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ENTRE PALAVRAS 10

caderno de
atividades
PORTUGUÊS • 10.o Ano
António Vilas-Boas
Manuel Vieira
Índice

GRAMÁTICA 3

1. Processos fonológicos de inserção, supressão e alteração 4


2. Palavras convergentes e divergentes 6
3. Funções sintáticas 8
Das classes de palavras às funções sintáticas 8
Complemento direto, complemento indireto,
complemento oblíquo e complemento agente da passiva 11
Complementos e modificadores 12
Modificador de grupo verbal / modificador de frase /
modificador do nome 12
Predicativo do complemento direto 14
Predicativo do sujeito e predicativo do complemento direto 15
Complemento do nome 16
Complemento do adjetivo 17
Funções sintáticas em textos 18
4. Coordenação 25
5. Subordinação 27
Orações subordinadas adverbiais 27
Orações subordinadas substantivas completivas 29
Orações subordinadas adjetivas relativas
(restritivas e explicativas) 30
Orações subordinadas substantivas relativas
(sem antecedente) 31
Subordinação em Os Lusíadas 32
Classificação de orações subordinadas 34
Coordenação e subordinação: classificar orações 36
6. Arcaísmos e neologismos 39
Arcaísmos 39
Neologismos 41
7. Campo lexical e campo semântico 43
Campo lexical 43
Campo semântico 45
8. Processos irregulares de formação de palavras 47

ESCRITA 53

1. Apreciação crítica 54
2. Exposição sobre um tema 61
3. Síntese 68

SOLUÇÕES 75
Gramática
Processos fonológicos de inserção, supressão
e alteração
Palavras convergentes e divergentes
Funções sintáticas
Das classes de palavras às funções sintáticas
Complemento direto, complemento indireto,
complemento oblíquo e complemento agente da passiva
Complementos e modificadores
Modificador de grupo verbal / modificador de frase /
modificador do nome
Predicativo do complemento direto
Predicativo do sujeito e predicativo do complemento direto
to
Complemento do nome
Complemento do adjetivo
Funções sintáticas

Coordenação
Subordinação
Orações subordinadas adverbiais
Orações subordinadas substantivas completivas
Orações subordinadas adjetivas relativas
(restritivas e explicativas)
Orações subordinadas substantivas relativas
(sem antecedente)
Subordinação em Os Lusíadas
Classificação de orações subordinadas
Coordenação e subordinação: classificar orações

Arcaísmos e neologismos
Campo lexical e campo semântico
Processos irregulares de formação de palavras
ras
Gramática Manual Seq. 2: p. 59

Processos fonológicos de inserção,


supressão e alteração
1. Liga os elementos da coluna A aos da coluna B de modo a obteres afirmações verdadeiras.
Indica o número correto no espaço à direita da coluna A.

A B

a. Os processos fonológicos de inserção 1. queda ou supressão de unidades fónicas no


consistem na início, no interior ou no final das palavras.

b. Os processos fonológicos de supressão 2. mudança sofrida por algumas unidades


fónicas em resultado da influência de
consistem na
outras que lhe estão próximas.
c. Os processos fonológicos de alteração 3. adição de unidades fónicas no início, no
consistem na interior ou no final das palavras.

2. Observa a evolução das palavras e indica, na respetiva coluna, o processo fonológico verificado. Segue
os exemplos.

Processos fonológicos
Evolução das palavras
Inserção Supressão Alteração

a. SPIRITU > espírito prótese

b. ATONITU > tonto

c. IPSU > isso

d. CALAMELLU > caramelo dissimilação

e. MARE > mar

f. LEGALE > leal síncope

g. FOCU > fogo

h. FOLIA > folha

i. HUMILE > humilde

j. capa / capinha

k. DOLORE > door > dor

l. LEGE- > lee > lei

m. SEMPER > sempre

4
1
3. Lê o texto.
- Mia irmana fremosa, treides comigo
- a la igreja de Vigo u é o mar salido
- e miraremos las ondas.

- Mia irmana fremosa, treides de grado


5 a la igreja de Vigo u é o mar levado
- e miraremos las ondas.

- A la igreja de Vigo u é o mar levado


- e verrá i, mia madre, o meu amado
- e miraremos las ondas.

10 A la igreja de Vigo u é o mar salido


- e verrá i, mia madre, o meu amigo
- e miraremos las ondas.
Martin Codax in José Joaquim Nunes (dir.), Cantigas d’ Amigo dos trovadores galego-portugueses,
vol. II, Lisboa, Centro do Livro Brasileiro, 1973, pp. 442-443.

3.1 Indica os processos fonológicos presentes nas palavras seguintes.

a. «salido», v. 2, > saído


b. «i», v. 11, > aí,
C. AMICU > «amigo», v. 11

4. Lê o excerto da Crónica de D. João I de Fernão Lopes.

«Deles braadavom por lenha, e que veesse lume pera poerem fogo aos Paaços, e
queimar o treedor e a aleivosa. Outros se aficavom pedindo escaadas pera sobir
acima, pera veerem o que era do Meestre; e em todo isto era o arroido atam grande
que se non entendiam uũs com os outros, nem determinavom neũa cosa».

Fernão Lopes, Crónica de D. João I (Textos escolhidos), Lisboa, Seara Nova / Comunicação, 1992, p. 97.
(Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões literárias de Teresa Amado)

4.1 Identifica a única afirmação falsa (F). Corrige-a. F


a. Na evolução de «Paaços» (português antigo), l. 1, para paços ocorre uma sinérese
uma vez que as vogais contíguas /aa/ se contraem num ditongo.
b. Na evolução de poer (português antigo) para por ocorre uma síncope devido à queda
da unidade fónica e no interior da palavra.
c. Na evolução de treedor (português antigo) para traidor ocorre a dissimilação do e,
que se diferencia do /e/ mudo que lhe está contíguo.
d. Na evolução de veer (português antigo) para ver ocorre uma crase, visto que as duas
vogais <ee> se contraíram numa só.
e. Na passagem de arroido para ruído ocorre uma prótese, visto que se verifica a
inserção de uma ou mais unidades fónicas no início da palavra.

5. Identifica, entre os seguintes processos fonológicos, o único de redução vocálica.


a. barulho > barulhinho b. café > cafezinho c. sapo > sapinho d. canto > cantinho

5
Gramática Manual Seq. 6: pp. 221-222

Palavras convergentes
e divergentes
1. Apesar de haver um grande número de palavras que provêm do celta, das línguas germânicas e do
árabe, a maioria das palavras portuguesas têm o seu étimo, isto é, a sua origem, no latim.

1.1 Relaciona as palavras portuguesas com os respetivos étimos latinos.

Palavras portuguesas Étimos latinos

a. óculo 1. PEDE-

b. filho 2. LEGE-

c. pé 3. FILIU-

d. lei 4. OCULU-

1.2 LACU- é o étimo de uma das palavras seguintes. Identifica-a.

a. largo b. lago c. liga d. lagoa


1.3 Identifica entre os seguintes o étimo da palavra orelha.

a. AURU- b. AUREA- c. AURICULA- d. AURIFICE-

2. O étimo latino PLENU- deu origem às palavras divergentes pleno e cheio – o primeiro por via erudita
(mais próximo do étimo) e o segundo por via popular (mais afastado do étimo).

2.1 Preenche a tabela com as formas eruditas e populares que se encontram no quadro seguinte.

clave / parábola / límpido / madeira / palavra / duplo / inteiro /


chave / íntegro / dobro / limpo / matéria

Étimo latino Forma erudita Forma popular

a. LIMPIDU-

b. PARABOLA-

c. CLAVE-

d. INTEGRU-

e. DUPLU-

f. MATERIA-

6
2
2.2 Relaciona os étimos latinos e as palavras divergentes que lhes correspondem.

Étimos latinos Palavras divergentes

a. ARENA- 1. primário / primeiro

b. PRIMARIU- 2. palácio / paço

c. AREA- 3. arena / areia

d. PALATIU- 4. área / eira

2.3 Identifica, entre os seguintes, o étimo latino de que provêm as palavras portuguesas fogo e foco.

a. LACU- b. PLUVIA- c. FOCU- d. FLAMA-

3. As palavras divergentes, apesar de possuírem significados diferentes, mantêm relações de sentido


entre si.

3.1 Com a ajuda de um dicionário, estabelece relações de sentido entre as palavras divergentes
seguintes.

a. adro e átrio

b. foco e fogo

c. duplo e dobro

4. As palavras convergentes apresentam uma única palavra portuguesa para dois ou mais étimos.

4.1 Relaciona os étimos latinos com a palavra convergente em português.

Étimos latinos Palavras convergentes

a. RIDEO e RIVU- 1. são (adjetivo / verbo)

b. SANU- e SUNT 2. vão (adjetivo / verbo)

c. VANU- e VADUNT 3. rio (verbo / nome)

7
Gramática Manual Seq. 1: p. 28; Seq. 5: p. 192; AI: pp. 317-321

Funções sintáticas
Das classes de palavras às funções sintáticas

Lê o texto.
Texto 1

Primeira temporada em Chagar Bazar


- É primavera quando regressamos a Beirute. O primeiro gesto de saudação que avistamos no
- cais é de Mac, mas um Mac transformado.
- Tem um sorriso de orelha a orelha! Não há lugar para dúvidas – está contente de nos ver! Até
- agora nunca soubemos se Mac gostava de nós ou não. Os sentimentos dele estavam escondi-
5 dos por detrás da máscara de educada indiferença. Mas agora é evidente que para ele isto é um
- reencontro de amigos. Não tenho palavras para vos dizer como isso é reconfortante! A partir
- deste instante o meu nervosismo em relação a Mac esfuma-se. Chego mesmo a perguntar-lhe se
- desde a última vez que nos vimos ele se sentou todos os dias na manta xadrez a escrever o diário.
- «Claro que sim», diz Mac ligeiramente surpreendido.
10 De Beirute seguimos para Alepo, e efetuamos as manobras habituais de corrermos as lojas,
- etc. Contratámos um chauffeur para a Mary – desta vez não foi um «baratucho» apanhado na
- marginal, foi um arménio alto, de ar inquieto, que até tem uma quantidade de referências a ates-
- tar a sua honestidade e habilitações. Trabalhou uma vez para engenheiros alemães, e à primeira
- vista o seu principal inconveniente é a voz, que tende para ser uma lamúria em tom alto e irri-
15 tante. (…)
- Agora estamos instalados. As paredes foram caiadas, a porta e os parapeitos das janelas pin-
- tados, um carpinteiro e os seus quatro filhos instalaram-se no pátio e estão a fazer a nossa mo-
- bília por medida.
- «Mesas», diz Max, «mais que tudo, mesas! As mesas nunca são de mais.»
20 Apresento um pedido para uma cómoda e Max, gentilmente, permite que eu tenha um guar-
- da-fatos com cabides.
- Depois os carpinteiros regressam para fazer mais mesas – mesas onde possamos espalhar a
- nossa cerâmica, uma mesa de desenho para Mac, uma mesa para tomarmos as refeições, uma
- mesa para a minha máquina de escrever…
25 Mac desenha um toalheiro e os carpinteiros começam a fazê-lo. O velho trá-lo orgulhosa-
- mente para o meu quarto assim que está pronto. Parece diferente do desenho de Mac, e quando
- o carpinteiro o coloca no chão percebo porquê. Tem uns pés colossais, uns enormes pés curvos
- do feitio de rolos. Ficam tão salientes que, onde quer que se ponha o toalheiro, andamos sempre
- a tropeçar neles.
30 Pergunta-lhe, digo eu a Max, por que razão fez estes pés, em vez de se cingir ao desenho que
- lhe deram.
- O velho olha para nós com dignidade.
- «Fi-los desta maneira», diz ele, «para que fossem bonitos. Queria que isto que eu fiz fosse
- uma coisa com beleza!»
35 A este grito do artista não havia resposta a dar. (…)
- A casa agora já está organizada. O quarto onde inicialmente dormimos, e que ainda é percor-
- rido pelas baratas de noite, é o gabinete de desenho. Ali, Mac pode trabalhar em solidão, livre de
- contactos humanos. De qualquer modo, ele é totalmente indiferente às baratas.
Agatha Christie, Na Síria, Lisboa, Tinta da China, 2010, pp. 105-112.
8
3
1. Identifica:

a. o conjunto de duas palavras, sendo a primeira uma preposição e a segunda um nome, com função
sintática de complemento oblíquo, ll. 1-2;

b. o conjunto de duas palavras, sendo a primeira uma preposição contraída com um determinan-
te artigo e a segunda um nome, com a função sintática de modificador de grupo verbal, ll. 1-2;

c. o adjetivo com função sintática de predicativo do sujeito, ll. 3-5;

d. os dois pronomes pessoais com função sintática de complemento indireto, ll. 6-8;

e. o advérbio com função sintática de modificador de grupo verbal, l. 9;

f. o adjetivo com função sintática de modificador do nome restritivo, ll. 11-13;

g. o conjunto de duas palavras, um determinante artigo e um nome, com função sintática de sujeito,
colocado à direita da forma verbal, ll. 13-15;

h. um conjunto de sete palavras (determinante artigo + nome + conjunção coordenativa + determi-


nante artigo + determinante possessivo + quantificador + nome) com função sintática de sujeito
composto, ll. 16-18;

i. um conjunto de duas palavras, preposição e nome, com função sintática de modificador de grupo
verbal, ll. 16-18.

2. A expressão «no chão», l. 27, constituída por uma preposição contraída com um determinante artigo
e por um nome, tem a função sintática de
(A) complemento agente da passiva. (C) complemento indireto.
(B) complemento direto. (D) complemento oblíquo.

3. Indica qual é a afirmação verdadeira (V). V


a. A expressão «pelas baratas», l. 37, é constituída por uma preposição simples e por
um nome e tem a função sintática de complemento direto.
b. A expressão «pelas baratas», l. 37, é constituída por uma preposição contraída com
um determinante artigo e por um nome e tem a função sintática de complemento
agente da passiva.

4. Encontra, entre as ll. 36-38, uma expressão constituída por uma preposição contraída com um deter-
minante artigo e por um nome, com a função sintática de complemento indireto.

9
Gramática

Funções sintáticas
(cont.)

Texto 2

Tabriz (1400 metros), 15 de outubro


- Em Zinjan, conseguimos finalmente apanhar um camião. Estava o Christopher a foto-
- grafar-me sentado nas traseiras, quando um polícia se aproximou e disse que era proibido
- tirar fotografias. O motorista era assírio, de perto do Lago Úrmia, e junto dele seguia uma
- professora de inglês, também ela assíria, que regressava de uma conferência missionária
5 em Teerão e nos regalou com fatias de marmelo. Estavam muito interessados no facto de eu
- conhecer Mar Shimun e aconselharam-me a não dizer nada sobre isso em Tabriz, dado que
- lá se perseguem agora os cristãos, e o Clube Feminino da Sra. Cochran, em Úrmia, foi fecha-
- do pela polícia. Ao pensarem nisso, começaram a entoar em uníssono Lead, Kindly Light,
- e a professora informou-me de que ensinara o hino ao motorista para impedir que ele can-
10 tasse as habituais canções de motorista. Eu disse-lhe que preferia as canções de motorista.

Robert Byron, A estrada para Oxiana, Lisboa, Tinta da China, 2014, p. 75.
(Texto adaptado)

1. Identifica, no texto, dois sujeitos sintáticos à direita da forma verbal, constituídos por:

a. determinante + nome próprio;

b. por determinante + nome comum + preposição + nome comum.

2. Identifica os quatro pronomes pessoais com função sintática de complemento direto.

3. Identifica uma conjunção subordinativa temporal e a respetiva oração subordinada adverbial temporal.

3.1 Refere a função sintática desta oração.

4. Identifica um pronome relativo e a oração subordinada adjetiva relativa explicativa que inicia.

4.1 Refere a função sintática desta oração.

5. Identifica a última conjunção subordinativa completiva e a respetiva oração subordinada substantiva


completiva.

5.1 Refere a função sintática desta oração.

10
3
Complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo
e complemento agente da passiva
1. Em cada uma das frases existem complementos destacados. Identifica-os.

Complemento Complemento Complemento Complemento


Frases
direto indireto oblíquo agente da passiva

a. Os teus primos detetaram esses problemas


rapidamente, não foi?
b. Os agentes da GNR retiraram os automóveis
da estrada por volta das 17 horas.
c. O acidente foi naturalmente provocado por
essa manobra perigosa.
d. Logo que eles telefonaram aos bombeiros
estes partiram na ambulância.
e. O agente policial disse-vos tudo isso?
f. – Saia já daí – ordenou ele, evidentemente
zangado.
g. O doente só por volta das 19 horas entrou no
hospital.
h. Alertaram-me para o acidente três
quilómetros antes.
i. Telefonaram-me e disseram que o acidente
era grave.

j. Ela afirma que te viram no local do acidente.

k. Saímos de casa logo que elas nos


telefonaram.
l. Os cadernos foram retirados da estante /
pela professora.
m. Eles desobedeceram-te, mas pelo menos
consultaram-te.
n. Já não residimos, como residimos tantos
anos, em Mora.
o. Abri-te o coração, mas não me respondeste
nada!
p. Desorientada pela ventania, perdeu
o equilíbrio.

q. Levanta-te depressa!

r. Levantou-te um processo?

11
Gramática

Funções sintáticas
(cont.)

Complementos e modificadores
1. Preenche a grelha, transcrevendo os complementos e os modificadores de cada frase.

Frases Complementos Modificadores

a. Emprestei ao João esse livro, no ano passado!

b. Adormeci na cadeira rapidamente.

c. Elas abriram o livro na página certa.

d. Eles adquiriam ao João todo o stock de meias facilmente.

e. Anteontem não fui ao cinema.

f. O Carlos e o Mário venderam-nos o apartamento com rapidez.

g. Os leões entraram com dificuldade nas jaulas do circo.

h. Responderam mal ao agente policial.

i. Calmamente, o caçador disparou.

j. Toda a gente viu o crime com horror!

k. Provavelmente, o autor assinará todos os livros.

l. Às dez horas, provavelmente, irei lá.

m. Dirigiu-me essas palavras com gratidão.

n. Vi-te em Londres no ano passado.

o. Sai daqui já.

Modificador de grupo verbal, modificador de frase,


modificador do nome
1. Identifica os três tipos de modificadores destacados nas frases seguintes.

Modificador Modificador Modificador


Frases
de grupo verbal de frase do nome

a. Elas leram atentamente esse livro.


b. Infelizmente, tiveram de o devolver
rapidamente.
c. Com efeito, o amigo que o tinha emprestado
tinha urgência em relê-lo.
d. O livro inglês que elas leram no mês
passado era muito bom.
e. O amigo lisboeta que lhes emprestou o livro
comprou-o provavelmente em Londres.

12
3
2. Identifica os modificadores presentes em cada uma das frases seguintes.

a. Ele está a ler o livro apressadamente.

b. O teu livro inglês foi comprado em Londres ou em Lisboa?

c. O livro, tão bonito, foi-me oferecido pelo António.

d. O livro foi-te oferecido por ele, no ano passado?

e. Certamente, vou lê-lo durante as férias.

f. Vou emprestá-lo, provavelmente, ao João.

3. Lê os textos e identifica, em cada um deles, os modificadores indicados à direita.

Textos Modificadores

Texto 1
Não existia, provavelmente, um percurso principal para
• um modificador de frase
quem na Idade Média ia em romagem ao túmulo do apóstolo
Santiago, saindo de Lisboa. • um modificador do nome
Carlos Gil e João Rodrigues, Por caminhos de Santiago,
Lisboa, Dom Quixote, 1997, p. 32. (Texto adaptado)

Texto 2
Naturalmente, os antigos peregrinos encontravam, assim, • um modificador de frase
motivos para se deterem em Alcobaça, porto de abrigo espiritual.
• dois modificadores do nome
Carlos Gil e João Rodrigues, Op. cit., p. 42.
(Texto adaptado)

Texto 3
Os peregrinos da Idade Média chegavam a esta vila pelo lado • dois modificadores do grupo
do nascente, e entravam na vila amuralhada pela porta do João verbal
Tição.
• dois modificadores do nome
Carlos Gil e João Rodrigues, Op. cit., p. 96.
(Texto adaptado)

Texto 1

Texto 2

Texto 3

13
Gramática Manual Seq. 4: p. 147; AI: p. 319

Funções sintáticas
(cont.)

Predicativo do complemento direto


1. Observa as frases seguintes.

1.1 Assinala aquelas em que o complemento direto destacado está completo, pois a frase tem gra-
maticalmente sentido (A), e os casos em que ela não tem sentido pois o complemento direto
exige algo que o complete (B): o seu predicativo. A/B
a. Os portugueses elegeram uma mulher.
b. Ontem comprei um apartamento.
c. Eu achei o João.
d. Eles tomaram o meu primo.
e. Os alunos consideraram difícil o teste.

2. Completa as frases nas quais o complemento direto está incompleto com um predicativo adequado.

3. Identifica os complementos diretos e respetivos predicativos presentes em cada uma das frases.

Complemento Predicativo do
Frases
direto complemento direto

a. Imaginei o Pedro deputado!


b. Infelizmente, tomei a Marta por ignorante…
c. Considero muito bom este livro.
d. Eu julguei o Carlos um assassino!
e. Elegeram os meus primos deputados?
f. Toda a gente achou muito competentes
esses engenheiros.

4. Sublinha todos os complementos diretos presentes no texto que estejam acompanhados por um
predicativo – que deves também indicar.

- Como eles me consideraram apto para o trabalho, ofereceram-me esse empre-


- go; contudo, achei insatisfatória a oferta visto que o ordenado proposto era insufi-
- ciente para mim. Fui falar com o dono da empresa e disse-lhe:
- – Toma-me, por certo, por ignorante… Eu sei que paga bem mais aos outros
5 funcionários com as minhas habilitações…
- – Pois, mas o senhor está a começar. Não sei como é a trabalhar… Imagino-o um
- pouco lento pois não está habituado…
- Garanti-lhe então que ficaria admirado comigo – por boas razões…

Texto dos Autores

14
3
Predicativo do sujeito e predicativo do complemento direto
1. Identifica, nos verbos destacados nas frases seguintes, os copulativos e os principais.

Frases Verbo copulativo Verbo principal

a. O teu livro parece mesmo bom.


b. Desde sempre que ele classificou esse livro como excelente.
c. Julgarás que eu sou tolo?
d. Por certo que ela me julga inteligente.

2. Identifica, nas palavras ou expressões destacadas, as que têm a função sintática de predicativo do sujeito e de
predicativo do complemento direto.

Predicativo Predicativo
Frases
do sujeito do complemento direto

a. No ano passado, vários advogados foram eleitos deputados.


b. Eles sempre me consideraram intrometido e antipático!
c. Continuam a achar-te ignorante!
d. Os polícias não querem que permaneçamos neste local.
e. A casa dele ficará nesta rua?
f. Imaginei que estavas em Itália.
g. Imaginei-te esperto.

3. Todas as frases que se seguem apresentam complementos diretos (em itálico). À direita destes complementos,
ocorre sempre uma expressão destacada.

3.1 Identifica os casos em que a expressão destacada tem a função sintática de predicativo do complemento
direto, pois completa o sentido desse complemento.

a. O João adquiriu um automóvel muito caro.


b. O irmão dele achou o automóvel demasiado caro.
c. O meu cunhado apresentou-me um deputado muito influente.
d. Todos classificam este deputado como muito influente.

4. No texto que se segue, encontram-se dois predicativos do sujeito e dois predicativos do complemento direto.

4.1 Sublinha-os.
- Há quem o considere pintor, mas ele não é um artista reconhecido. Tem pintado alguns quadros,
- mas muito raramente. Além disso, estes quadros apresentam uma qualidade muito discutível: pare-
- cem, frequentemente, reproduções mal feitas. Conheci-o numa exposição coletiva, ele tinha lá dois
- ou três quadros. Tanto quanto me disseram, não conseguiu vender nenhum. Eu julgo este artista de
5 fraca qualidade, já o afirmei publicamente.

Texto dos Autores

15
Gramática Manual Seq. 5: p. 192; AI: p. 320

Funções sintáticas
(cont.)

Complemento do nome
1. Identifica os complementos do nome presentes nas seguintes frases.

Frases Complementos do nome

a. Ele descobriu a situação do Miguel.


b. Tu verificaste a posição da máquina.
c. Foi-me assegurada a contratação do jogador.
d. Ouvi falar da ideia desses cientistas belgas.

2. Identifica os complementos do nome nas frases seguintes.

a. O João não admite a contabilização desses elementos.


b. A Marta pensa que isso perturbará o sono do João.
c. O meu primo tem necessidade de que lhe entregues o automóvel.
d. A Marta tem o desejo de conhecer essa região do país.

3. O complemento do nome presente na frase Os habitantes dessa ilha remota tiveram a possibili-
dade de adquirir as mercadorias porque o enorme navio as desembarcou facilmente no novo
porto, onde todos se reuniram logo que a embarcação atracou é

(A) remota.
(B) de adquirir as mercadorias.
(C) as mercadorias.

(D) novo.

4. Sublinha os vários complementos do nome presentes nos textos seguintes.

Texto A
Dei-lhe a indicação dos livros importantes com a intenção de que ele os lesse; no entanto,
penso que ainda os não leu. Seria importante que o fizesse pois há neles informações sobre a
pesca do atum que lhe serão muito úteis. Apesar do ambiente agitado em que ele vive, penso
que a leitura desses livros deveria ser feita o mais depressa possível.
Texto B
A situação política e social em França revela-se complicada pois há muita agitação por cau-
sa de alguns subsídios que o governo pretende retirar. Asseguraram-me que o governo preten-
de a consecução dos seus objetivos financeiros até ao final deste ano. A possibilidade de isso
suceder parece-me, contudo, remota.
Texto C
A libertação desse prisioneiro não será feita brevemente. Na verdade, entende-se que o cri-
me é de tal gravidade que a sugestão de o libertar já é inaceitável. Eu sei que a família do crimi-
noso tem o desejo de o ter em casa no Natal.

Texto dos Autores

16
Manual Seq. 1: p. 28; AI: p. 320

3
Complemento do adjetivo
1. Todas as frases que se seguem incluem um adjetivo destacado. Indica os que selecionam um com-
plemento e os que não selecionam.

Frases Seleciona complemento Não seleciona complemento

a. O Pedro é alto.
b. O Pedro comprou um computador caro.
c. Fiquei admirado ontem.
d. O meu irmão está satisfeito.
e. Estes livros estão repletos.

2. Completa as frases às quais falta o complemento do adjetivo.

3. Identifica os complementos do adjetivo nas frases seguintes.

a. O João continua surpreendido por ter obtido essa nota.


b. O João está surpreendido com essa situação.
c. O Pedro continua desconfiado desse resultado.
d. A Marta está desejosa de comer esse prato de peixe.

4. Sublinha os vários complementos do adjetivo presentes nos textos seguintes.

Texto A
Como o meu gato mostrava estar agitado, atribuí essa agitação a ele estar cheio de fome;
decidi, por isso, dar-lhe de comer; vi que ficou satisfeito com a minha decisão: quando acabou
de comer aproximou-se de mim a ronronar…
Texto B
Há dias, vi o meu cão cansado, farto de correr pela quinta; chamei por ele. Aproximou-se,
predisposto a receber uma carícia. Mas, como a não teve, afastou-se e sentou-se.
Texto C
O meu cão fica incapaz de brincar quando está muito cansado; ele está sempre interessado
em dormir, depois das correrias pela quinta. É um animal muito bonito: no ano passado ganhou
um concurso de cães da sua raça, e eu fiquei muito orgulhoso com isso.

Texto dos Autores

17
Gramática

Funções sintáticas
(cont.)

Funções sintáticas em textos – I

A poesia galaico-portuguesa
- A poesia galaico-portuguesa chegou até nós através de três Cancioneiros manuscritos: o
- da Biblioteca da Ajuda, dos últimos decénios do século XIII, o da Biblioteca Nacional de Lisboa,
- antigo Colocci-Brancuti, copiado em Itália em começos do século XVI por ordem do huma-
- nista Angelo Colocci e comprado pelo governo português em 1924, depois da sua descoberta
5 na biblioteca do conde Brancuti, e o da Biblioteca do Vaticano, originário também da biblioteca
- de Angelo Colocci. É constituída por cerca de 1680 textos de caráter profano, da autoria de 153
- trovadores e jograis. A sua cronologia abrange o período que vai desde fins do século XII até à
- segunda metade do século XIV.
- É uma poesia escrita numa língua comum a poetas de origem diversa: galegos, portu-
10 gueses, leoneses e até provençais, como Raimundo de Vaqueiras, que escreveu entre 1180 e
- 1205, o que demonstra a existência de uma tradição oral, já firmada por essa altura, de que
- não restam testemunhos diretos. Isto prende-se, por outro lado, com o debate sobre a origem
- de um dos aspetos mais originais dessa poesia – as cantigas de amigo, em que é a rapariga
- que fala – cuja tradição pode remontar a uma lírica peninsular pré-trovadoresca: as jarchas
15 moçárabes, muito próximas, do ponto de vista formal e temático, do universo das cantigas.
- A variedade dos autores – desde reis, como D. Dinis, bastardos de sangue real, como
- D. Afonso Sanches e D. Pedro de Portugal, nobres como Afonso Lopes de Baião, Pay Gomes
- Charinho, Gonçal’Eanes do Vinhal, até eclesiásticos como D. Gomez Garcia, abade de
- Valhadolide, cavaleiros como Roy Queimado, escudeiros como Pero da Ponte, além de mui-
20 tos outros, burgueses, judeus, homens de letras – dá um quadro do mundo que esta poesia
- retrata. Sátiras políticas e pessoais, muitas vezes de grande violência, nas cantigas de escarnho
- e mal dizer, ou quadros de um lirismo extremo, com um cenário simbólico em que a fonte,
- o cervo, os cabelos ou o vestido da rapariga, a vegetação, sugerem uma elaborada composi-
- ção, nas cantigas de amigo, ou ainda a complexidade dos sentimentos em relação à senhor, (…),
25 nas cantigas de amor, dão-nos uma imagem da vida medieval nos seus aspetos mais diversos.

Nuno Júdice (Organiza ção, prefácio e notas), D. Dinis – Cancioneiro,


Lisboa, Editorial Teorema, 1997, pp. 7-8. (Texto com supressões)

1. Indica as funções sintáticas das expressões seguintes.


a. manuscritos, l. 1
b. em 1924, l. 4
c. da biblioteca de Angelo Colocci, ll. 5-6
d. de Angelo Colocci, l. 6
e. que escreveu entre 1180 e 1205, ll. 10-11
f. testemunhos diretos, l. 12
g. que fala, l. 14
h. abade de Valhadolide, ll. 18-19
i. que esta poesia retrata, ll. 20-21
j. a fonte, o cervo, os cabelos ou o vestido da rapariga, ll. 22-23
k. –nos, l. 25
l. uma imagem da vida medieval, l. 25

18
3
Funções sintáticas em textos – II
Texto 1

November Man – A última missão


- Peter Devereaux (Pierce Brosnan) – nome de código: «November Man» – é um agente
- reformado da CIA que leva uma vida pacata numa pequena cidade suíça. Apesar de relutante,
- aceita regressar ao ativo a pedido da agência para resolver um caso que envolve David Mason
- (Luke Bracey), antigo amigo e discípulo. A sua missão é proteger Alice Fournier (Olga
5 Kurylenko), uma importante testemunha que pode revelar a verdade sobre uma conspira-
- ção que envolve alguns dos mais importantes governantes da Rússia. // Mas a suspeita de um
- agente infiltrado dentro da própria agência faz com que Devereaux perceba que não pode
- confiar em ninguém…
- Um thriller policial realizado por Roger Donaldson («O Cume de Dante», «O Recruta»,
10 «O Golpe de Baker Street»), segundo um argumento de Michael Finch e Karl Gajdusek, que
- adapta o livro de Bill Granger There Are No Spies, da coleção November Man.

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(Consultado em 15-10-2014)

1. Identifica, entre as ll. 1-2,

a. o primeiro modificador do nome;


b. o primeiro complemento do nome.

2. Identifica, entre as ll. 2-4, o modificador do nome apositivo.

3. Entre as ll. 4-6, o complemento do nome.

Texto 2

Clube de Elite
- Alistair Ryle e Miles Richards são dois jovens de famílias aristocráticas que se iniciam
- na prestigiada Universidade de Oxford. Para além de serem ambos caloiros, a única coisa que
- têm em comum é terem sido aceites no Clube de Elite que, tal como o nome indica, se ca-
- racteriza por ser bastante rigoroso na escolha dos novos membros. Quando os dois rapazes
5 tomam parte no jantar anual do clube, apercebem-se, da pior maneira possível, de até onde
- podem ir os excessos daquele grupo e de que forma a reputação de alguém pode ser construí-
- da e tragicamente destruída numa única noite…
- Com realização de Lone Scherfig («Uma Outra Educação», «Um Dia»), adapta a peça
- «Posh», da dramaturga inglesa Laura Wade, que se inspira no verdadeiro Bullingdon Club.

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(Consultado em 15-10-2014)

1. Identifica, entre as ll. 1-2, o sujeito composto.

2. Identifica, entre as ll. 2-4, o predicativo do sujeito.

3. Identifica, entre as ll. 4-7, o modificador e o complemento do mesmo nome.

19
Gramática

Funções sintáticas
(cont.)

Texto 3

A boa mentira
- Entre 1983 e 2005, durante os terríveis anos da Guerra Civil que assolou o Sudão, estima-
- -se que mais de dois milhões de pessoas tenham perdido a vida. Em busca de abrigo, um sem-
- -número de famílias deixou as suas casas e seguiu em direção a campos de refugiados. Devido
- à situação caótica em que viviam, perto de 27 mil crianças foram separadas dos pais, fazendo
5 o trajeto sozinhas. Eram estes os «lost boys/girls», crianças de todas as idades que, fugindo
- aos perigos e, muitas vezes, acompanhadas pelos irmãos, percorriam milhares de quilóme-
- tros para alcançar os campos. Alguns anos mais tarde, um esforço humanitário levou para os
- EUA algumas destas crianças.
- 1993. Mamere e Theo são filhos do chefe de uma pequena aldeia no Sul do Sudão. Quan-
10 do um ataque das milícias destrói toda a aldeia e lhes mata os pais, Theo é forçado a liderar
- um grupo de jovens sobreviventes e levá-los para um lugar seguro. Nesse árduo percurso, vão
- encontrando outras crianças em fuga. Entre elas está Jeremiah, de 13 anos, um rapaz inteli-
- gente e destemido que os ajuda a chegar com vida ao campo de refugiados de Kakuma, no
- Quénia. Anos mais tarde, Mamere, Theo e Jeremiah têm a oportunidade de deixar o campo
15 e de se estabelecerem na América. Ao chegarem a Kansas City, no Missouri, são recebidos por
- Carrie Davis, que foi incumbida de os ajudar a retomar as suas vidas. Para ela, esta será uma
- oportunidade de perceber como a generosidade e o despojamento podem fazer realmente a
- diferença na vida de alguém.
- Com argumento de Margaret Nagle e realização de Philippe Falardeau (argumentista
20 e realizador de Monsieur Lazhar, nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro), uma
- história dramática baseada em factos reais que conta com Reese Witherspoon como prota-
- gonista e com os atores Emmanuel Jal, Arnold Oceng, Ger Duany e Kuoth Wiel, alguns dos
- quais viveram de perto a experiência mostrada no filme.
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(Consultado em 15-10-2014)

1. Identifica, no primeiro parágrafo:


a. o primeiro modificador de grupo verbal.
b. o primeiro modificador do nome.
1.1 Nas ll. 7-8, encontra o único complemento do nome.

2. Identifica, no segundo parágrafo:


a. o complemento indireto pronominalizado;
b. dois exemplos de sujeito composto;
c. o complemento agente da passiva;
d. o último complemento direto pronominalizado;
e. o último sujeito composto;
f. O único modificador de frase presente no parágrafo, entre as ll. 16-18.

3. Identifica, no último parágrafo, o primeiro adjetivo com a função sintática de modificador do nome
restritivo.

20
3
Funções sintáticas em textos – III

A literatura e a historiografia no fim da Idade


Média. Fernão Lopes.
Texto 1
- São de meados do século XIV as mais tardias poesias reunidas nos Cancioneiros me-
- dievais. Durante um século, a partir de então, a prática e o gosto da poesia enfraqueceram ao
- ponto de não se conhecer nenhuma composição desse período. Aparecerão depois os poetas
- palacianos do Cancioneiro de Resende no tempo de D. Afonso V, manifestando uma rutura
5 absoluta com a poesia anterior. A continuidade desta viria a revelar-se na poesia popular,
- transmitida oralmente, que então se praticava.

Teresa Amado (apresentação crítica), Crónica de D. João I de Fernão Lopes, Lisboa, Seara Nova / Comunicação, 1980, p. 19.
(Texto com supressões)

1. Identifica no texto:

a. dois sujeitos sintáticos colocados à direita da forma verbal;


b. o primeiro predicativo do sujeito presente no texto;
c. o único modificador do nome apositivo presente no texto – constituído por uma oração subor-
dinada;
d. o complemento do nome presente, na l. 2.

Texto 2

- A função de um cronista é então a dum ordenador, ou compilador, de histórias anterio-


- res. Com ligeiras variações, é assim que procedem os autores das crónicas até ao da Crónica
- de D. João I, e, depois dele, ainda Rui de Pina. Com essa função, o objetivo visado é o elogio
- do senhor – rei ou nobre – sobre quem se escreve e que financia o trabalho. Este, manuscri-
5 to, não é coisa de pouca monta, e leva frequentemente tanto tempo a realizar que justifica o
- pagamento por tença (ou ordenado) regular. Não é, pois, possível a total independência do
- escritor face à corte ou à entidade que o emprega. Fernão Lopes é o primeiro a ocupar oficial-
- mente o cargo de cronista do reino.
- Fernão Lopes é o primeiro a ocupar oficialmente o cargo de cronista do reino. É tam-
10 bém o primeiro a criar uma margem de independência histórica e literária de que não abdica.
- Fernão Lopes é, ainda, o primeiro escritor em português.

Teresa Amado, Op. cit, p. 20.


(Texto com supressões)

1. Indica as funções sintáticas das seguintes expressões:


a. de um cronista, l. 1;
b. do senhor, l. 4;
c. o trabalho, l. 4;
d. frequentemente, l. 5;
e. a total independência do escritor, ll. 6-7;
f. oficialmente, ll. 7-8;
g. de cronista do reino, l. 9. 21
Gramática

Funções sintáticas
(cont.)

Texto 3

- É na 1.ª Parte [da Crónica de D. João I], em torno do cerco de Lisboa, que têm lugar as
- mais intensas experiências de sofrimento e de regozijo, de traição, de dedicação, de coragem
- coletivas. O discurso que as narra participa das próprias emoções. E é igualmente num tom
- comovido que a batalha de Aljubarrota, em última análise decidida para defender Lisboa, é
5 tratada também como um acontecimento popular, na expectativa que a antecede, nas rea-
- ções que provoca nos dois países, e na participação dos que nela lutam.

Teresa Amado, Op. cit, p. 65.


(Texto com supressões)

1. Identifica a afirmação verdadeira (V). V


a. A função sintática de «as mais intensas experiências de sofrimento e de regozijo,
de traição, de dedicação, de coragem coletivas», ll. 1-3, é de complemento direto
de «têm lugar», l. 1.
b. A função sintática de «as mais intensas experiências de sofrimento e de regozijo, de
traição, de dedicação, de coragem coletivas», ll. 1-3, é de sujeito de «têm lugar», l. 1.

2. Escolhe a opção correta. A expressão «das próprias emoções», l. 3, tem a função sintática de

(A) complemento agente da passiva.


(B) complemento indireto.
(C) complemento oblíquo.
(D) complemento direto.

3. Escolhe a a opção correta. A palavra «igualmente», l. 3, tem a função sintática de

(A) modificador de frase.


(B) modificador de grupo verbal.
(C) modificador do nome restritivo.
(D) modificador do nome apositivo.

4. Escolhe a opção correta. A palavra «Lisboa», l. 4, tem a função sintática de

(A) sujeito.
(B) complemento indireto.
(C) complemento oblíquo.
(D) complemento direto.

5. Escolhe a opção correta. A palavra «a», l. 5, tem a função sintática de

(A) complemento direto.


(B) sujeito.
(C) complemento indireto.
(D) modificador de frase.

22
3
Funções sintáticas em textos – IV
Lê o texto.
Texto 1

História trágico-marítima
- Ora, vendo o piloto, o mestre, os marinheiros, que havia perto de três dias que andavam
- eles neste trabalho; que recebiam os nossos muito dano dos tiros disparados pelos France-
- ses, e que já lhes ia faltando a pólvora, – pediram ao fidalgo e aos que o ajudavam que consen-
- tissem enfim na rendição, pois lhes era impossível o prosseguir na defesa: não fossem causa
5 de os matarem a todos, ou de os meterem no fundo! Responderam a isto os combatentes que
- estavam decididos a não se renderem enquanto capazes para pelejar. Os outros, vendo-os
- assim determinados, deram de súbito com as velas em baixo, e começaram a bradar para os
- Franceses: entrassem, entrassem na nau, que se lhes rendia!
- Os que combatiam, indignados, quiseram matar o piloto e o mestre, pelo ato de fraque-
10 za a que forçavam todos; não tardou, porém, que subissem e entrassem dezassete Franceses,
- armados de espadas, de broquéis, de pistoletes, e alguns deles com alabardas. Num instante
- se assenhorearam da nau.
- Verificando a maneira como vinha esta, perguntaram com que artilharia e que muni-
- ções se haviam defendido tantos dias, e o número dos homens que combatiam. Responde-
15 ram-lhes que só Jorge de Albuquerque fizera tudo, para o carregarem a ele com toda a culpa.
- Ouvindo isto, dirigiu-se o capitão dos Franceses a Jorge de Albuquerque Coelho com o rosto
- soberbo e melancólico, e disse-lhe assim:
- – Que coração temerário é o teu, homem, que tentaste a defesa desta nau tendo tão pou-
- cos petrechos de guerra contra a nossa, que vem tão armada, e que traz seis dezenas de arca-
20 buzeiros?

«As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)», in História trágico-marítima – narrativas
de naufrágios da época das conquistas, Lisboa, Sá da Costa Editora, 2009. (Adaptação de António Sérgio)

1. Identifica, nas palavras ou expressões destacadas no texto, as funções sintáticas a seguir indicadas.

a. Cinco sujeitos à direita da forma verbal

b. Um complemento indireto não pronominalizado


c. Um complemento oblíquo
d. Um complemento direto pronominalizado
e. Dois complementos diretos constituídos por orações subordinadas substantivas completivas

f. Um modificador do nome apositivo


g. Um modificador do nome restritivo
h. Um modificador de grupo verbal
Gramática

Funções sintáticas
(cont.)

Lê o texto.
Texto 2

- No dia em que a tormenta se desencadeou, mandou Jorge de Albuquerque Coelho, a


- pedido de alguns companheiros, lançar às ondas uma cruz de oiro que tinha uma partícula
- do santo lenho. Amarrou-se para isso a dita cruz, com um cordão de retrós verde, a um cabo
- grosso e muito forte, com um prego grande por chumbada: e o chicote do mesmo cabo se
5 prendeu bem à popa da nau.
- Passada a tormenta, lembrou-se o Albuquerque do seu relicário. Chegou-se à popa, e
- viu que o cabo se embrulhara nuns pregos. Pediu a Afonso Luís, piloto, que vinha a bordo por
- passageiro, se quisesse embalsar em um cabo, e desembaraçar o do relicário. Afonso Luís o
- fez assim. Desembaraçado o cabo, disse que alassem por ele de cima. Alaram: e, acabado de
10 recolher o cabo, caiu a cruz solta, com a argola partida, na tolda da nau.
- No dia que se seguiu ao da partida dos corsários, mandou Jorge de Albuquerque coser
- uma vela com uns tantos guardanapos e toalhas de mesa, que se acrescentaram a uma velinha
- latina, do esquife dos Franceses, que lhes ficara. De dois remos do batel fizeram verga; de uns
- pedaços da enxárcia que restavam, de cordões de rede e de morrões, lograram improvisar
15 um arremedo de enxárcia. Ao leme, que ficara dependurado por um só ferro, lançaram umas
- cordas como bragueiros para que pudesse servir por uns três dias.
«As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)», in História trágico-marítima – narrativas
de naufrágios da época das conquistas, Lisboa, Sá da Costa Editora, 2009. (Adaptação de António Sérgio)

1. Indica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F). Corrige as falsas. V/F

a. O primeiro sujeito sintático presente no texto encontra-se à esquerda da forma verbal res-
petiva e o segundo à direita.
b. A função sintática da oração subordinada substantiva completiva «que o cabo se embru-
lhara nuns pregos.», l. 7, é de complemento direto da forma verbal / elemento subordinante
«viu», l. 7.
c. A função sintática imediatamente seguinte à do complemento indireto «a Afonso Luís»,
l. 7, é a de modificador do nome restritivo.
d. A função sintática da oração subordinada substantiva completiva «que alassem por ele de
cima», l. 9, é de complemento direto da forma verbal / elemento subordinante «disse», l. 9.
e. Na frase «caiu a cruz solta», l. 10, o sujeito encontra-se à direita da forma verbal.
f. A última oração subordinada presente no texto tem a função sintática de complemento
direto.

Correção das falsas:

24
Manual AI: pp. 321-322

4
Coordenação
1. Classifica as orações coordenadas destacadas em cada uma das frases seguintes.

a. Ninguém o viu mais, logo, foi milagre, dizem os mirandeses.

b. À saída de Miranda do Douro, vai o viajante aguçando a observação para que nada se perca ou
alguma coisa se aproveite.

c. Leva ideia de fazer a pergunta, mas depois esquece-se.

d. O viajante entrou e viu.

e. [O viajante] para o carro, arranca um ouriço (…).

f. (…) as águas que a ribeira leva e se juntam às do rio Sabor (…).

g. À noite (…) deve haver grandes conversas entre elas, quem estava, quem casou ou saiu batizado…

h. Riu-se a terra, corou o céu envergonhado, e o viajante continuou viagem para Murça.

Segmentos textuais extraídos de José Saramago, Viagem a Portugal, Lisboa, Caminho, 2011.
(Texto adaptado)

2. As orações coordenadas na frase Nem vou a Paris no próximo ano nem me deslocarei a Londres são

(A) coordenadas disjuntivas.


(B) coordenadas conclusivas.
(C) coordenadas copulativas.
(D) coordenadas adversativas.

25
Gramática

Coordenação
(cont.)

3. Une as frases simples presentes na coluna da esquerda de modo a obteres frases complexas forma-
das por coordenação, conforme indicado na coluna da direita.

Frases simples Orações coordenadas

a. Visitamos essa cidade. Visitamos ainda Paris. Adversativa


b. Visitamos todas as capitais de distrito. Visitamos essa cidade
Conclusiva
também.
c. Visitamos Lisboa. Queríamos conhecer o Mosteiro dos Jerónimos. Explicativa
d. Visitamos essas aldeias. Percorremos todos esses caminhos. Copulativa sindética
e. Visitamos essas aldeias. Percorremos todos esses caminhos. Copulativa assindética
f. Visitamos Londres. Visitamos Paris. Disjuntiva

a.
b.
c.
d.
e.
f.

4. Nos segmentos textuais seguintes encontram-se orações coordenadas. Identifica-as e classifica-as.

A. Alguns começaram a seguir-nos, mas rapidamente se cansaram – porventura andávamos


demasiado depressa para eles. Uma das minhas regras num local aparentemente inseguro
era andar depressa e mostrar-me atarefado.
Duas orações:

B. As empresas que são nossas doadoras contratam-nos com frequência, mas eles também
ingressam noutras ou criam as suas de raiz. A filosofia orientadora é que, depois de eles se
formarem, paguem a sua formação.
Duas orações:

C. … a lagoa neste troço do Okavango era escura e parecia profunda, pois estava envolvida na
sombra quando o sol se pôs atrás dela, mas o sol oblíquo dourou os juncos do pântano e
cintilou nos ramos das acácias…
Quatro orações:

26
Manual AI: pp. 321-322

5
Subordinação
Orações subordinadas adverbiais
1. Sublinha com cores distintas, nas frases abaixo reproduzidas, os diferentes tipos de orações subordi-
nadas adverbiais e as orações subordinantes que delas dependem.

Frases simples Orações subordinadas adverbiais

a. Assim que regressa a casa, o luar acompanha-o. Temporal


b. Quando à noite entra pelo bairro dentro, (…) dirige-se a uma casa de fado. Temporal
c. O seu amigo de infância regressou do estrangeiro para viver em Lisboa. Final
d. O café «A Brasileira» é muito frequentado uma vez que tem uma belíssima
Causal
decoração.
e. Enquanto se deliciava com o fado, (…) lembrou-se do manjerico. Temporal
f. Se chover, abrigamo-nos debaixo do céu de Lisboa. Condicional

g. Vamos ali pelo Saldanha que tenho de cumprimentar um amigo. Causal

h. Como faltam alguns meses para o teu regresso, escrevo-te este postal. Causal

i. Lisboa é uma cidade mais bonita do que todas essas capitais. Comparativa
j. O café «A Brasileira» ficou conhecido já que o seu fundador importava o
Causal
melhor café do Brasil.
k. Embora conheçamos várias capitais europeias, Lisboa é a que preferimos. Concessiva

l. Caso visitemos Lisboa no próximo ano, iremos visitar o Museu dos Coches. Condicional

m. É tão bonita, Lisboa, que apetece abraçá-la! Consecutiva

Algumas destas frases foram extraídas, por vezes com ligeiras adaptações,
de AA. VV., Lisboa – viagens e histórias, Maia, Objecto Anónimo, 2011.

2. Nos segmentos textuais seguintes, identifica as orações subordinadas adverbiais indicadas.

2.1 «Cá está a coleira. O viajante disse e cumpriu: mal entrasse em Lisboa iria ao Museu de Arqueo-
logia e Etologia à procura da falada coleira usada pelo escravo dos Lafetás. Podem-se ler os di-
zeres. «Este preto he de Agostinho de Lafetá do carvalhal de Óbidos.» O viajante repete uma
vez e outra para que fique gravado nas memórias esquecidas. Este objeto, se é preciso dar-lhe
um preço, vale milhões de contos, tanto como os Jerónimos aqui ao lado (…)».

José Saramago, Viagem a Portugal, Lisboa, Caminho, 2011.

a. Oração subordinada adverbial temporal


b. Oração subordinada adverbial final
c. Oração subordinada adverbial condicional
d. Oração subordinada adverbial comparativa

27
Gramática

Subordinação
(cont.)

2.2 «O viajante não pode ficar. Se se deixa prender não sairá daqui, porque esta igreja é das mais
belas coisas que até agora os seus olhos viram.»
a. Oração subordinada adverbial condicional
b. Oração subordinada adverbial causal
2.3 «O dia vai desandando para o crepúsculo. Deixa o viajante Rio Mau, mete-se à estrada e, se não
fosse tão arriscado o negócio, iria de olhos fechados para conservar mais tempo a impressão
magnífica.»
a. Oração subordinada adverbial condicional
b. Oração subordinada adverbial final

3. Identifica as orações subordinadas adverbiais presentes nos segmentos textuais seguintes e classi-
fica-as.

a. «(…) mas este Minho é de um tal viço, agora em novembro como o será em maio, que o viajante se
aturde e perde em meio de verdes que resistem às outoniças cores e acabam por vencer.»

b. «Linhares é boa terra. Mal desembarcou, logo o viajante criou amizade com o encarregado das
obras que se faziam na igreja da misericórdia (…).»

c. «Embora a manhã esteja no princípio, faz calor. Os garotos não interrompem o jogo, e o visitante
começa a fatigante ascensão para o castelo.»

d. «Como a tarde vai chegando ao fim, o viajante quer dar uma última vista de olhos à paisagem de
onde veio.»

e. «Vai o viajante assim refletindo quando outra vez lhe aparece pela frente o Guadiana, agora de
amplo e pacífico regaço.»

f. «E de repente, (…) surge a opulência da floresta, a mata do Gerês, as altas árvores que o viajante
vai olhando enquanto desce para a barragem da Caniçada.»

g. «o que vê é a pedregosa margem espanhola do Douro, de tão dura substância que o mato mal lhe
pôde meter o dente.»

Segmentos textuais extraídos de José Saramago,


Viagem a Portugal, Lisboa, Caminho, 2011.

28
5
Orações subordinadas substantivas completivas
1. Identifica as orações subordinadas substantivas completivas presentes nas frases seguintes.

a. Neste momento ainda o viajante não sabe que alguns dias mais tarde há de estar em Bragança.

b. (…) quando muito mais tarde torna à sua dúvida, decide que o caso não tem importância.

c. A mocinha das mesas diz que a senhora Alice está na cozinha.

d. O viajante desconfia (…) que a locomotiva e a carruagem são desse tempo.

e. O viajante considera que isso é uma desconsideração.*

f. Mas ao atravessar sente que o seguem por trás das vidraças…

g. O viajante perguntou a essas pessoas se sabiam indicar-lhe o caminho do castelo.*

h. Quando o viajante sai para o claustro pergunta a si próprio se os apóstolos e os diáconos (…) esta-
rão cantando responsos…

i. As mulheres tinham dito ao viajante para virar à esquerda junto à fonte grande.*

j. (…) vai beber água daquela fonte, pedir que lhe abram a porta da igreja do antigo mosteiro…

k. Mas o viajante gostaria de saber um dia que paredes são essas.*

l. Ao acordar, na manhã seguinte, o viajante acredita que terá o seu dia estragado.

A maior parte das frases ou segmentos textuais reproduzidos no exercício 1 são extraídos de José Saramago,
Viagem a Portugal, Lisboa, Caminho, 2011.
Indicam-se com * os que não são.

2. Sublinha o elemento subordinante de cada uma das orações subordinadas que identificaste, isto é, a
forma verbal da qual dependem.

29
Gramática

Subordinação
(cont.)

3. Atenta no texto seguinte:

Quando me perguntaram se tinha já lido este livro de José Saramago, respon-


di que o conhecia bem desde a sua publicação, que ocorreu há muitos anos.

3.1 Identifica as duas afirmações verdadeiras (V). V

a. Existem nele três orações subordinadas substantivas completivas.


b. Existem nele duas orações subordinadas substantivas completivas.
c. Os elementos subordinantes destas duas orações são, respetivamente,
«perguntaram» e «tinha lido».

Orações subordinadas adjetivas relativas (restritivas e explicativas)


1. Distingue, assinalando-os na grelha, os dois tipos de orações subordinadas adjetivas relativas.

Oração subordinada Oração subordinada


Frases adjetiva relativa adjetiva relativa
restritiva explicativa
a. Este é o primeiro viajante que no meio do caminho para o automóvel.
b. O viajante fica melancólico e augura mal da viagem que assim
começa.
c. Meteu por um mau caminho, ali mesmo à boca da ponte, que passa
sobre a ribeira da Vilariça, e vai subindo, subindo.
d. Esta linha férrea que vai ao lado da estrada parece de brincadeira,
ou restos de solene antiguidade.
e. Aqui perto há restos de uma via romana que o viajante não vai
procurar.
f. O viajante para, deixa passar o gado, dá os bons dias ao guardador,
que é rapaz novo e tranquilo.

2. Atenta nas orações subordinadas adjetivas relativas presentes nos segmentos textuais seguintes.

A. Entre Vinhais e Rebordelo a chuva foi constante. Este caminho é uma festa que o céu acompanha
enviando tudo quanto tem para mostrar.
B. O viajante, que vem de paisagens agrestes e rudezas primitivas, tem de habituar-se outra vez à
presença do trabalho transformador.
C. Nunca se sabe o que espera o viajante que se mete ao caminho, mas o aviso cá fica.
D. São gigantes pessoas, e isto não passa de imaginações do viajante, que as tem pródigas, quando se
está mesmo a ver que têm os homens o seu tamanho natural, e basta.
E. Torna a passar a ponte depois de ter deitado um olhar de despedida à trecentista Nossa Senhora
da Piedade que está no nicho.

Segmentos textuais extraídos de José Saramago, Viagem a Portugal, Lisboa, Caminho, 2011.

30
5
2.1 Indica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F). Corrige as falsas. V/F
a. Em A ocorre uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
b. Em B ocorre uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
c. Em C ocorre uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
d. Em D não ocorre nenhuma oração subordinada adjetiva relativa.
e. Em E ocorre uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

Correção das falsas:

2.2 Transcreve o elemento subordinante do qual dependem todas as orações adjetivas relativas que
identificaste.

Orações subordinadas substantivas relativas (sem antecedente)


1. Sublinha, nas frases seguintes, as orações subordinadas substantivas relativas (sem antecedente).

a. Quem vai ao ar perde o lugar.


b. Quem investigar devidamente descobre a solução do problema.
c. Ela sabe perfeitamente quem cometeu o crime.

2. Refere as respetivas funções sintáticas.

3. Das três orações subordinadas substantivas relativas presentes nas frases seguintes só uma tem a
função sintática de complemento direto.

3.1 Identifica-a e classifica-a.

a. Quem porfia sempre alcança.


b. Ele revelou quem tinha sido o autor do boato.
c. Eu vi o automóvel que referiste.

31
Gramática

Subordinação
(cont.)

Subordinação em Os Lusíadas
1. Identifica em cada segmento textual as orações subordinadas indicadas.

Segmento textual Orações subordinadas

a. «E entre gente remota edificaram / Novo reino, que tanto sublimaram;»


Adjetiva relativa explicativa
Canto I, estância 1, vv. 7-8

b. «Cantando espalharei por toda a parte, / Se a tanto me ajudar o engenho


e arte.» Adverbial condicional
Canto I, estância 2, vv. 7-8

c. «Cessem do sábio Grego e do Troiano / As navegações grandes que


fizeram;» Adjetiva relativa restritiva
Canto I, estância 3, vv. 1-2

d. «Dai-me agora um som alto e sublimado, / Um estilo grandíloco


e corrente, / Por que de vossas águas Febo ordene / Que não tenham Adverbial final
enveja às de Hipocrene.» Substantiva completiva
Cantos I, estância 4, vv. 5-8

e. «Dai-me igual canto aos feitos da famosa / Gente vossa, que a Marte tanto
ajuda; / Que se espalhe e se cante no Universo, / Se tão sublime preço Adjetiva relativa explicativa
cabe em verso. Adverbial condicional
Canto I, estância 4, vv. 5-8

f. «Dou-vos também aquele ilustre Gama, / Que para de si de Eneias toma


a fama.» Adjetiva relativa explicativa
Canto I, estância 12, vv. 7-8

g. «O recado que trazem é de amigos, / Mas debaxo o veneno vem coberto, /


Adjetiva relativa restritiva
Que os pensamentos eram de inimigos,»
Adverbial causal
Canto I, estância 105, vv. 1-3

32
5
Segmento textual Orações subordinadas

h. «Quem valerosas obras exercita, / Louvor alheio muito o esperta e incita.» Substantiva relativa
Canto V, estância 92, vv. 7-8 (sem antecedente)

i. «Octávio, entre as maiores opressões, / Compunha versos doutos


e venustos / (Não dirá Fúlvia, certo, que é mentira, / Quando a deixava Substantiva completiva
António por Glaphyra).» Adverbial temporal
Canto V, estância 95, vv. 5-8

j. «Mas o pior de tudo é que a ventura / Tão ásperos os fez e tão austeros, /
Tão rudos e de ingenho tão remisso, / Que a muitos lhe dá pouco ou nada Adverbial consecutiva
disso.»
Canto V, estância 98, vv. 5-8

k. «Possuireis riquezas merecidas, / Com as honras que ilustram tanto


as vidas.» Adjetiva relativa restritiva
Canto IX, estância 94, vv. 7-8

l. «Tomai conselho só de esprimentados, / Que viram largos anos, largos


meses,» Adjetiva relativa explicativa
Canto X, estância 152, vv. 5-6

m. «Da boca dos pequenos sei, contudo, / Que o louvor sai às vezes acabado.»
Substantiva completiva
Canto X, estância154, vv. 3-4

n. «Nem me falta na vida honesto estudo, / Com longa esperiencia


misturado, / Nem engenho, que aqui vereis presente,» Adjetiva relativa explicativa
Canto X, estância 154, vv. 5-7

Segmentos textuais extraídos de estâncias de Luís de Camões,


Os Lusíadas, 3ª edição, Porto, Porto Editora, 1987.
(Edição organizada por Emanuel Paulo Ramos)

33
Gramática

Subordinação
(cont.)

Classificação de orações subordinadas


1. Lê os textos, que se apresentam segmentados. Identifica e classifica as orações subordinadas que
vão sendo indicadas.

Texto 1

- A minha primeira invitation au voyage [vontade de partir, de viajar] chegou-me sob a for-
- ma de uma velha coleção da National Geographic, que existia no sótão da casa de campo de
- um tio meu. Sei de cor o cheiro daqueles suculentos volumes da revista, uma mistura de tinta
- envelhecida com o insidioso bafo de humidade que os invernos à sombra da serra de Sintra
5 deitavam em todas as coisas.
António Mega Ferreira, Papéis de jornal – Crónicas – 2013 – 2010, Lisboa, INCM, 2011, pp. 22-23.

1.1 Identifica e classifica duas orações subordinadas adjetivas.

a.

b.

- O nosso mundo era tão apertado, nesse tempo, que qualquer coisa tinha para nós o per-
- fume do exotismo; as nossas referências eram tão parcas, que o luxo aparente do bom papel,
- das boas fotografias e da boa impressão, chegavam para nos fazer sonhar, até com viagens
- mais modestas. A National Geographic era de outros céus e por isso lhe devo tanto.
António Mega Ferreira, Op. cit.

1.2 Identifica e classifica a primeira oração subordinada adverbial.

Texto 2

-
No interior de uma casa com fachada de azulejos dourados, vivia uma família que tanto
-
discutia como sorria. Era a casa de uma família como tantas outras, cujas paredes encerravam
-
histórias que não passavam cá para fora.
-
A vizinhança sabia que viajavam com frequência. Em certas alturas do ano, lá estava
5
a menina à porta para pedir que lhe tomassem conta do gatinho / enquanto estivessem
-
ausentes.
AA. VV., Lisboa – viagens e histórias, Maia, Objecto Anónimo, 2011, p. 21.
(Texto adaptado)

1. Classifica as quatro orações subordinadas destacadas.

34
5
- De acordo com o patriarca da família, que repetia esta história aos restantes habitan-
- tes da casa, corria-lhes nas veias o sangue de um marinheiro anónimo. Eram descendentes de
- um homem dos mares que participara na gesta dos Descobrimentos, pois embarcara com
10 Pedro Álvares Cabral na célebre viagem em que acostaram a terras de Vera Cruz.
- Para atestar a veracidade daquela narrativa, existia uma enfiada de contas que trai sido
- oferecida por um ameríndio ao marinheiro anónimo, em troca de um sombreiro preto.

AA. VV., Op. cit.

2. Escolhe a opção correta. As quatro orações subordinadas destacadas no texto são, respetivamente,

(A) subordinada adverbial final / subordinada adjetiva relativa restritiva / subordinada adjetiva
relativa explicativa / subordinada adjetiva relativa restritiva.
(B) subordinada adjetiva relativa explicativa / subordinada adjetiva relativa restritiva / subordi-
nada adverbial final / subordinada adjetiva relativa restritiva.
(C) subordinada adverbial final / subordinada adjetiva relativa explicativa / subordinada adjetiva
relativa restritiva / subordinada adjetiva relativa restritiva.
(D) subordinada adjetiva relativa restritiva / subordinada adjetiva relativa explicativa / subordi-
nada adjetiva relativa restritiva / subordinada adverbial final.

Texto 3

- Apesar da partida de mau gosto que nos pregou, será a vila de Mogadouro o ponto de
- partida para esta viagem. Embarquemos para oriente, em direção a Santiago e ao cometimen-
- to da primeira façanha: a pouco aconselhável travessia da serra de Variz, pelo caminho flores-
- tal, que liga duas povoações, Santiago e Variz.
5 É uma aldeiazita de pacatez ensoalhada, como são as outras aldeias destes arredores,
- tem alguns traços a marcar-lhe a fisionomia.
- Comecemos no castelo esta incursão por Campo Maior. Recordemos que a vila foi víti-
- ma da conquista cristã, já por meados do século XIII.
- Vamos cortar à esquerda, cerca das Furadas e da Chamorra, para atravessar o Caia em
10 fácil vau neste setembro ainda seco.

Fernando António Almeida, Percursos de fim-de-semana, Lisboa, Dom Quixote, 1992, pp. 41, 136, 223 e 230.
(Texto adaptado, com supressões)

1. O texto apresenta cinco orações subordinadas destacadas.

1.1 Circunda a letra da coluna que as apresenta pela ordem correta.

A B C
a a a
1. – adverbial comparativa 1. – adjetiva relativa restritiva 1. – adjetiva relativa restritiva
a
2. – adverbial final 2. – adjetiva relativa explicativa 2.a – adjetiva relativa explicativa
a

3.a – substantiva completiva 3.a – adverbial final 3.a – adverbial comparativa


4.a – adjetiva relativa explicativa 4.a – adverbial comparativa 4.a – substantiva completiva
5.a – adjetiva relativa restritiva 5.a – substantiva completiva 5.a – adverbial final

35
Gramática

Subordinação
(cont.)

Coordenação e subordinação
Classificar orações

Texto 1

- O dia amanheceu sem nuvens e morno, ideal para esta época do ano. Às nove da ma-
- nhã, encontrei-me com o motorista do camião, e o homem disse-me que partíamos às onze.
- Às onze, estavam a carregar latões de combustível, e o ajudante do motorista disse-me para
- estar pronto à uma. À uma, tinha eu mandado vir as malas para baixo, quando me disseram
5 que não partíamos hoje. Os outros passageiros voltaram todos ontem para as suas aldeias,
- por causa da chuva, e ainda não regressaram.

Robert Byron, A estrada para Oxiana, Lisboa, Tinta da China, 2014, p. 148.
(Texto adaptado)

1. Identifica no texto:
a. as três orações subordinadas substantivas completivas.

b. os respetivos elementos subordinantes.

c. as respetivas funções sintáticas, justificando.

d. a última oração coordenada presente no texto, classificando-a.

Texto 2

- Os habitantes desta aldeia são estranhamente pouco prestáveis. Ovos? Parafina? Feno?
- Não tinham nada disso. Disse-lhes que pagava. Mas, vendo-me na companhia de um funcio-
- nário público, não acreditaram em mim. A autoridade do meu guia acabou por conseguir o
- que queríamos, e também uma casa para pernoitar, que é feita de quatro paredes e tem um
5 buraco no teto. Infelizmente, o fumo da fogueira que se encontrava no meio do chão não saía
- por aquele buraco. Mas é agradável estar quente para variar. Somos sete dentro de casa.

Robert Byron, Op. cit, p. 161.

1. Identifica a única oração subordinada substantiva completiva presente no texto.

1.1 Identifica o seu elemento subordinante.

1.2 Refere a sua função sintática, relativamente a esse elemento subordinante.

36
5
2. Identifica a única oração subordinada adjetiva relativa explicativa presente no texto.

2.1 Identifica o seu elemento subordinante.

2.2 Refere a sua função sintática, relativamente a esse elemento subordinante.

3. Identifica a única oração subordinada adjetiva relativa restritiva presente no texto.

3.1 Identifica o seu elemento subordinante.

3.2 Refere a sua função sintática, relativamente a esse elemento subordinante.

Texto 3

- Partimos num Ford: Ali Asgar, o meu novo criado, o «sultão» (nome pelo qual é desig-
- nado o capitão), o motorista, o respetivo ajudante e eu, juntamente com as malas, a comida e
- o vinho. Desta vez, viajo principescamente, para poupar tempo. Sem criado, perde-se meio-
- -dia só para fazer e desfazer as malas.
Robert Byron, Op. cit, p. 202.

1. Classifica a oração subordinada destacada no texto.

1.1 Identifica a oração subordinante de que depende.

1.2 Refere a função sintática da oração subordinada.

Texto 4

Continuamos a subir pelo vale. (…) Quando vimos maçãs silvestres, pedimos a um
nativo que as fosse colher. Depois, ele subiu aos coqueiros para nos trazer cocos.

Jack London, O cruzeiro do Snark, Lisboa, Antígona, 1998, pp. 145-146.


(Texto adaptado)

1. Escolhe a opção correta. As três orações subordinadas destacadas no texto são, respetivamente
(A) adverbial causal, substantiva completiva, adjetiva relativa.
(B) adverbial final, adverbial temporal, adverbial causal.
(C) adverbial temporal, substantiva completiva, adverbial final.
(D) substantiva completiva, adverbial consecutiva, adverbial final.

37
Gramática

Subordinação
(cont.)

Texto 5

- Se um dia me sobrarem ócios e pachorra juntamente, hei de ainda escrever um longo


- capítulo inspirado na mulher japonesa, tal como eu a compreendo, ou antes, tal como a não
- compreendo. Não agora. Agora intento apenas falar dela em breves frases, ao capricho das
- ideias que me ocorrem.
5 Qual é o seu destino? O enlevo do lar. (…) O delicado instinto da ordem, da limpeza, e
- um fundo de carinho maternal, tão amoroso, que talvez não tenha igual no mundo inteiro.
- De sorte que, sem missão ativa propriamente, parece vir ao mundo destinada a uma doce pas-
- sibilidade feita de cuidados e sorrisos, para tornar feliz o esposo, e preparar para a vida um
- outro homem, o seu filho.
Wenceslau de Moraes, Paisagens da China e do Japão, Lisboa,
Livros de Bordo, 2014, p. 202.

1. Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F). Corrige as falsas. V/F


a. A primeira oração destacada é subordinada adverbial condicional.
b. Ela depende da oração subordinante «hei de escrever ainda um longo capítulo
inspirado na mulher japonesa».
c. A segunda oração subordinada destacada é adjetiva relativa explicativa.
d. Ela depende de um elemento subordinante – «ideias».
e. A sua função sintática é de modificador do nome restritivo «ideias».
f. A terceira oração subordinada destacada é adjetiva relativa explicativa.
g. A quarta oração subordinada destacada é adverbial final.
h. A sua função sintática é de modificador de grupo verbal.

Correção das falsas:

Texto 6

Ao pôr do sol, o vento amainou, embora estivesse ainda muito forte para o barco.
Tehei apresentou-nos um nativo que consentiu em levar-nos no seu barquinho até Raiatea
pela quantia incrível de dois dólares chilenos.
Jack London, O cruzeiro do Snark, Lisboa, Antígona, 1998, p. 182.
(Texto adaptado)

1. Escolhe a opção correta. As duas orações subordinadas destacadas no texto são, respetivamente
(A) adverbial consecutiva, adverbial concessiva.
(B) adverbial final, adverbial temporal.
(C) adverbial temporal, substantiva completiva.
(D) adverbial concessiva, adjetiva relativa.

38
Manual Seq. 1: p. 41 Seq. 4: p. 131

6
Arcaísmos e neologismos
Arcaísmos
Lê o excerto da Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente.
Texto 1

- Lia Como estais, Inês Pereira?


- Inês Muito triste, Lianor Vaz.
- Lia. Que fareis ao que Deos faz1?
- Inês Casei por minha canseira2.
5 Lia Se ficaste prenhe basta.
- Inês Bem quisera eu dele casta3,
- mas não quis minha ventura4.
- Lia. Filha, não tomeis tristura,
- que a morte a todos gasta.

10 O que havedes de fazer?...


- Casade-vos, filha minha.
- Inês Jesu, Jesu! Tão asinha?
- Isso me haveis de dizer? Vocabulário
1
- Quem perdeo um tal marido, nada a fazer: a morte do marido foi vontade de Deus
2
casei por minha desgraça
15 tão discreto e tão sabido 3
filhos
- e tão amigo de minha vida? 4
sorte; ironia de Inês

Gil Vicente, «Auto de Inês Pereira», in Teatro de Gil Vicente, 6ª Edição,


Lisboa, Portugália Editora, s/d, p. 193.

1. Indica se as seguintes afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F). Corrige as falsas. V/F
a. As palavras «tristura», v. 8, e «asinha», v. 12, são arcaísmos visto que deixaram de se usar
na língua portuguesa.
b. A palavra «prenhe», v. 5, não é um arcaísmo uma vez que ainda é usada em certos registos
do português moderno.
c. A forma de tratamento familiar, na segunda pessoa do plural, que se observa no diálogo
entre Lianor Vaz e Inês Pereira, é um arcaísmo, uma vez que caiu em desuso no português
moderno.
d. A palavra «casta», v. 6, é um arcaísmo, na medida em que esta palavra deixou de se usar
no português moderno.
e. As formas verbais «havedes», v. 10, e «casade», v. 11, são formas arcaicas às quais corres-
pondem as que se utilizam na comunicação atual, respetivamente, haveis e casai.
f. A forma verbal «perdeo», v. 14, é um arcaísmo, visto que não se utiliza na comunicação do
português moderno.

Correção das falsas:

39
Gramática

Arcaísmos e neologismos
(cont.)

2. Observa as frases seguintes retiradas do capítulo XI da Crónica de D. João I de Fernão Lopes.

Palavras do português
Arcaísmos
contemporâneo

A. «– U matom o Mestre?»

B. «outras traziam carqueja para acender o fogo cuidando queimar os


muros dos Paços com ela, dizendo muitos doestos contra a rainha».

C. «– Amigos, pacificai-vos, ca eu vivo e são sou a Deos Graças».

D. «Vendo ele estonce que nenhuma dúvida tinha e sua segurança (…),
cavalgou com os seus acompanhado de todos os outros».

E. «E ele respondia, adur podendo ser ouvido, que lho agradecia muito».

F. «e quando viu o Mestre ir daquela guisa, foi-o abraçar com prazer».

2.1 Identifica o arcaísmo presente em cada uma delas, sublinhando-o.


2.2 Substitui-os pelas palavras utilizadas no português moderno, colocando-as no lugar correspon-
dente na coluna da direita.

3. Lê o excerto seguinte da Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente.


- Lia. Ora dizei como digo.
- Pero E tendes vós aqui trigo
- pera nos jeitar1 por cima?
- Lia. Inda é cedo… Como rima!
5 Pero Soma2, vós casais comigo,

- e eu com vosco, pardelhas3!


- Não compre4 aqui mais falar.
- E quando vos eu negar
- que me cortem as orelhas.

Gil Vicente, «Auto de Inês Pereira», in Teatro de Gil Vicente, 6ª Edição,


Lisboa, Portugália Editora, s/d, p. 195.
Vocabulário
1
deitar; referência a um costume que é símbolo de fertilidade: deitar sobre («por riba») os noivos cereais; 2 em resumo;
3
interjeição; forma rústica de por Deus; 4 vale a pena

3.1 Identifica entre as palavras destacadas a única que não é um arcaísmo. Justifica.

3.2 Indica a razão por que «vós», v. 5, é um arcaísmo.

40
6
Neologismos
Lê o texto.
Texto 2

- O BANIF vai abandonar de vez o mercado espanhol com a deslocalização, para Lisboa,
- das funções «de seguimento e recuperação de crédito» quanto ao negócio que a instituição
- ainda tinha do BANIF Mais em Espanha. A operação tinha sido herdada com a compra do
- Banco Mais pelo grupo em 2009.(…).
5 Fonte oficial sublinha que «a decisão de descontinuar a originação de carteiras em Es-
- panha» já estava tomada há anos, sendo o ativo líquido, à data de 31 de março de 2014, de
- apenas três milhões de euros. Por outro lado, confirma que «a racionalização em causa irá
- traduzir-se numa deslocalização, para Lisboa, de funções de seguimento e recuperação de
- crédito». Havia ainda a participação direta de 33,32% que ainda restava no Banco Pueblo e que
10 será também para vender. (…)
http://economico.sapo.pt/noticias/banif-deixa-definitivamente-o-mercado-espanhol_193099.html
(Texto adaptado, consultado em 18-10-2014)

1. O Banco BANIF decidiu abandonar o mercado espanhol mudando-se para Lisboa.

1.1 Identifica no texto a palavra utilizada para indicar essa mudança de local.

1.1.1 Explicita a razão por que essa palavra é um neologismo.

1.2 Indica o processo morfológico que permitiu a sua formação.

2. Considera as imagens apresentadas.

[Imagem 1] [Imagem 2]

In Blogue Educação do meu umbigo, Exame informática, nº 226, abril de 2014, p. 15.
https://educar.wordpress.com/2014/10/ (consultado em 30-10-2014)

2.1 Identifica os neologismos nelas presentes.


Imagem 1: Imagem 2:

2.2 Indica os processos de formação de palavras que estão na origem desses neologismos.
Imagem 1: Imagem 2:

41
Gramática

Arcaísmos e neologismos
(cont.)

2.3 Apresenta o significado possível de cada um deles tendo em conta o seu processo de formação.
Imagem 1: Imagem 2:

3. Lê o texto seguinte.

- Como as aves são animais ubíquos, podem observar-se em qualquer lugar, desde os buli-
- y\`\`]N_^bR`RWN_QV[`PVaNQV[\`Nazt``\``RTNQN`g\[N`»\_R`aNV`RNT_~P\YN`QR`QR\[~cRY
- do mar, nas costas rochosas e arenosas, até aos píncaros mais agrestes dos cumes montanho-
- sos, passando pelas zonas húmidas dulçaquícolas, ribeirinhas e lagunares, e pelas planícies
5 cerealíferas alentejanas entre muitos outros locais.
Superinteressante, nº 195, julho de 2014, p. 32.

3.1 Identifica o único neologismo presente no conjunto das palavras seguintes.

a. «citadinos», l. 2.
b. «dulçaquícolas», l. 4.
c. «lagunares», l. 4.
d. «cerealíferas», l. 5.

3.2 Indica o processo morfológico que permitiu a sua formação.

3.3 Apresenta o seu significado.

4. Em cada uma das séries seguintes, indica a única palavra que não é neologismo.

a. blogue, blogosfera, aterrar, design, cibernauta.


b. astrobiologia, telemedicina, bullying, hotspot, psicologia.
c. cibercrime, software, televisão, externalização, portabilidade.

5. Identifica a única afirmação falsa (F) entre as seguintes. Corrige-a. F


a. Os neologismos são palavras novas que se criam através de processos e estruturas já exis-
tentes na língua.
b. Assim, podemos criar palavras novas a partir dos processos morfológicos de formação de
palavras, como a derivação e a composição.
c. Também o podemos fazer a partir de processos irregulares como a extensão semântica ou
a truncação, entre outros.
d. Os neologismos são exclusivos das ciências experimentais e das tecnologias, em particular
da informática, devido à constante evolução da ciência e da técnica nestes domínios.
e. Uma das grandes fontes de neologismos na atualidade provém dos empréstimos de lín-
guas estrangeiras, especialmente do inglês.

Correção da falsa:

42
Manual Seq. 5: pp. 177, 183 AI: p. 325

7
Campo lexical e campo semântico
Campo lexical
Lê o texto.
Texto 1

- Chega a Portugal uma competição única e nunca antes vista. O NOS Air Race
- Championship é um campeonato de corridas de aviões, com um novo conceito que tem como
- base as famosas Reno Air Races, que contam já com mais de 50 anos de existência nos Estados
- Unidos. O conceito, baseado no modelo dos principais eventos motorizados, foi sanciona-
5 do pela primeira vez por membros da RARA (Reno Air Race Association), que avaliaram este
- projeto como tendo todas as características para se tornar numa competição aérea singular a
- nível mundial. Escolheram Portugal para realizar a primeira prova pela inquestionável beleza
- da baía de Cascais e por reunir condições climatéricas de exceção. Assim, nos próximos dias
- 4, 5 e 6 de julho, sobre a baía de Cascais, decorrerá a corrida aérea mais emocionante e com-
10 petitiva que Portugal já teve oportunidade de testemunhar. Com múltiplas aeronaves a voar
- simultaneamente e pilotadas por um grupo internacional de aviadores de elite, o NOS Air Race
- Championship é um evento que combina a competitividade, a localização privilegiada e um
- espetáculo emocionante. O NOS Air Race Championship alia o que têm de melhor as melhores
- provas a nível internacional, num evento ímpar, em que aeronaves a voar a 350 quilómetros
15 por hora e 30 metros acima do nível do mar superarão todas as expectativas, dando ao público
- a oportunidade de ver ao vivo uma corrida aérea que conjuga competição e acrobacia no mes-
- mo espetáculo.
Superinteressante, nº 195, julho de 2014, p. 96.

1. Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F). Corrige as falsas. V/F


a. O nome «aeronaves», l. 10, pertence ao campo lexical de aviação, uma vez que se
relaciona com o mesmo domínio da realidade a que pertence esta palavra.
b. O verbo «voar» pertence ao campo lexical de «aviação» porque se relaciona com
o domínio da realidade a que esta palavra pertence. Voar faz parte da aviação.
c. O nome «corrida», l. 9, pertence ao campo lexical de «aviação», porque uma viagem
de avião é sempre uma corrida.
d. O nome «prova», l. 7, pertence ao campo lexical de «aviação» visto que pertence
ao mesmo domínio da realidade.

Correção das falsas:

43
Gramática

Campo lexical e
campo semântico (cont.)

2. Identifica no texto palavras (nomes, verbos, adjetivos) ou expressões que pertençam aos campos
lexicais de:

Competição Aviação

3. A palavra «mar», l. 15, possui um campo lexical mais vasto do que aquele em que aparece no texto.

3.1 Entre as palavras constantes da tabela, sublinha as que não fazem parte do seu campo lexical.

Nomes Adjetivos Verbos

barco alteroso navegar


água salgado encostar
altitude profundo mergulhar
escarpa escarpado escalar
sal nublado afundar
naufrágio naufragado naufragar

4. A palavra «prova», l. 7, pode pertencer a campos lexicais diferentes, consoante o contexto em que se
encontre.
Observa os exemplos:
• Fui ao meu alfaiate fazer a última prova de um fato que mandei confecionar.
• Os investigadores encontraram uma prova de que ele se encontrava no local do assalto.
No 1.o caso, prova pertence ao campo lexical de vestuário; no segundo, inclui-se no campo lexical de
crime.

4.1 Completa os respetivos campos lexicais na grelha seguinte, indicando pelo menos três nomes,
dois adjetivos e três verbos para cada um deles.

Campo lexical de vestuário Campo lexical de crime

nomes adjetivos verbos nomes adjetivos verbos

prova prova

44
Manual Seq. 2: p. 55 AI: p. 325

7
Campo semântico
Lê o excerto da Farsa de Inês Pereira.
Texto 1

- – Mais mansa, Lianor Vaz,


- assi Deos te faça santa.
- – Trama1 te dê na garganta!
- Como! Isto assi se faz?
5 – Isto nam releva nada…
- – Tu nam vês que são casada?
- Mãe Deras-lhe, má-hora, boa,
- e mordera-lo na coroa.
- Lia. Assi! Fora excomungada!

10 Não lhe dera um empuxão,


- porque são tão maviosa
- que é cousa maravilhosa. Vocabulário
1
- E esta é a concrusão. inchaço

Gil Vicente, «Auto de Inês Pereira», in Teatro de Gil Vicente, 6ª Edição,


Lisboa, Portugália Editora, s/d, p. 165.

1. O verbo dar possui vários significados, consoante os contextos em que se encontre. O conjunto de
todos esses significados constitui o seu campo semântico.

1.1 Indica os significados das suas ocorrências neste excerto.


a. «Trama te dê na garganta!», v. 3:
b. «Deras-lhe, má-hora, boa,», v. 7:
c. «Não lhe dera um empuxão,», v. 10:

2. Relaciona as palavras destacadas na coluna A com as da coluna B de modo a obteres o significado


adequado para cada uma das ocorrências do verbo dar.

A B

a. Ontem, no autocarro, dei o lugar a uma senhora grávida. 1. troco

b. Dê-me dois quilos de amêndoas, por favor. 2. entreguei

c. Dou-te este livro por aqueles dois CD. 3. cedi

d. Como preciso de fazer obras rapidamente, dei o serviço a


4. venda
um empreiteiro conhecido.

e. Ter a polícia por perto dá segurança aos cidadãos. 5. paguei

f. Dei 200 euros por um candeeiro do século XIX. 6. concedi

g. Como a decisão era difícil, dei-lhe algum tempo para refletir. 7. distribui

h. Quem é que dá as cartas neste jogo? 8. propicia


45
Gramática

Campo lexical e
campo semântico (cont.)

3. Elabora quatro frases em que o verbo dar possua os significados seguintes:

a. atribuir;
b. render (proporcionar uma renda);
c. bater, soar;
d. sentir-se.

4. Seleciona a opção correta. O verbo ver, no contexto em que se encontra («vês», v. 6), tem o significado
de
a. observar.
b. saber.
c. avistar.
d. encontrar-se.

4.1 Elabora uma frase em que o verbo ver se encontre no seu sentido mais frequente.

5. Lê as frases seguintes.

5.1 Indica em qual das frases a palavra garganta aparece no seu sentido mais comum (sentido
denotativo).
a. Deixa-te dessas ameaças, só tens garganta!
b. Atravessar o desfiladeiro apenas é possível através de uma garganta muito estreita.
c. O meu primo tem frequentes dores de garganta.

6. Sublinha o único verbo mencionado no quadro que pode substituir as palavras destacadas nas frases
seguintes.

dar / fazer / tomar / meter

A. Foi Souto de Moura quem concebeu o projeto da «Casa das Histórias», em Cascais.
B. O Pedro completou vinte anos em dezembro.
C. Este texto não foi escrito por ela.
D. Naquele lagar fabrica-se o melhor azeite do país.
E. A queda do muro provocou um barulho enorme.

7. Com a ajuda de um dicionário, elabora duas frases em que o nome «trama», v. 3, possua um signifi-
cado diferente do que se encontra no texto.

46
Manual Seq. 1: p. 32

8
Processos irregulares
de formação de palavras
1. Relaciona as afirmações da coluna A com as da coluna B de forma a obteres definições dos diversos
processos irregulares de formação de palavras.

A B

a. O acrónimo é uma palavra que se constitui a partir da 1. diferentes, de modo a formar novas palavras.

2. junção da primeira ou mais letras iniciais de


b. A extensão semântica consiste na atribuição de
um conjunto de palavras.
3. um grupo de palavras às suas iniciais, as
c. O empréstimo consiste na adoção de palavras
quais se pronunciam separadamente.
d. A amálgama consiste na junção de partes 4. extensas das quais resultam outras de
de palavras menor extensão.
e. A sigla é uma palavra formada através 5. um significado diferente a palavras já
da redução de existentes na língua.
f. A truncação consiste na redução ou no apagamento
6. estrangeiras pelos falantes do português.
de palavras mais

Lê o texto seguinte.

Metade das vítimas de AVC


não chamam o INEM
- Metade das vítimas de AVC não chamam o INEM para ir para o hospital e o mesmo
- se passa com 30% dos doentes que sofrem enfartes. Os peritos da Direção-Geral da Saúde
- (DGS) avisaram ontem que quem opta por se deslocar pelos seus próprios meios ou recorre
- diretamente aos bombeiros da sua zona corre o risco desnecessário de não ser tratado nas
5 melhores condições.
- Rui Cruz Ferreira, diretor do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovas-
- culares da DGS, avisou que o «receio» do aparato do INEM mas também o desconhecimento
- da importância do transporte através do número de emergência (112), além de poderem ser
- fatais resultam em piores prognósticos, correspondendo estas duas doenças a 13% dos anos
10 de incapacidade vividos pelos portugueses. (…)

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/metade-das-vitimas-avc-nao-chamam-inem
(Texto adaptado, consultado em 06-12-2014)

2. Seleciona a opção correta.

2.1 As palavras «AVC», l. 1, e «DGS», l. 3, são


a. siglas. b. acrónimos. c. amálgamas. d. empréstimos.

2.1.1 Justifica.

2.2 Identifica o único acrónimo presente no texto. Justifica.

47
Gramática

Processos irregulares de
formação de palavras (cont.)

3. Identifica nas frases seguintes os acrónimos e as siglas.

Frases Acrónimos Siglas

a. Em África há cada vez mais vítimas do ébola e da SIDA.

b. A PSP interveio no final do jogo para pôr fim a desacatos.

c. A FIFA organiza os campeonatos do mundo de futebol.

d. O meu pai é agente da ASAE.

e. Portugal é um dos países que fazem parte da UE.

4. Considera as palavras vírus e vacina, pertencentes ao campo lexical da medicina.

4.1 Elabora duas frases diferentes em que estas palavras tenham os significados que aparecem nos
verbetes seguintes:

vírus nome masculino Programa executado vacina nome feminino Programa destinado
independentemente da vontade do utilizador e a impedir a contaminação do computador por
geralmente sem seu conhecimento, capaz de um ou mais tipos de vírus determinados.
criar cópias de si mesmo em meios magnéti- vacinação substantivo feminino Acto ou
cos e na memória primária de computadores, efeito de vacinar.
e que geralmente danifica, corrompe ou destrói vacinado adjectivo e substantivo masculino
1. Que ou o que se vacinou. 2. Diz-se daquele
as informações armazenadas, trava a máquina
em que se inoculou a vacina.
ou provoca outros efeitos indesejáveis.
Dicionário eletrónico Houaiss
Dicionário eletrónico Houaiss (Texto adaptado)
(Texto adaptado)

4.1.1 Seleciona a opção correta. O processo irregular de palavras aplicado foi

a. o empréstimo. c. a extensão semântica.


b. a truncação. d. a amálgama.
4.2 Identifica, entre as palavras destacadas das frases seguintes, a única formada pelo processo de
extensão semântica.

a. O avião enviou um SOS, mas infelizmente não foi a tempo.


b. A Unicef é a organização das nações unidas que se ocupa da defesa dos direitos das
crianças.
c. Esqueci-me do dossiê de Português em cima da secretária.
d. O meu leitor de DVD deixou de funcionar de repente.

48
8
5. Lê o texto.

- Colin Firth está prestes a incendiar de novo os corações femininos no mais recente
- filme de Woody Allen, «Magia ao luar», nos cinemas desde quinta-feira. O ator oscarizado
- deleita-se no papel de Stanley Crawford, um mágico charmoso que enverga smoking e está
- decidido a denunciar como charlatã uma médium espírita, Sophie Baker (Ema Stone). Pas-
5 sado na Riviera francesa nos anos 1920, o filme é um soufflé cómico delicioso que aproveita
- a química romântica inflamável entre Firth e Stone e também os locais aliciantes e figurinos
- de época (…).

Expresso Revista, nº 2184, 06-09-2014

5.1 Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F). Corrige as falsas. V/F
a. A palavra smoking, l. 3, é um empréstimo, uma vez que surge na língua para identificar
um tipo de vestuário para o qual não existia uma palavra portuguesa.
b. A palavra «charmoso», l. 3, provém do étimo francês charme. Trata-se, portanto, de
um empréstimo.
c. A palavra médium, l. 4, é um empréstimo do latim, visto não existir em português a
palavra para designar alguém que se dedica à prática do espiritismo.
d. A palavra soufflé, l. 5, é um empréstimo do francês, visto não existir na língua portu-
guesa um nome para designar essa especialidade culinária.
e. A palavra «inflamável», l. 6, formou-se a partir do étimo latino FLAMA. Trata-se, portan-
to, de um empréstimo.

5.2 Considera o anúncio seguinte.

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(Texto adaptado, consultado em 12/10/2014)

5.2.1 Identifica os empréstimos nele presentes.

5.2.2 Identifica os campos lexicais a que pertencem.

5.2.3 Indica três palavras do campo lexical das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação)
que tenham entrado no português como empréstimos do inglês.

49
Gramática

Processos irregulares de
formação de palavras (cont.)

Lê o texto seguinte.

Cibernautas aceitam ceder o seu


primogénito em troca de Wi-Fi gratuito
- Quais são os perigos das redes Wi-Fi públi-
- cas? Se tem algum conhecimento de infor-
- mática, provavelmente sabe que não deve
- aceder a dados confidenciais em redes públi-
5 cas, mas a F-Secure, empresa de segurança,
- em parceria com a Cyber Security Research
- Institute, foi além. A empresa configurou
- um hotspot em Londres e fazia uma exigên-
- cia básica aos utilizadores: que entregassem
10 o seu primogénito em troca da conexão.
- Está a ver aqueles termos de uso que quase nunca ninguém lê quando se liga a um hotspot na
- rua? A empresa quis comprovar os absurdos a que as pessoas podem submeter-se pela cone-
- xão e obteve sucesso. Seis pessoas aceitaram, obviamente sem nem prestar atenção ao item
- apelidado «cláusula de Herodes», em referência à passagem bíblica. Depois destas pessoas,
15 a página foi desabilitada, mas a rede continuou a ser oferecida. (…)
- O objetivo era apresentar os riscos associados ao uso das redes públicas, que não só podem
- apresentar termos de uso abusivos dos quais os utilizadores não tomam conhecimento, mas
- também comprovar como é fácil para um cibercriminoso roubar dados. Afinal de contas,
- todo o tráfego poderia ser monitorizado pelos responsáveis pela pesquisa. E foram mais de
20 250 acessos em apenas meia hora. Se bastou um nome confiável para atrair centenas de ciber-
- nautas, então o que impediria alguém de fazer isso com más intenções?
- As possibilidades para este tipo de crime são enormes e vão desde o roubo de credenciais
- de acesso a serviços online, endereço de email para distribuição de spam, ou até mesmo ler o
- conteúdo de mensagens. Também é plenamente possível o roubo de informações bancárias,
25 caso a pessoa faça algum tipo de transação numa rede maliciosa.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=734000
(Texto adaptado, consultado em 17-10-2014)

6. Considera as palavras hotspot, l. 8, e email, l. 23.

6.1 Explica a sua utilização no português.

50
8
7. Considera a palavra «cibernautas», ll. 20-21.

7.1 Seleciona a opção correta. Esta palavra resulta da junção de partes das palavras cibernética +
astronauta. Trata-se, portanto, de uma
a. sigla.
b. extensão semântica.
c. amálgama.
d. truncação.

7.2 Encontra outra palavra no texto que se tenha formado como «cibernauta».

7.3 Identifica a única amálgama presente nas frases seguintes.


a. Tenho o hábito de ver as notícias na Internet.
b. O basquetebol é um desporto muito competitivo.
c. Como a viagem era longa, tive de pernoitar num motel.
d. Costumo ir de autocarro para a escola.

Lê o texto.

- (…) Durante a ocupação alemã de Paris aquando da Segunda


- Guerra Mundial, o sistema de metro funcionava em condições mí-
- nimas. No final da guerra, o sistema foi tão afetado que havia que
- renovar o Metro. A tecnologia de metro sobre pneus foi aplicada
5 pela primeira vez no Metro de Paris, tendo sido desenvolvida pela
- Michelin, que forneceu os pneus e sistema de guiamento, em cola-
- boração com a Renault, que forneceu os veículos. Começando em
- 1951, um veículo experimental, o MP 51, opera numa pista de testes
- entre Porte des Lilas e Pré Saint Gervais, uma secção da linha não
10 aberta ao público. (…)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Metro_sobre_pneus
(consultado em 17-10-2014)

8. Identifica a palavra por que vulgarmente se conhece o transporte metropolitano subterrâneo, como
o de Paris.

8.1 O processo de formação irregular de palavras que te permitiu identificar essa palavra designa-se
a. extensão semântica.
b. truncação.
c. amálgama.
d. empréstimo.

8.2 Encontra no texto uma outra palavra que se tenha formado pelo mesmo processo.

51
Gramática

Processos irregulares de
formação de palavras (cont.)

8.2.1 Seleciona, entre as seguintes, a palavra a partir da qual se formou.


a. pneumonia c. pneumático
b. pneumologia d. pneumotórax
8.3 Identifica na seguinte fala de Lianor Vaz, da Farsa de Inês Pereira, uma palavra formada por trun-
cação.
- «Se eu estivera de maneira
- sem ser rouca, bradara eu.
- Mas logo o Demo me deu
- cadarrão e peitogueira,». (…)
Gil Vicente, «Auto de Inês Pereira», in Teatro de Gil Vicente, 6ª Edição,
Lisboa, Portugália Editora, s/d, p. 164.

8.3.1 Indica a palavra a partir da qual se formou.

8.4 Seleciona, entre as palavras destacadas das frases seguintes, a única que é formada por trun-
cação.
a. Hoje tive um furo a matemática ao 3.o tempo.
b. A tecnologia Laser veio revolucionar as intervenções cirúrgicas.
c. Os principais perigos da Internet residem no software malicioso utilizado para vigiar ou
roubar os nossos dados – malware e spyware.
d. Tive de tirar uma foto para incluir no visto para S. Tomé.

9. Revê os processos irregulares de formação de palavras identificando a única afirmação falsa (F).
Corrige-a.
V/F
a. Na frase Uma rede criminosa foi desmantelada pela GNR no último fim de semana, a palavra
destacada é uma sigla porque as iniciais de que se compõe se pronunciam separadamente.
b. Na frase Furei um pneu ao bater com a roda no passeio a palavra destacada é um exemplo
de truncação, dado ter resultado da redução de uma outra de maior extensão.
c. Na frase Para usar esta aplicação, faça download do ficheiro e instale-o no seu computador,
a palavra destacada entrou na língua portuguesa por empréstimo do inglês.
d. Na frase Na semana passada a ASAE apreendeu diversos materiais contrafeitos,
a palavra destacada é um acrónimo visto que as iniciais de que resultou a sua formação
se pronunciam como uma palavra só.
e. Na frase Muitos portugueses comunicam com os espanhóis em «portunhol», o elemento
destacado é uma amálgama, isto é, uma palavra que resulta da junção de dois ou mais
radicais.
f. Na frase Abra o ficheiro numa nova janela e proceda segundo as instruções, a palavra
destacada adquiriu um novo significado através do processo de extensão semântica.

Correção da falsa:

52
Escrita
Apreciação crítica
Exposição sobre um tema
Síntese
Escrita Manual Seq. 1 • Textos não literários

Apreciação crítica
Lembra: Antes de elaborares os textos de apreciação crítica aqui propostos, podes consultar a oficina de escrita
do Manual, nas páginas 35-37.

Proposta 1

Apreciação crítica de livro

As edições Tinta da China publicaram um dos mais famosos livros de via-


gens do século XX, The Road to Oxiana, de Robert Byron, na tradução portu-
guesa A estrada para Oxiana, inspirador de muitos outros livros de viagens
extraordinários, como, por exemplo, o de Bruce Chatwin, Na Patagónia, acon-
selhado no Projeto de Leitura do 10.o ano.
Escreve um texto de apreciação crítica a este livro que tenha entre 200 e
300 palavras.
Poderás desenvolver os seguintes tópicos:
• descrição sucinta do livro enquanto objeto: capa, contracapa, organiza-
ção interna, número de páginas, editor, ano e local de publicação…;
• variedade temática;
• opinião clara e justificada sobre o interesse do livro;
• razões para a continuidade do sucesso de um livro de viagens com mais
de 70 anos.

Proposta 2

Apreciação crítica de filme

Vê ou revê o famoso filme de Stanley Kubrick 2001: odisseia no espaço,


no qual é interrogada a origem e a natureza do ser humano.
Escreve um texto de apreciação crítica a este filme que tenha entre
160 e 200 palavras.
Poderás desenvolver os seguintes tópicos:
• realizador, ano de realização, atores, autor do argumento…;
• efeitos visuais;
• música e movimento;
• o filme como metáfora do Homem: origens, natureza do ser huma-
no, insatisfação e vontade de descoberta, a exploração espacial, um
futuro desconhecido…

54
Manual Seq. 2 • Poesia trovadoresca

1
Proposta 3

Apreciação crítica de filme

Vê ou revê o famoso filme O nome da rosa, de Jean Jacques Annaud,


baseado no livro homónimo de Umberto Eco indicado no Projeto de Lei-
tura do 10.o ano.
Escreve um texto de apreciação crítica a este filme que tenha entre
160 e 200 palavras.
Poderás desenvolver os seguintes tópicos:
• realizador, ano de realização, atores, autor do argumento…;
• aspetos da vida medieval;
• luminosidade e cenas noturnas;
• comparação entre o filme e o livro, caso o tenhas lido.

Proposta 4

Apreciação crítica de obra de arte (pintura)

O quadro de Frank Dicksee abaixo reprodu-


zido aborda um momento da extraordinária
história de amor de Romeu e Julieta.
Escreve uma apreciação crítica a este qua-
dro que tenha entre 180 e 200 palavras.
Poderás desenvolver os seguintes tópicos:
• o espaço – descrição;
• as figuras humanas;
• a verticalidade;
• as cores e as luzes;
• a força simbólica do amor – o abraço.

Frank Dicksee, Representação da famosa cena de Romeu e Julieta, 1884

55
Escrita Manual Seq. 3 • Fernão Lopes, Crónica de D. João I

Apreciação crítica
(cont.)

Proposta 5

Apreciação crítica de obra de arte (pintura)

Pablo Picasso, Guernica, 1937

Observa o quadro que Picasso pintou pouco depois do primeiro bombardeamento aéreo sobre
populações civis, durante a guerra civil espanhola (1936-1939). O quadro intitula-se Guernica – o nome
da cidade basca bombardeada.
Escreve uma apreciação crítica a este quadro que tenha entre 160 e 200 palavras.
Poderás desenvolver os seguintes tópicos:
• descrição segundo um percurso definido, por exemplo, da esquerda para a direita;
• marcas de violência;
• movimentos ascendentes: justificação;
• opção pela tendência para a uniformidade cromática: justificação.

Proposta 6

Apreciação crítica de filme

Vê ou revê o filme Troia, de Wolfgang Petersen, cujo tema é o cerco


e conquista desta cidade, descrito em Ilíada, poema épico de Homero.
Escreve um texto de apreciação crítica a este filme que tenha entre
160 e 200 palavras.
Poderás desenvolver os seguintes tópicos:
• realizador, ano de realização, atores, autor do argumento…;
• desempenho dos atores principais;
• valores humanos;
• irracionalidade da guerra.

56
Manual Seq. 4 • Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira

1
Proposta 7

Apreciação crítica de obra de arte (pintura)

No belo álbum de Stefan Bollmann Mulheres que leem são perigosas, publicado em 2007 pela
Quetzal Editores, reproduzem-se muitos quadros ou fotografias que apresentam meninas, rapa-
rigas ou mulheres a ler. O acesso à leitura foi durante muito tempo negado à mulher, ou muito
restringido, e teve de ser conquistado.
Escolhe um dos dois quadros abaixo reproduzidos e escreve um texto em que o aprecies criti-
camente.
[Quadro 1] [Quadro 2]
Vanessa Bell, Amaryllis and Henrietta, 1952

Alexandr Alexandrovich Deineka,


Jovem mulher com livro, 1934

O teu texto deve ter entre 160 e 200 palavras. Poderás desenvolver os seguintes tópicos:

Quadro 1 Quadro 2

• descrição segundo um percurso, por exemplo, • descrição segundo um percurso, do mais


da esquerda para a direita; próximo para o mais afastado, por exemplo;
• relação das meninas com os livros; • luminosidade, orientação da luz, seu
• relação entre os livros e outros objetos das simbolismo;
meninas; • posição central do livro;
• posição das meninas, função das cores… • relação olhar da leitora / livro.

Proposta 8

Apreciação crítica de livro

O livro cuja capa abaixo se reproduz, publicado em 2014, apresenta


uma série de narrativas de relatos de viagem de mulheres que «ao longo
dos séculos desafiaram convenções por viajarem sozinhas.», como se
pode ler na informação disponibilizada no site da editora.
Escreve um texto de apreciação crítica a este livro que tenha entre
200 e 300 palavras.
Poderás desenvolver os seguintes tópicos:
• descrição sucinta do livro enquanto objeto: capa, contracapa, organi-
zação interna, número de páginas, editor, ano e local de publicação…
• variedade temática;
• apresentação justificada da preferência sobre uma das viajantes;
• opinião clara e justificada sobre o interesse do livro.
57
Escrita Manual Seq. 5 • Luís de Camões, Rimas

Apreciação crítica
(cont.)

Proposta 9

Apreciação crítica de obra de arte (pintura)

Observa e compara os dois retratos abaixo reproduzidos. Ambos foram pintados por Sandro
Boticelli, um dos grandes nomes da pintura da Renascença.
Escreve um texto de apreciação crítica no qual os compares, apresentado pontos de contacto ou
diferenças significativas.
O teu texto deve ter entre 200 e 300 palavras.
Poderás desenvolver os seguintes tópicos:
• o motivo de cada um dos quadros;
• olhares: o que revelam;
• cores: contraste e/ou uniformidade;
• luz: efeitos da incidência.

Sandro Boticelli, Retrato de um jovem rapaz, 1493 Sandro Boticelli, Primavera, 1482 (detalhe)

58
Manual Seq. 6 • Luís de Camões, Os Lusíadas

1
Proposta 10
Apreciação crítica de cartaz

Observa o cartaz de promoção turística abaixo reproduzido.


Escreve um texto em que o aprecies criticamente.
O teu texto deve ter entre 160 e 200 palavras.
Poderás desenvolver os seguintes tópicos:
• elementos do cartaz;
• o mar e a terra;
• posição das faces e relação com o mar;
• textos que integram o cartaz – função.

alotes.
leias e cach
Observar ba
de uma
Subir ao topo m
a co m mais de 2000
montanh
de altura.
r com
me preocupa
Nunca mais
enas.
coisas pequ

Vila Franca do Campo – São Miguel

OBSERVAÇÃO DE CETÁCEOS
Situada no coração do Atlântico, os
Açores estão na rota migratória de
diversos tipos de cetáceos que podem ser
observados durante grande parte do ano.
Descubra um dos melhores destinos do
mundo para observar baleias, golfinhos e
cachalotes.
Açores. Um lugar vivo, mágico e seguro
onde os dias nunca são iguais.

59
Escrita Manual Seq. 7 • História trágico-marítima

Apreciação crítica
(cont.)

Proposta 11

Apreciação crítica de filme

Encontra-se reproduzido abaixo um cartaz publicitário referente ao filme Titanic, que certamente
já viste…
Escreve um texto de apreciação crítica a este filme que tenha entre 160 e 200 palavras.
Poderás desenvolver os seguintes tópicos:
• realizador, ano de realização, atores, autor do argumento…;
• desempenho dos atores principais;
• a soberba civilizacional;
• a força do amor.

60
Manual Seq. 1 • Textos não literários

2
Exposição sobre um tema
Lembra: Antes de elaborares os textos expositivos aqui propostos, podes consultar a oficina de escrita
do Manual, nas páginas 81-83.

Proposta A
Escreve um texto no qual exponhas a história do cinema em Portugal, apresentando etapas do seu
desenvolvimento desde o início do século XX até aos dias de hoje.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta B
Escreve um texto no qual exponhas as etapas fundamentais da conquista do espaço no século XX.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta C
Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes as tuas ideias sobre os modos como a
publicidade influencia a vida dos adolescentes no mundo atual.
O teu texto deve ter entre 200 e 300 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.
Tem em atenção os quatro tópicos orientadores que deverão ser desenvolvidos no teu texto – pela
ordem que entenderes:
• a relação dos adolescentes com a publicidade;
• os tipos de publicidade mais consumidos pelos adolescentes – apresentando exemplos;
• os comportamentos de vida dos adolescentes condicionados pela publicidade;
• formas de resistir à força dos apelos publicitários.

61
Escrita Manual Seq. 2 • Poesia trovadoresca

Exposição sobre
um tema (cont.)

Proposta A

Escreve um texto no qual, com base na tua experiência de leitura, exponhas os temas principais
das cantigas de amigo, referindo especificamente:
• a variedade do sentimento amoroso;
• a confidência amorosa;
• a relação da amiga com a Natureza.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta B

Escreve um texto no qual, com base na tua experiência de leitura, exponhas os temas principais
das cantigas de amor, referindo especificamente:
• o elogio cortês da senhor;
• a coita de amor.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta C

Escreve um texto no qual, com base na tua experiência de leitura, exponhas os temas principais
das cantigas de escárnio e maldizer, referindo especificamente a sua dimensão satírica concretizada:
• na paródia do amor cortês;
• na crítica de costumes.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta D
Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes informação objetiva sobre os diferen-
tes espaços públicos preferidos pelos jovens para namorar.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta E
Escreve um texto de natureza expositiva no qual indiques os principais modos usados pelos meios
de comunicação social para criticar e satirizar a sociedade em geral.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

62
Manual Seq. 3 • Fernão Lopes, Crónica de D. João I

2
Proposta A

Escreve um texto no qual exponhas, com base em leituras feitas, o que foi a crise de 1383-1385,
referindo, nomeadamente:
• os principais intervenientes;
• as causas dessa crise;
• as suas consequências.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta B

Escreve um texto no qual exponhas, com base na tua experiência de leitura, as seguintes caracte-
rísticas da Crónica de D. João I de Fernão Lopes:
• protagonismo de atores individuais ou coletivos;
• afirmação de uma consciência coletiva.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta C
Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes informação objetiva sobre a fome no
mundo nos dias de hoje.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta D
Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes informação objetiva sobre formas de
solidariedade social no Portugal de hoje.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta E
Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes as tuas ideias sobre a relação do ser
humano com a guerra.
O teu texto deve ter entre 200 e 300 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.
Tem em atenção os quatro tópicos orientadores que deverão ser desenvolvidos no teu texto – pela
ordem que entenderes:
• a guerra – fenómeno intemporal;
• a guerra – fenómeno universal;
• a guerra – fenómeno presente nos meios de comunicação social;
• a guerra – objeção de consciência.

63
Escrita Manual Seq. 4 • Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira

Exposição sobre
um tema (cont.)

Proposta A

Escreve um texto no qual exponhas, com base na tua experiência de leitura, os seguintes tópicos
relativos à Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente:
• caracterização das personagens Inês e sua Mãe;
• relação entre elas.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta B

Escreve um texto no qual demonstres, com base na tua experiência de leitura, a dimensão satírica
da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, nomeadamente no que respeita:
• a Brás da Mata;
• a Pero Marques.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta C

Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes, com base na tua experiência de
leitura, pelo menos três situações típicas do quotidiano popular do século XVI que se encontram
presentes na Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta D
Escreve um texto no qual exponhas a informação mais relevante que possas obter sobre a vida e
a obra de Gil Vicente.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta E
Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes a tua opinião sobre os modos que
reveste a relação entre pais e filhos no mundo atual.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

64
Manual Seq. 5 • Luís de Camões, Rimas

2
Proposta A

Escreve um texto no qual exponhas, com base na tua experiência de leitura, a visão da mulher
amada na poesia lírica de Luís de Camões, referindo, especificamente:
• modos da sua representação;
• sua relação com a Natureza.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta B

Escreve um texto no qual exponhas, com base na tua experiência de leitura, o sentido das refle-
xões que, na sua poesia lírica, Camões desenvolve a propósito:
• da sua experiência amorosa;
• da sua vida pessoal.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta C

Escreve um texto de natureza expositiva no qual refiras, com base na tua experiência de leitura da
lírica camoniana, em que consistem:
• o tema do desconcerto do mundo;
• o tema da mudança.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta D
Escreve um texto no qual exponhas a evolução do conceito de beleza da mulher desde 1900 até
hoje.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta E
Escreve um texto no qual exponhas as principais linhas da história da escravatura no Ocidente.
O teu texto deve ter entre 200 e 300 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.
Tem em atenção os quatro tópicos orientadores que deverão ser desenvolvidos no teu texto – pela
ordem que entenderes:
• as origens deste fenómeno social;
• o papel de Portugal como responsável pelo desenvolvimento da escravatura, durante os Desco-
brimentos;
• formas assumidas pelo tráfico: meios de transporte, rotas, destinos, trabalhos…;
• a luta contra a escravatura e o seu fim – o papel de Portugal.
65
Escrita Manual Seq. 6 • Luís de Camões, Os Lusíadas

Exposição sobre
um tema (cont.)

Proposta A

Escreve um texto no qual exponhas, com base na tua experiência de leitura de Os Lusíadas de
Luís de Camões, os modos que assume a constituição da matéria épica, referindo, especificamente:
• os planos da viagem e da História de Portugal;
• a sublimidade do canto;
• as formas de mitificação do herói.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta B

Escreve um texto no qual exponhas, com base na tua experiência de leitura de Os Lusíadas de Luís
de Camões, as principais temáticas das reflexões do Poeta:
• indicando onde ocorrem;
• explicitando-as.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta C
Escreve um texto no qual exponhas as principais etapas da biografia do rei D. Sebastião.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta D
Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes as principais etapas da biografia de
Vasco da Gama.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta E
Escreve um texto no qual exponhas as principais linhas da história dos Descobrimentos portugue-
ses.
O teu texto deve ter entre 200 e 300 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.
Tem em atenção os quatro tópicos orientadores que deverão ser desenvolvidos no teu texto – pela
ordem que entenderes:
• o início – os responsáveis e as primeiras descobertas;
• as grandes descobertas – a Índia, o Brasil, a chegada ao Oriente (China e Japão);
• os grandes objetivos – comércio, domínio militar, religião…;
• sinais da presença portuguesa no mundo atual – como consequência dos Descobrimentos.

66
Manual Seq. 7 • História trágico-marítima

2
Proposta A

Escreve um texto de natureza expositiva, com base na tua experiência de leitura de excertos de um
relato da História trágico-marítima, no qual refiras características do comportamento dos portugue-
ses que passavam por naufrágios ou os testemunhavam, nomeadamente:
• imprevidência e ganância;
• egoísmo;
• altruísmo.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras. Sempre que o teu texto aborde temas literários,
deves fazer pelo menos duas pequenas citações relativas à tua experiência de leitura.

Proposta B
Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes a história do naufrágio do Titanic.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta C
Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes as etapas fundamentais da constru-
ção naval em Portugal desde 1900 até hoje.
O teu texto deve ter entre 150 e 200 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.

Proposta D
Escreve um texto no qual exponhas as principais linhas da história das relações entre Portugal e
o Brasil.
O teu texto deve ter entre 200 e 300 palavras e apresentar-se estruturado nas três partes habituais.
Tem em atenção os quatro tópicos orientadores que deverão ser desenvolvidos no teu texto – pela
ordem que entenderes:
• a descoberta do Brasil em 1500;
• a colonização – as capitanias, a luta contra os índios;
• a independência – 1822;
• a emigração de Portugal para o Brasil – séculos XIX e XX.

67
Escrita Manual Seq. 1 • Textos não literários

Síntese
Lembra: Antes de elaborares as sínteses, podes consultar a oficina de escrita do Manual, nas páginas 105-109.

Escreve uma síntese dos textos que se seguem que tenha cerca de um quarto das suas palavras.
Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Texto 1 Texto 2

Réptil invisível O camaleão


- Os répteis são bichos relativamente algarvio
- ubíquos1. Porém, existe uma espécie, o ca-
- Podemos encontrar o Camaleão algar-
- maleão comum (Chamaeleo chamaeleon),
- vio na zona do parque natural da Ria For-
- que se encontra circunscrita à região al-
- mosa, no Algarve, em matas, areais e praias.
5 garvia. Assim, se quiser vê-lo no seu ha-
- Movimenta-se com lentidão para não ser
- bitat natural, terá de deslocar-se, obriga-
5 notado antes do ataque. Para apanhar a sua
- toriamente, ao sul do país. Contudo, não
- presa, utiliza a língua que tem uma ponta
- pode procurar ao acaso, pois os principais
- pegajosa. Consegue, com grande veloci-
- núcleos populacionais deste enigmático
- dade, estender a língua quase 40 cm. A sua
10 saúrio2, revestido de escamas granulares e
- língua, de ponta pegajosa, prende o inseto,
- com a cabeça adornada de cristas ósseas,
10 que é comido.
- que fazem lembrar um monstro pré-his-
- Os seus olhos podem ser movidos
- tórico, ocorrem principalmente na mata
- independentemente para qualquer dire-
- de Monte Gordo, podendo surgir ainda
- ção, e quando um camaleão vê uma presa,
15 em pequenos núcleos isolados desde Vila
- pode fixá-la com um olho e utilizar o outro
- Real de Santo António a Armação de Pera.
15 para verificar se não há predadores nas re-
- Também está confirmada a sua ocorrên-
- dondezas. O encéfalo do camaleão recebe
- cia na zona de Lagos e noutros lugares do
- duas imagens separadas, e ele associa-as.
- Barlavento. (…)
- À medida que se aproxima da presa, o ca-
20 Quando são importunados e se sen-
- maleão fixa nela ambos os olhos para po-
- tem ameaçados, tornam a sua cor mais
20 der fazer pontaria. (…)
- escura, incham o corpo para parecerem
- Estima-se que o Camaleão em Por-
- maiores, abrem a boca e sopram com ar
- tugal não esteja em perigo, e que ainda
- ameaçador. Porém, este comportamento
- haja ainda um grande número. Mas com
25 de intimidação não passa de fanfarronice:
- o abandono de gatos nas ilhas do Algarve,
- na verdade, são animais inofensivos, que,
25 tem diminuído o número de camaleões
- para seu infortúnio, se deixam apanhar
- naquelas zonas.
- com facilidade.
- É proibido capturar esta espécie.
Superinteressante, nº 196,
agosto de 2014, p. 24. http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho
(Consultado em 15-10-2014)

Vocabulário
1
que se encontram por toda a parte
2
tipo de réptil

68
Manual Seq. 2 • Poesia trovadoresca

3
Escreve uma síntese do texto que se segue de cerca de um quarto das suas palavras.

A poesia galaico-portuguesa
A poesia galaico-portuguesa chegou até nós através de três Cancioneiros manuscritos: o da
Biblioteca da Ajuda, dos últimos decénios do século XIII, o da Biblioteca Nacional de Lisboa,
antigo Colocci-Brancuti, copiado em Itália em começos do século XVI por ordem do humanis-
ta Angelo Colocci e comprado pelo governo português em 1924, depois da sua descoberta na
biblioteca do conde Brancuti, e o da Biblioteca do Vaticano, originário também da biblioteca
de Angelo Colocci. É constituída por cerca de 1680 textos de caráter profano, da autoria de 153
trovadores e jograis. (…) A sua cronologia abrange o período que vai desde fins do século XII até
à segunda metade do século XIV.
É uma poesia escrita numa língua comum a poetas de origem diversa: galegos, portugue-
ses, leoneses e até provençais, como Raimundo de Vaqueiras, que escreveu entre 1180
e 1205, o que demonstra a existência de uma tradição oral, já firmada por essa altura,
de que não restam testemunhos diretos. Isto prende-se, por outro lado, com o debate
sobre a origem de um dos aspetos mais originais dessa poesia – as cantigas de amigo,
em que é a rapariga que fala – cuja tradição pode remontar a uma lírica peninsular pré-
-trovadoresca: as jarchas moçárabes, muito próximas, do ponto de vista formal e temá-
tico, do universo das cantigas.
A classificação por géneros da poesia galaico-portuguesa é feita a partir de uma «Arte
de trovar» que se encontra no Cancioneiro da Ajuda (o mais antigo dos três cancioneiros).
Os três grandes géneros são constituídos pelas cantigas d’amor, cantigas de amigo, e cantigas
de escarnho e de mal dizer. Além destes, há tenções, pastorelas, lais, ou ainda, albas, prantos,
descordos, entre outros, numa variedade que revela a riqueza deste conjunto.
Acrescente-se a este aspeto o lado musical desta tradição poética. Com efeito, o Can-
cioneiro da Ajuda tem iluminuras que mostram a execução das cantigas, com espaço reser-
vado para a música, que não chegou a ser copiada. Chegou até nós, no entanto, a música
das «Cantigas da Santa Maria»; um documento da transição do século XIII para o XIV,
o pergaminho Vindel, transcreve sete cantigas de amigo de Martim Codax, seis das quais
conservam a música; mais recentemente, em 1990, na Torre do Tombo, foi descoberto pelo
Professor Harvey L. Sharrer um pergaminho contendo sete cantigas de D. Dinis acompanhadas
da respetiva notação musical.
A variedade dos autores – desde reis, como D. Dinis, bastardos de sangue real, como D. Afonso
Sanches e D. Pedro de Portugal, nobres como Afonso Lopes de Baião, Pay Gomes Charinho,
Gonçal’Eanes do Vinhal, até eclesiásticos como D. Gomez Garcia, abade de Valhadolide, cava-
leiros como Roy Queimado, escudeiros como Pero da Ponte, além de muitos outros, burgueses,
judeus, homens de letras – dá um quadro do mundo que esta poesia retrata. Sátiras políticas e
pessoais, muitas vezes de grande violência, nas cantigas de escarnho e mal dizer, ou quadros de
um lirismo extremo, com um cenário simbólico em que a fonte, o cervo, os cabelos ou o vestido
da rapariga, a vegetação, sugerem uma elaborada composição, nas cantigas de amigo, ou ainda
a complexidade dos sentimentos em relação à senhor, (…), nas cantigas de amor, dão-nos uma
imagem da vida medieval nos seus aspetos mais diversos.

Nuno Júdice (Organização, prefácio e notas), D. Dinis – Cancioneiro,


Lisboa, Editorial Teorema, 1997, pp. 7-8.

69
Escrita Manual Seq. 3 • Fernão Lopes, Crónica de D. João I

Síntese
(cont.)

Terramoto de Lisboa de 1755

Escreve uma síntese do texto que se segue com cerca de um quarto das suas palavras.
Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

A memória do dia 1.o de novembro de 1755


- No dia 1 de novembro de 1755, Dia de Todos os Santos, as ruas da cidade de Lisboa registavam
- o habitual corrupio dos dias de festa litúrgica1. As igrejas estavam repletas de fiéis. Por volta das
- nove horas e quarenta minutos, ouviu-se, por toda a parte, «um rugido medonho», vindo do
- interior da terra. O ruído, «semelhante ao de muitos coches correndo» – alerta auditivo que se
5 repete em muitas narrações da época –, não alarmou, no dizer do Padre Teodoro de Almeida, as
- pessoas «que estavam na igreja de N. Senhora das Necessidades, que logo imaginaram a chega-
- da de Sua Majestade»2: a ilusão depressa deu lugar ao pesadelo. Num ápice, um violento abalo
- sísmico destruiu Lisboa e semeou o pânico entre os seus habitantes. As paredes dos edifícios
- começaram a dar de si, a estalar, a abrir fendas, «ao segundo minuto», muitas caíram, abatendo-
10 -se sobre as pessoas que, alucinadamente, tentavam escapar e alcançar as ruas. O terramoto
- foi acompanhado por duas medonhas réplicas. O primeiro abalo foi intenso e arrastado. Bento
- Morganti diz que se fez sentir durante seis a oito minutos. Outros autores, igualmente sem gran-
- de precisão, reduzem um pouco a duração subjetiva do impacto. «Segundo as mais reguladas
- opiniões», a terra tremeu «de seis para sete minutos fazendo neste espaço de tempo dois breves
15 intervalos de remissão3», observa Joaquim Moreira de Mendonça na História Universal dos Ter-
- ramotos (1758). Pouco depois, um segundo sismo de forte intensidade, e menor duração arrasa
- totalmente as frágeis edificações danificadas que ainda permaneciam em pé. O eco ensurde-
- cedor do rumor da terra volta a ouvir-se ao princípio da tarde. O dia parecia não chegar ao fim.
- Os mortos acumulavam-se nas ruas ou achavam-se encobertos pelas ruínas dos edifícios, os
20 mutilados arrastavam-se, os fugitivos vagueavam loucos em busca de abrigo e segurança. Mui-
- tas casas, no centro da cidade, caíram depois do terceiro sismo, «com um ruído espantoso». Os
- relatos da época apresentam ligeiras diferenças a respeito das horas a que ocorreram os três sis-
Vocabulário
- mos e da orientação dos movimentos telúricos4. Segundo alguns observadores, a terra engolia
1
religiosa - verticalmente as casas e as pessoas e, nesse impulso, produzia um balanceamento muito seme-
2
o rei vinha num 25 lhante ao de uma embarcação em estado de naufrágio. Moreira de Mendonça e outros autores,
coche, acompanhado
por outros coches
- fundados nos pareceres de «pessoas verídicas»5, sustentam aquela opinião. O físico Teodoro
3
acalmia - de Almeida hesita, mas acaba por reconhecer que «o movimento foi com balanço diferente em
4
da terra - diversos sítios de Lisboa e de seus contornos6. Em muitas partes foi o balanço de Norte a Sul, e
5
nas quais se pode - noutras de Poente para Nascente».
acreditar
6
arredores Ana Cristina Araújo, O Terramoto de 1755 – Lisboa e a Europa, Lisboa, CTT Correios, 2005, p. 28.

70
Manual Seq. 4 • Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira

3
Escreve uma síntese do texto que se segue que tenha cerca de um quar-
to das suas palavras. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apre-
sentado.

Presença dos judeus na Beira


Alta na Idade Média
- Almeida, concelho conhecido pelas suas belas muralhas seis-
- centistas e setecentistas, teve também uma pequena comunidade
- de judeus, caracterizada na sua constituição pela proximidade com
- a fronteira castelhana.
5 A memória da rua dos judeus sobrevive, hoje, na Travessa Prin-
- cipal, arruamento que termina num beco junto ao Terreiro Velho ou
- Praça Velha. Parece-nos, no entanto, que a antiga judiaria1 deve ter-se
- localizado na atual Rua Nova da Igreja, uma rua em cotovelo, paralela
- em parte àquela e à Praça Velha, não muito distante da antiga igreja
10 matriz e próxima do muro do castelo. É provável que a judiaria se ti-
- vesse situado neste pequeno arruamento, terminado em beco, devi-
- do ainda à presença atual de janelas em fresta ferradas2; em 1496, os
- inquiridores régios referiram a presença de judeus neste concelho.
- Mas os judeus fixaram-se noutros concelhos em tão pequeno
15 número que não justificaria uma judiaria e ainda menos uma judia-
- ria apartada. No entanto, é provável que a sua presença numa rua e a Judiaria de
Castelo de Vide
- existência de uma casa como sinagoga3 tivesse feito perdurar na memória a rua dos judeus ou
- judiaria, tanto mais que muitas delas devem ter crescido com os judeus castelhanos depois de
- 14924, e com a presença cristã-nova5.
20 O censo6 ordenado por D. Manuel em 1496 para a Beira Interior, que infelizmente não está
- completo nem se apresenta uniforme na informação prestada aos oficiais do rei, na parte que
- nos chegou, consegue dar-nos a imagem da presença dos judeus neste território e até da sua
- evolução, durante o período medieval e moderno.
Vocabulário
- Assim, sabemos que não tinham presença judaica Sortelha, Proença, Manteigas, Alfaiates, 1
zona urbana onde
25 Vila Maior, Castelo Bom, Muxagata, Longroiva, Casteição, Moreira. Residiam judeus em Mon- habitavam os judeus;
2
janelas estreitas
- santo, Salvaterra, S. Vicente da Beira, Belmonte, Sabugal, Almeida, Castelo Melhor, Almendra, protegidas por ferros,
- Marialva, Celorico e Linhares. O documento era omisso sobre a mesma em Penamacor, Idanha- típicas de casas de
judeus; 3 templo
- -a-Velha, Rosmaninhal, Melo, Folgosinho, Gouveia, Seia, etc. Em Castelo Mendo deve ter exis- judaico; 4 ano em que
- tido uma judiaria que, em 1496, não rendia nada porque se encontrava abandonada ou quase. foram expulsos os
30 O mesmo deve ter sucedido em Monsanto, Penamacor, Sabugal, cujas comunidades caíram em judeus de Espanha,
tendo muitos vindo
- decadência. Outros concelhos como Lousã, Lardosa, Proença, Punhete, Sardoal e Sarzedas ti- para Portugal;
5
- veram, num determinado momento, um judeu no seu seio como mesteiral7. a presença de
cristãos-novos,
- Figueiró e Pedrógão nunca tinham tido judeus já que estes receavam que aqui lhes exigis- judeus convertidos
- sem maiores impostos do que nas comunas8. Na sequência do que fizera D. Afonso V em 1476, ao catolicismo;
6
recenseamento;
35 D. João II confirmaria a carta concedida por seu pai a João Rodrigues de Vasconcelos aliciando 7
artífice, trabalhador
- os judeus a virem morar nestes concelhos, prometendo-lhes que não pagariam mais impostos de profissão manual;
8
- do que os seus correligionários9 integrados em comunas. comunidades de
judeus; 9 da mesma
religião.
Maria José Ferro Tavares, As judiarias de Portugal, Lisboa, CTT, 2010, pp. 119-120.

71
Escrita Manual Seq. 5 • Luís de Camões, Rimas

Síntese
(cont.)

Escreve uma síntese dos dois textos que se seguem que tenha cerca de um quarto das suas palavras.

Texto 1 Texto 2

- Camões, Luís Vaz de (1525? – 1580) - Isto dito, vejamos o pouco que se sabe,
- ESCORÇO BIOGRÁFICO. É o nome do - afinal, e o muito que se ignora a respeito
- mais célebre dos escritores portugueses. - de Luís Vaz de Camões. Era descendente
- Tendo vivido quase isolado dos seus pa- - de uns Camões galegos, exilados em Por-
5 res, nenhum dele em sua vida se lhe refere 5 tugal no tempo de D. Fernando. Terá nas-
- e só depois da morte mereceu de um ou - cido por volta de 1524 ou 25, como deixa
- outro raro amigo uma breve alusão, que, - entrever um documento que o dá tendo
- na ausência geral delas, atinge valor de - 25 anos em 1550, aquando da sua primeira
- preciosa. É, todavia, possível, completan- - tentativa de ir para a Índia. Não sabemos
10 do os documentos que lhe respeitam, a ele 10 a terra da sua naturalidade – muito prova-
- ou à família, com seus escritos, tentar um - velmente Lisboa (Miguel Torga diria que
- esboço biográfico sem grande perigo de - uma coisa é certa: – sabemos que ele era
- erros fundamentais, se bem deixando la- - de Portugal). Sabemos pouco da sua con-
- cunas e sombras que já agora não há gran- - dição social – talvez membro da pequena
15 de esperança de eliminar. 15 nobreza, talvez simples escudeiro, talvez
- Impossível determinar a terra natal - aparentado com Inês de Castro e vice-
- do poeta. Lisboa? Coimbra? A sua forma- - -reis, como pretende Jorge de Sena. Não
- ção cultural, essa decorreu em Coimbra, - sabemos se fez estudos regulares e onde.
- cidade em que o tio Crúzio D. Bento de - A sua enorme cultura e repetidas alusões
20 Camões era chanceler da Universidade 20 aos campos do Mondego, no entanto, dei-
- à qual o poeta se refere na Canção «Vão - xam entrever que possa ter estudado em
- as serenas águas…». Aliás, a cultura que a - Coimbra, eventualmente num colégio je-
- obra demonstra é mais fácil compreen- - suíta de que um tio era diretor. Mas de tais
- dê-la admitindo-a como preparada em - estudos não há registos. Sabemos que fre-
25 alguns anos de calma escolaridade, do 25 quentou a corte, mas sobretudo os bair-
- que supondo-a adquirida na dissipação - ros populares e de má fama de Lisboa (do
- boémia da mocidade, em Lisboa, ou na - que nos dão testemunho duas cartas que
- acidentada existência de soldado ou de - escreveu dessa cidade). Sabemos que es-
- funcionário no Oriente. A sua estada em - teve preso na prisão do Tronco por se ter
30 Ceuta, de que fala o seu primeiro biógrafo, 30 envolvido em brigas com um servidor do
- Pedro de Mariz, documenta-se com a ele- - rei – notícia constante de um documento
- gia «Aquela que de amor descomedido», - de perdão. Sabemos também ter comba-
- e à perda em combate de um dos olhos se - tido em Ceuta (há também uma carta sua
- refere a Canção «Vinde cá, meu tão certo - escrita de lá) e d éter sido ferido num olho,
35 secretário». 35 de que ficou cego.

Hernâni Cidade, in Dicionário de Literatura, Amélia Pinto Pais, História da literatura em Portugal,
Vol. I, Porto, Figueirinhas, 1976, p. 136. Vol. I, Porto, Areal Editores, pp. 124-125.
(Direção de Jacinto do Prado Coelho)

72
Manual Seq. 6 • Luís de Camões, Os Lusíadas

3
Escreve uma síntese do texto que se segue que tenha entre 110 e 140 palavras. Em caso de necessi-
dade, consulta o vocabulário apresentado.

A carreira da Índia
- Chama-se carreira da Índia à ligação anual entre Lisboa e os portos da Índia
- (Cochim e Goa), que se estendeu por vários séculos; mas este breve enunciado pouco ou
- nada diz, por si só.
- De facto não houve outra rota como esta na era da navegação à vela: pela extensão do percur-
5 so, pela dureza e duração da viagem, pelas incontáveis vidas que se perderam no caminho, em
- naufrágios causados tanto pelas próprias condições de navegação ou pelas tempestades como
- pela cupidez1 dos homens, que os levava a carregar excessivamente os navios.
- Sobretudo pela duração no tempo. A viagem de Vasco da Gama, que mostrou a possibilidade
- de atingir a Índia vindo da Europa por via marítima, contornando o continente africano, foi uma
10 viagem inaugural, em nada típica do que se tornou depois o curso regular da navegação para
- os portos orientais. Vasco da Gama saiu tarde, a 8 de julho, quando as armadas posteriores o
- fizeram sobretudo em março; tardou cerca de dois anos na ida e retorno, quando a duração mé-
- dia posterior andava por volta de 15 meses, em condições normais; perdeu metade, ou mais de
- metade da tripulação, um valor excecional para a época; e viajou em pequenos navios de 100 ou Vocabulário
15 de pouco mais de 100 toneladas de arqueação2, quando logo depois, com Pedro Álvares Cabral, 1
ganância
- chegaram ao triplo, aumentando significativamente a sua resistência ao mar e a capacidade de 2
peso
3
- carga para o comércio que se pretendia fazer. cem anos
4
grandes e rápidos
- A Carreira da Índia começou pois com a viagem de uma grande armada de 13 velas, capitanea- veleiros
- da por Pedro Álvares de Gouveia, ou Pedro Álvares Cabral, nome por que ficou recordado pela 5
movidas a motor
20 posteridade. Mas acabou quando? Uma pergunta difícil
- de responder, ou melhor, para a qual se tem procurado
- evitar a resposta. No século XIX segundo a maioria das
- opiniões, em momento incerto, dos inícios à segunda
- metade da centúria3; há várias hipóteses em aberto. Sem
25 dúvida, porém, a Carreira chega – ou quase – até ao final
- da era dos grandes veleiros, muito embora os navios
- que faziam então a chamada Rota do Cabo (a rota que
- levava os navios de Portugal à Índia pelo Cabo da Boa
- Esperança) não se pudessem equiparar aos velozes cli-
30 ppers4 ou similares que batiam recordes na travessia do
- Atlântico, na vã tentativa de vencer a concorrência das
- embarcações de propulsão mecânica5. A Carreira da Ín-
- dia, tal como se define classicamente, acabou por igual
- com o aparecimento nos mares de navios que podiam
35 manter uma marcha regular sem estarem dependentes
- dos regimes dos ventos e correntes. Grosso modo du-
- rou três séculos e meio; daí vem sobretudo, como dizía-
- mos, o seu caráter excecional.

Francisco Contente Domingues, A carreira da Índia –


The India run, Lisboa, CTT Correios, 1998, pp. 9-10.

Pedro Álvares Cabral


73
Escrita Manual Seq. 7 • História trágico-marítima

Síntese
(cont.)

Escreve uma síntese do texto que se segue que tenha cerca de um quarto das suas palavras.
Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

A pesca do bacalhau: epopeia ou


história trágico-marítima?
- O Maria da Glória largou de Lisboa a 18 de maio de 1942. No dia 5 de junho, pouco depois
- das 15 horas, quando o lugre1 português navegava rumo aos bancos de pesca2 da costa Oeste
- da Gronelândia, começou a ser atacado. O capitão mandou arriar3 as velas, parar o motor e içar
- mais uma bandeira nacional no mastro de ré4. O bombardeamento começara a uma grande dis-
5 tância do navio. Só depois dos primeiros disparos, o submarino agressor foi avistado. O lugre
- foi atingido e ficaram feridos três dos seus tripulantes. O capitão deu ordens de abandono. Sem
- mantimentos, a tripulação fez-se ao mar em nove dóris5. Enquanto os homens balouçavam nos
- pequenos botes, procurando sobreviver, o ataque prosseguiu e o lugre afundou-se à vista dos
- tripulantes. Os dóris mantiveram-se juntos tanto quanto puderam. Mas, como se não bastasse,
10 o mau tempo fê-los desaparecer quase todos. Só dois botes não foram engolidos pelo mar. Após
- nove dias à deriva, os oito sobreviventes foram avistados por um avião canadiano que lançou
- sobre os dóris alguns mantimentos e uma mensagem de ajuda que nenhum dos pescadores terá
- conseguido decifrar: «Will send help as soon as possible». Dois dias depois, os homens seriam
- salvos pelo Sea Cloud, um navio da U. S. Navy, que os transportou para Boston. Quatro regressa-
15 ram a Portugal a bordo do paquete português Nyassa: Sílvio Ramalheira (capitão, Ílhavo), Antó-
- nio dos Santos (piloto, Ílhavo), José Martins Júnior (ajudante de cozinha, Gafanha da Nazaré),
- José Menício Tróia (contramestre, Ílhavo). Os restantes, todos eles pescadores, desertaram6 na
- América do Norte: Isidro da Fonseca (Murtosa), João Maria Costeira (Murtosa), Laurélio das
- Neves (Gafanha da Nazaré), Lázaro das Neves (Gafanha da Nazaré). Por razões óbvias, relacio-
20 nadas com a necessidade política de esconder os dramas da neutralidade7, nunca o Estado por-
- tuguês consentiu que os desertores ou mesmo os repatriados fossem tomados como heróis.
- A 10 de setembro de 1942, depois de terminar a pesca nos bancos da Gronelândia, atestado de
- bacalhau, o lugre Delães prosseguia a viagem de regresso a Portugal. Navegando muito perto dos
- comboios aliados8 e em plena «zona de guerra submarina», é abordado por um submarino, que
25 não interfere com o seu rumo. No dia seguinte, cerca do meio-dia, um oficial do Delães avista ou-
- tro submarino. Sem pré-aviso, o lugre começa a ser alvejado pelo célebre U-96, um submersível
- alemão comandado por Hans Jurgen Hellriegel. Rapidamente, a tripulação abandona o navio.
- Os homens fazem-se ao mar em 10 dóris. O lugre é bombardeado com dezenas de tiros de ca-
- nhão; incendeia-se e afunda-se. O submarino afasta-se de imediato. Aguentando-se a bordo dos
30 botes amarrados em estrela, os 55 homens da tripulação do Delães encontravam-se a 600 milhas
- de terra, sem mantimentos e sem perspetivas de salvamento. Vinte e quatro horas depois, os
- náufragos seriam avistados e resgatados pelo Labrador, outro bacalhoeiro português, que fazia
- a mesma rota, de regresso a Portugal. Segundo o registo cínico que consta do diário náutico do
- U-96, o Delães foi afundado por «não apresentar marcas de neutralidade visíveis a 200 metros».

Álvaro Garrido, A epopeia do bacalhau / The codfish epic, Lisboa, CTT, 2011, pp. 15-16.

1
barco de pesca do bacalhau; 2 zonas marítimas muito ricas em bacalhau; 3 baixar; 4 parte de trás do navio, oposta à
proa; 5 botes, pequenos barcos de pesca de bacalhau; 6 ficaram; 7 Portugal manteve-se neutral durante a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945); 8 conjuntos de navios que navegavam perto uns dos outros, pertencentes aos países aliados, prin-
cipalmente Inglaterra e os EUA.

74
Soluções
Soluções
Gramática Complementos e modificadores p. 12
1. Processos fonológicos de inserção, 1. a. ao João / esse livro (complementos); no ano passado (modifi-
supressão e alteração pp. 4-5 cador); b. na cadeira / rapidamente (modificadores); c. o livro (com-
plemento); na página certa (modificador); d. ao João / todo o stock de
1. a. 3.; b. 1.; c. 2.
meias (complementos); facilmente (modificador); e. ao cinema (com-
2. b. aférese (supressão); c. assimilação (alteração); e. apócope (su- plemento); Anteontem (modificador); f. o apartamento (complemento);
pressão); g. sonorização (alteração); h. palatalização (alteração); com rapidez (modificador); g. nas jaulas do circo (complemento); com
i. epêntese (inserção); j. redução vocálica (alteração); k. síncope (su- dificuldade (modificador); h. ao agente policial (complemento); mal
pressão); crase (alteração); l. sinérese (alteração); m. metátese (alte- (modificador); i. Calmamente (modificador); j. o crime (complemento);
ração). com horror (modificador); k. todos os livros (complemento); provavel-
3. 3.1 a. síncope; b. prótese; c. sonorização. mente (modificador); l. às dez horas / provavelmente (modificadores);
4. 4.1 a. F (Ocorre uma crase – duas vogais /aa/ contraem-se numa lá (complemento); m. essas palavras (complemento); com gratidão
só, /a/.) (modificador); n. te (complemento); em Londres / no ano passado (mo-
dificadores); o. daqui (complemento); já (modificador).
5. c.
Modificador de grupo verbal, modificador de frase,
2. Palavras convergentes e divergentes pp. 6-7 modificador do nome pp. 12-13
1. 1.1 a. 4.; b. 3.; c. 1.; d. 2. 1.2 b. 1.3 c. 1. a. atentamente (modificador de grupo verbal); b. Infelizmente (mo-
2. 2.1 a. límpido (forma erudita) / limpo (forma popular); b. parábola dificador de frase); rapidamente (modificador de grupo verbal); c. Com
(forma erudita) / palavra (forma popular); c. clave (forma erudita) / cha- efeito (modificador de frase); d. inglês (modificador do nome); no mês
ve (forma popular); d. íntegro (forma erudita) / inteiro (forma popular); passado (modificador de grupo verbal); e. lisboeta (modificador do
e. duplo (forma erudita) / dobro (forma popular); f. matéria (forma eru- nome); provavelmente (modificador de frase).
dita) / madeira (forma popular). 2.2 a. 3.; b. 1.; c. 4.; d. 2. 2.3 c. 2. a. apressadamente; b. inglês / em Londres ou em Lisboa; c. tão bo-
3. 3.1 a. Tanto o «adro» como o «átrio» constituem o espaço, exterior nito; d. no ano passado; e. Certamente / durante as férias; f. provavel-
ou interior, que precede a entrada numa casa (átrio) ou numa igreja mente.
(adro); b. Um «foco» possui uma luz intensa que queima ao toque, tal 3.
como acontece com o «fogo»; c. O duplo de um ator no cinema dobra-o Texto 1
(substitui-o) em certas cenas; é, portanto, o seu «dobro». provavelmente (modificador da frase) / principal (modificador do nome).
4. 4.1 a. 3.; b. 1.; c. 2. Texto 2
Naturalmente (modificador de frase); antigos / porto de abrigo espiri-
3. Funções sintáticas pp. 8-24 tual (modificadores do nome).
Texto 3
Das classes de palavras às funções sintáticas pp. 8-10 pelo lado do nascente / pela porta de João Tição (modificadores de
Texto 1 grupo verbal); da Idade Média / amuralhada (modificadores do nome).
1. a. a Beirute; b. no cais; c. escondidos; d. vos / lhe; e. ligeiramente;
Predicativo do complemento direto p. 14
f. alto; g. a voz; h. um carpinteiro e os seus quatro filhos; i. por medida.
1. 1.1 a. B; b. A; c. B; d. B; e. A.
2. (D).
2. a. Os portugueses elegeram uma mulher Presidente da República. /
3. b.
c. Eu achei o João adoentado. / d. Eles tomaram o meu primo por tolo.
4. às baratas. (Outras soluções são possíveis.)
Texto 2 3. a. o Pedro (complemento direto) / deputado (predicativo do comple-
1. a. o Christopher; b. uma professora de inglês. mento direto); b. a Marta (complemento direto) / por ignorante (pre-
2. fotografar-me / nos regalou / aconselharam-me / informou-me. dicativo do complemento direto); c. este livro (complemento direto) /
3. quando um polícia se aproximou; 3.1 modificador de grupo verbal. muito bom (predicativo do complemento direto); d. o Carlos (comple-
mento direto) / um assassino (predicativo do complemento direto);
4. que regressava de uma conferência missionária em Teerão; 4.1 mo-
e. os meus primos (complemento direto) / deputados (predicativo do
dificador do nome apositivo.
complemento direto); f. esses engenheiros (complemento direto) /
5. que preferia as canções de motorista. 5.1 complemento direto. muito competentes (predicativo do complemento direto).

Complemento direto, complemento indireto, complemento 4. me (complemento direto) / apto para o trabalho (predicativo do
oblíquo e complemento agente da passiva p. 11 complemento direto); a oferta (complemento direto) / insatisfatória
(predicativo do complemento direto); me (complemento direto) / por
1. a. complemento direto; b. complemento oblíquo; c. complemento
ignorante (predicativo do complemento direto; o (complemento direto) /
agente da passiva; d. complemento indireto; e. complemento indireto;
um pouco lento (predicativo do complemento direto).
f. complemento oblíquo ; g. complemento oblíquo ; h. complemento di-
reto; i. complemento indireto; j. complemento direto; k. complemento
oblíquo / complemento indireto; l. complemento oblíquo / complemen-
to agente da passiva; m. complemento indireto / complemento direto;
n. complemento oblíquo; o. complemento indireto / complemento indi-
reto; p. complemento direto; q. complemento direto; r. complemento
indireto.

76
Soluções
Predicativo do sujeito Texto 3
e predicativo do complemento direto p. 15 1. a. Entre 1983 e 2005; b. terríveis; 1.1 humanitário.

1. a. verbo copulativo; b. verbo principal; c. verbo copulativo; d. verbo 2. a. lhes, l. 10; b. Mamere e Theo, l. 9 / Mamere, Theo e Jeremiah, l. 14;
principal. c. por Carrie Davis, ll. 15-16; d. os, l. 16; e. a generosidade e o despoja-
mento, l. 17; f. realmente, l. 17.
2. a. / b. / c. / g. predicativos do complemento direto; d. / e. / f. predi-
cativos do sujeito. 3. dramática, l. 21.

3. 3.1 b. e d.
Funções sintáticas em textos – III pp. 21-22
4. 4.1 um artista reconhecido / reproduções mal feitas (predicativos
Texto 1
do sujeito) artista / de fraca qualidade (predicativos do complemento
1. a. as mais tardias poesias reunidas nos Cancioneiros medievais,
direto).
ll. 1-2 / os poetas palacianos do Cancioneiro de Resende, ll. 3-4; b. de
meados do século XIV, l. 1; c. que então se praticava, l. 6; d. da poesia.
Complemento do nome p. 16
Texto 2
1. a. do Miguel; b. da máquina; c. do jogador, d. desses cientistas belgas.
1. a. / b. / g. complementos do nome; c. complemento direto;
2. a. desses elementos; b. do João; c. de que lhe entregues o automó- d. / f. modificadores de grupo verbal; e. sujeito.
vel; d. de conhecer essa região do país.
Texto 3
3. (B). 1. b.
4. 2. (C)
Texto A – dos livros importantes / de que ele os lesse / do atum /
3. (B)
desses livros.
Texto B – política e social em França / dos seus objetivos financeiros / 4. (D)
de isso suceder. 5. (A)
Texto C – desse prisioneiro / de o libertar / do criminoso / de o ter em
casa. Funções sintáticas em textos – IV pp. 23-24
Texto 1
Complemento do adjetivo p. 17 1. a. a pólvora, l. 3; os combatentes, l. 5; dezassete Franceses, l. 10;
1. a. não seleciona complemento; b. não seleciona complemento; esta, l. 13; o capitão dos Franceses, l. 16; b. ao fidalgo, l. 3; c. na nau,
c. seleciona complemento; d. seleciona complemento; e. seleciona l. 8; d. e aos que o ajudavam, l. 3; e. que consentissem enfim na ren-
complemento. dição, ll. 3-4; que só Jorge de Albuquerque fizera tudo, l. 15; ambas
2. c. Fiquei admirado ontem com a trovoada. / d. O meu irmão está as orações completam o sentido das formas verbais / elementos su-
satisfeito com o ordenado. / e. Estes livros estão repletos de manchas. bordinantes pediram e Responderam; f. indignados, l. 9; g. soberbo e
(Outras soluções são possíveis.) melancólico, l. 17; h. tantos dias, l. 14. (Outras soluções são possíveis.)

3. a. por ter obtido essa nota; b. com essa situação; c. desse resultado; Texto 2
d. de comer esse prato de peixe. 1. a. V; b. V; c. F («a Afonso Luís, piloto», l. 7, tem a função sintática
de modificador do nome apositivo.); d. V; e. V; f. F («para que pudesse
4.
servir por uns três dias», l. 16, é uma oração subordinada adverbial final
Texto A – cheio / satisfeito.
com função sintática de modificador de grupo verbal.).
Texto B – farto / predisposto.
Texto C – incapaz / interessado / muito orgulhoso.
4. Coordenação pp. 25-26
Funções sintáticas em textos – I p. 18
1. a. oração coordenada conclusiva; b. oração coordenada disjuntiva;
1. a. modificador do nome restritivo; b. modificador de grupo verbal; c. oração coordenada adversativa; d. oração coordenada copulativa
c. complemento do adjetivo; d. complemento do nome; e. modifica- (sindética); e. oração coordenada copulativa (assindética); f. oração
dor do nome apositivo; f. sujeito; g. modificador do nome restritivo; coordenada copulativa (sindética); g. oração coordenada disjuntiva;
h. modificador do nome apositivo; i. modificador do nome restritivo; h. corou o céu envergonhado – oração coordenada copulativa (assindé-
j. sujeito composto; k. complemento indireto; l. complemento direto. tica) / e o viajante continuou viagem para Murça – oração coordenada
copulativa (sindética).
Funções sintáticas em textos – II pp. 19-20
2. (A).
Texto 1
3. a. Visitamos essa cidade, mas não visitamos ainda Paris; b. Visita-
1. a. reformado; b. da CIA.
mos todas as capitais de distrito, logo visitamos essa cidade também;
2. antigo amigo e discípulo. c. Visitamos Lisboa pois queríamos conhecer o Mosteiro dos Jeróni-
3. da Rússia. mos; d. Visitamos essas aldeias e percorremos todos esses caminhos;
Texto 2 e. Visitamos essas aldeias, percorremos todos esses caminhos; f. Visi-
1. Alistair Ryle e Miles Richards. tamos Londres ou visitamos Paris.

2. caloiros.
3. jantar – anual (modificador do nome); jantar – do clube (complemen-
to do nome).

77
Soluções
4. A. mas rapidamente se cansaram (oração coordenada adversativa) 2. 2.1 a. V – que o céu acompanha; b. F (A oração «que vem de pai-
e mostrar-me atarefado (oração coordenada copulativa – sindética). sagens agrestes e rudezas primitivas» é adjetiva relativa explicativa.);
B. mas eles também ingressam noutras (oração coordenada adversa- c. F (A oração «que se mete ao caminho» é adjetiva relativa restriti-
tiva) ou criam as suas de raiz (oração coordenada disjuntiva); C. e pa- va.); d. F (Ocorre uma oração subordinada adjetiva relativa explicati-
recia profunda (oração coordenada copulativa – sindética); pois estava va – «que as tem pródigas».); e. V – que está no nicho; 2.2. a. festa;
envolvida na sombra (oração coordenada explicativa) mas o sol oblíquo b. viajante; c. viajante; d. viajante; e. Nossa Senhora da Piedade
dourou os juncos do pântano (oração coordenada adversativa) e cintilou
nos ramos das acácias (oração coordenada copulativa – sindética). Orações subordinadas substantivas relativas
(sem antecedente) p. 31
5. Subordinação pp. 27-38 1. a. Quem vai ao ar; b. Quem investigar devidamente; c. quem come-
teu o crime.
Orações subordinadas adverbiais pp. 27-28 2. a. e b. – sujeito; c. complemento direto.
1. a. Assim que regressa a casa; b. Quando à noite entra pelo bairro 3. 3.1 b. quem tinha sido o autor do boato – oração subordinada subs-
dentro; c. para viver em Lisboa; d. uma vez que tem uma belíssima tantiva relativa (sem antecedente).
decoração; e. Enquanto se deliciava com o fado; f. Se chover; g. que
(= porque) tenho de cumprimentar um amigo; h. Como faltam alguns Subordinação em Os Lusíadas pp. 32-33
meses para o teu regresso; i. mais bonita do que todas essas capi-
1. a. que tanto sublimaram; b. Se a tanto me ajudar o engenho e a arte;
tais [são]; j. já que o seu fundador importava o melhor café do Brasil;
c. que fizeram; d. Por que de vossas águas Febo ordene / Que não
k. Embora conheçamos várias capitais europeias; l. Caso visitemos Lis-
tenham enveja às de Hipocrene; e. que a Marte tanto ajuda / Se tão
boa no próximo ano; m. que apetece abraçá-la!
sublime preço cabe em verso; f. Que para si de Eneias toma a fama;
As orações subordinadas correspondem ao resto de cada frase com-
g. que trazem / Que os pensamentos eram de inimigos; h. Quem vale-
plexa: o que não é oração subordinada é oração subordinante.
rosas obras exercita; i. que é mentira / Quando a deixava António por
2. 2.1 a. mal entrasse em Lisboa; b. para que fique gravado nas memó- Glaphyra; j. Que a muitos lhe dá pouco ou nada disso; k. que ilustram
rias esquecidas; c. se é preciso dar-lhe um preço; d. tanto como [va- tanto as vidas; l. Que viram largos anos, largos meses; m. Que o louvor
lem] os Jerónimos aqui ao lado. 2.2 a. Se se deixa prender; b. porque sai às vezes acabado; n. que aqui vereis presente.
esta igreja é das mais belas coisas. 2.3 a. se não fosse tão arriscado o
negócio; b. para conservar mais tempo a impressão magnífica. Classificação de orações subordinadas pp. 34-35
3. a. oração subordinada adverbial comparativa – como o será em maio; Texto 1
oração subordinada adverbial consecutiva – que o viajante se aturde; 1. 1.1 a. que existia no sótão da casa de campo de um tio meu (oração
b. [o viajante] mal desembarcou – oração subordinada adverbial tem- subordinada adjetiva relativa explicativa); b. que os invernos à sombra
poral; c. Embora a manhã esteja no princípio – oração subordinada ad- da serra de Sintra deitavam em todas as coisas (oração subordinada
verbial concessiva; d. Como a tarde vai chegando ao fim – oração su- adjetiva relativa restritiva). 1.2 que qualquer coisa tinha para nós o per-
bordinada adverbial causal; e. quando outra vez lhe aparece pela frente fume do exotismo (oração subordinada adverbial consecutiva).
o Guadiana, agora de amplo e pacífico regaço – oração subordinada ad-
Texto 2
verbial temporal; f. enquanto desce para a barragem da Caniçada – ora-
1. Respetivamente: oração subordinada adjetiva relativa restritiva / ora-
ção subordinada adverbial temporal; g. que o mato mal lhe pôde meter
ção subordinada substantiva completiva / oração subordinada substan-
o dente – oração subordinada adverbial consecutiva.
tiva completiva / oração subordinada adverbial temporal.

Orações subordinadas substantivas completivas pp. 29-30 2. (B).

1. a. que alguns dias mais tarde há de estar em Bragança; b. que o Texto 3


caso não tem importância; c. que a senhora Alice está na cozinha; 1. 1.1 C.
d. que a locomotiva e a carruagem são desse tempo; e. que isso é uma
Coordenação e subordinação
desconsideração; f. que o seguem por trás das vidraças; g. se sabiam
indicar-lhe o caminho do castelo; h. se os apóstolos e os diáconos (…) Classificar orações pp. 36-38
estarão cantando responsos; i. para virar à esquerda junto à fonte gran- Texto 1
de; j. que lhe abram a porta da igreja do antigo mosteiro; k. que paredes 1. a. que partíamos às onze / para estar pronto à uma / que não partía-
são essas; l. que terá o seu dia estragado. mos hoje; b. disse / disse / disseram, respetivamente; c. as três orações
2. Respetivamente: sabe / decide / diz / desconfia / considera / sente / são complementos diretos dos respetivos elementos subordinantes;
perguntou / pergunta / tinham dito / pedir / gostaria de saber / acredita. d. e ainda não regressaram (oração coordenada copulativa – sindética).

3. 3.1 b. V; c. V. Texto 2
1. que pagava. 1.1 Disse. 1.2 complemento direto da forma verbal disse.
Orações subordinadas adjetivas relativas 2. que é feita de quatro paredes. 2.1 casa. 2.2 modificador do nome
(restritivas e explicativas) pp. 30-31 apositivo – casa.
1. a. que no meio do caminho para o automóvel (oração subordinada ad- 3. que se encontrava no meio do chão. 3.1 fogueira. 3.2 modificador do
jetiva relativa restritiva); b. que assim começa (oração subordinada ad- nome restritivo – fogueira.
jetiva relativa restritiva); c. que passa sobre a ribeira da Vilariça (oração Texto 3
subordinada adjetiva relativa explicativa); d. que vai ao lado da estrada 1. Oração subordinada adverbial final. 1.1 Desta vez, viajo principesca-
(oração subordinada adjetiva relativa restritiva); e. que o viajante não vai mente. 1.2 modificador de grupo verbal.
procurar (oração subordinada adjetiva relativa restritiva); f. que é rapaz
Texto 4
novo e tranquilo (oração subordinada adjetiva relativa explicativa).
1. (C)

78
Soluções
Texto 5 4. 4.1 Campo lexical de vestuário – nomes: calças, colete, alfaiate,
1. a. V; b. V; c. F (É uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva.); smoking; adjetivos: elegante, antiquado, vistoso, defeituoso, confortá-
d. V; e. V; f. F (É uma oração subordinada adverbial consecutiva.); g. V; vel; verbos: vestir, provar, despir, cortar, cerzir. Campo lexical de crime
h. V – nomes: indício, arma, detetive, prisão; adjetivos: inocente, indiciado,
Texto 6 criminoso, detido, arrependido; verbos: roubar, assaltar, prender, indi-
1. (D) ciar, investigar. (Outras soluções são possíveis.)

Campo semântico pp. 45-46


6. Arcaísmos e neologismos pp. 39-42
1. 1.1 a. crescer, aparecer; b. agredir; c. afastar.

Arcaísmos pp. 39-40 2. a. 3.; b. 4.; c. 1.; d. 2.; e. 8.; f. 5.; g. 6.; h. 7.

1. a. V; b. V; c. V; d. F (A palavra não é um arcaísmo porque ainda 3. a. Que idade me dás?; b. As ações deram-me 100 euros de lucro;
se utiliza no português atual com o mesmo significado do texto.); e. V; c. Deram 10 h no sino da igreja; d. Ele dá-se bem com os ares da serra.
f. F (Esta forma verbal continua a usar-se no português atual. Embora (Outras soluções são possíveis.)
o ditongo eo se grafe <eu> no português contemporâneo, a pronúncia 4. b. 4.1 Ex.: O meu primo não vê bem do olho direito.
continua a ser a mesma.).
5. 5.1 c.
2. 2.1 A. «U»; B. «doestos»; C. «ca»; D. «estonce»; E. «adur»; F. «gui-
6. fazer.
sa». 2.2 A. onde; B. insultos; C. porque; D. então, já; E. dificilmente;
F. maneira, modo. 7. Exemplos possíveis – A subida do preço do ouro deveu-se a uma trama
internacional liderada por agentes financeiros desconhecidos. / O tecido
3. 3.1 comigo. A palavra continua a ser usada no português contem-
rasgou-se porque a trama não estava corretamente tecida.
porâneo. 3.2 É um arcaísmo porque no português contemporâneo o
pronome «vós» desapareceu como forma de tratamento respeitosa.
8. Processos irregulares de formação de palavras pp. 47-52
Neologismos pp. 41-42 1. a. 2.; b. 5; c. 6.; d. 1.; e. 3.; f. 4.
1. 1.1 «deslocalização». 1.1.1 É um neologismo porque designa uma 2. 2.1 a. siglas. 2.1.1 São siglas porque se formam pela redução de um
realidade nova na língua num determinado momento da sua evolução. conjunto de palavras às suas iniciais, as quais se pronunciam separada-
1.2 Derivação por prefixação. mente. 2.2 INEM. Trata-se de um acrónimo, uma vez que as iniciais que
2. Imagem 1: hiperburocracia; Imagem 2: Backup. 2.2 Na imagem 1, o compõem se pronunciam como uma palavra só.
a palavra hiperburocracia é formada por composição morfológica. Na 3. a. acrónimo: SIDA; b. sigla: PSP; c. acrónimo: FIFA; d. acrónimo:
imagem 2, a palavra backup é um empréstimo do inglês. 2.3 Como o ASAE; e. sigla: UE.
prefixo <hiper> indica uma ordem de grandeza elevada, hiperburocracia
4. 4.1 Frase 1 – Apanhei um vírus na Internet que me infetou todos os
pode significar uma burocracia gigantesca. Por seu lado, backup é uma
ficheiros de texto. Frase 2 – Os antivírus atuais contêm vacinas muito
palavra inglesa que originariamente significa apoio. Fazer um backup
eficazes que impedem a maioria dos vírus de causarem danos nos fi-
dos dados existentes no computador ou na cloud significa fazer uma
cheiros. 4.1.1 c. 4.2 d.
gravação de apoio que permita a sua reposição em caso de avaria.
5. 5.1 a. V; b. F (A palavra charme é um empréstimo do francês, mas a
3. 3.1 b. 3.2 composição morfológica. 3.3 Trata-se de um adjetivo que
sua derivada «charmoso» já se formou a partir das regras da derivação
significa de água doce.
do português; não é, portanto, um empréstimo, mas uma palavra deri-
4. a. aterrar; b. psicologia; c. televisão. vada por sufixação.); c. V; d. V; e. F (A palavra «inflamável» forma-se
5. a. V; b. V; c. V; d. F (Os neologismos não são exclusivos de nenhum a partir do radical verbal <inflama> a que se acrescenta o sufixo –vel;
domínio técnico ou científico, podendo aparecer em qualquer área do é, portanto, uma palavra derivada por sufixação.). 5.2.1 low-cost, site,
conhecimento.); e. V. check-in, online. 5.2.2 Campos lexicais de viagens (low-cost e check-in)
e de Internet (site e online). 5.2.3 web, Internet, blogue, entre outras.
7. Campo lexical e campo semântico pp. 43-46 6. 6.1 As palavras hotspot e email são utilizadas no português porque
designam objetos, conceitos ou processos inovadores para os quais,
Campo lexical pp. 43-44 normalmente, não existem palavras equivalentes aquando da sua in-
1. a. V; b. V; c. F (A palavra «corrida» faz parte do campo lexical de trodução na língua.
competição e não do de aviação.); d. F (A palavra «prova» é um sinóni- 7. 7.1 c. 7.2 informática. 7.3 c – motel.
mo de competição não se incluindo, portanto, no domínio da realidade 8. Este tipo de transporte designa-se por «metro». 8.1 b. 8.2 pneu.
indicado pela palavra aviação.). 8.2.1 c. 8.3 demo. 8.3.1 demónio. 8.4 d.
2. Campo lexical de competição: «corridas», l. 2; campo lexical de avia- 9. a. V; b. V; c. V; d. V; e. F (É uma amálgama, isto é, uma palavra que
ção: «aviões», l. 2, «aeronaves», l. 10; «aviadores», l. 11; «voar», l. 14; resulta da junção de partes de outras, neste caso dos elementos desta-
«aérea», l. 16. cados nas palavras português e espanhol.); f. V.
3. 3.1 Não fazem parte do campo lexical de «mar», l. 15, os nomes al-
titude e escarpa, os adjetivos escarpado e nublado e os verbos encostar
e escalar.

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