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1. DESCRIÇÃO
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ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA INFRA-ESTRUTURA - SIE
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INFRA-ESTRUTURA - DEINFRA-SC
ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS
PAVIMENTAÇÃO – ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO DEINFRA-SC-ES-P-05/92
CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 02/14
c) Camada de nivelamento em obras de restauração onde, além da função estrutural,
deseja-se corrigir deformações na pista existente.
d) Camada de base.
1.3. Areia-Asfalto a Quente – AAQ
É a mistura asfáltica usinada a quente composta por agregado miúdo, material de
enchimento (Filer) e material asfáltico, usado geralmente, como camada de revestimento asfáltico
ou reperfilagem.
2. MATERIAIS
Ensaio
Característica
NBR 6576
Determinação da penetração
DNER-ME 148/94
Ponto de fulgor, ºC
DNER-ME 193/96
Densidade relativa, 25ºC
2
ABNT-NBR 6560/00
Ponto de amolecimento, ºC
ABNT-NBR 14736/01
Efeito do calor e do ar :
- variação de massa, %
NBR 14950
Viscosidade Saybolt Furol
ASTM-2196/99
Viscosidade Brookfied à 175ºC, cP
NBR 14855
Determinação da solubilidade em tricloroetilenno
NBR 6293
Determinação da ductibilidade
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de 10% de grãos defeituosos, no ensaio de lamelaridade;
• valor satisfatório no ensaio de adesividade (MÉTODO DNER-ME 78/94), utilizando-se,
se necessário, melhorador de adesividade.
2.2.2. Agregados Miúdos
O agregado miúdo é aquele que passa na peneira de 2,0 mm (nº 10) e deverá ser
constituído por areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos, apresentando partículas individuais
resistentes, livres de torrões de argila e outras substâncias nocivas, obedecidas, ainda, as seguintes
indicações:
• valor de perda máxima de 12%, quando submetido ao ensaio de durabilidade com sulfato
de sódio (MÉTODO DNER-ME 89/94);
• valor para o equivalente de areia (MÉTODO DNER/ME 54/97), superior a:
− 55% para Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ;
− 45% para Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA;
− 40% para Areia-Asfalto a Quente - AAQ.
2.2.3. Material do Enchimento (Filer)
O material de enchimento, de uso obrigatório, deve estar seco isento de grumos,
constituído, necessariamente, por cal hidratada calcítica tipo CH-1, atendendo à seguinte
granulometria (DNER-ME 083/98) :
PENEIRA % PASSANDO,
ASTM mm EM PESO
N° 40 0,42 100
N° 80 0,18 95 -100
N° 200 0,074 65 - 100
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2.4. Aditivos
Poderão ser utilizados aditivos que facilitem a mistura ou melhorem suas características.
2.5. Composição da Mistura
A faixa granulométrica a ser adotada deverá ser selecionada em função da utilização
prevista para a mistura asfáltica. O diâmetro máximo do agregado deverá ser igual ou inferior a
2/3 da espessura da camada, devendo atender os requisitos dos quadros seguintes:
2.5.1. Faixa Granulométrica
• Para Concreto Asfáltico Usinado a Quente– CAUQ
ASTM mm A B C D E
1 ½" 38,1 100 — — — —
1" 25,4 95 - 100 100 — — —
3/4" 19,1 — — 100 — —
5
1/2" 12,7 25 - 60 45 - 75 65 - 95 100 100
3/8" 9,5 — — — 85 - 100 90 - 100
N° 4 4,8 0 - 10 5 - 30 5 - 35 — 30 - 55
N° 8 2,4 — — — 0 - 10 —
N° 10 2,0 0-4 0-6 0 - 10 — 0 - 22
N° 16 1,2 — — — 0-5 —
N° 40 0,42 — — — — 0 - 12
N° 200 0,074 0-2 0-2 0-2 0-2 0-5
ASTM mm A B C
N° 4 4,8 100 100 100
N° 10 2,0 90 - 100 90 - 100 85 - 100
N° 40 0,42 40 - 90 30 - 95 25 - 100
N° 80 0,18 10 - 47 7 - 60 8 - 62
N° 200 0,074 2-7 3 - 10 4 - 15
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ITEM CAUQ PMQA AAQ
NÚMERO DE GOLPES/FACE 75 75 75
ESTABILIDADE ROLAMENTO 800 700 500
Mínima - (kgf) LIGAÇÃO 700 600 —
FLUÊNCIA (0,01") 8 a 16 8 a 18 —
% DE VAZIOS ROLAMENTO 3a5 < 10 3a8
TOTAIS LIGAÇÃO 4a6 < 10 ou > 20 —
RELAÇÃO ROLAMENTO 70 a 82 65 a 82 65 a 82
BETUME/VAZIOS (%) LIGAÇÃO 65 a 75 30 a 75 ou 65 a 82 —
Notas:
Polegadas
Milímetros (mm)
7
1 ½”
38,1
13
1”
25,4
14
¾”
19,1
15
½”
12,7
16
3/8”
9,5
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3ª.) Em caso de previsão no projeto de solicitação pelo tráfego superior a 1 x 107 operações do
eixo-padrão de 8,2 tf (critério USACE), o traço da mistura asfáltica utilizada deve ser verificado à
deformação permanente pelo equipamento “Orniéreur” do Laboratoire de Ponts et Chaussées
(LCPC). Necessariamente, a deformação permanente deve ser medida a 30, 100, 1000, 3000,
10000 e 30000 ciclos e a temperatura de 60ºC, com freqüência de 1 Hz. O afundamento
admissível deve ser definido em projeto, em função da mistura adotada. Outros ensaios poderão
ser exigidos pela fiscalização, tais como : “Vida de fadiga por carga repetitiva” e “Módulo
dinâmico”.
3. EQUIPAMENTO
4. EXECUÇÃO
As misturas asfálticas deverão ser processadas em usinas apropriadas que tenham condições de
produzir misturas asfálticas uniformes. Preferencialmente, serão empregadas usinas
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gravimétricas. Para utilização de usina volumétrica e/ou tipo “drum-mixer” deverão ser
atendidas as seguintes exigências :
• A secagem dos agregados deverá ser no sistema de contra-fluxo, evitando-se a ação das
chamas do queimador sobre o asfalto;
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• Cada silo deverá possuir balança para dosagem individual dos agregados de modo a permitir
a imediata e automática correção da dosagem dos materiais a partir da variação de qualquer
deles, inclusive o asfalto. Deverá haver dispositivo que interrompa a produção caso haja
variação brusca na dosagem de qualquer material;
• A recuperação de finos deverá ser por via seca, através de filtro de manga;
• A usina não poderá ser de capacidade inferior à estipulada nos caso de uma gravimétrica
• O uso de “filler” calcário do tipo cal hidratada calcítica tipo CH-1, é obrigatório em todas as
composições de misturas asfálticas tipo CAUQ.
b) A temperatura de aquecimento do cimento asfáltico, no momento da misturação deverá ser
determinada para cada tipo de ligante, em função da relação da temperatura x viscosidade.
A temepratura conveniente será aquela na qual o cimento asfáltico apresentar valor para a
viscosidade situado dentro da faixa de 85 a 150 segundos Saybolt-Furol, indicando-se,
preferencialmente, a viscosidade de 105 ± 10 segundos Saybolt-Furol. Os agregados deverão
ser aquecidos à temperatura de até 10° C acima da temperatura do cimento asfáltico e, a
temperatura deste não deverá ser superior a 157° C. A mistura não poderá ter temperatura
inferior a 110º C e superior a 167º C. A produção do concreto asfáltico e a frota de veículos
de transporte devem assegurar a operação contínua da vibroacabadora.
c) O tempo de misturação deverá ser o mínimo que propicie mistura homogênea, com os
agregados mais filer recobertos uniformemente pelo ligante.
d) O transporte das Misturas Asfálticas Usinadas a Quente deverá ser feito com caminhões
basculantes que apresentem caçambas lisas e limpas. Para evitar a aderência da mistura à
caçamba, será feita a sua limpeza com água ensaboada, solução de cal ou óleo solúvel. Em
qualquer caso, o excesso de solução deverá ser retirado antes do carregamento da mistura.
Não será permitido o emprego de gasolina, querosene, óleo diesel ou produtos similares na
limpeza das caçambas.
e) Todos os carregamentos de misturas asfálticas usinadas a quente deverão ser cobertos com
lona impermeável de modo a reduzir a perda de calor, evitar a formação de crosta na parte
superior e proteger a mistura da contaminação de poeira ou outros corpos.
f) A superfície que irá receber a Camada de Mistura Asfáltica Usinada a Quente deverá
apresentar-se limpa, seca e isenta de pó ou outras substâncias prejudiciais. Eventuais defeitos
existentes deverão ser adequadamente reparados, previamente à aplicação da mistura. Caso
tenha havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou ainda, ter sido recoberta com areia,
etc., ou ainda tenha perdido o seu poder ligante, deverá ser feita uma Pintura Asfáltica de
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Ligação.
g) As Misturas Asfálticas Usinadas a Quente poderão ser estocadas em silos apropriados, não
se permitindo o seu empilhamento. O silo de estocagem deverá ser equipado para prevenir
segregação na mistura.
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h) A distribuição de uma Mistura Asfáltica Usinada a Quente não será permitida com tempo
chuvoso ou quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 15° C, permitindo-se, no
entanto, se a temperatura ambiente estiver acima de 12° C e em ascensão. A determinaçäo
da temperatura ambiente deverá ser feita na sombra e longe de aquecimento artificial. A
critério da fiscalização, a temperatura ambiente pode ser inferior aos valores mencionados,
mas deve ser suficientemente elevada para não interferir com a eficiência da compactação.
n) A compressão das Misturas Asfálticas Usinadas à Quente com a utilização de rolo (s)
compactador (es) terá início imediatamente após sua distribuição e perdurará até o
momento em que seja obtida a densificação especificada, observando as seguintes
indicações:
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• A (s) unidades (s) compactadora (s) deverá (ão) seguir, o mais próximo possível, o
equipamento de espalhamento;
• A compressão será executada em faixas longitudinais e será sempre iniciada pelo ponto
mais baixo da seção transversal e deverá progredir no sentido do ponto mais alto, devendo
em cada passada ser recoberta a metade da largura compactada na passada anterior;
• As mudanças de faixa de compactação não deverão ser feitas onde a mistura asfáltica
estiver quente;
o) Em locais onde a mistura asfáltica usinada a quente for colocada em áreas inacessíveis aos
equipamentos de compactação, deverão ser empregados soquetes pneumáticos ou outros
equipamentos que permitam a obtenção do grau de compactação especificado.
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Deverão ser tomados cuidados para prevenir a ocorrência de vazamentos de combustíveis,
graxas ou outros materiais danosos às misturas asfálticas, estejam estes equipamentos em
operação ou estacionados.
r) Uma camada de Mistura Asfáltica Usinada a Quente somente será liberada ao tráfego após
o seu resfriamento.
5. CONTROLE
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d) Um ensaio de granulometria (MÉTODO DNER-ME 83/98) do material de enchimento
(Filer) de cada carga, que chegar à obra, com amostragem a critério da Fiscalização,
devendo ser rejeitado se não atender a granulometria especificada.
5.1.2. Execução
5.1.2.1. Temperatura
Este controle será com, no mínimo, oito medidas de temperatura por dia de serviço,
envolvendo:
As temperaturas devem satisfazer os limites especificados, sem o que a usina deverá ser paralisada
e a mistura ser rejeitada.
ESTADO DE SANTA CATARINA
PENEIRA
% PASSANDO,
EM PESO
ASTM
mm
3/8" a 1½"
9,5 a 38,1
±7
N° 40 a N° 4
0,42 a 4,0
±5
N° 80
0,18
±3
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N° 200
0,074
±2
c) Uma amostra indeformada, extraída com a sonda rotativa (D = 10,4 cm), para cada 100 t
de mistura asfáltica compactada, em local correspondente à trilha de roda externa.
Preferencialmente um destes pontos deverá coincidir com o ponto de coleta de amostras
efetuada para o item "5.1.2.2.a". De cada amostra extraída, será determinada a massa
específica aparente (MÉTODO DNER-ME 117/81) e a espessura individual (média de,
pelo menos, três determinações com paquímetro). Este corpo de prova será submetido ao
ensaio de resistência à tração na compressão diametral (RTCD). O grau de compactação da
mistura deverá ser obtido pela relação entre a massa específica aparente do corpo-de-prova
retirado da pista com o uso da sonda rotativa e a massa específica aparente da mistura, de
projeto. Os valores do grau de compactação, calculados estatisticamente pela fórmula (4)
do Anexo I, para controle unilateral deverão ser iguais ou superiores a:
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CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 12/14
• 97%, para Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ;
• 96%, para Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA e Areia Asfalto a Quente - AAQ.
Notas:
1a.) Em caso de não atendimento aos ítens "a" ou "b" ou "c", a solução a adotar é a remoção da
camada e reexecução da mesma e, se for caso, a restauração da camada subjacente, com
ônus exclusivo da construtora.
2a.) No caso de camadas de nivelamento finas de Mistura Asfálticas Usinadas a Quente, o
controle por ensaio de compactação poderá ser dispensado, efetuando-se apenas o controle
de operação, visual, referente ao número de passagens de equipamento de compactação .
3a.) Após a execução de Misturas Asfálticas Usinadas a Quente, como camada de rolamento
("capa"), proceder-se-à a determinação das deflexões recuperáveis com viga Benkelmann,
a cada 20 metros, na posição correspondente à trilha da roda externa em cada uma das
faixas de tráfego.
5.2. Controle Geométrico
5.2.1. Espessura
A espessura da camada asfáltica será avaliada nos corpos de prova extraídos com sonda
rotativa, podendo-se fazer uma verificação pelo nivelamento da seção transversal, antes do
espalhamento e depois da compactação, no eixo e nos bordos, admitindo-se as seguintes
tolerâncias, para aceitação dos serviços.
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a) Valores individuais da espessura, em relação à espessura prevista em projeto, não poderão
exceder a variação de ± 10%. Caso se constate o não atendimento, as correspondentes
áreas serão objeto de amostragem complementar, através de novas extrações de corpos de
prova com sonda rotativa.
Notas:
2a.) As áreas com espessuras em excesso, desde que apresentem ondulações acentuadas, devido
à variação das espessuras, a critério da Fiscalização deverão ser removidas com restauração da
camada subjacente e a execução de uma nova camada, às expensas da Construtora.
6. MEDIÇÃO E PAGAMENTO
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Os serviços de Misturas Asfálticas Usinadas a Quente serão medidos e pagos de acordo
com os "PROCEDIMENTOS PARA MEDIÇÃO E PAGAMENTO DE OBRAS RODOVIÁRIAS".
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