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Toda a pessoa tem o direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua
família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, assistência
médica e os serviços sociais indispensáveis͙
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dos 6 [biliões] de pessoas, 2,8 vivem com menos de 2 dólares por dia e
1,2 [biliões] com menos de 1 dólar por dia. De cada 100 crianças, 6 não
chegam ao primeiro ano de vida e 8 não sobrevivem aos 5 anos. De cada
100 crianças que atingem a idade escolar, 9 meninos e 14 meninas não
vão à escola$@
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países em desenvolvimento ʹ os países industrializados também sofrem (͙); o
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progresso desigual tem dado lugar a disparidades entre as regiões, não só globalmente
mas também dentro dos próprios países ʹ entre pobres e ricos, mulheres e homens,
zonas rurais e urbanas, e entre grupos étnicos 1)$&,G(99:/)B )*01
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pobreza é criminal porque não permite que as pessoas sejam pessoas. Esta é a
privação mais cruel que os seres humanos podem sofrer͟
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pobreza significa nunca ter nada para comer͟
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pobreza é a impossibilidade de viver numa casa própria. É a vida num campo de
refugiados e a falta de oportunidades para os meus filhos͟
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far from continuous, progresshas been marked by ascents and
descents (͙) deprivation is not limited todeveloping countries-the industrial countries also suffer (͙) the
uneven progress has given rise to disparitie among regions, not only globally but also within countries ʹ
between poor and rich, women and men and rural and urban, and between ethnic groups.͟
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much human deprivation still remains in the developing world1 ?
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It is the cruelest denial of all of us human beings "; "Poverty means never having quite enough to eat.";?
"Poverty is the impossibility of living in your own home. It is life in a refugee camp and the lack of?
opportunity for my children."
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[tudo] o que o cidadão de qualquer país desenvolvido toma como
adquirido e como imprescindível é negado a quem é absolutamente
pobre. Este tipo de pobreza é muito mais grave do que a existente em
alguns sectores das sociedades desenvolvidas. Nestas, a pobreza
existente(͙) é medida em função de um padrão de riqueza
extremamente elevado.͟$"
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The nature of the main deprivations varie with the social and
economic conditions of the community in question.͟
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Issues of poverty in the developing countries involve hunger,
illiteracy, epidemics and the lack of health services or safe water͟?
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Primeira premissar se podermos impedir que um mal aconteça sem
sacrificarmos nada de importância moral comparável, deve -mos faze-lo;
Segunda premissar a pobreza absoluta é um mal;
Terceira premissar há alguma pobreza absoluta que podemos impedir
que aconteça sem sacrificar nada de importância moral comparável;
Conclusãor temos o dever de impedir alguma pobreza absoluta.
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(͙) escolhem a sua alimentação pelos prazeres do paladar, e não para
matar a fome; compram roupas novas para terem bom aspecto, e não
para combater o frio; mudam de casa para ter um ambiente melhor, e
não para se abrigarem da chuva e depois de tudo isto, ainda sobra
dinheiror para gastar numa aparelhagem sonora, em câmaras de vídeo e
em férias no estrangeiro1$!
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4H [ao] quanto achamos
que temos a obrigação de dar [d ependendo] daquilo que consideramos de importância
moral comparável à pobreza dos outros͟ ( ( Pvaria] de acordo com a perspectiva
ética de cada um. $!
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diferente de matar alguém (͙)͟$!
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usufruto, isto é, teriam que distribuir uma parte dos dividendos 1$"
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mais injusto se limitar a aplicação dos princípios da justiça ao interior das suas
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pequenos grupos não nos podemos identificar com grupos mais alargados sem perder
a nossa pertença aos grupos mais restritos a que pertencemos.͟ $"
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uestionar o assunto em termos de obrigações jurídicas permite, pelo
menos, dois caminhosr em primeiro lugar, uma abordagem não só das
necessidades, mas também os direitos, o que implica uma verdadeira
incidência dos direitos humanos nas políticas pública s, ou seja, que a voz
dos pobres seja ouvida (empowerment of the poor). Em segundo lugar, a
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possibilidade de falar também da existência de deveres.͟ $!
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Da mesma forma que a abolição da escravatura não significou a
erradicação desse crime, e que a abolição da violência do genocídio não
extirpou essa violação da consciência humana, a abolição jurídica da
pobreza não fará com que a pobreza desapareça. Mas, com ela, a
pobreza será colocada, na consciência da humanidade, no mes mo nível
que essas injustiças do passado, cuja sobrevivência no presente nos
ofende, choca e conclama à [acção].͟ ( Wherthein e Noleto, 2003; 31 )