Gêneros Literários

1. A Teoria dos Gêneros

 Conceito geral: mecanismo classificatório das obras
o A propensão natural do homem para catalogar as coisas
 Platão – tragédia, comédia e epopeia
 Aristóteles – lírica, épica e dramática
o A natureza da mimese
 Horácio (a descoberta da essência profunda) e Quintiliano (o aspecto docente e
moralizador)

2. História dos Gêneros

 A idade média – abertura para escritos pagãos e regionais
 A fase normativa – a Renascença e a pureza dos gêneros
o O gênero como algo preexistente à atividade criadora do artista
o Hierarquia de valor – a tragédia e a epopeia no ápice da pirâmide classificatória
 A questão dos gêneros na época do Romantismo – gêneros impuros, mistos ou
comunicantes
o É a atividade criadora que configura e reconfigura os gêneros
o A individualidade da obra literária
 A fase moderna e o combate à noção de gênero
o A variedade de propostas e suportes apresentados pelas vanguardas e pela
modernidade
 A fase contemporânea – a abertura do campo conceitual do gênero e a dificuldade de
pisar em um terreno de instabilidades

3. A Natureza do Gênero
 Confusão em torno dos termos gênero, espécie e forma
 A funcionalidade dos gêneros literários
o O reconhecimento das formas – os gêneros não são leis ou regras fixas, mas
categorias relativas que o escritor manuseia segundo sua vontade
o A estrutura por meio da qual a imaginação literária se manifesta e um recurso
que permite captar a realidade
 o Cada gênero desempenha funções específicas que ajudam a captar um
fragmento da realidade
o O escritor deve escolher o gênero adequado à emoção e ao sentimento que
deseja transmitir

4. Alguns Percursos
 A teoria evolutiva e transformadora dos gêneros (Lukacs)
o Da epopeia ao romance
 A contribuição de Bakhtin:
o Gênero, linguagem e prática social

5. Classificação

Gêneros Literários Espécies Formas

Poesia Lírica Soneto, ode, elegia etc.

Épica Epopeia

Prosa – Conto

Novela

Romance

Crônica
 Formas Poéticas
Trova
Também chamada de “quadra” ou “quadrinha”,
as trovas são poemas de uma estrofe que foram
criados no século XIII. Representa um poema de
quatro versos heptassílabos que juntos formam
uma estrofe.
Vilancete
Corresponde à “cantiguinha vilã”. Tal
composição origina-se de um mote pequeno,
sendo esse popular ou alheio, desenvolvendo
depois nas coplas (estrofes) da glosa ou volta e
se constituindo do metro tradicional, ou seja,
aquele formado de cinco a sete sílabas.
Balada
Poema de forma fixa composto de três oitavas e
uma quadra (ou quintilha), geralmente de
versos octossílabos. Feitos para
serem cantados e recitados de forma lenta
e melodiosa. Esta última estrofe menor recebe o
nome de oferenda ou ofertório (geralmente em
dedicatória ou pedido).
Rondó
É um poema de forma fixa composto de três
estrofes totalizando treze versos, donde dois
formam duas quadras, seguidas de uma
quintilha. No entanto, ele pode surgir de
maneira variada quanto a quantidade de versos
e estrofes.
Haicai
Poema de origem japonesa criado no século XVI,
os haicais são formados por três versos, e
seguem a seguinte estrutura: o primeiro verso
apresenta 5 sílabas poéticas (pentassílabo), o
segundo verso apresenta 7 sílabas poéticas
(heptassílabo) e o terceiro verso apresenta 5
sílabas poéticas (pentassílabo).
Écloga
É um poema ambientado na natureza, que
apresenta, na maioria das vezes, a forma de
um diálogo entre pastores ou o solilóquio de um
só pastor, de tal modo que pode ser
representado como uma pequena peça de
teatro.
Elegia
É um poema triste, melancólica ou complacente,
especialmente composta como música para
funeral, ou um lamento de morte. Devido ao seu
potencial estrutural para efeitos retóricos, o
dístico normalmente é utilizado em tal forma
poética.
Soneto
Poema composto por catorze versos, dos quais
dois deles são quartetos e dois são tercetos,
respectivamente.