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MATEMÁTICA FINANCEIRA

TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR


Taxa Interna de Retorno (TIR)

A TIR, abreviação de Taxa Interna de Retorno, é um método muito


utilizado na análise de viabilidade econômica de projetos de
investimentos devido a facilidade de interpretar o seu resultado:
um percentual de rentabilidade do projeto que está sendo
analisado.

É importante lembrar que a TIR não deve ser confundida com


outras taxas de retorno, indicadores de rentabilidade ou com
algum tipo de margem de lucro de uma empresa. Cada indicador
possui seu próprio conceito e aplicação.
Veja um exemplo da TIR:

Se a taxa interna de retorno (TIR) de um projeto é de 15% e os fluxos de


caixa são anuais, então significa que este projeto irá gerar um retorno anual de
15%.

Como analisar se a TIR de um projeto é boa?

Para interpretar o resultado da taxa interna de retorno é preciso fazer


uma comparação com a TMA — taxa mínima de atratividade. A TMA
representa o percentual mínimo de retorno que um projeto deve gerar para
ser aceito.
Na pessoa física:
A TMA poderia ser a rentabilidade gerada por um investimento de baixo
risco, como uma aplicação em Tesouro SELIC, por exemplo.

Para empresas, a TMA costuma ser o custo de capital, ou seja, o custo de


a empresa ter recursos próprios e de terceiros em suas mãos.
Em termos práticos, a TIR fica difícil de ser calculada manualmente,
principalmente quando o número de períodos (n) do projeto começa a
aumentar. Isso ocorre porque sua resolução gera a necessidade de resolver
equações polinomiais. Como a TIR não possui uma fórmula algébrica para ser
calculada diretamente, ela pode ser encontrada por meio de tentativa e erro,
tanto manualmente, quanto por algoritmos computacionais.

Até n=2, ou seja, dois períodos, ainda é relativamente tranquilo de resolver a


equação da TIR, pois como resultado teremos uma equação de segundo grau,
que pode ser resolvida pela famosa “fórmula de Bhaskara”. Porém, quando o
grau dos polinômios ultrapassa 3, então a solução mais usual passa ser utilizar
softwares (Excel, Calc, R, Matlab, etc) ou calculadoras financeiras — a mais
famosa é a Hp12c!
Observação :
A TIR é a taxa de desconto que zera o valor presente líquido dos fluxos
de caixa de um projeto, ou seja, faz com que todas as entradas igualem todas
as saídas de caixa do empreendimento.
Vantagens da taxa interna de retorno (TIR)
Considera o valor do dinheiro no tempo.
É fácil para comparar projetos de investimentos, pois leva em conta a escala e a vida dos
projetos, devido ao seu caráter relativo (resultado expresso em percentual) e não
absoluto, como o VPL.

Desvantagens da taxa interna de retorno (TIR)


Pressupõe a reinversão dos valores à própria TIR (resultando em taxas “sub” ou
superestimadas).
Pode haver múltiplas taxas de retorno, ou mesmo não ter solução, dependendo do fluxo
de caixa do projeto.
Não é recomendada em situações de projetos com fluxo de caixa não convencional.
Conclusão: o que é TIR?
A taxa interna de retorno de um projeto de investimento. A TIR tem
como seu maior problema o fato de supor que os fluxos de caixa são
reinvestidos na própria TIR, o que dificilmente ocorrerá na prática. Mas é um
método muito utilizado na prática, pois possui fácil interpretação e, apesar das
dificuldades de calculá-la manualmente, ela é facilmente calculada em
softwares de planilhas eletrônicas, pacotes estatísticas e calculadoras
financeiras.
Quando possuímos novos investimentos ao longo do projeto, que fazem com que o
fluxo de caixa se torne não convencional (mais de uma mudança de sinal nos fluxos), então
a TIR não deve ser utilizada. Isso ocorre porque o método de cálculo da TIR pode gerar mais
de uma resposta. Essa é uma das principais limitações da TIR. Para esses casos o
recomendado é você trabalhar com a TIRM – Taxa Interna de Retorno Modificada. A TIRM
traz os fluxos negativos a valor presente e leva todos os fluxos positivos para valor futuro, o
que transforma um fluxo de caixa não convencional em convencional (apenas uma mudança
de sinal).
Se tivermos que explicar a Taxa Interna de Retorno diremos que ela é
usada para avaliar a atratividade de um projeto ou investimento. Assim,
temos:

- Se a TIR de um projeto exceder a Taxa Mínima de Atratividade significa que


o mesmo é viável.
- Se a TIR de um projeto ficar abaixo da Taxa Mínima de Atratividade o
mesmo deve ser rejeitado.
- Se a TIR de um projeto for igual a Taxa Mínima de Atratividade a decisão de
seguir com o projeto fica por conta dos gestores/investidores.
Cuidados ao usar a Taxa Interna de Retorno
Taxa Interna de Retorno - cuidados TIR Um dos maiores erros que as empresas
cometem é utilizar somente a Taxa Interna de Retorno para avaliar a viabilidade de um
investimento. Quando utilizado sozinho, existe uma probabilidade maior de tomar uma decisão
errada, especialmente ao comparar dois projetos com durações diferentes. O mais indicado é
fazer uso da TIR combinado com outros métodos, como o Valor Presente Líquido e o Payback.
Pense em uma situação em que um projeto com um ano de duração tem uma TIR de
25%, enquanto um de 10 anos possui a TIR de 14%. Se você apenas tomar como base a Taxa
Interna de Retorno é bem provável que favoreça o primeiro, o que seria um erro. Isso porque é
muito melhor ter uma TIR de 14% por 10 anos do que 25% por um ano caso sua Taxa Mínima
de Atratividade seja de 10% durante o período.
Outro cuidado que se deve ter é sobre o valor do dinheiro no tempo. Pela TIR, os fluxos
de caixa futuros são reinvestidos na própria TIR e não no custo de capital da empresa.
Portanto, a Taxa Interna de Retorno não relaciona o custo de capital e o valor do dinheiro no
tempo como o VPL.
1. Ano: 2015 Banca: IF-RS

A Taxa Interna de Retorno (TIR) como técnica de análise de investimentos:


a) É um critério que não considera o valor do dinheiro no tempo.
b) Representa a taxa de rentabilidade mínima requerida pela empresa.
c) Pressupõe que as entradas de caixa sejam reinvestidas à própria TIR.
d) Representa um valor que depende da taxa de desconto utilizada.
e) Pode ser determinada para qualquer fluxo de caixa.
02. Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-PI

No fluxo de caixa abaixo, a taxa interna positiva de retorno é de 20% ao ano.

O valor de K é
a) R$ 3.896,00
b) R$ 5.000,00
c) R$ 117,84
d) R$ 260,00
e) R$ 714,00

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