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RIMAS – LUIS DE CAMÕES

Contextualização Histórico-literária
 Em que século viveu Luís de Camões?
Luís de Camões viveu no século XVI.

 Em que consistiu o Renascimento?


O Renascimento é um movimento cultural muito vasto que se iniciou em Itália,
no século XIV, e se espalhou por toda a Europa, nos séculos XV e XVI.

 O que é o Classicismo?
O Classicismo caracteriza-se pelo desejo de fazer renascer a Antiguidade greco-
romana, retomando os seus valores e adotando os seus modelos.

 Quem são os Humanistas?


Os Humanistas são os estudiosos que se dedicaram a interpretar e divulgar os
textos gregos e latinos.

A reflexão sobre a vida pessoal


 Na lírica camoniana encontramos uma reflexão sobre a vida pessoal do poeta?
A lírica camoniana constitui uma reflexão sobre a vida pessoal do poeta. Assim,
encontramos poemas onde se refere a experiência infeliz do amor, a revolta, a
vingança, o remorso, a recordação do bem passado, a tentação da morte, a
instabilidade ou o desnorte.

 A poesia lírica de Camões é sempre de caráter autobiográfico?


A poesia lírica de Camões apresenta poemas de caráter autobiográfico, no
entanto, os seus temas são variados, percorrendo a análise da vida interior, a
caracterização da realidade ou a afirmação do homem universal.

A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor


 Camões canta apenas o Amor não correspondido?
Na lírica camoniana, o Amor é cantado nas suas múltiplas formas. O poeta
evidencia um profundo conhecimento da alma humana, oferecendo-nos nos
seus poemas a sua experiência de vida.

 De que modo é diversificada a reflexão amorosa na lírica camoniana?


Na lírica camoniana, é apresentada a experiência amorosa e uma reflexão sobre
o Amor diversificada. Encontramos o Amor platónico contemplativo, o Amor-
paixão, o conflito interior decorrente do conflito amoroso, a oposição
razão/desejo, o sujeito dominado pelo Amor.

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A representação da Amada
 A temática da representação da amada, na lírica camoniana, surge nas
redondilhas ou nos sonetos?
Na lírica camoniana, a temática da representação da mulher amada surge tanto
nas redondilhas como nos sonetos. Estudamos várias redondilhas e sonetos que
apresentam retratos físicos e psicológicos da mulher amada.

 A mulher, na lírica camoniana, é sempre idealizada?


Na lírica camoniana, a mulher não é sempre uma figura angelical, inacessível e
intocável. Em algumas composições poéticas, encontramos uma figura
individualizada, uma mulher do mundo dos sentidos.

 Que características apresenta a mulher, segundo o modelo renascentista?


No modelo renascentista, a mulher apresenta fisicamente cabelo louro, olhos
azuis, pele branca. Psicologicamente, a mulher é portadora de inúmeras
qualidades que se refletem na sua beleza exterior.

 Camões inova no retrato da mulher amada ou limita-se a seguir modelos já


existentes?
A lírica camoniana recria modelos já existentes como é visível nas Trovas a
Bárbara escrava.

A representação da Natureza
 Que características apresenta geralmente a lírica camoniana?
Na lírica camoniana, a Natureza é geralmente diurna, natural e agradável.

 Que relações estabelece o sujeito poético com a Natureza descrita?


O sujeito poético apresenta geralmente uma Natureza interiorizada, apreendida e
sentida pelo eu.

 Que funções são atribuídas à Natureza, na lírica camoniana?


Na lírica camoniana, são atribuídas várias funções à Natureza. Esta é, por vezes, objeto
de contemplação, cenário ou pretexto para a reflexão do eu poético.

Linguagem, estilo e estrutura


A inspiração clássica

 Que poetas inspiram a poesia camoniana na sua vertente clássica?


Camões recebeu várias influências clássicas, nomeadamente de Dante e de Petrarca.

A lírica Tradicional

 Que modelos formais são utilizados na vertente tradicional da poesia camoniana?


Na vertente camoniana da poesia camoniana são utilizados modelos do século XV:
vilancetes, cantigas, trovas e esparsas.

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 O que distingue um vilancete de uma cantiga?
Um vilancete é uma composição poética com mote, tal como a cantiga (quatro ou cinco
versos), da qual se distingue pela menor extensão do mote, tal como a cantiga (quatro
ou cinco versos), da qual se distingue pela menor extensão do mote (dois ou três versos).
Em ambos os casos, a volta ou a glosa retoma e desenvolve a ideia contida no mote,
reproduzindo, no seu final, com ou sem variantes, o último ou os dois últimos versos
que o constituem. O metro utilizado é também, em qualquer dos casos, o verso da
redondilha.

 Por que razão as composições da lírica tradicional de Camões se designam


redondilhas?
As composições da lírica tradicional de Camões designam-se redondilhas, pois utilizam
o metro de redondilha menor (cinco sílabas) ou maior (sete sílabas).

 O que é uma trova?


A trova é uma composição poética sem mote, constituída por um número variável de
estrofes, com o mesmo número de versos, geralmente oitavas.

 O que é uma esparsa?


A esparsa é uma composição poética constituída por uma única estrofe, de oito a
dezasseis versos.

Discurso pessoal e marcas de subjetividade


 Que marcas de subjetividade encontramos na lírica camoniana?
Na lírica camoniana, encontramos vários elementos que assinalam o discurso pessoal.
Constituem marcas de subjetividade a presença da primeira pessoa, o discurso
valorativo, as reflexões de caráter pessoal, o discurso autobiográfico.

Soneto: Características
 O que é um soneto?
O soneto é uma composição poética de origem italiana, constituída por catorze versos,
distribuídos por duas quadras e dois tercetos, rematados pela chave de ouro,
geralmente composto por decassílabos.

Métrica (redondilha e decassílabo), rima e esquema rimático


 Em que consiste a métrica?
O metro é a medida do verso. Num verso podemos realizar a contagem das sílabas
métricas. Esta contagem faz-se sempre até à última sílaba tónica da última palavra do
verso.

 Em que consiste a rima?


A rima é uma conformidade de sons geralmente no final do verso. A distribuição das
rimas na estrofe constitui o esquema rimático.

 Qual o metro utilizado nas redondilhas?


As composições designadas por redondilhas utilizam versos de redondilha menor (cinco
sílabas) ou maior (sete sílabas).

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 Qual o metro utilizado no soneto?
O verso do soneto é geralmente composto em decassílabos (versos com dez sílabas
métricas).

 Qual é o esquema rimático mais utilizado no soneto quinhentista?


O esquema rimático mais usual é ABBA/ABBA/CDC/DCD ou CDE/CDE

O tema da mudança
 Que facetas assume o tema da mudança na lírica camoniana?
Na lírica camoniana, o tema da mudança assume duas formas. O poeta reflete sobre o
tema da mudança na Natureza e no ser humano. Enquanto na Natureza a mudança é
sempre cíclica e a renovação é constante, para o ser humano a mudança é linear e a
passagem do tempo anula a esperança.

O tema do desconcerto
 Que formas assume o tema do desconcerto na lírica camoniana?
Na lírica camoniana, o tema do desconcerto assume variadas formas. Assim, deparamos
com poemas sobre as injustiças sociais, sobre o absurdo da morte, sobre a passagem do
tempo ou sobre a ação do destino.

Recursos Expressivos: A aliteração, a anáfora, a antítese, a apóstrofe e a metáfora


 Qual é o recurso expressivo que consiste na repetição de um som consonântico?
O recurso expressivo que consiste na repetição de um som consonântico é a aliteração.

 Qual é o recurso expressivo presente quando sois versos são iniciados pela mesma
expressão?
O recurso expressivo presente quando dois versos são iniciados pela mesma expressão
designa-se anáfora.

 Qual é o recurso expressivo utilizado quando está presente uma oposição semântica?
O recurso expressivo utilizado quando está presente uma oposição semântica designa-
se antítese.

 Quando o sujeito interpela um destinatário real ou fictício, a que recurso expressivo


recorre?
O sujeito recorre a uma apostrofe quando interpela um destinatário real ou fictício.

 Qual é o recurso expressivo que consiste na fusão de duas realidades diferentes que
são assemelhadas, atribuindo-se à primeira uma qualidade pertencente à segunda?
O recurso expressivo que consiste na fusão de duas realidades diferentes que são
assemelhadas, atribuindo-se à primeira uma qualidade pertencente à segunda designa-
se metáfora.

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