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Índice
1. Introdução ao tema.................................................................................2
2. Conceitos...............................................................................................3
2.1 Luz..................................................................................................3
2.2 Fotometria......................................................................................3
2.3 Tipos de Iluminação.......................................................................6
2.3.1 Quanto à Fonte............................................................................6
2.3.2 Quanto ao Receptor....................................................................7
2.4 Visão Humana................................................................................8
3. Riscos...................................................................................................12
4. Teoria...................................................................................................14
5. Enquadramento legal;..........................................................................15
6. Medidas de Prevenção;........................................................................18
6.1 Luz Natural...................................................................................18
6.2 Níveis de iluminância...................................................................20
6.3 Efeito da Cor................................................................................22
6.4 Distribuição Uniforme..................................................................23
6.5 Efeito Estroboscópico...................................................................26
7. Medidas de Protecção;.........................................................................27
8. Casos práticos, exemplos, imagens, etc...............................................28
9. Bibliografia..........................................................................................29
1. Introdução ao tema
Para abordar o risco da Iluminação no Local de Trabalho, o Técnico de HST, deve ter,
além dos conhecimentos gerais de Higiene e Segurança, conhecimentos técnicos gerais,
específicos do tema, tais como:
Grandezas relacionadas com iluminação (Luminância, Iluminância, Tc).
Fenómenos de propagação, reflexão, absorção, difusão da luz.
Tipos de aparelhos de iluminação e suas características.
2. Conceitos
2.1 Luz
2.2 Fotometria
Intensidade luminosa - I
É o fluxo luminoso (fornecido pelo fabricante do aparelho)
emitido numa determinada direcção (ângulo sólido medido em
esterradianos – sr), dada pela relação entre uma superfície cortada
numa esfera e o quadrado do raio dessa esfera. A unidade é a candela
– cd.
Iluminância - E
É a medida do fluxo luminoso incidente por unidade de superfície S. A unidade de
medida é o lux – lx.
Luminância - L
É a medida do fluxo luminoso emitido, transferido ou reflectido numa determinada
direcção por unidade de superfície perpendicular ao fluxo. A unidade é o apostilbs – asb
ou a candela por centímetro quadrado – cd/cm2, onde 1 asb = 1/ cd/cm2.
Contraste - C
É a relação entre a luminância do objecto e a luminância do plano de fundo. Pode ser
calculado com a fórmula apresentada de seguida.
Reflexão
É um parâmetro que traduz a medida da porção de luz reflectida por uma dada
superfície. A reflexão é uma propriedade intrínseca dos materiais, e é tratada como um
coeficiente, que relaciona o valor do fluxo luminoso incidente sobre uma determinada
superfície, com a percentagem desse fluxo que é reflectida. Por exemplo, se todo o
fluxo incidente for reflectido, o coeficiente de reflexão dessa superfície é igual a 1 (um
espelho).
A reflexão pode ser:
Directa – Os ângulos de incidência e de reflexão dos raios de luz são iguais
(superfície muito lisa e polida).
Difusa – As superfícies reflectoras só brilham sob certos ângulos quando
iluminadas (reflexos nítidos na superfície de um material baço).
Mista – Mistura de reflexão directa com reflexão difusa.
A iluminação artificial provém de uma fonte de energia que não o sol, e a gama de
comprimento de onda do espectro da radiação visível abrangida varia consoante a fonte.
As fontes de iluminação artificial que interessam ao estudo da iluminação no local de
trabalho são as lâmpadas.
Nesta análise não são incluídas lâmpadas especiais como lâmpadas infra-vermelhos, ou
ultra-violeta, que são utilizadas em locais de trabalho como, zonas de detecção de falhas
em linhas de produção, ou câmaras de revelação fotográfica, porque o objectivo dessas
lâmpadas não é o de iluminar o local de trabalho.
As lâmpadas incandescentes são as que emitem uma luz mais próxima das
características da luz solar. No entanto o seu fraco rendimento torna a sua utilização
inviável na iluminação de espaços amplos. Devem ser utilizadas em iluminação de
espaços específicos de trabalho, como candeeiros de mesa, bancada de trabalho de
precisão.
Iluminação Indirecta: A luz incide sobre o receptor por meio de reflexão em outras
superfícies ou corpos.
A visão humana é um sistema complexo assegurado por três operações principais, que
realizadas em conjunto, permite ao olho transformar luz em impulsos electroquímicos
enviados ao cérebro através do nervo óptico. A operação óptica recepciona a energia
luminosa e encaminha-a para a retina. A operação sensorial transforma a imagem
luminosa projectada na retina em impulsos electroquímicos. A operação motora permite
dirigir e fixar o olhar sobre um ponto específico.
O olho é recoberto por uma membrana espessa e opaca denominada esclera, onde são
ligados os músculo responsáveis pelos movimentos do olho. Na parte frontal existe uma
zona transparente denominada córnea. Atrás da córnea fica a íris, que funciona como
um diafragma, que regula a entrada de luz, no olho.
A abertura por onde a luz entra chama-se pupila. A pupila é comandada por um músculo
que regula o seu diâmetro, permitindo-o variar de um a oito milímetros, conforme a
intensidade da luz incidente. O espaço entre a córnea e a íris é denominado câmara
anterior.
Em contacto com a parte posterior da íris encontra-se o cristalino, um corpo
transparente com a forma de lente, circundado pelo músculo ciliar. Todo o espaço
situado atrás do cristalino, circundado pela parede interior do olho é cheio de uma
substância gelatinosa transparente, denominada humor vítreo.
A parede interior do olho chama-se retina, sendo a sua zona mais sensível, perto da
ligação com o nervo óptico, a fóvea.
Quando olhamos para um objecto luminoso ou iluminado, alguns dos infinitos raios de
luz dele provenientes, entram no olho através da pupila. Depois de serem refractados
nos diversos meios transparentes, esses raios formam sobre a retina uma imagem real do
objecto.
Na retina existem dois tipos de células fotosensíveis, os cones e os bastonetes. Os cones
são mais sensíveis às cores e os bastonetes recebem melhor tonalidades de cinza e preto.
Essas células transformam a energia luminosa incidente em impulsos electroquímicos.
De cada célula parte uma ramificação, formando todas o nervo óptico, que dirige os
impulsos até ao cérebro, onde são retirados os elementos necessários para construção de
imagens compreensíveis do objecto para o qual estamos a olhar.
Existem vários erros de óptica que podem ser genéticos, ou causados por uma utilização
deficiente do aparelho visual. Essa utilização deficiente pode passar por estar exposto a
condições de iluminação inadequadas.
Os erros de óptica mais comuns são:
PRESBIOPIA – Perda de capacidade de acomodação por endurecimento do
cristalino com a idade.
ASTIGMATISMO – Alterações dos contornos da córnea ou do cristalino, com
pontos de focagem diferentes consoante o ângulo de incidência.
3. Riscos
Fadiga Visual
È um fenómeno psicofisiológico muscular (fadiga dos músculos da visão) e nervoso
(esgotamento dos neurotransmissores), que é potenciado por solicitações repetitivas e
monótonas a níveis deficientes de iluminação, encadeamentos, e cores berrantes.
Os sintomas são olhos vermelhos, lacrimejo, contraturas, dor e ardor dos olhos.
4. Teoria
Medidas de prevenção são aquelas que se tomam para eliminar, ou minimizar o risco,
alterando desta forma a probabilidade de o acidente acontecer.
Por exemplo, no caso de uma sala mal iluminada, com o risco de queda de pessoas
devido á má iluminação, o técnico deve iluminar melhor a sala (medida de prevenção), e
não equipar os trabalhadores com protecções contra quedas (medida de protecção).
5. Enquadramento legal;
1 15
2 30
Orientação, só estadias
temporárias
3 60
Armazéns
Passagem de pessoas e veículos em edifícios
Vestíbulos, sanitários e balneários
Terminais de carga e descarga
100
Áreas de produção com intervenções humanas ocasionais
Casa de caldeiras
6. Medidas de Prevenção;
Na decisão sobre medidas de prevenção a adoptar, o técnico deve ter em conta se deve
optar por iluminação natural, ou iluminação artificial, ou ainda ambas em simultâneo.
Baseado nestes factores pode-se concluir que a iluminação natural deve ser, sempre que
possível utilizada nos postos de trabalho, utilizando a iluminação artificial como um
complemento nos casos em que a luz do sol não é adequada ou suficiente.
Para uma correcta utilização de iluminação natural deve-se ter em conta o seguinte:
Entradas de luz altas são mais eficazes que entradas de luz baixas.
Evitar a incidência directa do sol, utilizando palas ou estores.
Área de janela/Área de pavimento = 1/5
Distância entre edifícios = Dobro da sua altura.
Definir entradas de luz de acordo com o movimento do sol. No caso de Portugal,
as entradas de luz devem estar preferencialmente voltadas para Norte, pois dessa
forma estão sempre voltadas para o sol.
Desta forma é preferível actuar ainda na fase de projecto do espaço a intervir, pois é
possível definir aspectos de arquitectura tais como:
Localização, tamanho e tipo de entradas de luz.
Estrutura e localização dos edifícios.
Tamanho das divisões
Nos casos em que não é possível actuar na arquitectura dos edifícios, podem ser
tomadas medidas correctivas:
Utilização de estores, se necessário.
Alteração dos postos de trabalho para um melhor aproveitamento da luz.
Em qualquer caso é sempre necessário realizar manutenção, que geralmente passa por:
Manter as entradas de luz limpas e desobstruídas.
Manter estores e outros equipamentos que se utilizem para controlar a luz
natural limpos e em bom estado de funcionamento.
Em caso de ser necessário realizar uma correcção, o técnico pode intervir nas seguintes
variáveis:
Redistribuição dos pontos de luz existentes.
Aumento do número de pontos de luz existentes.
Aumento da potência das lâmpadas dos pontos de luz existentes.
Substituição dos pontos de luz existentes por outros.
Opressivas
Cansativas
Cores Escuras
Absorvem luz
Difíceis de manter limpas
Frescas
Acolhedoras
Cores Claras
Difundem mais luz
Motivam maior limpeza
Se, por exemplo num escritório o nível de iluminância for de 500 lux, ao consultar-se
uma tabela concluí-se que o nível de iluminação desse local é adequado. No entanto, a
distribuição de luz pode não ser uniforme, pois 500 lux é um valor médio. Se metade
desse escritório tiver um valor de iluminância de 50 lux, e outra metade 950 lux, o
escritório no seu todo continua com 500 lux de nível médio de iluminação, mas a
distribuição do fluxo luminoso não é harmoniosa.
Desta forma um técnico de HST deve agir no sentido de obter os seguintes resultados.
CONTRASTE
Em termos de contraste, partindo do posto de trabalho (secretária, bancada), o brilho
deve estar sempre no centro, e ir escurecendo para a periferia
Contraste no centro – inferior a 3:1
Contraste com a vizinhança – inferior a 10:1
Contraste com o fundo – inferior a 20:1
Brilho máximo admissível – 40:1
REFLEXÃO
Devem ser respeitados os seguintes coeficientes de reflexão:
Tecto – 80% a 90%
Paredes – 40% a 60%
Mobiliário – 25% a 45%
Equipamentos – 30% a 50%
Pavimento – 20% a 40%
Também como já foi referido, o efeito estroboscópico é mais frequente nas máquinas
rotativas iluminadas com armaduras fluorescentes.
Esse efeito pode ser eliminado de duas formas:
Substituir as armaduras fluorescentes por pontos de luz com lâmpada
incandescente.
Manter as armaduras fluorescente, mas ligar duas lâmpadas fluorescentes que
estejam a iluminar a mesma máquina, a duas fases diferentes do sistema trifásico
de tensão eléctrica. Desta forma, a cintilação das lâmpadas passa a ocorrer
desfasada, e o efeito estroboscópico anula-se.
7. Medidas de Protecção;
9. Bibliografia
Autor:
Manuel Mariano Figueiredo Bartolomeu
SANTARÉM
ABRIL 2003