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HÁ 82 ANOS, NAZISTAS COMEÇAVAM SEU PROGRAMA DE


REPRODUÇÃO HUMANA
O Lebensborn tentou criar gente 'ariana' como se cria um cachorro de raça - e
arrancou crianças dos braços de seus pais para encontrar os genes 'desejáveis'
terça 12 dezembro, 2017



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VÍDEOS
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 Crianças que nasceram como resultado do horrível programa Foto:Reprodução / lebensborn.com

O
nome era A Fonte da Vida - Lebensborn. E a ideia era produzir uma "raça"
ideal pelo mesmo método de um criador de cachorros. Na grande criação de
gente dos nazistas, no lugar de "buldogues", entravam "arianos".

Padrão ariano
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O programa foi desenvolvido em 1935 pelo segundo no comando Heinrich Himmler. Aproveite a coleção de Fila com até 60% OFF!
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Inicialmente o projeto "selecionava" e encorajava mulheres a ter relações sexuais
com oficiais da SS. Essas mulheres davam a luz em maternidades construídas
especificamente para o programa e, caso não quisessem ficar com as crianças, o
MAIS LIDAS
projeto mediava a adoção por pais "racialmente puros e saudáveis" –
particularmente os membros da SS e suas famílias. Mães solteiras também podiam
entrar e doar, caso fossem classificadas como "racialmente valiosas".

Há 82 anos, nazistas começavam seu


1 repugnante programa de ...
Os quatro milênios da Babilônia
2

Uma tempestade chamada Pagu


3

Inquisição: A fé e fogo
4

Marginália: As alucinadas ilustrações


5 dos livros medievais

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Wikimedia Commons

Uma das maternidades do programa

Como raças de cachorro tem seus padrões estipulados pelos kennel clubs, nazistas
tinham o seu padrão ideal. O que não é preciso muita imaginação para saber qual:
os membros do programa (ou seus pais) deviam ser altos, brancos, musculosos, de
olhos azuis e cabelos loiros.

Getty Images

Sequestro
Acima, Himmler cumprimenta o patrão. Note como - obviamente ninguém levantaria
essa questão então - os alemães nem sempre atendiam às especificações do
pedigree favorito dos nazistas. Por isso os nazistas não se contentaram com o
estoque genético local. Foram buscar fora as características que queriam.

Em 1939, começaram a arrancar crianças de seus pais. O alvo principal era a


Iugoslávia e Polônia, mas também a Rússia, Ucrânia, Checoslováquia, Romênia,
Estônia, Letônia. A nórdica Noruega não ficou de fora. Eslavos eram vistos como
naturalmente inferiores pelos nazistas, mas eles acreditavam ser capazes de
identificar os "arianos" entre eles - afinal, o maior "filósofo" do nazismo, Alfred
Rosenberg, era estoniano, só parcialmente alemão.

De acordo com os documentos da Lebensborn, a justificativa dada por Himmler


pelos sequestros foi que "É nosso deve tirar as crianças de seu ambiente e levá-las
conosco. Ou ganhamos um sangue bom para usar para nós mesmos e damos um
lugar para ele em nosso povo, ou o destruímos". Isto é, era melhor poupar os
conquistados com valor genético do destino do resto de sua civilização, a
aniquilação.

Chegando na Alemanha, essas crianças passavam por testes onde eram dividas em
três grupos: as desejáveis e aceitáveis, que seriam futuramente mescladas à
população alemã.

E as indesejáveis.

A captura de uma criança em Zamość, Polônia

Crianças rejeitadas eram executadas imediatamente por injeções letais ou gás - o


mesmo método usado para se livrar dos deficientes mentais e físicos. Ou enviadas a
trabalhar até a morte em campos de extermínio.

As aceitas, se entre 2 e 6 anos, eram colocadas para adoção por famílias de


voluntários do programa. As mais velhas eram mandadas para internatos alemães.
Elas recebiam um nome em alemão e eram forçadas a apagar da mente sua língua,
cultura e origem.

Uma das crianças no segundo grupo foi Erika Matko, que chegou aos 9 meses de
idade da Eslovênia e foi transformada em Ingrid von Oelhafen. Aos 58 anos,
descobriu a farsa de sua adoção e começou uma caçada pelos documentos que
indicavam sua origem. Matko contou toda a sua trajetória no livro As Crianças
Esquecidas de Hitler. Veja um trecho de seu depoimento:

A dor e sofrimento que reprimi a vida inteira vieram á tona. Eu estava com raiva de
todas as pessoas envolvidas na minha história. Raiva de Hitler e Himmler pela
ordem de me raptar e me negar o amor de minha família; raiva de Inge Viermetz e
dos oficiais de Lebensborn por esconder minha verdadeira identidade e me
reinventar como uma criança alemã. Eu tinha ódio do que os nazistas fizeram
comigo e com todas as vítimas de sua obsessão pelo sangue puro e pela raça
ariana dominante.

Ingrid von Oelhafen

Fim do programa
Não se sabe quantas crianças foram sequestradas. Ao perceberem que iriam
perder, os nazistas trataram de queimar os arquivos.

Estimativas feitas pelo governo polonês sugerem que 10 mil crianças foram tomadas
e menos de 15% devolvidas a suas famílias biológicas. Já estimativas feitas pelo
historiador australiano Dirk Moses sugerem que esse número é o dobro. A maioria
dessas crianças não teve a (duvidosa) sorte de Matko em descobrir seu passado.

Quanto às mulheres que participaram do programa, foram escorraçadas pela


sociedade. Tinham o cabelo raspado, as roupas rasgadas, foram espancadas e
desfiladas pela cidade - por uma população que, dias antes, ainda jurava fidelidade
ao Fuhrer. Certamente alguns deles ainda cuidando de crianças tomadas de longe.

Saiba mais
As Crianças Esquecidas de Hitler, Ingrid von Oelhafen e Tim Tate, 2017.

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Thiago Lincolins
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