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Páginas de revisão

“O Sentimento
O que
dum é a filosofia?
Ocidental”,
de Cesário Verde
“O Sentimento dum Ocidental”
estrutura da obra
A representação da cidade e dos tipos sociais

• A análise do real assenta no espaço citadino, um contexto confinador e destrutivo, que impossibilita o amor e o
exercício da liberdade.

• A cidade significa opressão e aprisionamento.

• O sujeito poético identifica-se com o povo, denunciando as injustiças a que este está sujeito.

• A poesia assume uma intenção satírica.


Deambulação e imaginação: o observador acidental

• O poeta deambula por Lisboa, uma cidade triste, nauseabunda, melancólica e soturna, que origina o desejo
de evasão.

• A fuga do espaço citadino, opressor e decadente, é feita pelo sujeito lírico, através da evocação de um tempo
passado, futuro ou ainda de locais longínquos.

• A apreensão da realidade objetiva, através dos sentidos, é o ponto de partida para o trabalho de poetização.
O imaginário épico
• A viagem que o poeta faz pela cidade de Lisboa em “O Sentimento dum Ocidental” assemelha-se à viagem
marítima:

I – “Ave Marias” ➞ a evocação das “crónicas navais”


II – “Noite Fechada” ➞ o destaque ao “épico de outrora”
III – “Ao Gás” ➞ o lamento pelo “professor […] de latim”
IV – “Horas Mortas” ➞ o surgir da “raça ruiva do porvir”
Marcas da linguagem e do estilo de Cesário Verde
• regularidade estrófica (quadras), métrica (verso decassilábico e alexandrino) e rimática (rima interpolada
e emparelhada);

• vocabulário simples, objetivo e concreto, próximo da técnica narrativa;

• recursos expressivos mais frequentes: a comparação, a enumeração, a hipérbole, a metáfora, a sinestesia,


a ironia, o uso expressivo do adjetivo e do advérbio.

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