Cesário Verde, Cânticos do Realismo: a representação da cidade e dos tipos sociais; deambulação e imaginação: o observador acidental; perceção sensorial e transfiguração poética do real
O imaginário épico (em “O Sentimento dum Ocidental”): o poema; a estruturação do poema; subversão da memória épica: o Poeta, a viagem e as personagens
Linguagem, estilo e estrutura: estrofe, metro e rima.
Cesário Verde, Cânticos do Realismo: a representação da cidade e dos tipos sociais; deambulação e imaginação: o observador acidental; perceção sensorial e transfiguração poética do real
O imaginário épico (em “O Sentimento dum Ocidental”): o poema; a estruturação do poema; subversão da memória épica: o Poeta, a viagem e as personagens
Linguagem, estilo e estrutura: estrofe, metro e rima.
Cesário Verde, Cânticos do Realismo: a representação da cidade e dos tipos sociais; deambulação e imaginação: o observador acidental; perceção sensorial e transfiguração poética do real
O imaginário épico (em “O Sentimento dum Ocidental”): o poema; a estruturação do poema; subversão da memória épica: o Poeta, a viagem e as personagens
Linguagem, estilo e estrutura: estrofe, metro e rima.
sociais; deambulação e imaginação: o observador acidental; perceção sensorial e transfiguração poética do real 1. Que Lisboa descreve Cesário?
Cesário, nos seus poemas, descreve uma
cidade industrializada, com construções elegantes e bairros modernos, com largos passeios públicos. É uma Lisboa com locais de convívio social e hábitos culturais, mas também uma cidade onde vivem as classes trabalhadoras e onde a degradação social está presente. Lisboa é ainda um local de confluência entre a vida urbana e o mundo rural. 2. Que tipos sociais povoam Lisboa?
Em Lisboa, cruzam-se burgueses,
artistas, artesãos, comerciantes, bailarinas, engomadeiras, operários,… Os novos heróis da cidade são agora os homens e mulheres que vivem nos quadros de quotidiano doméstico, familiar e urbano fixados nos poemas. 3. Qual é a atitude que o sujeito poético assume nos seus poemas?
O sujeito poético assume uma atitude de
deambulação e imaginação, nos seus poemas. Importa reter a sua capacidade de descrever as paisagens e as gentes do seu tempo com distanciamento crítico. O sujeito é um observador acidental que regista fragmentos de realidade, impressões sensoriais, recriando os instantâneos observados. 4. Por que razão Cesário é muitas vezes comparado a um pintor?
O poeta assemelha-se a um pintor ou a
um fotógrafo na criação de instantâneos quase cinematográficos. O sujeito parte do quotidiano trivial e, por ação da memória e dos sentidos, transfigura-o, tornando-o surpreendente e inesperado. O imaginário épico (em “O Sentimento dum Ocidental”): o poema; a estruturação do poema; subversão da memória épica: o Poeta, a viagem e as personagens 1. Como se estrutura o longo poema “O Sentimento dum Ocidental”?
O poema estrutura-se em quatro partes
de onze quadras cada uma. Cada quadra é composta por um primeiro verso decassilábico, seguido de três alexandrinos. O esquema rimático é constante (abba), apresentando rima interpolada e emparelhada. 2. Por que razão a primeira leitura do poema é bastante diferente de uma análise mais aprofundada? Numa primeira leitura, o poema parece constituir um longo percurso por certas ruas e locais de Lisboa. Uma leitura mais aprofundada permite-nos verificar que o ponto de vista do sujeito, que deambula, constrói uma nova cidade, visionária, poética e épica. 3. Em que medida este poema constitui uma subversão da memória épica? O poema “O Sentimento dum Ocidental” apresenta um sujeito progressivamente mais atento e que, através da memória, se evade de uma cidade-prisão para o sonho de um futuro diferente. Neste poema, o sujeito poético empreende uma viagem com novos heróis e constrói uma arte poética baseada na análise da realidade. Linguagem, estilo e estrutura: estrofe, metro e rima 1. Como podemos caracterizar, na globalidade, os poemas de Cesário Verde? Cesário Verde apresenta, geralmente, poemas longos, com estrofes de quatro ou cinco versos. Recorre predominantemente ao verso alexandrino. 2. Como podemos caracterizar o estilo de Cesário Verde?
Cesário Verde capta a realidade, fixando
instantâneos, selecionando adjetivação abundante e anteposta, recorrendo a nomes que trazem o trivial e o feio para o poema. Os seus poemas apresentam uma estrutura narrativa, descrevendo o espaço ora real ora evocado. 3. Quais são os recursos expressivos mais utilizados nos seus poemas?
O sujeito recorre frequentemente à
enumeração, à adjetivação expressiva, à sinestesia e a hipálages sugestivas. Recursos expressivos: a comparação, a enumeração, a hipérbole, a metáfora, a sinestesia, o uso expressivo do adjetivo e do advérbio 1. Qual é o recurso expressivo presente em “Como morcegos, ao cair das badaladas,/ Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros”? Nesta expressão, está presente a comparação. 2. Qual é o recurso expressivo presente em “Se a minha amada um longo olhar me desse / Dos seus olhos que ferem como espadas, / Eu domaria o mar que se enfurece / E escalaria as nuvens rendilhadas”?
Nesta expressão, está presente a
hipérbole. 3. Qual é o recurso expressivo presente em “Estas [as formigas] mineiras negras, incansáveis”?
Nesta expressão, está presente a
metáfora. 4. Qual é o recurso expressivo presente em “E houve talhadas de melão, damascos, / E pão de ló molhado em malvasia”?
Nesta expressão, está presente a
sinestesia. 5. Qual é o recurso expressivo presente em “De cócoras, em linha, os calceteiros, / Com lentidão, terrosos e grosseiros”?
Nesta expressão, está presente o uso
expressivo do adjetivo. 6. Qual é o recurso expressivo presente em “Eu tudo encontro alegremente exato”?