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O livro Mensagem é dividido em 3 partes: Brasão, Mar Português e O Encoberto,

não estando estes em um arranjo simétrico e uniforme, mas cada parte seguem uma
subdivisão hierárquica. Na segunda parte de Brasão, Os Castelos, temos os quatro
poemas iniciais: Ulisses, Viriato, D. Henrique e D. Tareja. Analisaremos formalmente os
quatro começando por Ulisses, poema de três estrofes, sendo as três, quintilha. Seus
versos possuem 7 sílabas métricas nos quatro primeiros, e 4 sílabas métricas no último.
Rimas cruzadas, predominantemente pobre e graves. Possui encavalgamentos. Suas
figuras de linguagem são: metonímia (Lisboa é Portugal), presença de silogismos (O mito é
o nada que é tudo), paradoxos e antíteses (Foi por não ser existindo).
Passando ao segundo, Viriato, poema com três quartetos, doze versos, com todos
os seus versos octossílabos. Rimas cruzadas, grave e aguda alternadamente nos dois
primeiros quartetos e apenas grave no terceiro. As figuras de linguagem são, metáforas
(haste), sinédoque (a raça - os portugueses).
D. Henriques, o terceiro poema, tem três estrofes irregulares, oito versos, com 4, 3,
1 versos respectivamente, tendo alternadamente, 8 e 4 sílabas métricas. Com rimas
cruzadas, os poemas retoma o silogismo de Ulisses (todo começo é involuntário), metáforas
(erguer - erguer a nação).
Para finalizar, D. Tareja, poema com 4 quartetos, com 16 versos ao todo, cada uma
tem três versos de 8 sílabas e um de 4. Rimas cruzadas. Suas figuras de linguagem são a
apóstrofe (Ó mãe de reis) e o epíteto (seio augusto).

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