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O papel do arte/educador como mediador cultural no ensino das artes visuais em oficinas de artes em
uma escola de ensino fundamental de Juazeiro do Norte/CE pelo Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência – PIBID/Artes Visuais em parceria com a Universidade Regional do Cariri –
URCA, para formação de apreciadores em artes visuais e valorização do arte/educador. A abordagem
do estudo foi inserida no conceito triangular em arte da educadora Ana Mae Barbosa
(Contextualização histórica, Fazer artístico, Apreciação artística), fundamenta o subprojeto
PIBID/Artes Visuais, e na dissertação de Mestrado da Profa. Ms. Ana Claudia Lopes de Assunção. No
decorrer das atividades junto aos jovens nas oficinas foi possível perceber a carência do profissional
arte/educador como mediador cultural o que impede o fazer e o apreciar arte na educação, destacando
o professor como mediador por excelência na coordenação dos fundamentos em artes, promovendo
conhecimento e aprendendo de forma concomitante com as experiências no contato com os indivíduos
mediados.
ABSTRACT
The Role of art / cultural educator as mediator in the teaching of visual arts in arts workshops in a
primary school in Juazeiro do Norte / CE by the Scholarship Program Initiation in Teaching - PIBID /
Visual Arts in partnership with the University Regional cariri - URCA, training for connoisseurs of the
visual arts and art appreciation / educator. The study approach was inserted into the triangular concept
art educator Ana Mae Barbosa (Historical context, Making art, artistic Consideration), underlies the
subproject PIBID / Visual Arts, and the Master's thesis of Professor. Ms. Ana Claudia Lopes de
Assunção. During the activities with young people in the workshops was possible to notice the lack of
professional art / cultural educator as mediator prevents the make and appreciate art in education,
highlighting the teacher as mediator of the coordination of the fundamentals in the arts, promoting
knowledge and learning concurrently with the experiences in contact with individuals mediated.
PROPOSIÇÕES INTRODUTÓRIAS
1
Acadêmica do curso de Artes Visuais – IV semestre – URCA. anaclaudiasaldaterra@hotmail.com
2
URCA, utilizando como abordagem a proposta Triangular (do “ver, fazer e apreciar arte”) da
educadora Ana Mae Barbosa, para a formação de um público que aprecie as artes visuais.
Para a construção deste estudo, questionou-se três aspectos do desenvolvimento
das atividades: O que a mediação cultural tem haver com a escola? Qual o comportamento
dos jovens das oficinas em relação artes visuais, diante do quadro ineficiente de mediação
cultural das artes na escola? E como o PIBID/Artes Visuais (Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência) em parceria com a Universidade Regional do Cariri – URCA
contribui para a formação de artistas e de público apreciador de arte?
O que pretendemos neste artigo é uma análise desta atividade educativa
promovida pelo PIBID/Artes Visuais desenvolvidas na Escola de Ensino Fundamental
Demóstenes Ratts Barbosa em Juazeiro do Norte – CE, com jovens de faixa etária entre 12 e
18 anos, que participavam semanalmente, no período vespertino de oficinas de artes visuais
ministradas no espaço escolar por acadêmicos bolsistas aprovados em edital para o subprojeto
PIBID/Artes Visuais, que visava à mediação cultural, promovendo a atuação profissional e
social em artes visuais em paralelo à educação formal.
Para a busca das respostas aos questionamentos, partimos das práticas
desenvolvidas nas oficinas de artes tendo como fundamento teórico os aspectos da dissertação
de mestrado da Profa. Ms. Ana Claudia Lopes de Assunção, que estudados conjuntamente
com a Abordagem Triangular da educadora Ana Mae Barbosa, ressaltam a importância do
ensino das artes, a valorização do arte/educador e da mediação cultural no mundo globalizado.
Ainda, o estudo considerou as experiências em sala de aula da autora por meio da interação
didática com os jovens nas oficinas.
Ainda é preciso mais pesquisas, mas podemos dizer que a arte leva os
indivíduos a estabelecer um comportamento mental que os levam a comparar
coisas, a passar doestado das ideias para o estado da comunicação, a
formular conceitos e a descobrir como se comunicam esses conceitos. Todo
esse processo faz com que o aluno seja capaz de ler e analisar o mundo
em que vive, e dar respostas mais inventivas (BARBOSA, 2013, p. 01).
O professor não é mais aquele detentor do saber que será repassado ao aluno,
mas sim aquele, junto ao aluno, que irá ensinar e aprender, numa atitude de
mediador entre o conhecimento e a experiência (ASSUNÇÃO, 2012, p. 60).
Mesmo com a ineficiente inserção do profissional licenciado em Artes Visuais na
escola, é possível encontrar educandos que desejam se expressar contra modelos pré-
fabricados de educação e cultura, talvez seja a nova identidade de seres que tem a consciência
que podem produzir e criar.
dos participantes.
A falta de compreensão evidenciada nos primeiros contatos foi substituída pelo
interesse e produção cultural de acordo com a aproximação das vidas dos educandos com o
universo da arte. Tais estímulos e a nova visão sobre arte foram visualizados quando do
desenvolvimento de seus trabalhos artísticos e na participação em sala, aguçando o raciocínio
e a percepção do fazer arte dentro de seu universo cultural coletivo e particular.
Isso só confirmou a proposição que para aprender arte é necessário aproximar o
objeto artístico, proporcionando o encontro com o universo da arte, tanto no fazer, como no
apreciar e compreender a arte, conhecendo a arte e agindo com intelectualidade sobre a
proposta artística.
Além disso, a valorização da produção dos educandos foi realizada em cada
oficina, pela documentação e exposição das obras dentro da própria escola, por meio da
apresentação dos trabalhos artísticos nos corredores e escadas, de acordo com a escolha do
local pelo próprio educando, como a técnica da ilusão de ótica (desenho desconstruído).
REFERÊNCIAS
CARVALHO, L. M. O Ensino de artes em ONG’S. 1º Ed. Cortez. 144 páginas. São Paulo,
2008.
TUNES, E.; TACCA, M. C. V. R.; BARTHOLO Jr., R. dos S.O professor e o ato de ensinar.
Cadernos de Pesquisa, v. 35, n. 126, p. 689-698, set./dez. 2005.