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DATA: 02/04/2003
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Índice

1. Introdução ao tema.................................................................................2
2. Conceitos...............................................................................................3
2.1 Luz..................................................................................................3
2.2 Fotometria......................................................................................3
2.3 Tipos de Iluminação.......................................................................6
2.3.1 Quanto à Fonte............................................................................6
2.3.2 Quanto ao Receptor....................................................................7
2.4 Visão Humana................................................................................8
3. Riscos...................................................................................................12
4. Teoria...................................................................................................14
5. Enquadramento legal;..........................................................................15
6. Medidas de Prevenção;........................................................................18
6.1 Luz Natural...................................................................................18
6.2 Níveis de iluminância...................................................................20
6.3 Efeito da Cor................................................................................22
6.4 Distribuição Uniforme..................................................................23
6.5 Efeito Estroboscópico...................................................................26
7. Medidas de Protecção;.........................................................................27
8. Casos práticos, exemplos, imagens, etc...............................................28
9. Bibliografia..........................................................................................29

Curso Técnico Superior Segurança e Higiene do Trabalho


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1. Introdução ao tema

A Iluminação no Local de Trabalho é tratada, do ponto de vista da Higiene do Trabalho,


como um risco físico passível de afectar o trabalhador em todos os factores que um
Técnico de HST pretende controlar.

Uma iluminação deficiente ou desadequada ao local de trabalho, pode degradar a saúde


física ou psicológica de um trabalhador, afectar o seu rendimento, ou provocar um
acidente de trabalho. Como tal, a Iluminação no Local de Trabalho deve ser considerada
como um risco, que, consoante as características dos locais e as circunstâncias, pode ser
tão ou mais perigosos que o risco das substâncias explosivas, por exemplo.

Para abordar o risco da Iluminação no Local de Trabalho, o Técnico de HST, deve ter,
além dos conhecimentos gerais de Higiene e Segurança, conhecimentos técnicos gerais,
específicos do tema, tais como:
 Grandezas relacionadas com iluminação (Luminância, Iluminância, Tc).
 Fenómenos de propagação, reflexão, absorção, difusão da luz.
 Tipos de aparelhos de iluminação e suas características.

Desta forma o objectivo do Técnico de HST será o seguinte:

Controlar determinadas variáveis para obter uma iluminação adequada, que


proporcione um bom ambiente físico-laboral, e que não coloque em risco a
saúde, segurança e produtividade do trabalhador.

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2. Conceitos

2.1 Luz

A zona visível do espectro é ínfima quando comparada com a sua amplitude. No


entanto, esta pequena área é fundamental para a vida humana e para a sua sobrevivência
num universo cheio de diferentes formas de energia radiante às quais o ser humano é
radicalmente cego.
No espectro de radiações electromagnéticas, as radiações visíveis ao olho humano (luz),
é uma pequena parte, tal como está demonstrado na figura seguinte.

2.2 Fotometria

Fluxo Luminoso ou Potência Luminosa - 


Quantidade de luz emitida (energia luminosa - Wrad) por uma fonte
luminosa em todas as direcções por unidade de tempo (t), medida
logo à saída da fonte .A unidade é o lúmen – lm.

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Intensidade luminosa - I
É o fluxo luminoso  (fornecido pelo fabricante do aparelho)
emitido numa determinada direcção  (ângulo sólido medido em
esterradianos – sr), dada pela relação entre uma superfície cortada
numa esfera e o quadrado do raio dessa esfera. A unidade é a candela
– cd.

Iluminância - E
É a medida do fluxo luminoso  incidente por unidade de superfície S. A unidade de
medida é o lux – lx.

Os Técnicos de HST servem-se desta grandeza para adequarem o nível de iluminação


com a actividade num determinado espaço. Trata-se de um conceito muito importante
para o cálculo luminotécnico.

Luminância - L
É a medida do fluxo luminoso emitido, transferido ou reflectido numa determinada
direcção por unidade de superfície perpendicular ao fluxo. A unidade é o apostilbs – asb
ou a candela por centímetro quadrado – cd/cm2, onde 1 asb = 1/ cd/cm2.

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Contraste - C
É a relação entre a luminância do objecto e a luminância do plano de fundo. Pode ser
calculado com a fórmula apresentada de seguida.

Reflexão
É um parâmetro que traduz a medida da porção de luz reflectida por uma dada
superfície. A reflexão é uma propriedade intrínseca dos materiais, e é tratada como um
coeficiente, que relaciona o valor do fluxo luminoso incidente sobre uma determinada
superfície, com a percentagem desse fluxo que é reflectida. Por exemplo, se todo o
fluxo incidente for reflectido, o coeficiente de reflexão dessa superfície é igual a 1 (um
espelho).
A reflexão pode ser:
 Directa – Os ângulos de incidência e de reflexão dos raios de luz são iguais
(superfície muito lisa e polida).
 Difusa – As superfícies reflectoras só brilham sob certos ângulos quando
iluminadas (reflexos nítidos na superfície de um material baço).
 Mista – Mistura de reflexão directa com reflexão difusa.

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2.3 Tipos de Iluminação

2.3.1 Quanto à Fonte

Do ponto de vista da fonte existem dois tipos distintos de iluminação, a iluminação


natural e a iluminação artificial.

A iluminação natural é aquela que provém do sol, de forma directa ou indirecta, e é


composta por todos os comprimentos de onda do espectro da radiação visível.

A iluminação artificial provém de uma fonte de energia que não o sol, e a gama de
comprimento de onda do espectro da radiação visível abrangida varia consoante a fonte.
As fontes de iluminação artificial que interessam ao estudo da iluminação no local de
trabalho são as lâmpadas.

Existem vários tipos de lâmpadas, de acordo com a tecnologia utilizada para


transformar energia eléctrica em radiação luminosa, variando no comprimento de onda
abrangido, no fluxo luminoso emitido, e principalmente no rendimento eléctrico.
Os tipos de lâmpadas utilizadas na iluminação de locais de trabalho são:
 Incandescentes.
 Fluorescentes.
 Vapor de Sódio.
 Vapor de Mercúrio.
 Iodetos Metálicos.

Nesta análise não são incluídas lâmpadas especiais como lâmpadas infra-vermelhos, ou
ultra-violeta, que são utilizadas em locais de trabalho como, zonas de detecção de falhas
em linhas de produção, ou câmaras de revelação fotográfica, porque o objectivo dessas
lâmpadas não é o de iluminar o local de trabalho.

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As lâmpadas incandescentes são as que emitem uma luz mais próxima das
características da luz solar. No entanto o seu fraco rendimento torna a sua utilização
inviável na iluminação de espaços amplos. Devem ser utilizadas em iluminação de
espaços específicos de trabalho, como candeeiros de mesa, bancada de trabalho de
precisão.

As lâmpadas fluorescentes, devido ao seu bom rendimento, e boa restituição de cores,


são as lâmpadas mais adequadas para iluminação geral dos espaços de trabalho
fechados, como escritórios, salas de reunião, corredores, sanitários, oficinas, pequenos
armazéns.

As lâmpadas de vapor sódio, ou vapor de mercúrio, devido ao seu elevado rendimento,


são utilizadas na iluminação de espaços amplos, como grandes armazéns, hangares, e na
iluminação exterior. O nível de restituição de cores é baixo.

As lâmpadas de iodetos metálicos, devido ao elevado nível de fluxo luminoso que


conseguem produzir, são utilizadas também na iluminação de espaços amplos, e
exteriores, mas apenas em situações temporárias, devido ao seu rendimento não ser tão
bom como o das lâmpadas de vapor sódio ou mercúrio. São utilizadas em projectores de
obras, cais de carga e descarga, áreas exteriores de movimentação de máquinas.

2.3.2 Quanto ao Receptor

Do ponto de vista do receptor, existem quatro tipos de iluminação, que dependem da


forma e direcção com que a luz incide sobre o receptor

Iluminação Directa: O fluxo luminoso incide directamente sobre o receptor.

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Iluminação Indirecta: A luz incide sobre o receptor por meio de reflexão em outras
superfícies ou corpos.

Iluminação Semi-Directa: A luz incide sobre o receptor de forma directa e indirecta,


sendo a percentagem de luz directa superior à percentagem de luz indirecta.

Iluminação Semi-Indirecta: A luz incide sobre o receptor de forma directa e indirecta,


sendo a percentagem de luz indirecta superior à percentagem de luz directa.

A implementação dos diferentes tipos de iluminação é conseguida com a manipulação


de alguns factores, como por exemplo: tipo de armadura, cores de paredes e tectos,
disposição das entradas de luz, utilização de materiais reflectores ou difusores.

2.4 Visão Humana

Para realizar uma correcta avaliação da iluminação de um local de trabalho, é necessário


ter a noção da forma como funciona a visão humana.

A visão humana é um sistema complexo assegurado por três operações principais, que
realizadas em conjunto, permite ao olho transformar luz em impulsos electroquímicos
enviados ao cérebro através do nervo óptico. A operação óptica recepciona a energia
luminosa e encaminha-a para a retina. A operação sensorial transforma a imagem
luminosa projectada na retina em impulsos electroquímicos. A operação motora permite
dirigir e fixar o olhar sobre um ponto específico.

O olho é recoberto por uma membrana espessa e opaca denominada esclera, onde são
ligados os músculo responsáveis pelos movimentos do olho. Na parte frontal existe uma
zona transparente denominada córnea. Atrás da córnea fica a íris, que funciona como
um diafragma, que regula a entrada de luz, no olho.

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A abertura por onde a luz entra chama-se pupila. A pupila é comandada por um músculo
que regula o seu diâmetro, permitindo-o variar de um a oito milímetros, conforme a
intensidade da luz incidente. O espaço entre a córnea e a íris é denominado câmara
anterior.
Em contacto com a parte posterior da íris encontra-se o cristalino, um corpo
transparente com a forma de lente, circundado pelo músculo ciliar. Todo o espaço
situado atrás do cristalino, circundado pela parede interior do olho é cheio de uma
substância gelatinosa transparente, denominada humor vítreo.
A parede interior do olho chama-se retina, sendo a sua zona mais sensível, perto da
ligação com o nervo óptico, a fóvea.

Quando olhamos para um objecto luminoso ou iluminado, alguns dos infinitos raios de
luz dele provenientes, entram no olho através da pupila. Depois de serem refractados
nos diversos meios transparentes, esses raios formam sobre a retina uma imagem real do
objecto.
Na retina existem dois tipos de células fotosensíveis, os cones e os bastonetes. Os cones
são mais sensíveis às cores e os bastonetes recebem melhor tonalidades de cinza e preto.
Essas células transformam a energia luminosa incidente em impulsos electroquímicos.
De cada célula parte uma ramificação, formando todas o nervo óptico, que dirige os

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impulsos até ao cérebro, onde são retirados os elementos necessários para construção de
imagens compreensíveis do objecto para o qual estamos a olhar.

Um dos factores importantes da visão humana é a capacidade de acomodação, que


consiste na capacidade de focar os objectos. Esta capacidade é controlada pelo músculo
ciliar, que altera a curvatura do cristalino consoante a distância a que se encontra o
objecto a focar.
Quando o olho está em repouso, o músculo ciliar fica relaxado e o cristalino adopta a
curvatura mínima dizendo-se nesse caso que o olho está acomodado para o infinito.
Quando o músculo ciliar se contrai, a curvatura do cristalino fica mais pronunciada,
permitindo formar sobre a retina imagens nítidas de objectos até uma distância mínima
ao olho (acomodação para o ponto próximo). Para conseguir ver nitidamente a essa
distância é necessário algum esforço.
A distância do ponto próximo vai aumentando progressivamente com a idade, devido ao
enrijecer do cristalino.
IDADE PONTO PRÒXIMO
10 – 16 Anos 8 cm
30 Anos 12 cm
45 Anos 25 cm
50 Anos 50 cm
60 Anos 100 cm

Existem vários erros de óptica que podem ser genéticos, ou causados por uma utilização
deficiente do aparelho visual. Essa utilização deficiente pode passar por estar exposto a
condições de iluminação inadequadas.
Os erros de óptica mais comuns são:
 PRESBIOPIA – Perda de capacidade de acomodação por endurecimento do
cristalino com a idade.
 ASTIGMATISMO – Alterações dos contornos da córnea ou do cristalino, com
pontos de focagem diferentes consoante o ângulo de incidência.

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 HIPERMETROPIA – Focagem atrás da retina, que origina falha na visão


proximal, podendo deve ser corrigida com lente convexa.
 MIOPIA – Focagem antes da retina, que origina falha na visão à distância,
podendo ser corrigida com lente côncava.

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3. Riscos

Uma iluminação má ou desadequada do local de trabalho é um risco que pode originar


acidentes de trabalho, ou degradação da saúde dos trabalhadores, podendo degenerar
numa doença profissional.

O risco de iluminação mais provável de originar um acidente de trabalho é o simples


facto de uma iluminação deficiente potenciar a exposição de uma pessoa a outros riscos.
Numa sala com máquinas em movimento, mesmo que existam sinais de perigo, ou
protecções, se a iluminação não for adequada, existe sempre o risco de um trabalhador
ser vítima de um acidente devido ao facto de não conseguir ver nem os sinais, nem o
perigo do movimento das máquinas
Como tal, dentro da filosofia de que todos os riscos existentes devem ser bem
identificados, a iluminação toma uma importância fundamental nessa identificação, pois
aquilo que não se consegue ver desconhece-se ou esquece-se.

Relacionado ainda com acidentes de trabalho existe o risco do efeito estroboscópico. O


efeito estroboscópico consiste num fenómeno que ocorre quando a frequência da
radiação luminosa num determinado espaço iguala em valor ou valores múltiplos a
frequência de uma qualquer máquina rotativa desse local. Quando essas condições são
satisfeitas a visão humana não consegue detectar o movimento da máquina em questão,
dando a falsa sensação de que esta se encontra parada. Este fenómeno é muito frequente
quando se iluminam máquinas rotativas, que funcionam a uma frequência de 50Hz, com
lâmpadas fluorescentes, que acendem e apagam a uma frequência de 100Hz.

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A saúde de um trabalhador é influenciada pelos seguintes factores:


 Níveis de iluminação desadequados do local de trabalho (muito baixos ou muito
altos).
 Encadeamentos sucessivos e contínuos.
 Cor da luz existente desadequada ao trabalho a executar.
 Funcionamento deficiente da iluminação (lâmpadas que não mantêm um fluxo
luminoso constante, reflector ou difusores sujos, janelas sujas, Tc)

Os factores apresentados podem provocar as consequências seguintes.

Fadiga Visual
È um fenómeno psicofisiológico muscular (fadiga dos músculos da visão) e nervoso
(esgotamento dos neurotransmissores), que é potenciado por solicitações repetitivas e
monótonas a níveis deficientes de iluminação, encadeamentos, e cores berrantes.
Os sintomas são olhos vermelhos, lacrimejo, contraturas, dor e ardor dos olhos.

A fadiga visual repetitiva pode causar:


 Stress
 Depressão
 Alterações do Sistema Nervoso
 Angústia
 Origem ou agravamento de doenças como estigmatismo, miopia, etc.

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4. Teoria

No âmbito da Higiene e Segurança no Trabalho, um técnico, depois de analisar os riscos


inerentes a uma determinada situação, deve actuar aplicando medidas de prevenção,
e/ou medidas de protecção, intervindo desta forma nas duas variáveis mais importantes
na avaliação de riscos, probabilidade e gravidade.

Medidas de prevenção são aquelas que se tomam para eliminar, ou minimizar o risco,
alterando desta forma a probabilidade de o acidente acontecer.

Medidas de protecção são aquelas que se tomam para proteger as pessoas ou


equipamento em caso de acidente, alterando assim a gravidade do acidente, caso este
aconteça.

De acordo com as definições apresentadas, dentro do tema iluminação no local de


trabalho, o técnico de HST deve sempre optar por:

APLICAR MEDIDAS DE PREVENÇÃO, EM DETRIMENTO DE MEDIDAS DE PROTECÇÃO

pois todos os riscos inerentes à iluminação podem ser eliminados.

Por exemplo, no caso de uma sala mal iluminada, com o risco de queda de pessoas
devido á má iluminação, o técnico deve iluminar melhor a sala (medida de prevenção), e
não equipar os trabalhadores com protecções contra quedas (medida de protecção).

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5. Enquadramento legal;

Com base nos normativos em vigor, a legislação aplicável às questões de iluminação em


termos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho resumem-se aos seguintes:
 Portaria nº 53/71, de 3 de Fevereiro, alterada pela portaria nº 702/80, de 22 de
Setembro – Regulamento Geral de Segurança e Higiene no Trabalho nos
Estabelecimentos Industriais.
 Decreto-Lei nº 243/86, de 20 de Agosto – Regulamento Geral de Segurança e
Higiene no Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, Escritórios e Serviços.
 Decreto-Lei nº 162/90, de 22 de Maio – Regulamento Geral de Segurança e
Higiene no Trabalho nas Minas e Pedreiras.
 Decreto-Lei nº 740/74, de 26 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 303/76,
de 26 de Abril, e pelo Decreto-Regulamentar nº 90/84, de 26 de Dezembro –
Regulamento de Segurança de Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas.

Todas as menções a iluminação nesta Legislação, do ponto de vista da Higiene, são


pouco específicas, limitando-se a dizer que as condições devem ser tais que não ponham
em risco a saúde dos utilizadores destes locais, mas não definem valores limite, ou
medidas concretas que devem ser tomadas.
Existem no entanto tabelas com níveis de iluminação definidos em lux, para diferentes
tipos de actividades. Estas tabelas foram essencialmente desenvolvidas por fabricantes
de lâmpadas, sendo já reconhecidas em alguns países como normas. De seguida são
apresentados diversos quadros com os níveis de iluminância adequados a locais de
trabalho, ou tarefas a executar.

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Norma DIN 5035

Nível Iluminância (lx) Actividade

1 15

2 30
Orientação, só estadias
temporárias
3 60

4 120 Trabalhos em armazéns, estaleiros, minas


Tarefas visuais ligeiras
com contrastes elevados
Salas de espera, trabalhos de pintura e
5 250 polimento

Trabalhos em escritórios, processamento de


6 500 dados, leitura
Tarefas visuais normais
com detalhes médios
7 750 Tingimento de couro, rebarbagem de vidro

8 1000 Desenho técnico, comparação de cores


Tarefas visuais exigentes
com pequenos detalhes
Montagem de pequenos elementos em
9 1500 electrónica

Montagem de componentes miniaturizados,


10 2000 Tarefas visuais muito trabalhos de relojoaria, gravação
exigentes com detalhes
muito pequenos Montagem fina, com tolerâncias muito
11 3000 apertadas

12 ≥ 5000 Casos especiais Salas de operações

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Norma DIN 5035


Nível médio de
Finalidade do espaço ou tipo de actividade
iluminação (lx)

 Armazéns
 Passagem de pessoas e veículos em edifícios
 Vestíbulos, sanitários e balneários
 Terminais de carga e descarga
100
 Áreas de produção com intervenções humanas ocasionais
 Casa de caldeiras

 Espaços de armazenamento onde são necessárias funções de leitura, expedição


 Áreas de produção constantemente ocupadas na indústria
 Montagem de pouca precisão, fundições 200
 Construções em aço
 Áreas de escritório com acesso ao público

 Escritórios com secretárias próximas de janelas, salas de reuniões e de conferências


 Sopragem de vidro, tornear, furar, frezar, montagem de menor precisão
 Stands de feiras, secretárias de comando, salas de comando
300
 Locais de venda

 Escritórios, tratamento de dados, secretárias


 Lixar, polir vidro, montagens de precisão
 Montagem de sistemas de comunicação, motores de pequenas dimensões 500
 Escolha de madeiras
 Trabalho com máquinas de carpintaria/marcenaria

 Escritórios de grandes dimensões, reflexão elevada


 Desenho técnico (estirador)
 Gravação e inspecção em metais 750
 Áreas de inspecção (fundição)
 Controlo de falhas (madeira, cabedal, etc.)
 Escritórios de grandes dimensões, reflexão média
 Análise e controlo de cores, inspecção de materiais
 Montagem de aparelhos de precisão (eléctrica)
1000
 Produção de peças de joalharia, retoques, etc.

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6. Medidas de Prevenção;

6.1 Luz Natural

Na decisão sobre medidas de prevenção a adoptar, o técnico deve ter em conta se deve
optar por iluminação natural, ou iluminação artificial, ou ainda ambas em simultâneo.

ILUMINAÇÃO NATURAL VS ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL

Factores a ter em conta na utilização de iluminação natural:


 A luz do sol é a radiação mais completa que existe em termos de comprimentos
de onda de radiação visível, como tal a mais saudável para os olhos humanos.
 Para pessoas que trabalham em espaços fechados permite o contacto com o
exterior.
 Ajusta os ritmos cronobiológicos do ser humano.
 Não implica o gasto de outro tipo de energia (eléctrica, mecânica, Tc).
 Durante o período da noite não se encontra disponível.
 Existem determinados locais de trabalho que não podem ter entradas de luz
natural (arcas congeladoras).
 Não se consegue ter um controlo eficaz do nível de iluminação natural num
determinado espaço.
 Não se consegue ter níveis de iluminância muito elevados, no caso de trabalhos
de precisão

Factores a ter em conta na utilização de iluminação artificial.


 Permite um controlo eficaz dos níveis de iluminação, e do direccionamento do
fluxo luminoso.
 A sua utilização implica o consumo de uma fonte de energia alternativa.
 Está disponível 24 horas por dia.

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 O espectro da radiação emitida não consegue abranger todos os comprimentos


de onda.
 É de fácil manipulação no sentido de se obter diferentes cores.
 Necessita da utilização de mais equipamentos, e consequentemente de mais
manutenção.
 Está mais sujeita a falhas, ou funcionamentos deficientes.

Baseado nestes factores pode-se concluir que a iluminação natural deve ser, sempre que
possível utilizada nos postos de trabalho, utilizando a iluminação artificial como um
complemento nos casos em que a luz do sol não é adequada ou suficiente.

Para uma correcta utilização de iluminação natural deve-se ter em conta o seguinte:
 Entradas de luz altas são mais eficazes que entradas de luz baixas.
 Evitar a incidência directa do sol, utilizando palas ou estores.
 Área de janela/Área de pavimento = 1/5
 Distância entre edifícios = Dobro da sua altura.
 Definir entradas de luz de acordo com o movimento do sol. No caso de Portugal,
as entradas de luz devem estar preferencialmente voltadas para Norte, pois dessa
forma estão sempre voltadas para o sol.

Desta forma é preferível actuar ainda na fase de projecto do espaço a intervir, pois é
possível definir aspectos de arquitectura tais como:
 Localização, tamanho e tipo de entradas de luz.
 Estrutura e localização dos edifícios.
 Tamanho das divisões

Nos casos em que não é possível actuar na arquitectura dos edifícios, podem ser
tomadas medidas correctivas:
 Utilização de estores, se necessário.
 Alteração dos postos de trabalho para um melhor aproveitamento da luz.

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 Utilização de materiais reflectores nos tectos e paredes.

Em qualquer caso é sempre necessário realizar manutenção, que geralmente passa por:
 Manter as entradas de luz limpas e desobstruídas.
 Manter estores e outros equipamentos que se utilizem para controlar a luz
natural limpos e em bom estado de funcionamento.

6.2 Níveis de iluminância

Tal como já foi referenciado, o nível de iluminância é um factor importante na avaliação


da Iluminação do Local de Trabalho.
De acordo com a tarefa a realizar, e a sua exigência ao nível da visão humana, assim
também varia o nível de iluminância adequado.
Neste caso, o método de actuação do técnico de HST num local de trabalho deverá ser o
seguinte:
1. Determinar qual o nível de iluminância adequado a esse local.
2. Calcular qual o nível de iluminância existente nesse local.
3. Em caso do nível não ser adequado, aplicar medidas de correcção

Para determinar o nível de iluminação adequado a um local de trabalho, pode-se


consultar uma das tabelas mencionadas no capítulo 5 – Enquadramento Legal, ou
utilizar-se métodos mais completos de cálculo, como o método de correcção do nível de
iluminação em função das condições de trabalho.
O método de correcção do nível de iluminação em função das condições de trabalho,
baseia-se na norma NF X35, e consiste em, a partir de um nível de iluminação
requerido, obter um nível de iluminação corrigido, de acordo com as condições de
trabalho detectadas. Para utilizar este método utiliza-se a tabela da página seguinte.

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O cálculo do nível de iluminância do local pode ser feito manualmente, através da


recolha de valores utilizando um luxímetro, ou pode ser feito realizando uma simulação
em programas de computador que existem para esse efeito.

Em caso de ser necessário realizar uma correcção, o técnico pode intervir nas seguintes
variáveis:
 Redistribuição dos pontos de luz existentes.
 Aumento do número de pontos de luz existentes.
 Aumento da potência das lâmpadas dos pontos de luz existentes.
 Substituição dos pontos de luz existentes por outros.

Os programas de simulação para cálculo de iluminação, também poderão ser úteis


nestas ocasiões, para a criação de cenários, no sentido de encontrar a solução ideal.
Também importante é o conhecimento das curvas fotométricas dos diferentes aparelhos
luminotécnicos.

6.3 Efeito da Cor

Devido ao facto de as cores terem um efeito psicodinâmico importante sobre o ser


humano, a escolha da cor do local de trabalho é um factor de risco importante.
Na escolha das cores o técnico de HST deve ter em conta a cor da luz, mas também a
cor das paredes, chão e tecto.
De seguida apresentam-se tabelas com os efeitos psicodinâmicos que as várias cores
têm sobre o ser humano.

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 Opressivas
 Cansativas
Cores Escuras
 Absorvem luz
 Difíceis de manter limpas

 Frescas
 Acolhedoras
Cores Claras
 Difundem mais luz
 Motivam maior limpeza

Cores Frias  Aumentam as dimensões do recinto

Cores Quentes  Diminuem as dimensões do recinto

COR Efeito de Distância Efeito de Temperatura Efeito Psíquico

azul afastamento frio calmante

verde afastamento frio e neutro muito calmante


muito estimulante,
vermelho aproximação quente
cansativo
laranja muita aproximação muito quente excitante

amarelo aproximação muito quente excitante


muita aproximação,
castanho neutro excitante
claustrofobia
agressivo, cansativo,
violeta muita aproximação frio
deprimente

6.4 Distribuição Uniforme

Se, por exemplo num escritório o nível de iluminância for de 500 lux, ao consultar-se
uma tabela concluí-se que o nível de iluminação desse local é adequado. No entanto, a
distribuição de luz pode não ser uniforme, pois 500 lux é um valor médio. Se metade
desse escritório tiver um valor de iluminância de 50 lux, e outra metade 950 lux, o
escritório no seu todo continua com 500 lux de nível médio de iluminação, mas a
distribuição do fluxo luminoso não é harmoniosa.

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Uma distribuição do fluxo luminoso não uniforme aumenta o risco de:


 Encadeamento por reflexões.
 Contrastes excessivos
 Sombras muito carregadas.

Os factores que influenciam a distribuição do fluxo luminoso são:


 A forma de disposição dos pontos de luz.
 Os coeficientes de reflexão das paredes, tectos, pavimentos e mobiliário.
 O posicionamento dos pontos de luz relativamente aos postos de trabalho.

Desta forma um técnico de HST deve agir no sentido de obter os seguintes resultados.

CONTRASTE
Em termos de contraste, partindo do posto de trabalho (secretária, bancada), o brilho
deve estar sempre no centro, e ir escurecendo para a periferia
 Contraste no centro – inferior a 3:1
 Contraste com a vizinhança – inferior a 10:1
 Contraste com o fundo – inferior a 20:1
 Brilho máximo admissível – 40:1

REFLEXÃO
Devem ser respeitados os seguintes coeficientes de reflexão:
 Tecto – 80% a 90%
 Paredes – 40% a 60%
 Mobiliário – 25% a 45%
 Equipamentos – 30% a 50%
 Pavimento – 20% a 40%

COLOCAÇÃO DOS PONTOS DE LUZ

 Devem ser colocados preferencialmente no tecto.

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 Num determinado espaço ou divisão devem ser todos iguais.


 Devem ser dispostos com distâncias iguais entre eles, e metade dessa distância
ás paredes, tal como está demonstrado na figura seguinte.

RELAÇÃO POSTO DE TRABALHO - LOCALIZAÇÃO DE PONTOS DE LUZ

 Os pontos de luz não devem estar no campo de visão do trabalhador, que em


média é 30º acima do eixo de visão (situação 1 da figura seguinte).
 Os pontos de luz não devem ser colocados de forma que o seu reflexo no plano
de trabalho encandeie o trabalhador (situação 2 da figura seguinte).
 Os pontos de luz devem ser colocados lateralmente, de forma a não estarem no
campo de visão do trabalhador, e não o encadearem por reflexo (situação 3 da
figura seguinte).

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6.5 Efeito Estroboscópico

Também como já foi referido, o efeito estroboscópico é mais frequente nas máquinas
rotativas iluminadas com armaduras fluorescentes.
Esse efeito pode ser eliminado de duas formas:
 Substituir as armaduras fluorescentes por pontos de luz com lâmpada
incandescente.
 Manter as armaduras fluorescente, mas ligar duas lâmpadas fluorescentes que
estejam a iluminar a mesma máquina, a duas fases diferentes do sistema trifásico
de tensão eléctrica. Desta forma, a cintilação das lâmpadas passa a ocorrer
desfasada, e o efeito estroboscópico anula-se.

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7. Medidas de Protecção;

Não aplicável aos riscos de iluminação.

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8. Casos práticos, exemplos, imagens, etc.

Neste capítulo apresentam-se algumas recomendações gerais relativas à iluminação no


local de trabalho.

 Sempre que possível aproveitar a iluminação natural.


 As superfícies de iluminação natural devem ser mantidas limpas e desobstruídas.
 Verificar regularmente o estado de funcionamento das fontes de iluminação
artificial.
 Proceder à pronta substituição das lâmpadas que se encontram em mau estado.
 Utilizar cores claras nas paredes, tectos ou outras superfícies, para reduzir a
absorção da luz.
 Verificar regularmente os balastros das lâmpadas fluorescentes (uma vez por
ano).
 Junto a peças móveis rotativas não utilizar apenas uma lâmpada fluorescente,
para evitar o efeito estroboscópico.
 Evitar grandes diferenças de iluminação entre espaços contíguos.
 Para reduzir o encadeamento:
– Utilizar vários focos de luz em detrimento de apenas um.
– Proteger as fontes de iluminação com anteparos adequados.
– Posicionar as fontes de iluminação longe da linha de visão.
– Evitar superfícies reflectoras.

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9. Bibliografia

VEIGA, Rui e outro; Junho 2000; -Higiene, Segurança, Saúde e Prevenção de


Acidentes de Trabalho; Verlag Dashöfer Edições Profissionais, Lda.

ROXO, Manuel M. e outro; Fevereiro 2000; -Segurança e Saúde no Trabalho –


Legislação Anotada; Almedina.

MIGUEL, Alberto Sérgio; -Manual de Higiene e Segurança do Trabalho; Porto


Editora.

VEIGA, Rui; - Apontamentos de HSST – Iluminação.

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INSTITUTO SUPERIOR DE LÍNGUAS E ADMINISTRAÇÃO


ISLA – SANTARÉM

PÓS GRADUAÇÃO EM HIGIENE E SEGURANÇA NO TRBALHO

MÓDULO VII – HIGIENE DO TRABALHO

ILUMINAÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO

Autor:
Manuel Mariano Figueiredo Bartolomeu

SANTARÉM
ABRIL 2003

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