completo de entrelaçamento da linha no tecido por ação da
agulha e de outros elementos formadores da laçada. A repetição do ponto em
intervalos uniformes forma o tipo de ponto. De acordo com as normas
americanas, britânicas e a Organização Internacional de Normalização –
Norma ISO 4915, existem oito classes diferentes de tipos de ponto
(GULBEKIAN, 1996).
Os diferentes tipos de ponto distinguem-se por três características:
Entrelaçar simples: Passagem do laço de uma linha entre outro laço formado
pela mesma linha. Entrelaçar duplo: Passagem do laço de uma linha entre o
laço formado por outra linha. Ponto de segurança: É um ponto formado por
uma linha que não entra no laço mas que circunda outras linhas para as
segurar. Os diferentes tipos de pontos são descritos por um número com três
algarismos, sendo o algarismo da centena o indicador da classe do ponto.
Dentro de cada classe, os pontos se distinguem pelos algarismos das dezenas
e das unidades (GULBEKIAN, 1996). A Tabela 1 a seguir apresenta as classes
e os tipos de pontos.
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Classe Nome
100 Ponto de cadeia simples
200 Ponto manual
300 Ponto preso
400 Ponto de cadeia múltiplo
500 Ponto cerzido
600 Ponto de costura (recobrimento)
700 Ponto preso com uma só linha
800 Pontos combinados.
Tabela 1 – Classes de Pontos.
Fonte: Tecnologia do Vestuário (1996).
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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Materiais

• Amostras de tecido plano;


• Amostras de tecido de malha;
• Linhas de Costura;
• Tesoura.

3.1.1 Equipamentos

Máquinas de Costura:

• Reta;
• Overlock;
• Interloque;
• Galoneira;
• Fechadeira;
• Zig Zag;
• Prespontadeira.

3.2 Métodos

Costurou-se uma amostra de tecido em cada uma das seguintes máquinas:


Reta, Overloque, Interloque, Galoneira, Fechadeira, Zig Zag e Prespontadeira.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Em posse das amostras costuradas, foi possível analisar os tipos de pontos


que cada máquina produz, e relacionar as máquinas com suas aplicações
finais.

4.1 Máquina Reta

A máquina reta produz o ponto 301, também como conhecido como ponto
fixo. Pertencente à classe 300, o ponto fixo é formado por duas linhas e tem a
mesma aparência dos dois lados da costura, resultando em uma costura
duradoura, resistente e econômica. Devido a essa resistência do ponto,
somente tecidos planos são costurados na máquina reta, pois tecidos de malha
exigem uma costura com elasticidade, caso contrário o ponto irá se romper,
desfazendo a costura (MARIANO; RODRIGUES, 2009). A Figura 1 ilustra o
ponto 301.

Figura 1 – Ponto 301.


Fonte: Tipos de Ponto de Costura, (2009).

As principais aplicações da máquina reta são em pregar zíperes, velcros,


viés, costura de barras, franzidos, além de fechamentos de peças e até mesmo
a construção da peça em sua totalidade (MARIANO; RODRIGUES, 2009). A
Figura 2 a seguir, apresenta a amostra costurada durante a prática.
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Figura 2 – Amostra costurada na máquina reta (ponto 301).


Fonte: Autores (2018).

4.2 Máquina Overloque

Segundo Mariano e Rodrigues, essa máquina forma um tipo de ponto


corrente que faz o chuleado, ou seja, o acabamento nas bordas do tecido. As
linhas são entrelaçadas em cima e embaixo do tecido pela agulha e pelos
lúperes. Nessa classe de ponto, a linha alimenta diretamente os lúperes
dispensando o uso de bobinas. A máquina de overloque faz o ponto 504, da
classe 500 e trabalha com dois ou três fios. Possui uma faca que corta os
fiapos do material que está sendo costurado. Por possuir elasticidade, é
amplamente utilizada para o fechamento de peças de malha.
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Figura 3 – Ponto 504.


Fonte: Tipos de Ponto de Costura, (2009).
A Figura 4 a seguir apresenta a amostra costurada na máquina
Overloque durante a prática.

Figura 4 – Amostra costurada na máquina Overloque (ponto 504).


Fonte: Autores (2018).

4.3 Máquina Interloque

Semelhante à máquina overloque, a máquina interloque possui uma agulha


a mais que executa um ponto corrente paralelo ao chuleado. Faz os trabalhos
de fechamento e chuleado ao mesmo tempo. É muito usada para fechar jeans
e moletons (MARIANO; RODRIGUES, 2009). A Figura 5 apresenta a amostra
costurada na máquina Interloque.
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Figura 5 – Amostra costurada na máquina Interloque.


Fonte: Autores (2018).

4.4 Máquina Galoneira

Essa máquina é amplamente usada para dar acabamento em barras de


artigos de malharia. Forma o ponto corrente multilinhas das classes 400 e 600.
Trabalha com até 3 agulhas, um lúper inferior e um superior, chamado de
trançador ou lúper cego, próprio para os pontos da classe 600 (MARIANO;
RODRIGUES, 2009).

Figura 6 – Ponto 406.


Fonte: Tipos de Ponto de Costura (2009).
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A Figura 7 a seguir apresenta a amostra costurada na máquina Galoneira.

Figura 7 – Amostra costurada na máquina Galoneira.


Fonte: Autores (2018).

4.5 Máquina Fechadeira

Segundo Mariano e Rodrigues essa máquina une embutindo as bordas do


tecido e pesponta ao mesmo tempo. Por possuir um braço cilíndrico, faz o
fechamento de partes tubulares como as entrepernas de calças jeans e
mangas de camisas. A formação do ponto é corrente (401) e pode trabalhar
com até 3 agulhas. Nesta prática não foi possível realizar a costura de uma
amostra nesta máquina, pois a mesma estava indisponível.
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4.6 Máquina Zig Zag

Máquina de ponto fixo, da classe 300, ponto nº 304, tem as mesmas


características da máquina reta de ponto fixo com a exceção de que os pontos
ficam inclinados a determinado ângulo uns dos outros, ao invés de ficarem em
linha reta. Esse ponto proporciona mais elasticidade por causa dessa
inclinação. Além das regulagens da máquina reta, a máquina de ziguezague
ainda tem a regulagem da largura do ponto (MARIANO; RODRIGUES, 2009).

Figura 8 – Ponto 304.


Fonte: Tipos de Ponto de Costura (2009).

A Figura 9 a seguir apresenta a amostra costurada na máquina reta de


Zig Zag.
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Figura 9 – Amostra costurada na máquina reta de Zig Zag.


Fonte: Autores (2018).

4.7 Máquina Prespontadeira

Essa máquina é utilizada para fazer costuras paralelas, podendo executar


pespontos e pregar bolsos. O ponto é o fixo 301 x 2, ou seja, trabalha com
duas agulhas e duas bobinas. Existe também a máquina de duas agulhas
alternadas, que é utilizada para fazer costuras paralelas e pespontos em
cantos e ângulos, sem que haja cruzamento das duas carreiras de pespontos
(MARIANO; RODRIGUES, 2009). A Figura 10 a seguir apresenta a amostra
costurada na máquina Prespontadeira.
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Figura 10 – Amostra costurada da máquina Prespontadeira.


Fonte: Autores (2018).

4.8 Máquina de Travete

É uma máquina utilizada para reforço de costura em: finais de costuras,


bolsos zíperes, para pregar passantes, etc. Trabalha com ponto fixo 304
(MARIANO; RODRIGUES, 2009). A Figura 11 apresenta a amostra costurada
no Travete.

Figura 11 – Amostra costurada no Travete.


Fonte: Autores (2018).
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5 CONCLUSÕES

Nesta prática, foi possível compreender as referências utilizadas para as


classificações das máquinas de costura e reconhecer os principais elementos
de cada uma. Ao classificar as máquinas em automáticas, semi-automáticas e
manuais, é possível identificar o papel do operador de máquina na produção do
vestuário.
Ao analisar cada amostra costurada nas diferentes máquinas, foi possível
notar os diferentes pontos de costura e identifica-los com o auxílio da norma
ISO 4915.
O que define qual ponto será realizado, é a construção do tecido (plano ou
malha) e a aplicação final do confeccionado.
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REFERÊNCIAS

EDUCAÇÃO, Portal. Máquina de Costura: Diferentes tipos e funções de cada


uma. Disponível em
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/maquina-de-
costura-diferentes-tipos-e-funcoes-de-cada-uma/49114 . Acesso em: 27 de
março de 2018.

GULBENKIAN, Fundação Calouste. Tecnologia do Vestuário. Lisboa, 1996.

Mariano M L V; Joveli R. R. Tipos de Ponto de Costura. São Paulo. 2009

Reis F. F., Controle de Qualidade. São Paulo: ETB, 2014.

Reis F. F., Costura Industrial. São Paulo: ETB, 2014.

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