Você está na página 1de 44

PIM - PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO DE MATERIAL

TRILHO

SUMÁRIO

1. OBJETIVO
2. DEFINIÇÃO - CARACTERÍSTICAS - FABRICAÇÃO
3. FORMA - DIMENSÃO - FURAÇÃO
4. GABARITOS PARA INSPEÇÃO
4.1. GABARITO SÉRIE ISO – NBR 12387
4.2. GABARITO SÉRIE ALTERNATIVA – NBR 12388
5. TOLERÂNCIAS
6. INSPEÇÃO E RECEBIMENTO
6.1. INSPEÇÃO
6.2. AMOSTRAGEM
6.3. VERIFICAÇÕES
6.4. PROPRIEDADES MECÂNICAS
6.5. COMPOSIÇÃO QUÍMICA
6.6. MARCAÇÃO DO TRILHO
6.7. VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL
6.7.1. VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL – COMPRIMENTO
6.7.2. VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL – SEÇÃO DO TRILHO
6.7.3. VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL – ACABAMENTO
6.7.4. VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL – FURAÇÃO
6.7.5. VERIFICAÇÃO DE MASSA
6.8. VERIFICAÇÃO DE ASPECTO
6.9. VERIFICAÇÃO DE ULTRASSOM
6.10. ENSAIO DE DUREZA
6.11. ENSAIO DE TRAÇÃO E ALONGAMENTO
6.12. ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO CHOQUE
6.13. CONDIÇÕES INTERNAS
7. LIBERAÇÃO PARA EMBARQUE

PIM-001 – Trilho: 1
8. CARREGAMENTO E TRANSPORTE
9. LOCAL DE ENTREGA
10. TERMO DE ACEITAÇÃO PROVISÓRIA
11. GARANTIA
12. ACEITAÇÃO
13. TRANSPORTE E ESTOCAGEM
13.1. CARGA E DESCARGA
13.2. ESTOCAGEM
14. NORMAS TÉCNICAS ABNT
ANEXO: MODELO DE FICHA DE INSPEÇÃO DE TRILHO

PIM-001 – Trilho: 2
1. OBJETIVO

Este Procedimento tem por objetivo definir as principais características do material, da


fabricação, bem como as condições para a inspeção e recebimento de TRILHOS
ferroviários.

2. DEFINIÇÃO - CARACTERÍSTICAS - FABRICAÇÃO


Trilho: Cada uma das barras de aço carbono laminado (em número de duas na bitola
normal e três na bitola mista, e paralelas entre si), de formato especial, que se
prolongam, assentadas e fixadas sobre dormentes, e que suportam e guiam as rodas
dos veículos ferroviários, constituindo, assim, a superfície de rolamento de uma via
férrea (superestrutura).
O trilho constitui o elemento fundamental da estrutura da via permanente e deve cumprir
os seguintes propósitos:

 Resistir diretamente às tensões que recebe do trem e transmiti-las aos outros


elementos que compõem a estrutura da via (placa de apoio, dormente, lastro, sublastro);

 Realizar a orientação das rodas dos veículos ferroviários, em seu movimento; e

 Servir de condutor da corrente elétrica para a sinalização e à tração nas linhas


eletrificadas.
É necessário que a superfície do trilho seja a mais lisa possível, tenha uma elevada
rigidez e que possa converter a energia do tráfego em deformação elástica.
Os trilhos são classificados em tipo conforme sua massa por metro, em kg/m. Para
efeito de identificação é feito o arredondamento para número inteiro (NBR 7590).
Exemplo: TR 57 = tipo de trilho com massa de 56,90 kg/m.
TR 45 = tipo de trilho com massa de 44,64 kg/m.

São adotadas as seguintes classes de trilhos na NBR 7590:


a) Trilho nº 1 – Trilho de seção uniforme em todo o seu comprimento e retilíneo,
podendo apresentar defeito julgado tolerável.
b) Trilho nº 2 – Trilho com:

 Defeito de superfície, em tal número e tal caráter, que possa a ser aplicado em
determinada condição da via;

PIM-001 – Trilho: 3
 Empeno vertical maior que o indicado por flecha central de 1,5% do comprimento do
trilho, ao chegar à prensa; ou

 Qualquer falha na identificação.


c) Trilho X – Trilho do topo do lingote que, no corpo-de-prova representativo do ensaio
de entalhe e fratura apresenta indício de trinca, esfoliação, cavidade, inclusão, estrutura
brilhante ou de granulação fina.

Quanto à qualidade do aço, o trilho é classificado conforme a NBR 7590 em:

 Qualidade corrente, de acordo com a Tabela 2.1;

 Qualidade especial, de acordo com a Tabela 2.2.

Tabela 2.1 – Trilho de Aço de qualidade corrente - ABNT


Característica
Composição Química (%) Código
Mecânica
ABNT
Qualidade RT
C Mn Si P (Máx.) S (Máx.) A (%) (NBR
(Mín.)
Carbono Manganês Silício Fósforo Enxofre Alongamento 9608)
1
*

A 0,50-0,70 0,60-1,00 0,07-0,35 0,05 0,05 680 10 -


1
B 0,40-0,60 0,80-1,25 0,05-0,35 0,05 0,05 680 14 -

A 0,62-0,82 0,60-1,10 0,10-0,35 0,05 0,05 780 9 A006


2
B 0,55-0,75 1,30-1,70 0,10-0,50 0,05 0,05 780 12 -

A 0,60-0,80 0,80-1,30 0,10-0,50 0,05 0,05 880 8 A007


3
B 0,55-0,75 1,30-1,70 0,10-0,50 0,05 0,05 880 10 -

*1 – RT (MPa) Resistência à Tração (1 MPa = 1 N/mm2= 10.19 kgf/cm2)

PIM-001 – Trilho: 4
Tabela 2.2 – Trilho de Aço de qualidade especial - ABNT
Característica Código
Composição Química (%)
Mecânica ABNT
Qualidade
P Cr Nb RT (NBR
C Mn Si S A (%) 9608)
(Máx.) Cromo Nióbio (Mín.)

0,65 0,80 0,30 0,70


6 a a a 0,03 0,035 a - 1000 8 -
0,80 1,30 0,90 1,20

0,60 0,90 0,50 0,02


7 a a a 0,03 0,035 - a 1000 8 P503
0,80 1,50 1,10 0,06

A dureza Brinell do trilho conforme NBR 11710 é de no mínimo 210HB.


O teor de Hidrogênio deverá ser, no máximo, igual a 2,0 ppm.
O teor máximo de Oxigênio, medido no boleto do trilho é de 20ppm.

Tabela 2.3 – Trilho de Aço – ASTM – AREA


Norma Americana ASTM-A-1 e AREA
Característica
Composição Química (%)
Mecânica
Qualidade
RT
C Mn Si P (Máx.) S (Máx.) A (%)
(Mín.)

30 a 40 kg/m 0,55 - 0,68 0,60 – 0,90 0,10 – 0,25 0,04 0,05 833 - 980 12,5

40 a 45 kg/m 0,61 – 0,77 0,60 – 0,90 0,10 – 0,25 0,04 0,05 833 - 980 12,5

45 a 60 kg/m 0,67 – 0,80 0,70 – 1,00 0,10 – 0,25 0,04 0,05 833 - 980 12,5

Acima de
0,69 – 0,82 0,70 – 1,00 0,10 – 0,25 0,04 0,05 833 - 980 12,5
60 kg/m

A dureza Brinell do trilho é de no mínimo 240HB (3.000 kgf)

PIM-001 – Trilho: 5
Tabela 2.4 – Trilho de Aço – UIC
Norma Européia UIC-860-0
Característica
Composição Química (%)
Mecânica
Qualidade
RT
C Mn Si P (Máx.) S (Máx.) A (%)
(Mín.)

Normal 0,37 – 0,60 0,70 – 1,20 0,35 máx. 0,04 – 0,08 0,50 – 0,80 686 - 813 14

A 0,65 – 0,75 0,80 – 1,30 0,35 máx. 0,05 máx. 0,05 máx. 882 10

B 0,50 – 0,70 1,30 – 1,70 0,35 máx. 0,05 máx. 0,05 máx. 882 10

C 0,45 – 0,65 1,70 – 2,00 0,35 máx. 0,05 máx. 0,05 máx. 882 10

A dureza Brinell do trilho UIC é de no mínimo 300HB.


O teor de Hidrogênio deverá ser, no máximo, igual a 2,0 ppm.
O teor máximo de Oxigênio, medido no boleto do trilho é de 20ppm.
Aço é o ferro onde foi removida a maior parte das impurezas.
O aço também possui certa concentração de carbono (0,5 % a 1,5 %).
As impurezas como a Si (sílica), o P (fósforo) e o S (enxofre) enfraquecem muito o aço,
então devem ser eliminadas.
A vantagem do aço sobre o ferro é o aumento de sua resistência.
Quanto à fabricação o trilho de aço carbono pode ser produzido por um dos seguintes
processos (NBR 11710):
 Siemens-Martin básico;
 Conversor a oxigênio.
O processo Siemens-Martin é uma das maneiras de produzir aço a partir de ferro-gusa.
O ferro gusa, o calcário e o minério de ferro são colocados em um forno Siemens-Martin.
Este é aquecido a aproximadamente 871ºC (1600ºF).
O calcário e o minério formam uma escória que flutua na superfície.
As impurezas, incluindo o carbono, são oxidadas e migram do ferro para a escória.
Quando o teor de carbono está correto, você terá aço carbono.
Outra maneira de produzir aço é processo o Conversor a Oxigênio ou Processo Linz-
Donawitz, o processo mais comum para a produção de aço.
Nos conversores a oxigênio são fabricados mais de 50% da produção mundial de aço.
No Brasil eles também são amplamente utilizados.
PIM-001 – Trilho: 6
A carga desse conversor é constituída de ferro gusa líquido, sucata de ferro, minério de
ferro e aditivos (fundentes).
Com uma lança refrigerada com água, injeta-se oxigênio puro a uma pressão de 4 a
12bar no conversor.
A oxidação do carbono e dos acompanhantes do ferro libera grande quantidade de calor.
Para neutralizar essa elevada temperatura que prejudicaria o refratário, adiciona-se
sucata ou minério de ferro.
Pela adição de fundentes como a cal, os acompanhantes do ferro como o manganês,
silício, fósforo e enxofre unem-se formando a escória.
Para aumentar a qualidade do aço, podem-se adicionar elementos de liga no final do
processo ou quando o aço está sendo vertido na panela, já pronto.
Os aços produzidos nos Conversores à Oxigênio não contém nitrogênio pois não se
injeta ar, daí a alta qualidade obtida.
Esse que não podem ser alterados sem o prévio conhecimento e aprovação do DNIT.
O processo de fabricação pode ser fixado pelo DNIT no Termo de Referência do Edital
no caso de aquisição de trilhos de terceiros.
O aço é processado através de lingotamento ou de corrida contínua e deverá ter a seção
do lingote, pelo menos, igual a vinte vezes a do trilho.
O lingote tem um descarte suficiente para garantir a ausência de segregação prejudicial
e formação de bolsa.
O trilho é laminado a quente, de maneira a evitar fissuras no patim e outros defeitos. O
local de resfriamento deve ser protegido contra intempéries e em condições que o
desempeno subsequente seja o mínimo.
O trilho é fabricado nos comprimentos de 12m, 18m, 24m, 36m ou conversor oferece
vantagens econômicas sobre o conversor do processo Siemens-Martin.
O fabricante deverá informar ao DNIT sobre o processo de fabricação adotado e as
características do aço,
maiores, conforme a capacidade de transporte disponível.
Todas as barras de trilho são garantidas até, no mínimo, 31 de dezembro do ano N+5,
sendo o ano marcado na barra, contra todo defeito imputável à sua fabricação e não
detectado no recebimento.

PIM-001 – Trilho: 7
A marcação do trilho é efetuada conforme NBR 12326.

Marcação em Alto Relevo (Norma AREMA)

Espaçamento entre caracteres (d) = 20 ± 5mm

Marcação em Baixo Relevo (Norma UIC)

Espaçamento entre caracteres (d) = 20 ± 5mm

PIM-001 – Trilho: 8
3. FORMA – DIMENSÃO - FURAÇÃO
O trilho tem as seguintes forma e dimensão conforme a NBR 12320:

Figura 3.1 – Trilho tipo TR 37

ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL (cm2) 47,29

MOMENTO DE INÉRCIA (cm4) 951,50

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO BOLETO (cm3) 149,10

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO PATIM (cm3) 162,90

PESO POR METRO (kg/m) 37,10


PIM-001 – Trilho: 9
Figura 3.2 – Trilho tipo TR 45

ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL (cm2) 56,90

MOMENTO DE INÉRCIA (cm4) 1610,80

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO BOLETO (cm3) 205,60

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO PATIM (cm3) 249,70

PESO POR METRO (kg/m) 44,64

PIM-001 – Trilho: 10
Figura 3.3 – Trilho tipo TR 50

ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL (cm2) 64,19

MOMENTO DE INÉRCIA (cm4) 2039,50

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO BOLETO (cm3) 247,40

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO PATIM (cm3) 291,70

PESO POR METRO (kg/m) 50,35

PIM-001 – Trilho: 11
Figura 3.4 – Trilho tipo TR 57

ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL (cm2) 72,58

MOMENTO DE INÉRCIA (cm4) 2730,5

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO BOLETO (cm3) 294,80

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO PATIM (cm3) 360,70

PESO POR METRO (kg/m) 56,90

PIM-001 – Trilho: 12
Figura 3.5 – Trilho tipo UIC 60

ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL (cm2) 76,88

MOMENTO DE INÉRCIA (cm4) 3055

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO BOLETO (cm3) 335,5

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO PATIM (cm3) 377,4

PESO POR METRO (kg/m) 60,34

PIM-001 – Trilho: 13
Figura 3.6 – Trilho tipo TR 68

ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL (cm2) 86,12

MOMENTO DE INÉRCIA (cm4) 3850,10

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO BOLETO (cm3) 391,60

MÓDULO DE RESISTÊNCIA DO PATIM (cm3) 463,80

PESO POR METRO (kg/m) 67,56

PIM-001 – Trilho: 14
A furação dos trilhos e da respectiva tala de junção é efetuada de acordo com a NBR-
12398, conforme figuras 3.6 a 3.8 e Tabela 3.1:

Figura 3.7 – Furação do Trilho

Figura 3.8 – Trilho + Tala de Junção de 4 Furos

PIM-001 – Trilho: 15
Figura 3.9 – Trilho + Tala de Junção de 6 Furos

Tabela 3.1 – Dimensões para furação de Trilho e respectiva Tala de Junção

Dimensões de acordo com as Figuras 3.6 a 3.8


Trilho
Z W V D1 D2 D3 2W+4 U Y

TR 37 54 68 140 26 26 34 140 95 105

TR 45 65 68 140 28 28 38 140 95 105

TR 50 69 68 140 28 28 38 140 95 105

TR 57 73 88 150 28 28 38 180 65 65

TR 68 79 88 150 28 28 38 180 65 65

UIC 60 76,3 59 170 28 28 38 180 65 65

OBS 1: O número de furos (0, 2 ou 3) deve ser especificado pelo DNIT, inclusive se é
em uma ou ambas as extremidades do trilho.
OBS 2: O trilho tipo TR 37, quando furado, é com 2 furos. Do TR 45 em diante o trilho,
quando furado, é com 3 furos.

4. GABARITOS PARA INSPEÇÃO


PIM-001 – Trilho: 16
Os gabaritos são de material de alta resistência à deformação térmica e ao desgaste.
O perfil do trilho TR, os gabaritos e os calibres necessários aos controles de formas e
dimensões, são fornecidos pelo fabricante e são submetidos à aceitação deste, em dois
jogos, antes da fabricação, observadas as normas NRB 12387 (Gabarito Série ISO) e
NRB 12388 (Gabarito Série Alternativa). Um jogo fica em poder do DNIT até o
recebimento final.

4.1. GABARITO SÉRIE ISO – NBR 12387


O gabarito é identificado por:
 Tipo do gabarito, de acordo com a Tabela 4.1.1.
 Tipo do Trilho, pelos dois algarismos dele representativos.
Exemplo: GAB-V-57 = Gabarito tipo GAB-V para TR 57.
 Marca do fabricante
 Marca do DNIT
 Data de fabricação

Tabela 4.1.1 – Tipo de Gabarito Série ISO

Tipo do Gabarito Utilizado para Aferir

1 GAB-I Altura do Trilho


2 GAB-II Largura do Trilho
3 GAB-III Forma e Dimensão do Boleto
4 GAB-IV Assimetria do Trilho
5 GAB-V Forma da Superfície e Ajuste da Tala de Junção
6 GAB-VI Furação
7 GAB-VII Distância entre o Furo e a base do Patim

PIM-001 – Trilho: 17
GAB-I – Gabarito para aferição da Altura do Trilho

Tabela de Dimensões para o Gabarito GAB-I


Dimensão H de acordo com a Figura GAB-I
Tipo do Trilho
Nominal Máximo Mínimo

1 TR 37 122,2 123,2 121,7


2 TR 45 142,9 143,9 142,4
3 TR 50 152,4 153,4 151,9
4 TR 57 168,3 169,3 167,8
5 TR 68 185,7 186,7 185,2
6 UIC 60 172,0 172,6 171,4

PIM-001 – Trilho: 18
GAB-II – Gabarito para aferição da Largura do Trilho

Tabela de Dimensões para o Gabarito GAB-II


Dimensão L de acordo com a Figura GAB-II
Tipo do Trilho
Nominal Máximo Mínimo

1 TR 37 122,2 123,2 121,2


2 TR 45 130,2 131,2 129,2
3 TR 50 136,5 137,5 135,5
4 TR 57 139,7 140,7 138,7
5 TR 68 152,4 153,4 151,4
6 UIC 60 150,0 151,0 149,0

PIM-001 – Trilho: 19
GAB-III – Gabarito para aferição da Forma e Dimensão do Boleto

Tabela de Dimensões para o Gabarito GAB-III


Dimensão de acordo com a Figura GAB-III
Tipo do
Largura do Boleto - C L
Trilho R1 R2 R3
Nominal Máximo Mínimo Nominal

1 TR 37 62,7 63,2 62,2 304,8 304,8 7,9 46,9


2 TR 45 66,1 65,8 64,6 355,6 355,6 9,5 46,1
3 TR 50 68,3 68,8 67,8 355,6 355,6 9,5 49,2
4 TR 57 69,0 69,5 68,5 254,0 355,6 9,5 50,0
5 TR 68 74,6 75,1 74,1 355,6 355,6 14,3 46,0
6 UIC 60 72,0 72,5 71,5 300,0 80,0 13,0 52,5

PIM-001 – Trilho: 20
GAB-IV – Gabarito para aferição da Assimetria do Trilho

Tabela de Dimensões para o Gabarito GAB-IV


Dimensão de acordo com a Figura GAB-IV
Tipo do Trilho L C H–b
2L / 3 2L / 6 a H
Largura Boleto (b=16mm)

1 TR 37 122,2 81,5 40,7 62,7 29,8 122,2 106,2


2 TR 45 130,2 86,8 43,4 66,1 32,6 142,9 126,9
3 TR 50 136,5 91,0 45,5 68,3 34,1 152,4 136,4
4 TR 57 139,7 93,1 46,6 69,0 35,4 169,3 153,3
5 TR 68 152,4 101,6 50,8 74,6 38,9 185,7 169,7
6 UIC 60 150,0 100,0 50,0 72,0 39,0 172,0 156,0

PIM-001 – Trilho: 21
GAB-V – Gabarito para aferição da Forma da Superfície de
Ajuste da Tala de Junção

Tabela de Dimensões para o Gabarito GAB-V


Dimensão de acordo com a Figura GAB-V
Tipo do Trilho
h

1 TR 37 64,3
2 TR 45 80,2
3 TR 50 83,3
4 TR 57 96,8
5 TR 68 106,4
6 UIC 60 89,5

PIM-001 – Trilho: 22
GAB-VI – Gabarito para aferição da Furação do Trilho

e = Espessura da alma do trilho


td = Tolerância para o Diâmetro do furo
tc = Tolerância para Centragem e posição dos furos
td/c = Tolerância combinada para Diâmetro dos furos e centro dos furos
longitudinalmente.
td/c = 2 (tc + td/2)

PIM-001 – Trilho: 23
Tabela de Dimensões para o Gabarito GAB-VI
Dimensão de acordo com a Figura GAB-VI
Tipo do
d – td/c
Trilho e Z W V1 V2 d d + td d – td
Máx. Mín.

1 TR 37 13,5 54,0 68 140 140 26 26 24 28 24


2 TR 45 14,3 66,5 68 140 140 28 29 27 31 27
3 TR 50 14,3 68,0 68 140 140 28 29 27 31 27
4 TR 57 15,9 73,0 88,5 152 152 28 29 27 31 27
5 TR 68 17,5 78,5 88,5 152 152 28 29 27 31 27
6 UIC 60 16,5 76,3 59,0 170 170 28,6 29,4 27,8 31 27

GAB-VII – Gabarito para aferição da Distância entre o Furo e a Base do Trilho

e = Espessura da alma do trilho


PIM-001 – Trilho: 24
Z = Distância entre o centro dos furos e a base do patim
d = diâmetro do furo
td = Tolerância para o Diâmetro do furo
tc = Tolerância para Centragem e posição dos furos
td/c = Tolerância combinada para Diâmetro dos furos e centro dos furos
longitudinalmente.
td/c = 2 (tc + td/2)
Tabela de Dimensões para o Gabarito GAB-VII

Dimensão de acordo com a Figura GAB-VII


Tipo do Trilho d – td/c
Z e d L 2L / 6
Máx. Mín.

1 TR 37 54,0 13,5 26 122,2 40,7 22 24


2 TR 45 66,5 14,3 28 130,2 43,4 25 27
3 TR 50 68,0 14,3 28 136,5 45,5 25 27
4 TR 57 73,0 15,9 28 139,7 46,6 25 27
5 TR 68 78,5 17,5 28 152,4 50,8 25 27
6 UIC 60 76,3 16,5 28,6 150,0 50,8 31 27

O gabarito é identificado por:


 Tipo do gabarito, de acordo com a Tabela 4.2.1.
 Tipo do Trilho, pelos dois algarismos dele representativos.
Exemplo: GAB-X-57 = Gabarito tipo GAB-X para TR 57.
 Marca do fabricante
 Marca do DNIT
 Data de fabricação

PIM-001 – Trilho: 25
4.2. GABARITO SÉRIE ALTERNATIVA – NBR 12388

Tabela 4.2.1 – Tipo de Gabarito Série Alternativa

Tipo do Gabarito Utilizado para Aferir

1 GAB-X Altura do Trilho

2 GAB-XI Largura do Patim e do Boleto

3 GAB-XII Flange do Patim, Curvatura da Alma e do Boleto

Tabela 4.2.2 – Dimensão dos Gabaritos


Dimensão de acordo com as Figuras dos Gabaritos
Tipo do
H L C
Trilho
Nominal Máximo Mínimo Nominal Máximo Mínimo Nominal Máximo Mínimo

1 TR 37 122,2 123,2 121,7 122,2 123,2 121,2 62,7 63,2 62,2


2 TR 45 142,9 143,9 142,4 130,2 131,2 129,2 66,1 65,6 64,6
3 TR 50 152,4 153,4 151,9 136,5 137,5 135,5 68,3 68,8 67,8
4 TR 57 168,3 169,3 167,8 139,7 140,7 138,7 69,0 69,5 68,5
5 TR 68 185,7 186,7 185,2 152,4 153,4 151,4 74,6 75,1 74,1
6 UIC 60 172,0 172,6 171,4 150,0 151,0 149,0 72,0 72,5 71,5

GAB-X – Gabarito para aferição da Altura do Trilho

PIM-001 – Trilho: 26
GAB-XI – Gabarito para aferição da Largura do patim e Boleto

PIM-001 – Trilho: 27
GAB-XII – Gabarito para aferição do Flange do Patim,
Curvatura da Alma e do Boleto

PIM-001 – Trilho: 28
5. TOLERÂNCIAS
As tolerâncias para as dimensões da seção do trilho são definidas pela NBR 12399 e
estão discriminadas na Tabela 5.1.
Tabela 5.1 – Tolerância dimensional para a seção de trilho
Gabarito Série
Tipo do
Dimensão Tolerância ISO Alternativa
Trilho
NBR 12387 NBR 12388
Até TR 57 ± 0,7
Altura (H) GAB-I GAB-X
TR 68 ± 0,8

Largura (L) Todos ± 1,6 GAB-II GAB-XI

Até TR 57 ± 0,5
Largura do Boleto (C) GAB-III GAB-XI
TR 68 ± 0,8

Assimetria (X) Todos ± 1,6 GAB-IV -

Até TR 50 ± 0,5
Altura da superfície de
TR 57 ± 0,7 GAB-V -
ajuste da Tala de Junção
TR 68 ± 0,8

± 1,0 e –
Espessura da alma Todos - -
0,5

Inclinação do Boleto e do
Todos ± 3,6% GAB-V -
Patim

Outras dimensões Todos =H - -

A tolerância para o comprimento do trilho (NBR 12399) é de:

 Até 18m, inclusive: ±10 mm;

 Maior que 18m:+20 mm e -10 mm

A tolerância do diâmetro do furo do trilho é de ±0,8mm (NBR 12399).

Na massa será admitida uma variação de + 1% e - 2%. Para esta verificação o peso do
trilho será calculado pelo produto do seu comprimento pelo seu peso nominal (peso
específico de 7,85g/cm³).
PIM-001 – Trilho: 29
Quanto ao acabamento na esquadria do topo do trilho (retilineidade das extremidades
verificada por meio de régua com 1,50m), tanto na direção vertical quanto na horizontal,
é admitida uma variação de 0,8mm (NBR 11710).

Figura 5.2 – Retilineidade da Extremidade do Trilho

(dimensões em mm)

O trilho pode apresentar uma curvatura máxima, no plano vertical, de 20mm em 12m
de comprimento, quando colocado sobre uma superfície plana, com boleto para cima.
Para vias férreas de grande velocidade, as tolerâncias podem ser objeto de acordo entre
o DNIT e o fabricante.
Os trilhos deverão estar isentos de quaisquer defeitos, internos e externos, prejudiciais à
sua utilização, tais como: fissuras, rebarbas, nós, materiais estranhos, torção, ondulação

PIM-001 – Trilho: 30
etc. É rigorosamente proibido qualquer processo, a frio ou a quente, utilizado para
encobrir defeitos.
6. INSPEÇÃO E RECEBIMENTO

6.1. INSPEÇÃO

O DNIT, através de seus fiscais ou através de terceiros, devidamente credenciados,


supervisionará a fabricação em todos os seus detalhes e fará todas as verificações,
ensaios e contraensaios, referentes às corridas destinadas à produção de seus trilhos,
bem como executar contraensaios ao seu exclusivo critério.
Deverão ser colocados à disposição do DNIT pelo fabricante todos os meios necessários
à execução das inspeções, sejam de pessoal, material, ferramentas, equipamentos, etc.
O pessoal designado pelo DNIT estará autorizado a executar todos os controles
adicionais para se assegurar a correta observação das condições exigidas na
especificação.
Para esta finalidade, o fabricante nacional deverá informar ao DNIT com pelo menos 10
dias de antecedência, o dia do início previsto de produção e o respectivo cronograma de
produção. Para o fabricante estrangeiro esse prazo não poderá ser inferior a 30 dias.
No caso de corrida contínua, o fornecedor deverá informar ao DNIT, o local de onde
serão retiradas as amostras.
Todas as despesas decorrentes de ensaios e testes laboratoriais e outros que o DNIT
julgar necessário correrá por conta do fabricante, sem ônus para o DNIT.
Deverá ser fornecida ao DNIT, também sem ônus, sob forma de certificado, uma via
original de todos os resultados das verificações, dos ensaios e contra-ensaios.

6.2. AMOSTRAGEM
De um dos três primeiros lingotes, de um dos três médios lingotes e de um dos três
últimos lingotes cheios, de cada corrida de aço, é retirada, da extremidade do Trilho A
(topo do lingote), uma amostra de 1,30 m de comprimento mínimo, para os fins de
verificação da composição química e resistência ao choque.
De todos os lingotes, de cada corrida, é retirada uma amostra da extremidade do Trilho
A (topo do lingote), com o mínimo de 200 mm, para fins de verificação das condições
internas.
Da extremidade do último Trilho (base do lingote), de um dos três lingotes do meio de
cada corrida de aço, é retirada uma amostra de 400mm, para fins de verificação dos
limites de resistência e alongamento, dureza Brinell e defeitos internos.

PIM-001 – Trilho: 31
No caso de corrida contínua, o ensaio de entalhe e fratura é de no mínimo, um para 500
t de aço, e, no máximo, de um para 50 t de aço.

A realização do ensaio macrográfico dispensa a realização do ensaio de entalhe e


fratura e é realizado quando o DNIT especificar no pedido o número de verificações a
serem procedidas, que será, no mínimo, de uma no Trilho A para 500 t de aço, e, no
máximo, de uma no Trilho A e outra no Trilho da base do lingote para corridas de 100 t
de aço.

O corpo de prova para o ensaio de tração é extraído do boleto do Trilho.

PIM-001 – Trilho: 32
6.3. VERIFICAÇÕES
Deverão ser executadas, sob a coordenação e acompanhamento do pessoal designado
pelo DNIT, tanto para o aço processado através de lingotamento como através de
corrida contínua, as seguintes verificações:
1. Propriedades Mecânicas;
2. Composição Química;
3. Marcação;
4. Dimensional;
5. Massa;
6. Aspecto;
7. Ultrassom;
8. Dureza;
9. Tração e Alongamento;
10. Resistência ao Choque;
11. Condições Internas.

6.4. PROPRIEDADES MECÂNICAS


As propriedades mecânicas e a composição química do material devem ser definidas
junto com a especificação técnica do trilho e deverão ser verificadas, para cada corrida,
durante a fabricação e inspeção para recebimento.
Exemplo:
Propriedades Mecânicas Mínimo
Resistência à Tração 965 MPa
Dureza Brinell 300 HB
Tensão Mínima de Escoamento 483 MPa
Alongamento 9,00%

Quando um ensaio de tração não atender a especificação, efetuam-se dois novos


ensaios, com amostras extraídas do pé do mesmo Trilho de base da mesma corrida. Se
no contra-ensaio um dos resultados não atender a especificação efetuam-se dois novos
ensaios, com amostras extraídas da cabeça dos Trilhos de base.
No caso de lingotes, quando uma amostra submetida ao ensaio de choque não atender
a especificação, nova amostra, retirada sobre o mesmo Trilho, a uma distância
correspondente ao menos a 300 kg de metal, de amostra inicialmente ensaiada, é
submetida a novo ensaio de choque. Quando uma amostra não atender a especificação,
PIM-001 – Trilho: 33
nova série de três amostras, retiradas dos mesmos Trilhos A, ou dos mesmos Trilhos B,
observada uma distância mínima das anteriores correspondente a 300 kg de metal, são
ensaiados.
Se no contra-ensaio uma das amostras não atender a especificação, uma nova série de
três amostras, retiradas dos Trilhos B ou dos Trilhos C, dos mesmos lingotes,
observadas a mesma distância, são ensaiadas.
Se o resultado de ensaio de entalhe e fratura não atender a especificação, uma nova
amostra, extraída do mesmo Trilho e a uma distância mínima da amostra anterior de 300
kg de metal, é submetida a um novo ensaio de entalhe e fratura.
No caso de realização de um ensaio de tração para uma corrida não há necessidade de
verificação da dureza Brinell para essa corrida.

6.5. COMPOSIÇÃO QUÍMICA


Exemplo:

Composição Química (%)

C – Carbono Mn - Manganês Si - Silício P - Fósforo S - Enxofre


Min. Máx. Min. Máx. Min. Máx. Máximo Máximo

0,72 0,82 0,80 1,10 0,10 0,60 0,035 0,035

O teor de Hidrogênio deverá ser, no máximo, igual a 2,0 ppm.


O teor máximo de Oxigênio, medido no boleto do trilho é de 20ppm.
O fabricante deve entregar ao DNIT, sob forma de certificado, os resultados dos seus
ensaios de composição química, na proporção prevista.
O DNIT pode exigir a realização, sempre que julgar necessário, de análise confirmatória
da composição química, a razão de uma análise por 20 corridas menor ou igual a 150 t e
todas as 10 corridas, para corridas maiores de 150 t.
Quando for constatado, após a verificação, que um resultado da análise química de
controle sobre o lingote-teste não atende a especificação, são realizados, em laboratório
duas novas verificações (contra-ensaio), sendo as amostras retiradas de dois trilhos de
corrida correspondente ao referido lingote-teste. Quando um dos contra-ensaios não
atender a especificação o DNIT pode efetuar novas análises.

6.6. MARCAÇÃO DO TRILHO


A marcação do trilho é efetuada conforme NBR 12326 (pág. 6)

PIM-001 – Trilho: 34
6.7. VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL
Deverá ser feita pelo fabricante a verificação dimensional em 100% dos trilhos e o DNIT
fará a inspeção em uma amostragem de no mínimo 5%.

6.7.1. VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL – COMPRIMENTO


O comprimento das barras será definido pelo DNIT por ocasião da compra.
O alinhamento deverá ser a frio, gradual e sem impactos. No caso do uso de máquinas a
rolos, o trilho não deverá passar mais de uma vez em cada sentido no desempeno e a
marcação será protegida da ação dos rolos.
Para estabelecer o comprimento final e dar ao trilho o devido esquadro e acabamento,
suas extremidades serão cortadas a frio, com serra, disco abrasivo ou fresadas.
Os trilhos serão fornecidos em seu comprimento nominal, quando medidos à
temperatura de 20o C, sem furos de qualquer espécie.
No comprimento nominal da barra do trilho, será tolerado, um percentual de todo o
pedido que tenha comprimento inferior, dede que a variação seja múltipla de 30 cm
(trinta) e observe a seguintes faixas, que são função do comprimento nominal da barra
do trilho, ou seja:
- Para barras de 12 m: até 11% do pedido em comprimento de 11,7 a 7,8 metros;
- Para barras de 18 m: até 11% do pedido em comprimento de 17,7 a 12,0 metros;
- Para barras de 24 m: até 15% do pedido em comprimento de 23,7 a 18,0 metros;
- Para barras de 36 m: até 15% do pedido em comprimento de 35,7 a 30,0 metros.

6.7.2. VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL – SEÇÃO DO TRILHO


Devem ser observados os valores expressos na Tabela 5.1 (pág. 26)

6.7.3. VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL – ACABAMENTO


Devem ser observados os valores expressos na Tabela 5.2 (pág. 27)

6.7.4. VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL – FURAÇÃO


Devem ser observados os valores expressos na Tabela 3.1 (pág. 13)

6.7.5. VERIFICAÇÃO DE MASSA


A verificação de massa será realizada em 0,2% dos trilhos.

PIM-001 – Trilho: 35
Caso um trilho se encontre fora dos limites, o mesmo será rejeitado e serão verificados
todos os trilhos da respectiva corrida.
Na massa será admitida uma variação de + 1% e - 2%.
Para esta verificação o peso do trilho será calculado pelo produto do seu comprimento
(em metros) pelo seu peso nominal (peso específico de 7,85 g/cm3).

Perfil Peso Nominal Perfil Peso Nominal

TR 37 37,1 kg/m TR 45 44,64 kg/m

TR 50 50,35 kg/m TR 57 56,90 kg/m

UIC 60 60,34 kg/m TR 68 67,56 kg/m

6.8. VERIFICAÇÃO DE ASPECTO


A verificação do aspecto será realizada em 100% dos trilhos.
Os trilhos deverão estar isentos de:
 Qualquer defeito, interno ou externo, prejudicial à sua utilização;
 Fissuras;
 Torção;
 Ondulação;
 Nós;
 Marcas a quente tais como cisalhamento (corte), marcas de desbaste, buracos,
arranhões maiores que 0,50mm de profundidade ou que 1,50mm de largura;
 Arranhões a frio excedendo a 900mm de comprimento ou 0,20mm de
profundidade;
 Qualquer protuberância na alma devido a excesso de material, maior que 1,50mm
e com área superior a 12,50mm2;
 Excesso de material no boleto ou no patim.
É proibida a utilização de qualquer processo, a frio ou a quente, para encobrir defeitos.
A superfície frontal do trilho deve ser plana, lisa e sem defeito. A rebarba deixada pelo
corte deve ser retirada.
O boleto deve ser liso e retilíneo.

PIM-001 – Trilho: 36
6.9. VERIFICAÇÃO DE ULTRASSOM
A verificação de ultrassom será realizada em 100% dos trilhos.
O trilho deve ser testado com ultrassom quando a temperatura estiver abaixo de 65ºC
para verificar as condições internas. Todo o comprimento do trilho deve ser testado
utilizando um equipamento de teste de ultrassom em linha.
O trilho deve estar livre de superfícies ásperas, ferrugem ou material estranho que
possam interferir na detecção de defeitos através da ultrassonografia.
O nível de sensibilidade, do sistema de teste em linha, deve ser ajustado para detectar
um defeito de no mínimo 2mm de diâmetro em qualquer parte do boleto, no mínimo
1mm de diâmetro na alma e imperfeições longitudinais que ocorram no patim maiores
que 12mm de comprimento e maiores que 1mm de profundidade.
O trilho rejeitado pelo aparelho de ultrassom de linha poderá ser testado novamente por
aparelho manual de ultrassom mantendo-se os mesmos limites.
O aparelho de ultrassom deve ser calibrado a cada intervalo de 8 horas de operação, a
cada mudança de seção, a cada turno ou sempre que indicar mau funcionamento.

6.10. ENSAIO DE DUREZA


O trilho deve ter dureza superficial mínima HB (dureza Brinell) igual ou superior à
especificação técnica do material.
O teste de dureza conforme norma ASTM E10 e deverá ser feito em um pedaço de trilho
de comprimento mínimo de 150 mm para cada corrida de laminação.
O teste de dureza deverá ser feito no topo ou na lateral do boleto, após a retirada de
material carbonizado, para permitir uma determinação acurada da dureza.
Se algumas das medidas de dureza não atingir o valor especificado, duas outras
medidas adicionais podem ser tomadas, desde que próximas ao primeiro ponto medido.
Se estas duas medidas atingirem o valor especificado, a corrida é aceita; caso uma
delas não atinja a dureza especificada, dois novos pedaços de trilhos deverão ser
obtidos da mesma corrida e o teste de dureza efetuado em cada um deles. A corrida só
será aprovada se estas duas últimas medidas de dureza alcançar a especificada.

6.11. ENSAIO DE TRAÇÃO E ALONGAMENTO


Será retirada uma amostra de 400 mm da extremidade do último trilho (base do lingote),
de um dos três lingotes do meio de cada corrida.
O ensaio será realizado em corpo de prova extraído do boleto do trilho, de acordo com
as especificações contidas na norma NBR-6152 da ABNT.

PIM-001 – Trilho: 37
A resistência à tração obtida nos teste e ensaios deverá ser no mínimo igual ou superior
àquela especificada pelo DNIT. O alongamento mínimo de 8%.
Caso os ensaios de tração e/ou alongamento não atendam ao especificado, efetuar-se-
ão dois novos ensaios, com amostras extraídas do pé do mesmo trilho ou do pé de
outros trilhos da base de lingotes da mesma corrida.
Se nos contra-ensaios, conforme acima citado, um dos resultados não atenderem ao
especificado, efetuam-se dois outros novos com amostras extraídas da cabeça das
barras da base do lingote acima referidas; caso um dos resultados não atenda ao
especificado, todas as barras da base dos lingotes da corrida serão rejeitadas.

6.12. ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO CHOQUE


Serão ensaiadas as amostras obtidas da extremidade dos trilhos do topo do lingote de
um dos três primeiros, dos três médios e dos três últimos lingotes de cada corrida.
Os ensaios serão realizados de acordo com as especificações contidas na norma NBR-
7700 da ABNT.
O trilho terá que resistir ao choque sem romper e sem apresentar fissuras.
Caso uma das três amostras submetidas ao ensaio de choque não atenda ao
especificado, todos os trilhos de topo de lingote da mesma corrida serão rejeitados e
uma nova série de três amostras dos trilhos subseqüentes correspondentes serão
ensaiados; caso uma das três novas amostras submetidas ao novo contra-ensaio não
atenda ao especificado, toda a corrida será rejeitada.

6.13. CONDIÇÕES INTERNAS


Serão ensaiadas as amostras obtidas de no mínimo 200 mm da extremidade do trilho
obtido do topo de todos os lingotes da cada corrida.
O ensaio será de acordo com as especificações contidas na norma NBR-7701 da ABNT.
A seção fraturada do trilho não poderá apresentar defeitos visíveis.
Para cada um dos resultados dos ensaios que não atenda ao especificado, as
extremidades dos boletos de todos os trilhos do topo de todos os lingotes da respectiva
corrida serão submetidos à contra-ensaios.
Caso um dos resultados dos contra-ensaios não atenda ao especificado, as
extremidades dos boletos de todos os trilhos subseqüentes da respectiva corrida serão
submetidos a dois novos ensaios; caso um destes novos resultados não atenda ao
especificado toda corrida será recusada.

PIM-001 – Trilho: 38
7. LIBERAÇÃO PARA EMBARQUE
A liberação para embarque dos trilhos dar-se-á após a execução de todas as
verificações, ensaios e contra-ensaios sob a supervisão e fiscalização do DNIT, e a
correspondente emissão de Termo de Liberação de Inspeção.

8. CARREGAMENTO E TRANSPORTE
Os trilhos deverão ser carregados e transportados em amarrados de modo que cheguem
ao local de entrega em perfeitas condições. O proponente poderá sugerir,
opcionalmente, outro tipo de embalagem, desde que, então, explicite detalhadamente
em sua proposta o tipo de amarrado ou embalagem a ser utilizada, para que o mesmo
possa ser analisado e, se for o caso, aprovado pelo DNIT.

9. LOCAL DE ENTREGA
O local de entrega é o estipulado pelo DNIT no Contrato de fornecimento.

10. TERMO DE ACEITAÇÃO PROVISÓRIA


Após a chegada dos trilhos nas dependências do DNIT, o mesmo, será vistoriado e, se o
DNIT julgar necessário, serão realizadas verificações de qualquer ordem. Caso esteja
tudo em ordem, inclusive a parte quantitativa, o DNIT emitirá o Termo de Aceitação
Provisória.

11. GARANTIA
Todas as barras de trilho serão garantidas individualmente até, no mínimo, 31 de
dezembro do ano N+5, sendo o ano marcado na barra, contra todo e qualquer defeito
imputável à sua fabricação e não detectado pelo DNIT no recebimento.
Se durante a garantia alguma barra de trilho romper ou apresentar defeito de fabricação,
pela qual seja retirada do serviço, será colocado à disposição do fabricante mediante
notificação por escrito para fins de verificação.
Caso não haja acordo entre o DNIT e o fabricante, prevalecerá o parecer emitido por
instituição governamental ou privado de teste do material, escolhida de comum acordo
entre as partes.
O DNIT poderá optar entre a substituição da barra de trilho comprovadamente com
defeito de fabricação por outra nova posta no mesmo local, ou por uma indenização em
valor equivalente ao de uma nova na data de substituição, mais as despesas
decorrentes para ser colocada no mesmo local.

PIM-001 – Trilho: 39
As barras de trilho substituídas pelo fabricante, não sendo retiradas no prazo de 30 dias
a contar da data da substituição, passam a ser de propriedade do DNIT, que delas
poderá dispor a seu exclusivo critério, sem qualquer tipo de ônus.

12. ACEITAÇÃO
Serão aceitos somente os trilhos que atenderem totalmente a Especificação Técnica
constante no Termo de Referência do Edital.

13. TRANSPORTE E ESTOCAGEM

13.1. CARGA E DESCARGA


A carga e descarga dos trilhos devem ser efetuadas através de equipamentos
apropriados para suportarem o peso da carga e adaptados para a função a que se
destinam.
Para o içamento do trilho ou feixe (amarrado) de trilhos deve-se ter o cuidado para que
os mesmos não sofram deformações.
A responsabilidade pela carga e descarga e empilhamento do material é exclusiva do
transportador, cabendo ao responsável pelo almoxarifado do DNIT a conferência pelas
quantidades entregues e verificação da existência de possíveis danos ocorridos durante
a carga, transporte e/ou descarga.
Na ocorrência de danos no material, este pode ser recusado pelo responsável pelo
recebimento, lavrando no ato um Termo de Não Recebimento de Material, onde será
discriminado a quantidade e motivo do não aceite.

13.2. ESTOCAGEM
A área para estocagem deve ser totalmente limpa (sem vegetação), plana e ampla o
suficientemente grande para permitir a movimentação livre dos equipamentos e
empilhamento dos trilhos.
É importante que o responsável pelo almoxarifado conheça bem a área de estocagem
para que este possa orientar o transportador quanto aos acessos e locais de
empilhamento dos trilhos.
Os trilhos deverão ser empilhados e apoiados em berços de madeira em espaçamento
suficiente para que não sofram deformações. Os berços de madeira podem ser feitos de
‘provoque recalques que podem ocasionar deformações e contato do trilho com o solo.

PIM-001 – Trilho: 40
14. NORMAS TÉCNICAS ABNT

TB 06.100.02.2002 – Título: Trilho


Data de Publicação: 12/2002
Objetivo: Estabelece condições e características exigidas para fabricação,
fornecimento, recebimento e aceitação de trilhos.
NBR7650 - Título: Trilho - Terminologia
Data de Publicação: 30/11/1982
Objetivo: Define termos empregados em trilhos para via férrea.
NBR11710 – Título: Trilho "Vignole" - Especificação
Data de Publicação: 01/01/1979
Objetivo: Fixa condições exigíveis para o trilho "Vignole" de aço-carbono não tratado,
laminado e produzido por lingotamento, contínuo ou não, destinado à via férrea.
NBR7590 - Título: Trilho "Vignole" - Classificação
Data de Publicação: 01/08/1991
Objetivo: Classifica trilho "Vignole" para via férrea.
NBR12320 – Título: Trilho "Vignole" - Forma e dimensão
Data de Publicação: 01/01/1979
Objetivo: Padroniza dimensões do trilho 'vignole' para via férrea.

NBR12399 – Título: Trilho "Vignole" - Tolerâncias dimensionais


Data de Publicação: 01/01/1979
Objetivo: Padroniza tolerâncias dimensionais para trilho destinado à via férrea.
NBR12398 - Título: Trilho "Vignole" e tala de junção - Furação
Data de Publicação: 01/01/1979
Objetivo: Padroniza furação para trilho "Vignole" e sua respectiva tala de junção, para
via férrea.
NBR12326 – Título: Trilho - Marcação
Data de Publicação: 01/01/1978
Objetivo: Padroniza marcação de trilho "Vignole" para via férrea.
NBR12387 - Título: Trilho "Vignole" - Gabarito - Série ISO
Data de Publicação: 01/01/1979
Objetivo: Padroniza gabarito para verificação de forma e de dimensão de trilho
"Vignole".
NBR12388 – Título: Trilho "Vignole" - Gabarito - Série alternativa
Data de Publicação: 01/01/1979
Objetivo: Padroniza gabarito para verificação de forma e de dimensão de trilho
"Vignole".

PIM-001 – Trilho: 41
Modelo de Ficha para Inspeção de

Trilho
DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTURA TERRESTRE
PIM - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE MATERIAL
FICHA DE INSPEÇÃO DE TRILHO – 1 / 2

Processo: Edital:

Contratada:

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

Trilho Tipo TR- Qualidade do Aço:

Processo de Fabricação: [ ] Siemens-Martin [ ] Conversor à Oxigênio

Comprimento das Barras: m Gabarito: [ ] Série ISO [ ] Série Alternativa

Composição Química (%)

C – Carbono Mn - Manganês Si - Silício P - Fósforo S - Enxofre


Min. Máx. Min. Máx. Min. Máx. Máximo Máximo

- - -

Identificação da Corrida do Aço:

Propriedades Mecânicas Mínimo Medição

Resistência à Tração Mpa Mpa

Dureza Brinell HB HB

Tensão de Escoamento Mpa Mpa

Alongamento % %

Comprimento do Trilho Tolerância Comprimento Medição

Até 18m (inclusive) ± 10mm

Maior que 18m + 20mm e - 10mm

Marcação Alto Relevo [ ] Atende [ ] Não Atende


do Trilho Baixo Relevo [ ] Atende [ ] Não Atende

Medida do Medida do Medida


Furação do Diâmetro do Tolerância do
Furo à Base Furo ao entre Furos
Trilho Furo (D) Furo (D)
(Z) Topo (W) (V)
Dimensões
± 8mm
Medição
DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTURA TERRESTRE
PIM - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE MATERIAL
FICHA DE INSPEÇÃO DE TRILHO – 2 / 2

Processo: Edital:

Contratada:

Nominal Tolerância Medição


Massa
kg/m + 1% e -2% kg/m

Plano Tolerância Medição


Acabamento Vertical Flecha ≤ 0,8mm
na Esquadria Vertical Derivação = 0
Horizontal Flecha ≤ 0,8mm

Dimensões Trilho Tolerância Nominal Medição

Até TR-57 ± 0,7mm


Altura do Trilho (H)
TR-68 ± 0,8mm

Largura do Patim (L) Todos ± 1,6mm

Até TR-57 ± 0,5mm


Largura do Boleto (C)
TR-68 ± 0,8mm

Assimetria (X) Todos ± 1,6mm

Até TR-50 ± 0,5mm


Altura da Superfície de
TR-57 ± 0,7mm
ajuste da Tala de Junção
TR-68 ± 0,8mm
+ 1,0mm
Espessura da Alma Todos
– 0,5mm
Inclinação do Boleto e
Todos ± 3,6%
do Patim

Ensaio de Ultrassom [ ] Atende [ ] Não Atende


Ensaio de Tração e Alongamento [ ] Atende [ ] Não Atende
Verificação de Aspecto : Fissuras [ ] Atende [ ] Não Atende
Verificação de Aspecto : Ondulação [ ] Atende [ ] Não Atende
Verificação de Aspecto : Marcas de Desbaste [ ] Atende [ ] Não Atende
Verificação de Aspecto : Arranhões [ ] Atende [ ] Não Atende
Verificação de Aspecto : Excesso de Material
[ ] Atende [ ] Não Atende
na Alma, no Boleto ou no Patim

Data e Identificação do Responsável:

Você também pode gostar