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FORMAÇÃO

Jovem: como ser a diferença na sociedade com valores cristãos?

Os jovens têm exercido um papel cada vez mais importante e


impactante na sociedade moderna. Os profissionais conhecidos pela
excelência no trabalho, os líderes das grandes corporações, os proprietários de
empresas, professores, influenciadores de opinião, todos eles, estão surgindo e
se consolidando como agentes sociais cada vez mais jovens. A causa desse
efeito é a formação de caráter e determinação de objetivos cada vez mais cedo
nas histórias de vida. Essa disponibilidade da juventude requer a coragem de
um anúncio claro: a formação de jovens cristãos com familiaridade com a
Sagrada Escritura, que será para eles como uma bússola que indica a estrada
a seguir.
Guiado pelo amor e pela justiça que o Cristo anunciou, o jovem cristão
tem o poder de inserir esses valores na sociedade a que pertence. Não só pela
prática da doutrina e dos ritos católicos, mas pelo próprio modo de agir, pelas
decisões de vida e pela caridade com o próximo. Mais do que “antenado” e
“conectado”, o que, verdadeiramente, impressiona é um jovem sábio sobre as
coisas da vida. Aos doze anos, Jesus estava no Templo junto aos doutores da
Lei, todos os que o ouviam “ficavam maravilhados com sua inteligência e suas
respostas” (Lc 2, 47). Já a sabedoria dos mais velhos permite que eles
perdoem e se compadeçam do jovem que toma decisões erradas: é comum
pela falta de experiência e perspectiva quanto à importância de cada coisa. E
por esse mesmo motivo, as sábias decisões dos jovens impressionam e
cativam.
Os jovens já são membros ativos da Igreja e representam o seu futuro.
Na idade da juventude, surgem, de modo incontrolável e sincero, as dúvidas
sobre o sentido da própria vida e sobre o propósito que se deve dar à própria
existência. A essas questões, só Deus sabe dar verdadeira resposta. Por isso é
comum o jovem se identificar com uma abertura espontânea à escuta da
Palavra de Deus e um desejo sincero de conhecer Jesus. Assim, é nos jovens,
não exclusivamente, mas com certa prioridade, que se deve depositar a
esperança de uma sociedade justa e fraterna. Você jovem, não permita que
essa abertura à fé se feche e que seu coração se endureça pelo egoísmo
mundano. Mantenha-se firme na fé e, logo, produzirá bons frutos por
conselhos, ações e exemplos.
Jovem, mude a sociedade a sua volta
E se a atual sociedade aparenta ser cada vez mais egoísta e supérflua,
chega o momento de o jovem difundir, em seu meio, os verdadeiros valores e
princípios cristãos. No Evangelho de São Mateus, Cristo pergunta a Seus
amigos: “Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem?” (Mt 16,13). Esse
questionamento revela a importância de conhecer o mundo que se vive, mas a
resposta que realmente importa é aquela dada à pergunta feita em seguida: “E
vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16,15). Jovem, não se deixe levar pelas
ilusões mundanas, pelos prazeres imediatos e pelas ações egoístas e vazias
de propósitos. É preciso ser luz na escuridão e, pouco a pouco, todos juntos
poderemos iluminar o mundo inteiro.
Não se pode esperar que todo bom cidadão seja católico, mas é preciso
trabalhar para que todo católico seja um bom cidadão. O jovem, assumindo um
papel significativo na sociedade em sua volta, não pode mais falar de Jesus
repetindo o que outros disseram, é preciso dizer o que pensa, já não basta
recitar uma opinião, é preciso dar testemunho, sentir-se comprometido pelo
testemunho dado e, depois, cumprir as exigências desse compromisso. Que
você, jovem, possa dar os bons frutos que influenciarão o amor e a caridade no
seu meio, como verdadeira testemunha de Jesus Cristo. Que assim seja.
REFERÊNCIAS:

BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB, 18 ed. Editora Canção Nova.

BENTO XVI. Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini. Roma, 30 set. 2010.

JOÃO PAULO II. Homilia aos jovens de Belo Horizonte. Belo Horizonte, 1 jul. 1980

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