Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Nascimento
O Casamento
O jovem que pedira a mão de Rita se chamava Paolo
di Ferdinando Mancini, descrito como um homem
pervertido, de caráter feroz e sem temor a Deus, que
seria capaz de provocar um verdadeiro escândalo se Rita
e seus pais não aceitassem esse casamento. Assim, Rita
se viu obrigada a se casar. Quanto padeceu ela no longo
período de 18 anos que viveu com seu esposo! Injuriada
sem motivo, não tinha uma palavra de ressentimento;
espancada, não se queixava e era tão obediente que nem
à Igreja ia sem a permissão de seu brutal marido. A
mansidão, a docilidade e prudência da esposa, porém,
suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo
transformar em manso cordeiro aquele leão furioso.
Fernando não pôde resistir a tanta abnegação e mudou
completamente de vida, tornando-se um marido
respeitoso. Rita sentia-se muito feliz por ver o seu
marido convertido ao bom caminho. Sentia-se feliz por
educar nos princípios da religião os dois filhinhos que o
céu lhe dera: Giovanni Tiago e Paolo Maria. Mas durou
pouco tempo aquela felicidade de santa esposa e mãe!
Quando menos esperava, seu marido foi ferozmente
assassinado pelos inimigos que fez em sua vida de
violência. Rita tomou todas as providências para um
sepultamento digno para seu marido. Praticou, ainda, o
supremo ato de perdoar os seus assassinos. Refeita da
11
primeira dor causada pela morte do marido, a piedosa
mulher concentrou toda sua atenção e solicitude em seus
dois filhos. A mãe atenta percebia que os dois jovens
apresentavam sintomas de desejos de vingança. Quando
se viu em tal situação, ela tomou uma resolução heróica
e pediu a Jesus Crucificado que levasse os seus filhos
inocentes, se fosse humanamente impossível evitar que
se tornassem criminosos. Um após outro, caíram doentes
os meninos e Rita os tratou com o máximo cuidado,
velando para que nada lhes faltasse, procurando todos os
remédios necessários para lhes conservar a vida. Sabia
que era seu dever socorrê-los e queria cumprir
generosamente esse dever. Os meninos morreram, com
pequeno intervalo, um após o outro, cerca de um ano
depois da morte de seu pai. Rita depositou os corpos de
seus filhos ao lado de seu marido e ficou só no mundo;
só, mas com seu Deus.