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-Em Camões, a Natureza surge como um espaço -Em termos poéticos, é usada a redondilha. Os
alegre, tranquilo, sereno e propicio ao amor. Além versos apresentam a medida velha e os poemas são
disso, este espaço é o espelho da alma e serve .cantigas, vilancetes, esparsas ou trovas.
como confidente e testemunha para o mesmo. -Por outro lado, pode ser usado os sonetos onde se
-Além disso, é solidária com as qualidades usa a medida nova.
femininas, dando às mulheres luz, graça e pureza. -Na lírica tradicional, os versos apresentam-se na
-Surge também como pretexto para a reflexão do medida nova. Além disso, apresentam um mote,
eu poético onde a paisagem é geralmente diurna, verso ou versos que começam o poema e indicam o
natural, harmoniosa e agradável. assunto, e glosas/voltas, versos que aparecem depois
do mote agrupados em estrofes.
-Como plano e intriga paralela, temos o plano da
mitologia. Os episódios que são inseridos neste
plano têm a participação dos Deuses e as suas
ações. Neste são simbolizadas as diversas
adversidades superadas pelos heróis e, também,
serve para elevar o estatuto do herói português.
Como função, este plano confere beleza, ação e
diversidade no poema.
-Por fim, o plano do poeta apresenta considerações,
- Os Lusíadas, em termos de estrutura externa, está críticas, lamentos e opiniões de Camões. Neste
em forma narrativa com versos decassilábicos (em estão inseridas as reflexões do poeta no final de
esquema abababcc). Os versos, estão agrupados em cada canto.
oitavas (1102 estrofes) e a epopeia está dividida em
10 cantos. Planos Estruturais
.
-A epopeia de Camões está dividida em quatro Plano da
Plano da HDP
Plano
Plano do
Viagem Mitológico
partes. A preposição, a invocação, a dedicatória e, (Central)
(Ocasional)
(Paralelo)
Poeta (Final)
por fim, a narração.
-Na proposição, é enunciado o projeto narrativo do
poeta, glorificar os heroicos realizadores das
grandes navegações e descobertas, ou seja, aqueles -No canto I, o poeta reflete sobre a insegurança e
que se tornaram imortais devido às suas grandezas. os perigos que envolvem a vida do ser humano.
-De seguida é cantada a invocação. Nesta, Camões Além disso, menciona a frágil condição humana, o
invoca as ninfas do rio Tejo para inspiração e a poder da guerra e dos traiçoeiros enganos dos
Calíope como sua musa. Além disso, define o estilo inimigos.
que acompanha o canto. -No canto V, Camões versa sobre o desprezo das
-Em terceiro lugar temos a dedicatória. Nesta parte, artes e das letras pelos portugueses
que aparece no canto I e no canto X, o poeta contemporâneos. Crítica a falta de cultura do povo
dedica a sua obra ao Rei D. Sebastião oferecendo- português e a falta do apoio à atividade artística. O
lhe elogios, mas também o pedido de tornar eu lírico indica que é necessário libertar o país da
Portugal grandioso outra vez. ignorância.
-Por fim, a narração que começa in media res -No canto VIII, é refletido o poder do ouro e a
desenvolve a epopeia em vários planos, tendo como corrupção das pessoas influenciadas pelo mesmo.
seu principal o caminho até à India e como Camões afirma que o dinheiro afeta negativamente
secundários, as histórias de Portugal, a intriga as pessoas e que o ouro corrompe o ser humano e
mitológica e as reflexões do poeta. a sua essência.
-No canto IX, o poeta menciona o conceito de
imortalidade e de mitificação do herói. Além disso,
-Ao longo de toda a epopeia, todos os episódios que menciona que o portugueses contemporâneos
estão inseridos nos cantos da obra, estão também devem seguir o exemplo dos seus antepassados e
inseridos em um dos 4 planos dos Lusíadas. mostrarem justiça, coragem e o heroísmo
-Em plano central, temos o plano da viagem. Neste desinteressado, deixando de parte a cobiça, a
ocorre a narração dos acontecimentos ocorridos ambição e a tirania.
durante a viagem realizada entre Lisboa e Calecute -Por fim, no canto X e VII, Camões lamenta a sua
e o regresso à pátria. As vozes destes planos condição de homem e de artista, o seu infortúnio, o
costumam ser o poeta ou Vasco da Gama. A função papel de poeta e a incompreensão e falta de
deste plano é conferir unidade ao poema. sensibilidade artística do povo português. Mostra-se
-Um plano encaixado também existente na obra, é desiludido e refere que o português contemporâneo
o plano da história de Portugal. Neste é narrado os não é nenhum exemplo para um escritor que queria
factos marcantes da história de Portugal tanto por cantar o peito ilustre lusitano. Desabafa que já esta
Vasco como Paulo da Gama, tendo como função o cansado de cantar para quem não quer ouvir
enaltecimento do povo português (“gente surda e endurecida”).
Canto Motivo da Reflexão
Limites da
I condição humana
Desprezo das artes
V e das l etras
Poder corrupto
VIII do ouro
Verdadeiro caminho
IX p ara a fama
Lamento pelo
VII / X p ovo português