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A * MISTO
/ \ Pro venient e de
V fontes resp onsáveis
F SC -FSC® c i 00558
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I SBN 9 7 8 - 8 5 - 7 7 7 9 - 0 4 4 - 9
ultimato 9b
JOHN STOTT
Traduzido por
M EIRE PORTES SANTOS
ultimato
VIÇO SA IM G
O DISCÍPULO RADICAL
Cat eg o r ia: Vid a cristõ / Esp ir it ualid ad e / Liderança
Pu b l ic a d o no Br a s il c o m a u t o r iz a ç ã o e c o m t o d o s o s d ir eit o s r es er v a d o s
Ed it o r a U l t im a t o Lt d a .
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A m ar ca F SC é a gar an t ia de q u e a m ad e ir a u tilizad a na
fabr icação d o p ap el d este livro p r ov é m d e florestas q u e
MISTO
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for am ger en ciad as de m an eir a am b ie n t alm cn t e correta,
fontes responsáveis socialm en t e ju st a c econ om icam e n t e viável, além d e
FSC® C100558 ou t r as fon tes d e or igem con t r olad a.
SUMÁRIO
1. Inconformismo 13
5. Sim plicidade 53
6. Equilíbrio 71
7. Dependência 85
8. Mort e 95
Conclusão 113
Notas 117
Todos os direitos autorais deste livro foram cedidos de form a
irrevocável à Lan gh am Literature (an tiga Evangelical Literature Trust).
A Lan gh am Literature é um program a da Lan gh am Partnersh ip
In tern ation al (LPI), fu n d ada por Joh n Stott. Ch r is W righ t é o diretor
in tern acion al.
A Lan gh am Literature distribui livros evangélicos para pastores,
estudan tes de teologia e bibliotecas de sem in ários em quase todo o
m u n do, e patrocin a a escrita e a publicação de literatura cristã em
m uitas lín guas region ais.
Para m aiores in form ações sobre a Lan gh am Literature e outros
program as da LPI, visite w w w .lan gh am partn ersh ip.org.
N os Estados Un idos, o m em bro n acion al da Lan gh am Partn ersh ip
In tern ation al é o Joh n Stott Min istries.
Visite o site do JSM : w w w .joh n stott.org.
AGRADECIMENTOS
C o m o a p r o d u ç ã o d e st e liv r o t eve in íc io , c o n t in u id a d e
e t é r m in o so b o t e t o h o sp it a le ir o d a U n iv e r sid a d e d e
Sa i n t Bar n ab as, o p r im eir o agr ad ecim en t o é p ar a o co r p o
de fu n cio n ár io s, p ar a o dir et or, H ow ar d Su ch , e su a esp osa,
Lyn n e Su ch , p ar a os r esid en t es e pacien t es, e p ar a a eq u ip e
d e en fer m agem , c u id ad o s, ad m in ist r ação , alim e n t ação e
lim p eza, p o is ju n t o s cr iar am u m a r ica co m u n id ad e cr ist ã de
cu lt o e co m u n h ão — u m con t ext o ad e q u ad o à r eflexão e à
escr it a. Q u a n d o p o r vezes p r eocu pei- m e com t ais at ivid ad es,
d evo ter p ar ecid o u m a cr iat u r a an t issocial; m as eles com pre-
en d er am e m e p er d o ar am .
O u t r a co m u n id ad e à q u al so u d eved or é a Igreja St . Jo h n ,
Felb r id ge; ao m in ist r o St e p h e n Bow en , su a esp osa, M an dy,
e ao s ad m in ist r ad o r e s d a igreja, A n n e Bu t le r e M alcolm
Fr an cis. Q u a n d o m e sen t ia for te o su ficien t e, eles p r ovid en
ciavam u m a m an eir a de m e t r an sp o r t ar p ar a lá e m e trazer de
volt a, aos d o m in go s. Eles sab iam qu e u m livro est ava sen d o
p r e p ar ad o e m e in cen t ivar am d u r an t e o p r ocesso.
A p r e cio a h ab ilid ad e ed it or ial d e D avid St o n e, assist id o
p o r Ele an o r Trotter, ap esar d e ou t r as p essoas ter em con t r i
b u íd o com o t exto, com o Jo h n W yatt e Sh e ila M oor e, qu e
8 [ 0 DISCÍPULO RADICAL
Jo h n S t o t t
Páscoa de 2 0 0 9
PREFÁCIO
DISCÍPULOS OU CRISTÃOS?
fazer d istin ção en tre aqu eles qu e sofr iam “com o cr im in o sos” e
aq u eles q u e sofr iam “com o cr ist ãos” (lP e 4.15-16), isto é, p or
p er t en cer em a Cr ist o. A m b as as palavr as (cr istão e d iscíp u lo)
im p licam r e lacio n am e n t o com Je su s. P orém , “d isc íp u lo ”
talvez seja m ais forte, p ois in evitavelm en t e im p lica relacio-
n am en t o en tr e alu n o e p r ofessor . D u r an t e os três an os de
m in ist ér io p ú b lico, os doze for am d iscíp u los an tes d e ser em
ap ó st o lo s e, co m o d iscíp u los, est avam sob a in st r u ção de seu
M est re e Sen h or .
Talvez, d e algu m a for m a, d ever íam os ter co n t in u ad o a
u sar a p alavr a “d iscíp u lo ” n os sécu los segu in t es, p ar a qu e os
cristãos fossem d iscíp u los de Jesu s d e m an eir a con scien te e le
vassem a sér io a r esp on sabilid acie de est ar “sob d iscip lin a”.
M eu in ter esse com este livro é qu e n ós, qu e afir m am os
ser d iscíp u lo s d o Se n h o r Je su s, n ão o p r ovoq u em os a dizer:
“Por qu e m e ch am ais Se n h or , Sen h or , e n ão fazeis o qu e vos
m an d o ?” (Lc 6.46). O d iscip u lad o ge n u ín o é u m d iscip u lad o
sin cer o — e é d aí q u e su r ge a p r óxim a palavra.
Em segu n d o lugar, p or qu e “r ad ical”? Se n d o esse o adjetivo
u sad o p ar a descrever n osso d iscip u lad o, é im p or t an t e in dicar
o sen t id o n o q u al o u tilizo.
A palavr a “r ad ical” é d er ivad a d o latim radix, raiz. O r igi
n alm en t e, par ece ter sid o u t ilizad a com o r ót u lo polít ico p ar a
p esso as co m o W illiam Cob et t , p olít ico d o sécu lo 19, e seu s
p o n t o s d e vist a ext r em os, liber ais e r efor m ist as. A ssim , vem
d aí o u so ger al p ar a se referir àqu eles cu jas op in iõ e s vão às
raízes e q u e são ext r em os em seu com p r om isso.
A go r a est am os p r on t os p ar a u n ir o su bst an t ivo e o adjetivo
e fazer a ter ceira p er gu n t a: p or qu e “d iscíp u lo r ad ical”? A res
p o st a é óbvia. Exist em diferen tes n íveis de com p r om et im en t o
n a co m u n id ad e cristã. O p r óp r io Jesu s ilu str a isso ao explicar
PREFÁCIO
INCONFORMISMO
Base bíblica
n as p er gu n t as d o s q u e st io n ad o r e s e n a so lid ão d aq u eles qu e
p er d er am o r u m o ”.2
Essa en t r ad a n o m u n d o d e ou t r as p essoas é exat am en t e
o q u e q u er em os dizer p o r m issão en car n acion al — e t od a
m issão au t ên t ica é en car n acion al.
A q u i est ão , talvez, as cin co p r in cip ais m an e ir as p elas
q u ais d evem os n os assem elh ar a C r ist o : em su a en car n ação,
em seu ser viço, em seu am or, em su a lo n gan im id ad e e em
su a m issão.
MATURIDADE
P o r é m , h á o u t r a p a ssa ge m e sc r it a p o r P au lo so b r e
m at u r id ad e, e são esses ver sícu los qu e q u er o d est acar n este
cap ít u lo:
Fo i d e ssa fo r m a q u e P au lo p r o c la m o u C r ist o co m o
Se n h o r — c o m o Se n h o r d a cr iação (aq u e le p o r m e io d e
q u e m t o d as as co isas fo r am feit as) e com o Se n h o r d a igr eja
(aq u e le p o r m e io d e q u e m t o d a s as co isas fo r am r e c o n
c iliad as). P or cau sa d e q u e m ele é (a im age m e p le n it u d e
d e D e u s) e p o r c au sa d o q u e ele fez (aq u e le q u e cr io u e
r e c o n c ilio u ), Je su s C r ist o t em u m a d u p la su p r e m a c ia .
Ele é o c ab e ça d o u n iv e r so e d a igr eja. Ele é o Se n h o r d e
am b as as cr iaçõ e s.
Essa é a d escr ição exat a q u e o ap óst olo faz d e Je su s Cr ist o.
O n d e d ever íam os est ar sen ão com os r ost os em t erra d ian t e
dele? A fast e m o s d e n ó s o Je su s in sign ifican t e, fr aco, pigm eu .
A fast e m o s d e n ós o Je su s p alh aço e p o p star. A fast e m o s t am
b ém o M essias p olít ico e r evolu cion ár io. Eles são car icatu r as.
Se é assim q u e o en xer gam os, n ão su r p r een d e a p er sist ên cia
de n o ssa im at u r id ad e.
O n d e , en t ão, e n co n t r ar em os o Je su s au t ên t ico? Ele deve
ser e n con t r ad o n a Bíb lia — o livro qu e p od e ser d escr it o com o
o r et rato q u e o Pai fez d o Filh o, color id o p elo Esp ír it o San t o.
A Bíb lia é r ep let a d e C r ist o . C o m o ele p r ó p r io diz, as Escr i
t u ras “t est ificam d e m im ” (Jo 5.39). Je r ô n im o , o an t igo Pai
d a Igreja, escreve q u e “ign or ân cia d a Escr it u r a é ign or ân cia
de C r ist o ”. D a m esm a for m a, p o d e m o s dizer qu e con h ecer
a Escr it u r a é con h ecer a C r ist o.
MATURIDADE
p r ó x im o , m as t a m b é m , d e algu m a m a n e ir a , a lib e r t a ç ã o
d a c r iaçã o q u e ge m e . P o d e m o s a fir m a r q u e u m d ia h a-
v e r á n ovo céu e n o v a t e r r a (2P e 3 .1 3 ; A p 21.1), p o is e ssa
é u m a p a r t e e sse n c ia l d a e sp e r a n ç a d e fu t u r o p e r fe it o
q u e n o s agu a r d a n o fin a l cios t e m p o s. P o r ém , e n q u a n t o
isso , t o d a a c r iaçã o e st á ge m e n d o , p a ssa n d o p e la s d o r e s
d e p a r t o d a n o v a c r ia ç ã o (R m 8.18- 23). O q u e a in d a
d isc u t im o s é o q u a n t o d o d e st in o fin a l d a t e r r a p o d e ser
v iv e n ciad o ago r a. N o e n t a n t o , p o d e m o s d izer co m cer teza
q u e , a ssim c o m o a n o ssa c o m p r e e n sã o d o d e st in o fin a l
d e n o sso c o r p o r e ssu r r e t o in flu e n c ia o q u e p e n sa m o s
so b r e o c o r p o q u e t e m o s n o p r e se n t e e a fo r m a c o m o o
t r a t a m o s, n o ssa c o m p r e e n sã o d o n ovo céu e n ova t e r r a
d eve in flu e n c ia r e a u m e n t a r a c o n sid e r a ç ã o q u e t e m o s
p e la t e r r a ago r a.
Q u a l, e n t ão , d ev er ia ser a n o ssa at it u d e p ar a co m a
ela? A Bíb lia a p o n t a o c am in h o ao fazer d u as afir m açõ e s
fu n d am e n t ais: “A o Se n h o r p e r t e n ce a t e r r a” (SI 24.1), e “a
t er r a, d eu - a ele ao s filh o s d o s h o m e n s” (SI 115.16).
Em m aio d e 1999, tive o p r iv ilé gio d e p a r t ic ip a r d e
u m a c o n fe r ê n cia d e u m d ia em N a ir o b i so b r e “cr ist ão s
e o m e io a m b ie n t e ”. C o m p a r t ilh a n d o o p ú lp it o co m igo
e st av am C alv in D e W it t , d o A u Sa b le In st it u t e , em Mi-
ch igan , e P et er H ar r is, d e A R o ch a I n t e r n ac io n al. En t r e
o s p a r t ic ip a n t e s e st av am líd e r e s d o go ve r n o q u e n ia n o ,
r e p r e se n t a n t e s d e igr e jas, o r ga n iz a ç õ e s m issio n á r ia s e
O N G s. O e n c o n t r o fo i a m p la m e n t e d iv u lga d o . F ic o u
ev id e n t e q u e o c u id a d o co m a cr iação n ão é u m in t e r e sse
e go íst a d o O c id e n t e d e se n v o lv id o , n e m u m a sin ge la p a i
xão c ar act e r íst ica d o s o r n it ó lo go s ou b o t ân ico s, m as u m a
p r e o c u p a ç ã o cr ist ã cr e scen t e.
CUIDADO COM A CRIAÇÃO
A crise ecológica
SIMPLICIDADE
Introdução
Jo h n S t o t t
R o NALD ). SlDER
Presidente do Grupo de Estudos sobre Ética e Sociedade da
Com issão Teológica da A lian ça Evan gélica M un dial
O u t u b r o d e 1980
Prefácio
1. Criação
2. Mordom ia
3. Pobreza e riqueza
7. Ju st iça e política
8. Evangelização
Est am o s p r o fu n d am e n t e p r e o cu p ad o s com os m u it os m i
lh ões d e p e sso as n ão evan gelizadas esp alh ad as p elo m u n d o .
N ad a d o q u e foi d it o sobr e est ilo d e vid a ou ju st iça d im in u i
a u r gên cia d o d esen volvim en t o d e est r at égias evan gelíst ícas
ap r o p r iad as ao s d ifer en t es m eio s cu lt u r ais. N ã o d evem os
0 DISCÍPULO RADICAL
9. 0 retorno do Senhor
O s p r o fe t as d o V elh o T e st am e n t o d e n u n c iar am a id o
lat r ia e as in ju st iças d o povo d e D e u s, e ad v er t ir am p ar a a
v in d a d o ju ízo . D e n ú n cias e ad v er t ên cias se m e lh an t e s são
e n co n t r ad as n o N o v o T e st am e n t o . O Se n h o r Je su s vir á
em breve ju lgar , salvar e r ein ar . Se u ju ízo cair á so b r e os
c o b iço so s (q u e são id ó lat r as) e so b r e t o d o s os o p r e sso r e s.
P ois, n esse d ia, o R ei se n t ar á em seu t r o n o e se p ar a r á os
salvos d o s p e r d id o s. A q u e le s q u e se r v ir am a ele, se r v in d o
aos m ais p e q u e n in o s d e se u s ir m ão s car en t es, se r ão salvos,
p o is a r e alid ad e d a fé qu e salva é visível n o am o r ser viçal.
M as os q u e se m an t ê m p e r sist e n t e m e n t e in d ife r e n t e s à
sit u ação d o s n e ce ssit ad o s, e assim a C r ist o n eles, esses es
t ar ão ir r ever sivelm en t e p e r d id o s (M t 25.31-46). T o d o s n ós
p r e cisam o s ou v ir d e n ovo essa so le n e ad v er t ên cia d e Je su s,
e r esolver d e n ovo ser vir a ele n a p e sso a d o n e ce ssit ad o .
P o r t an t o , co n clam am o s n o sso s ir m ão s em C r ist o , em t o d a
p ar t e, a fazer o m esm o .
Nossa resolução
EQUILÍBRIO
an t igo D u q u e de W in d so r , qu e p o r u m cu r t o p e r ío d o
de t em p o foi o Rei Ed u ar d o 8, m or r eu em Paris em m aio
d e 1972. N aq u e la n oit e, u m in t er essan t e d o cu m e n t ár io foi
ap r esen t ad o n a t elevisão b r it ân ica. In clu ía p ar t es ext raíd as de
film es q u e m ost r av am Ed u ar d o 8 se n d o q u e st io n ad o a r es
p eito d e su a ed u cação, seu breve r ein ad o e su a ab d icação .
Lem b r an d o - se d e seu p assad o , ele d isse: “M e u p ai [o
rei G e o r ge 5] foi u m r ígid o d iscip lin ad or . Q u a n d o eu fazia
algo er r ad o, ele às vezes m e ad ver t ia d izen d o: ‘M eu q u er id o
m en in o , você deve sem p r e se lem b r ar de q u em é ”’. Se ele
ap e n as se lem b r asse cie q u e er a u m p r ín cip e real d e st in ad o
ao t r on o, n ão se co m p o r t ar ia d e fo r m a in ad eq u ad a.
A p er gu n t a é: q u em so m o s n ós? E n ão h á n o N ovo Tes
t am e n t o u m texto q u e ap r esen t e u m r egistro m ais var iad o
e e q u ilib r a d o d o q u e sig n ific a se r u m d isc íp u lo d o q u e
1 P edro 2.1-17:
Ch egan do-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pe
los h om en s, mas para com Deus eleita e preciosa, tam bém
vós m esm os, com o pedras que vivem, sois edificados casa
espiritual para serdes sacerdócio san to, a fim de oferecerdes
sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por in term édio de
Jesu s Cristo. Pois isso está n a Escritura:
ignorância dos in sen satos; com o livres que sois, n ão usan do,
todavia, a liberdade por pretexto cia m alícia, m as viven do
com o servos de Deus. Tratai todos com h on ra, am ai os
irmãos, temei a Deus, h on rai o rei.
Bebês
A lealdade dos jovens cristãos deve ser prim eira e prin ci
palm en te ao próprio Cristo. Nada pode tom ar o lugar do
tem po diário de com un h ão ín tim a com o Sen h or [...]. De
algum a forma, en contre tem po para isso e assegure-se de
que é u m a experiên cia verdadeira.
Pedras
Sacerdot es
Povo de Deus
A go r a, p o r t an t o , n ão p o d e m o s gu ar d ar essas b ê n ção s só
p ar a n ós.
Estrangeiros
A t é aq u i P edro n os com p ar a a:
- Beb ês r ecém -n ascidos, com o dever d e crescer
- P edras vivas, com o dever d a com u n h ão
- Sacer d o t es san t o s, com o dever de cu lt u ar
- Povo d o p r ó p r io D eu s, com o dever d e t est em u n h ar
P ed ro t em m ais d u as m et áfor as, e com o ver sícu lo 11 ele
ap r ese n t a a q u in t a: “A m ad o s, exorto-vos, com o peregrinos e
forasteiros que sois, a vos ab st er d es d as p aixões car n ais, qu e
fazem gu er r a con t r a a alm a”. As palavr as gregas são in teres
san t es. “Fo r ast eir o” é aq u ele qu e n ão t em d ir eit os n o lu gar
o n d e vive; “p er egr in o” é aq u ele q u e n ão t em lar.
EQUILÍBRIO
Servos
- A in d a p er t en cem os ao céu!
- So m o s est r an geir os e exilad os n a terra.
- So m o s p er egr in os v o lt an d o p ar a o lar, p ar a D eu s.
Equilíbrio
Em segu n d o lu gar, so m o s ch am ad os t an t o p ar a ad or ar
q u an t o p ar a t r ab alh ar . C o m o sacer d ócio, n ós ad o r am o s a
D eu s. C o m o p ovo de p r o p r ie d ad e de D eu s, t est em u n h a'
m os ao m u n d o . A igreja é u m a co m u n id ad e d e ad o r ação e
t est em u n h o.
Em t erceiro lu gar, so m o s ch am ad os t an t o p ar a a per egr i
n ação q u an t o p ar a a cid ad an ia.
Em cad a par, so m os ch am ad os ao equ ilíb r io e n ão à ên fase
de u m em d et r im en t o d o ou t r o. A ssim , so m os t an t o d iscíp u
los in d iv id u ais q u an t o m em b r os d a igreja, t an t o ad o r ad o r e s
q u an t o t est em u n h as, t an t o per egr in os q u an t o cid ad ãos.
A r azão d e q u ase t od as as n ossas falh as é a facilid ad e
qu e t em os de esq u ecer n o ssa id e n t id ad e com o d iscíp u los.
N o sso Pai Cele st ial est á con st an t em en t e n os d izen d o o qu e
o Rei G eo r ge 5 sem p r e dizia ao P r ín cipe d e G ales: “M eu
filh o q u er id o , você deve sem p r e se lem b r ar d e q u em você é,
p o is se você se lem b r ar d e su a id en t id ad e, se co m p o r t ar á de
acor d o com ela”.
Capít ul o 7
DEPENDÊNCIA
Nos prim eiros dias depois da cirurgia, Joh n Stott foi aco
m etido por episódios de desorien tação e por distin tas e
0 DISCÍPULO RADICAL
n a d é c a d a d e 6 0 fo i em gr a n d e p a r t e r e sp o n sá v e l p e la
fu n d ação d a C ar e an d C o u n se l, u m ser viço d e acon se lh a
m en t o cr ist ão em Lon d r es, escreveu q u e o co n flit o en tr e d e
p en d ên cia e in d ep e n d ê n cia “é u m a d as cu r vas m ais ab r u p t as
d e ap r en d izagem n o cam in h o d a v id a ”.
O p r ó p r io Je su s e n sin o u q u e a d e p e n d ê n c ia cr esce à
m e d id a q u e cr escem os. D e p o is d e su a r essu r r eição, ele d isse
a Pedro:
MORTE
sit u a ç õ e s d ife r e n t e s n a s q u a is e la o p e r a , d e a c o r d o co m
o N o v o T e st a m e n t o .
Salvação
Discipulado
Missão
Perseguição
Martírio
Mort alidade
A t é a q u i c o n sid e r a m o s c in c o ár e as n as q u a is a m o r t e é
a v e r e d a p a r a a v id a. N a salv aç ão (C r ist o m o r r e u p a r a
q u e t e n h a m o s v id a), n o d isc ip u la d o (se se n t e n c ia r m o s à
m o r t e as m ás aç õ e s d o c o r p o , v iv e r e m o s), em m issõ e s (a
se m e n t e d eve m o r r e r p a r a se m u lt ip lica r ), n a p e r se gu iç ão
(m o r r e n d o p a r a viver ) e n o m a r t ír io . A go r a c o n sid e r a
r e m o s a m o r t a lid a d e e a m o r t e d o n o sso c o r p o físico .
T e n d o ch e gad o , p e la gr aça d e D e u s, ao s 88 an o s n a é p o ca
em q u e est e liv r o fo i e sc r it o , o s le it o r e s c o m p r e e n d e r ã o
q u e t e n h o r e fle t id o b a st a n t e so b r e isso . O fim e st á à
v ist a . T e n h o sid o e n c o r a ja d o p e lo p a r a d o x o d a v id a
m e d ia n t e a m o r t e .
A m o r t e in sp ir a t er r or em m u it as p essoas. O in t e n so
co n flit o in t er n o d e W ood y A llen com a m or t e é b em con h e
cid o. Ele a vê com o u m a an iq u ilação d o ser e a con sid e r a
“ab so lu t am en t e e sp an t ad o r a em seu t er r or ” . “N ã o qu e eu
t en h a m e d o de m or r er ”, gr aceja ele, “ap e n as n ão q u er o est ar
lá q u an d o acon t ecer ”.10
O u t r o e x e m p lo é d a d o p e lo a m e r ic a n o R o n a ld
D w o r k in , o filó so fo d e d ir e it o q u e t em o c u p a d o cad e ir as
n as u n iv e r sid ad e s d e Lo n d r e s, O xfo r d e N o v a York. Ele
escr eveu :
M ORTE 109
Prefácio
1. Mat eus 1 3.3- 23; Marcos 4.3- 20; Lucas 8.4- 1 5.
2. “Com e, let us jo in o u r ch eerfu l songs”, Isaac Wat ts (1674-
1 748).
Capít ulo 1
I. Transact ion Pubfishers, T955, p. 16.
Capít ulo 2
1. O relato m ais recente e rico sobre a Con f erên cia de
Keswick é este: RANDALL, lan M., PRICE, Charles.
Tran sfo rm in g Kesw ick ; The Keswick Convention, past,
present and f ut ure. Pat ernost er Press, 2000.
2. RAMSAY, Michael. Im ages old an d new. SPCK, 1 963. p. 14.
3. Lut terworth Press, 1972.
Capít ulo 3
1. Mundo Cristão, 2005.
11 8 0 DISCÍPULO RADICAL
Capít ulo 4
1. IVP, 2000.
2. IVP, 1984.
3. Ad ap t ad o do meu pref ácio em The care o f creation . Dois
livros úteis e recentes sobre o assunt o são: BERRY, R. J.,
ed. When enough is enough; a christian f ram ework for
envir onm ental sust ain ab ilit y (Apollos, 2007) e BOOKLESS,
Dave. Planetwise', dare to care f or Go d ’s world (IVP, 2008).
4. No Reino Unido “ 1 bilhão” é usado para representar 1 milhão
de milhões. Atualm ente é quase uma cifra universal para mil
milhões.
5. Zahar Edit ores, 1983.
6. Para m ais detalhes, veja o capít ulo 5 (Cuidando da cr iação)
de STOTT, Joh n. M en talid ad e Cr ist ã; o posicionam ent o do
crist ão num a sociedade não- cristã. Vinde, 1994.
7. Monarch Books, 2008.
8. HARRIS, Peter. A Ro ch a; um a com unid ad e evangélica
lutando pela conservação do am biente. ABU, 2001.
Kin g fish er ’s fire. Monarch, 2008.
9. Essa e as próx im as cit ações f oram retiradas de WRIGHT,
Chris. The m ission o f Cod. IVP, 2008.
10. Cit ado pot Joh n Stott no pref ácio de The Care o f
Creation.
Capít ulo 6
1. The f ir st ep istle o f St Peter. Macm illan, 1 961. 2. ed.
2. Orval Hobart Mowrer, 1 907- 1 982.
Capít ulo 7
1. Mat eus 6.9- 1 3; Lucas 11.2- 4.
2. The ch rist ian p r iest today. SPCK, 1 972. Edição revisada,
1 985. Capít ulo 11: “ Divine h um ilit y”, p. 79- 91.
3. Harp erCoIlins, 1 957 (edição de bolso).
4. Tr ad uz id o do f rancês por Edwin Hudson (SCM Press Ltd,
1972). p. 11, 40, 43.
NOTAS | 1 19
Capít ulo 8
1. MACE, Alice E., ed. The b ird s aro u n d us. Ortho Books,
1 986. Do capít ulo int rod ut ório escrit o por Roger Tory
Peterson, in tit ulado “The j o y of bir ds” . p. 19- 20.
2. ZINSSER, William . A field guide to Roger To ry Peterson.
Audubon, v. 94, n. 6, p. 93.
3. Publicado pela prim eir a vez em inglês em 1 948 (SCM,
1966).
4. LLOYD- JONES, D. M. Rom ans 6\ the new m an. Banner of
Truth, 1 992. Com ent ário sobre o versículo 1 9, p. 264.
5. WEBSTER, Douglas. Yes to Mission. SCM, 1 966. p. 1 01- 1 02.
6. O Op eration World est im a que ex istam 69,2 m ilhões de
m em bros de igrejas crist ãs na China, m as acr escent a
que não há est atíst icas m ais ex atas disponíveis. Vej a
JOHNSTONE, Patrick, MANDRYK, Jaso n . Op eration world.
Paternost er, 2001. p. 160.
7. LAMBERT, Tony. The resu rrect io n o f t h e chinese church.
Hodder, 1991. p. 174, 267.
8. MARSHALL, Paul, GILBERT, Leia. Th eir blood cries out. W.
Publishing Group, Thom as Nelson, 1997. p. 8.
9. BONHOEFFER, Dietrich. Do pref ácio de Resistên cia e
sub m issão; cartas e anotações escrit as na prisão. Sinodal,
2003.
1 0. De um art ig o em Esq uire, 1 977. E em MCCANN, Craham .
Woody Allen , new york er. Polity Press, 1990. p. 43 e 83.
11. DWORKIN, Ronald. Lif e’s dom inion. HarperCoIlins, 1993.
p. 199.