JOVENS FORTES E VITORIOSOS

EM MUNDO DIFÍCEIS
Jovens, eu escrevi a vocês, porque são fortes, e em vocês a Palavra de Deus
permanece, e vocês venceram o Maligno.
1 João 2:14
INTRODUÇÃO
A. Saudação inicial e gratidão pelo convite.
B. Leitura do Texto bíblico: 1 João 2:14
C. Descrevendo o contexto atual: tempos difíceis. Eu sei que todos vocês
já estão cansados de ouvir este versículo, e muitos já sabem ele de cor. Mas
hoje eu gostaria de refletir com vocês mais uma vez sobre o impacto dessas
palavras na vida do jovem cristão atual, vamos esmiuçar esse texto.
D. os tempos atuais trazem outros desafios aos jovens cristãos e eu queria
refletir com vocês sobre alguns deles.
a. Relativismo moral e religioso, uma coisa que é verdade para mim,
pode não ser para outra pessoa e tudo bem, o importante é que cada um
seja feliz. Vocês sabem bem que é só o que nós vemos e ouvimos nas
redes sociais, está presente nos poderes públicos, nos sistemas
educacionais e na grande mídia. E que é claramente sem sentido,
porque sem uma definição clara e objetiva das coisas nós não podemos
viver em comunidade. Segundo eles, não existe o certo ou errado, o
moral e o imoral, mas apenas opiniões diferentes que devem ser aceitas
e acolhidas. Os jovens crescem mergulhados nessas águas e vão sendo
influenciados na medida em que avançam na instituição de ensino –
especialmente de nível superior – e com o convívio social. Vive-se um
tempo em que tomar partido em determinados assuntos –
principalmente aqueles mais polêmicos – já é motivo para ser
considerado conservador, retrógrado e preconceituoso, logo deverá ser
eliminado ou “cancelado”. Se o jovem cristão seguir este pensamento
relativista, passaremos automaticamente a criarmos nossa própria
verdade, baseado naquilo que nos interessa ou nos satisfaça, nos
transformando em pessoas egocêntricas, amantes de si mesmo, sem
moral e, com certeza, distantes do verdadeiro Deus. Essa Sociedade
relativizada é uma sociedade que tem como sua prioridade seus
próprios desejos e satisfação carnal.
b. Culto ao ego. Individualista, caminhando na contramão da doutrina
de Cristo. Nunca o ser humano foi tão narcisista como é agora. O ego
está entronizado no coração com um Deus. O amor-próprio virou a
idolatria de si. “Faça tudo que te faz feliz”. Nossa felicidade pessoal se
tornou uma espécie de padrão para determinar o que é certo e errado.
Certo é o que te faz feliz, errado é o que não te faz feliz.
c. Banalização da sexualidade. O apelo à sexualidade ao nosso redor é
muito forte. Hoje em dia somos induzidos a pensar que o sexo não é só
 uma parte da vida, mas sim a própria vida. Sendo levado a pensar que
a sexualidade é algo tão importante, que precisa ser explorado
precocemente, levando jovens, adolescentes e até crianças a
desenvolverem sua vida sexual fora de tempo e o resultado é notório em
nossos dias: decepção amorosa, gravides precoce, abortos, DSTs,
abusos, e uma sociedade imoral e sem valor pessoal. É perceptível aos
nossos olhos a degradação dos Jovens que cada vez mais é levada ao
mundo do sexo sem limites e acabam se tornando pessoas sem
personalidade e fútil. Jogando fora sua juventude, sua inocência e
pureza sexual, desprezando as palavras de Deus.
d. Narcisismo exposto nas redes sociais, essa ferramenta pode ser
uma benção quando bem utilizada, mas tem muitos perigos, como
compartilhamento de imagens e informações nocivas, exposição de sua
vida e da vida alheia, a vulnerabilidade ao contato com pornografia,
sem falar das polêmicas, que todo dia surge uma nova e aparecem mil
posicionamentos nas redes sociais, muitas vezes informações mal
repassadas, de fontes pouco confiáveis e tendenciosas, muitas fake
news. Ademais, ainda há a busca por atenção, segurança, afeto
emocional etc. por isso, as pessoas são facilmente influenciadas por
outras. O Efeito Manada tem levado as pessoas a abdicarem de seus
pensamentos para viverem em um mundo imaginário, ´´coletivo´´ que
em busca de agradar o grupo pertencente, assumem um papel quase
que teatral, parecendo – se politicamente corretos. Acabam virando
marionetes de movimentos políticos e ideológicos. Isso é um agravante
na formação da personalidade dos jovens atuais que, uma vez
acostumados a viverem sob a tutela desses grupos, perdem sua
capacidade de raciocinar, pensar e agirem por si próprios, sendo
facilmente volúveis e inconstantes influenciados a viverem como os
outros querem e não como Deus quer.
E. Esse é o tempo que vivemos. Um tempo de muitos desafios para o jovem
que ama e serve a Deus. MAS ISSO NÃO É NADA NOVO. EM TODOS OS
MOMENTOS DA HISTÓRIA, OS JOVENS QUE AMAVAM A DEUS
ENFRENTARAM OS DESAFIOS DE SEU TEMPO. José viveu os desafios
de seu tempo, o jovem Moisés enfrentou os desafios de viver na sociedade
egípcia pagã, Daniel teve que viver sua fé na cultura babilônica hostil. Etc.
Podemos enfrentar os desafios de nossa geração e vencê-los porque
a palavra de Deus diz que o jovem cristão é forte e vencedor. Mas
como assim? De que força está falando o apóstolo João, quando diz: Jovens,
eu escrevi a vocês, porque são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece,
e vocês venceram o Maligno. É evidente que ele não está falando da força
física, característica da juventude. Mas do vigor espiritual que vem da
palavra de Deus. Eles são fortes porque a Palavra de Deus permanece
neles. Eles têm vencido o Maligno não fiados em sua própria força, mas pelo
poder da Palavra que neles permanece. É importante ressaltar também
 que João fala que os jovens já venceram o Maligno. João não apenas deseja
que eles possam vencê-lo. Não desafia a igreja para a luta e o engajamento,
para que talvez obtenha a vitória. Ele fala no pretérito: “tendes vencido o
Maligno”. Como isso aconteceu? Esses “jovens” estão “em Cristo” e têm
“comunhão com ele”. Portanto, são partícipes da vitória que Jesus conquistou
sobre todos os poderes das trevas ao morrer na cruz. A vitória dos crentes
sobre o Maligno é um fato consumado.
F. Um tempo hostil demanda jovens fortes. Quando olhamos para o
livro de Daniel, encontramos ali um grupo de jovens fortes, tementes
a Deus, vivendo e triunfando sobre uma cultura hostil:
CARACTERÍSTICAS DE UM JOVEM FORTE – o exemplo de Daniel.
Vamos estudar as características de um jovem forte através do exemplo de
Daniel e seus amigos na babilônia. Daniel foi um jovem que passou a maior
parte de sua vida fora da teocracia israelita. E mesmo quando viveu em
Israel, o ambiente não era muito favorável ao desenvolvimento de sua fé, já
que havia muita idolatria e impureza, por isso o povo sofreu o juízo de Deus
e foi levado ao cativeiro babilônico. Nabucodonosor tomou os tesouros e o
futuro promissor da nação judaica: os jovens. Daniel, Hananias, Misael e
Azarias estão entre esses jovens levados ao cativeiro. Esse novo contexto
trazia muitos desafios, exigências e insegurança para esses jovens.

Como ser porta um jovem forte e vencedor em um tempo difícil?

1° CARACTERERÍSTICA: Jovens fortes não cede às pressões dos

desafios deste mundo
A. Eu quero destacar essa semelhança entre o contexto de Daniel e seus amigos,
numa realidade de muita impiedade e incredulidade na Babilônia, e o nosso,
pois também vivemos como peregrinos em meio a padrões de vida mundanos
ao nosso redor e temos inúmeros desafios como eu já citei. Quero ressaltar
que nessa época Daniel e seus amigos eram rapazes de 15-16 anos, muito
novos. Eles escolhiam novinhos assim provavelmente porque acreditavam
que eram mais facilmente moldáveis a uma nova mentalidade. Além disso,
os jovens selecionados deveriam possuir certas habilidades sociais,
inteligência, conhecimento, compreensão e competência. Os que passavam na
seleção recebiam uma espécie de bolsa integral de estudo para serem
treinados na língua e cultura dos caldeus. Em linguagem atual, eles
entraram na “Universidade Federal da Babilônia” - como diz Heber Campos
Jr-, com tudo pago, a fim de servirem no palácio junto ao rei Nabucodonosor.
B. Então eles eram submetidos a uma preparação rigorosa de 3 anos, onde eles
passariam por uma reformatação. Vocês lembram que até os nomes deles
foram mudados. Enquanto os verdadeiros nomes deles exaltava a Deus, os
novos faziam referência aos deuses dos caldeus. Está escrito:
Daniel 1:6,7 “Entre eles, se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias,
Misael e Azarias. O chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel,
 o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a
Azarias, o de Abede-Nego”.
C. Eles resignadamente aceitaram a mudança de nome e uma educação
que partia de uma cosmovisão totalmente distinta da deles, afinal
toda a educação babilônica era imersa no paganismo. Eles foram submetidos
a uma educação pagã, assim como nós também entramos nas universidades
e nos sujeitamos e tolerarmos paradigmas pagãos. O ambiente acadêmico é
um lugar que também podemos honrar ao Deus que é dono de todo
conhecimento e desenvolver o nosso intelecto a fim de glorificar a ele. Veja
que Daniel não procurou isolar-se das atividades babilônicas, ele
demonstrou saber amar a Deus no mundo. Semelhantemente não
devemos nos isolar entre as 4 paredes da igreja, devemos enfrentar a
realidade de um ambiente inóspito e usar as oportunidades que temos para
glorificar a Deus, demonstrando caráter, integridade e sabedoria que vem do
altíssimo.

2° CARACTERERÍSTICA: Jovens fortes não se contaminam com as

iguarias deste mundo
Daniel 1:8 - “Resolveu Daniel, firmemente, não se contaminar com as finas
iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia”
A. Veja bem, a esses jovens selecionados para servir o rei Nabucodonosor era
oferecido todas as finas iguarias de sua mesa, todos os privilégios. Os
comentaristas atuais tendem a enxergar que comer com os babilônicos
quebravam as regras de alimentação do judeu (comiam sem drenar o sangue;
não faziam distinção entre animais puros e impuros; Lv 11) e porque cada
refeição era uma oferta aos deuses, um ato idólatra (cf. Dn 5.4). “Contaminar-
se com as finas iguarias do rei” não era apenas acostumar-se com o conforto
babilônico, mas envolvia quebrar as leis cerimoniais (dieta alimentar) e
morais (adoração idólatra) que todo judeu deveria obedecer. Daniel não tinha
o direito de expressar sua opinião sobre a alimentação, ele corria o risco de
ser morto por recusar as finas iguarias e o vinho do rei. E por isso Daniel,
respeitosamente, pediu ao chefe dos eunucos para não comer a comida do rei.
E foi franco ao explicar por que não queria comer, ele não inventou uma
desculpa como dor de estômago. E Deus honra sua conduta incontaminada
fazendo-os destacarem-se sobremaneira. Deus concedeu dádivas aos 4. Deus
honra os que não se contaminam.
B. Lembremos de que “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”, nem tudo
convém ao cristão, e devemos estar atentos e preparados a reconhecer quando
devemos nos abster, o que devemos evitar. E estar aptos a reconhecer
também padrões disfarçados do mundanismo em nossa cosmovisão, para que
nos livremos dessa influência tóxica. A estratégia mais eficaz do mundo é a
de conduzir você a pensar com os mesmos padrões que eles pensam em coisas
que aparentemente não são pecaminosas. Conformar-se com este século (Rm
12.2) não se refere somente aos atos pecaminosos grotescos que podemos
 cometer, mas envolvem uma mudança de mentalidade, mudança de
cosmovisão.

3° CARACTERÍSTICA: Jovens fortes vivem em intensa comunhão com

o Senhor
Daniel 6:10 - “Três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu
Deus, como costumava fazer.”
A. Como mencionado antes, a nossa força vem do Senhor, e sem Ele, nada
podemos fazer. Daniel amava o Senhor mais do que tudo e decreto nenhum o
impedia de estar na presença de Deus, conversar com Ele e meditar na sua
lei.
B. “Daniel voltou para casa, contou o problema aos seus amigos Hananias,
Misael e Azarias, 18 e lhes pediu que rogassem ao Deus dos céus que tivesse
misericórdia acerca desse mistério, para que ele e seus amigos não fossem
executados com os outros sábios da Babilônia. 19 Então o mistério foi
revelado a Daniel de noite, numa visão. Daniel louvou o Deus dos céus”
C. Daniel esperava na providência divina, ele dependia do Senhor e tinha um
relacionamento íntimo com Ele.

4° CARACTERÍSTICA: Jovens fortes não negociam sua fé.

Daniel 3:17,18 - “Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem
prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se
ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem
adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer".
A. Daniel e seus amigos passaram por muitas provações, desde enfrentar uma
cova de leões a serem jogados na fornalha. Mas o que fica evidente na vida
desses jovens é que eles não negociavam sua fé, nem mesmo quando suas
vidas eram ameaçadas eles não pestanejavam.
B. Embora soubessem que poderiam morrer, estavam dispostos a perder a vida,
se Deus quisesse assim, mas não negariam a Deus e se prostrariam diante
do ídolo do rei. “Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei”. Jovens fortes não
cedem um milímetro para o mundo estão prontos para pagar o preço. Nunca,
em nenhum momento da história foi fácil servir a Deus. Atualmente, há
muitas formas de negociar a fé:
a. Quando aceitamos viver segundo os valores do mundo, estamos
negociando nossa fé;
b. Quando aceitamos como natural e correto a cosmovisão mundana de
vida, estamos negociando nossa fé;
c. Quando nos calamos diante dos pecados e injustiças desse mundo,
estamos negociando nossa fé;
d. Quando silenciamos o testemunho de Jesus, isto é, quando deixamos de
falar de Cristo aos que estão no mundo, estamos negociando nossa fé;
C. Não é fácil para mim e para você, por isso, meu jovem, não negocie sua fé,
seus valores, seus princípios, você é de Deus, você é forte, você tem vencido o
maligno.

CONCLUSÃO
Quero concluir dizendo que não devemos TERMER OS DESAFIOS
DESTE TEMPO. Por mais difíceis que seja essa época, SOMOS JOVENS
FORTES. Fortes pela palavra de Deus que permanece em nós. Fomos libertados
do domínio e do poder que o Maligno exerce sobre o mundo (5.19). Pois somos de
Deus e o maligno não nos toca, pois está escrito: 1 João 5:18 “Sabemos que todo
aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de
Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca”. Você é forte. Deus te deu poder e
autoridade para vencer o mal:
a) não se afugente com as pressões e desafios deste mundo;
b) não se contaminam com suas iguarias;
c) viva em intensa comunhão com o Senhor,
d) Não negocie sua fé.
“Dá o melhor que tens ao mestre;
Dá das forças da tua juventude;
Lança o ardor fresco e intenso da alma
Na batalha em prol da verdade.
Jesus nos deixou o seu exemplo,
Foi ele inflexível, jovem e corajoso,
Dá o melhor que tens ao mestre;
Dá das forças da tua juventude;
Revestido da completa armadura da salvação
Reúne-te à batalha pela verdade.”
-Mrs. Charles Bernard