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Aula 00

Business Intelligence para Concursos - Curso Regular


Professor: Thiago Rodrigues Cavalcanti
Introdução à BI
Prof. Thiago Rodrigues Cavalcanti Aula 00

AULA 00: Conceitos básicos de Business


Intelligence

Sumário
Apresentação do professor ........................................................................................................... 1
Motivação para o curso .................................................................................................................. 2
Cronograma ........................................................................................................................................ 3
Sistemas de suporte à decisão (DSS) e Inteligência de negócio (BI) ......................... 4
1. Conceitos básicos ............................................................................................................. 4
2. Fundamentos de Gestão do Conhecimento............................................................ 5
3. Fundamentos de Inteligência Competitiva (CI).................................................. 10
4. Business Intelligence .................................................................................................... 12
4.1. Componentes de um sistema de Business Intelligence (BI) ..................... 13
Considerações finais ...................................................................................................................... 16
Referências ....................................................................................................................................... 16

Apresentação do professor
Olá senhoras e senhores! Hoje começamos mais um curso relacionado a
Banco de dados. É um prazer imenso fazer parte desta equipe de professores do
Estratégia Concursos e ter a oportunidade de apresentar um pouco do meu
conhecimento e experiência em concursos públicos! Gostaria, antes de começar
de fato o conteúdo teórico desta aula, de me apresentar de forma rápida. Creio
que seja importante para nos conhecermos.

Meu nome é Thiago, sou casado, tenho um filho de quatro anos. Sou
cristão. Frequento a IPN – Igreja Presbiteriana Nacional. Sou formado em
Ciência da Computação pela UFPE. Tenho mestrado em engenharia de software
na mesma faculdade. Frequento academia para manter a forma, mas meu hobby
mesmo é pedalar! Decidi vender o carro e viver num desafio intermodal de
transporte. Vou para o trabalho de bike sempre que possível!
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Onde eu trabalho? No Banco Central do Brasil! Fruto de uma trajetória de


dois anos de estudos diários. Aposentei as canetas em 2010. Trabalho com
análise e modelagem de dados. Já passei pelo desenvolvimento de software,
mas, desde 2014, estou em uma nova área dentro do Departamento de
Informática (Deinf). Depois eu posso contar como está estruturado o Deinf de
uma das principais autarquias da administração pública federal.

Minha mais recente experiência com dados, seja na administração ou


modelagem, é parte de uma estratégia profissional de alinhar meu trabalho
diário como servidor público com minha carreira paralela de professor de Banco
de Dados (BD) e Bussiness Inteligence (BI). A ideia é conseguir me especializar
cada vez mais no tema, nesta nova carreira dentro da TI, que o mercado está
denominando de cientista dos dados.
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Entrei no universo de concurso há alguns anos. Desde 2012 tenho me


dedicado especificamente a área de BD e BI. Tenho experiência em cursos
presencias aqui em Brasília e em diversas partes do Brasil, bem como tenho
gravado sistematicamente aulas on-line. É com essa bagagem que eu me
apresento aos senhores como professor. A ideia é desenvolver um material
completo, recheado de questões e com dicas exclusivas para ajudar você no seu
objetivo: ser aprovado!

Motivação para o curso


Esse é um curso regular de Business Intellingence (BI). Nosso objetivo é
apresentar o conteúdo referente ao assunto de BI que está quase sempre
presente em provas de concursos públicos de TI. Esse curso vem suprir também
a necessidade de diversos concurseiros que não tem o material para o seu
concurso específico disponível no site do Estratégia.

Para atender a essas demandas resolvemos dividir os cursos de banco de


dados em quatro módulo. Este que você está lendo trata do quarto módulo. Um
primeiro módulo trata da parte introdutória do assunto. O segundo módulo
apresenta a parte avançada de banco de dados. No terceiro curso temos como
ementa os assuntos relacionados aos SGBDs específicos. Por fim, o quarto e
último vai tratar do conteúdo de Business Intelligence e Big Data.

Teremos muito trabalho pela frente. Por isso, montamos um curso teórico
em PDF, baseado nas mais diversas bancas, apresentando o conteúdo
observando as variadas formas de cobrança do mesmo pelas bancas
examinadoras.

Teremos ainda videoaulas que apresentam o conteúdo teórico de forma


detalhada para algumas partes da matéria. Existe uma força tarefa para
gravação de todo o assunto, mas não temos como garantir o término deste
trabalho até a data de publicação das aulas. Mas não se preocupe, nosso
objetivo é garantir que você tenha capacidade e conhecimento para ser
aprovado. Logo, todo conteúdo necessário para a prova estará presente nos
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PDFs.

Vamos juntos?

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Observação importante: este curso é protegido por direitos


autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá
outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e


prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o
trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente
através do site Estratégia Concursos ;-)

Observação importante II: todo o conteúdo deste curso


encontra-se completo em nossos textos escritos. As
videoaulas, caso existam, visam reforçar o aprendizado,
especialmente para aqueles que possuem maior facilidade de
aprendizado com vídeos e/ou querem ter mais uma opção
para o aprendizado.

Cronograma
Para proporcionar uma visão geral do assunto e fornecer uma linha de ação
para o estudo da matéria dividimos o curso em cinco aulas, sendo esta a aula
00. A aula engloba a parte introdutória da matéria de business intelligence,
incluindo conceitos de suporte a decisão. As demais aulas, seguindo a ementa do
curso, são apresentadas abaixo e estão distribuídas como se segue:

EMENTA DO CURSO: Conceitos básicos, Data warehouse, ETL, OLAP e Data


Mining, Big Data, NoSQL e Hadoop. Gestão de conteúdo (ECM) e qualidade de
dados
Pois bem, e como serão distribuídas as nossas aulas?
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Aula 00 – Conceitos básicos

Aula 01 – Data warehouse, ETL

Aula 02 – OLAP e Data Mining

Aula 03 – Big Data, NoSQL e Hadoop

Aula 04 – Gestão de conteúdo (ECM) e qualidade de dados

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Observação importante III: o conteúdo deste curso não


abrange todo o edital de um concurso de Tecnologia da
Informação, apenas os itens elencados no conteúdo do curso.
Haverá outros cursos ministrados pelos Professores Fábio
Alves, André Castro, Victor Dalton e Diego Carvalho, também
no Estratégia Concursos, que devem abranger as outras partes
do edital.

Definido o cronograma, vamos partir para o conteúdo da nossa aula


demonstrativa.

Sistemas de suporte à decisão (DSS) e


Inteligência de negócio (BI)
Começamos aqui um conjunto de aulas a respeito de Business Intelligence
(BI) ou Sistemas de suporte à decisão. A literatura especializada trata esses dois
termos de forma bem semelhante, eles estão associados a um conjunto de
buzzwords ou jargões que estão na moda. Mas será que eles entregam algum
valor? Como os elementos que fazem parte destas estruturas se relacionam? O
objetivo desta nossa aula é fazer uma introdução, apresentando os termos
técnicos associados ao assunto e seus conceitos.

Esta aula lida com um conjunto de tecnologias que dão suporte as


decisões gerenciais por meio de informações internas e externas às
organizações. Essas tecnologias tem um profundo impacto na estratégia
corporativa, na performance e na competitividade. Esse conjunto de
tecnologias é coletivamente conhecido como BUSINESS INTELLIGENCE (BI).

Observem a figura abaixo. Ela nos mostra uma gama de elementos que
está associada ao conceito de BI.
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1. Conceitos básicos

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À medida que subimos no nível de decisão das organizações, as decisões


carregam consigo um grande escopo de influência e impacto financeiro. Isso nos
incentiva a tomar a decisão correta. Neste momento surge a necessidade de
sistemas de informação para assistir ou auxiliar os tomadores de decisões. Esses
sistemas foram inicialmente chamados de Sistemas de Suporte a Decisão
(DSS).

O termo DDS, propriamente dito, tem sido utilizado cada vez menos, tanto
em livros e revistas quanto na internet. Atualmente, podemos dizer que esse
conceito foi modernizado e esses sistemas são denominados de Sistemas de
Business Intelligence (BI).

BI é um conceito empregado a ferramentas, tecnologias e metodologias,


que tem como objetivo fornecer informações estratégicas, que apoiam a tomada
de decisão. O termo Business Intelligence foi cunhado por Howard Dresner em
1989, e foi descrito como "conceitos e métodos para melhorar a tomada de
decisão de negócio utilizando sistemas de suporte baseados em fatos".
Simplificando: BI é transformar dados em informações úteis (conhecimento).

Vejamos outra definição de BI: “Um conjunto de conceitos, métodos e


recursos tecnológicos que habilitam a obtenção e distribuição de informações
geradas a partir de dados operacionais, históricos e externos, visando
proporcionar subsídios para a tomada de decisões gerenciais e estratégicas”.

Alguns conhecimentos estão relacionados a BI e não aparecem na figura


apresentada anteriormente. O autor Carlos Barbieri cita em seu livro a gestão do
conhecimento (KM), a inteligência competitiva (CI) e o BSC: Balanced
ScoreCard. Ele considerar esses conceitos correlatos de BI. Neste curso nos
optamos por apresenta-los primeiro. Vamos falar de KM e CI.

2. Fundamentos de Gestão do
Conhecimento
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Veremos nas próximas páginas fazer uma introdução ao assunto de gestão


do conhecimento. Esse assunto faz parte da motivação dos sistemas de
inteligência que veremos em seguida.

Dado, informação, conhecimento e inteligência.

“São múltiplos os desafios de um mundo globalizado, sendo difícil até


mesmo obter consenso sobre quais seriam os prioritários. Todavia, um deles –
tornar o conhecimento acessível a todos – destaca-se como um dos mais
importantes devido aos seus efeitos estruturantes”.

É com esse texto que se inicia a apresentação do livro Inteligência,


Informação e Conhecimento, uma coleção de artigos sobre gestão do

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conhecimento organizada em 2006 pela UNESCO. Para entender este assunto é


preciso conhecer os conceitos básicos que vão subsidiar nosso entendimento.
São eles: Dados, informação, conhecimento e inteligência.

Dado pode ser definido como sucessões de fatos brutos, que não foram
organizados, processados, relacionados, avaliados ou interpretados,
representando apenas partes isoladas de eventos, situações ou ocorrências.
Constituem as unidades básicas a partir das quais informações poderão ser
elaboradas ou obtidas.

Quando os dados passam por algum tipo relacionamento, avaliação,


interpretação ou organização tem-se a geração de informação. A partir do
momento em que dados são transformados em informações, decisões podem ser
tomadas.

Conhecimento é uma informação contextual, relevante e acionável.


Segundo Turban, conhecimento é a informação em ação. Capital intelectual (ou
recursos intelectuais) é outro termo frequentemente usado como sinônimo de
conhecimento. Conhecimento é uma informação valiosa da mente, inclui
reflexão, síntese e contexto. É difícil de estruturar, difícil de capturar em
computadores, normalmente é tácito (não explícito) e sua transparência é
complexa.

Veja abaixo um quadro comparativo entre conhecimento, informação e


dados:

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Faltou apresentar a inteligência! Para exibi-la de forma contextualizada e


aproveitar para expor algumas características do processo quem tem inicio na
aglomeração de dados brutos vamos apresentar uma figura abaixo e em seguida
tecer alguns comentários sobre a mesma.

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Dados compreendem a classe mais baixa de informação e incluem os itens


que representam fatos, textos, gráficos, imagens estáticas, sons, segmentos de
vídeo analógicos ou digitais etc. Os dados são coletados, por meio de processos
organizacionais, nos ambientes interno e externo. Em suma, dados são sinais
que não foram processados, correlacionados, integrados, avaliados ou
interpretados de qualquer forma. Esta classe representa a matéria-prima a ser
utilizada na produção de informações.

A próxima classe é a da informação propriamente dita. Nesta, os dados


passam por algum tipo de processamento para serem exibidos em uma forma
inteligível às pessoas que irão utilizá-los. Processar dados inclui a revelação de
fotografias de um filme, as transmissões de rádio transformadas em um formato
de relatório padronizado, a exibição de arquivos de computador como texto ou
gráfico em uma tela, a grade de coordenadas em um mapa etc. O processo de
transformação envolve a aplicação de procedimentos que incluem formatação,
tradução, fusão, impressão e assim por diante. A maior parte deste
processo pode ser executada automaticamente.

Uma vez que dados tenham sido transformados em informações, pelo


menos em uma interpretação inicial, é possível refinar as informações mediante
um processo de elaboração. As informações resultantes deste processo incluem
características adicionais do problema, geram hipóteses, consequências das
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hipóteses, sugerem soluções para problemas, explanação e justificativas de


sugestões, crítica de argumentos etc. Portanto, a transformação de dados em
informações deve ser vista simplificadamente, como um tipo de pré-
processamento de um processo de elaboração.

O próximo nível é o do conhecimento, que pode ser definido como sendo


informações que foram analisadas e avaliadas sobre a sua confiabilidade,
sua relevância e sua importância. Neste caso, o conhecimento é obtido pela
interpretação e integração de vários dados e informações para iniciar a
construção de um quadro de situação. O processo de transformação é realizado
por meio de avaliação de dados e informações. Os insumos provenientes das
diversas fontes são analisados e combinados na síntese de um produto final, o

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conhecimento. É por meio do conhecimento que aqueles que assessoram as


decisões buscam uma compreensão mais efetiva da situação problema.

O conhecimento não é estático, modificando-se mediante a interação


com o ambiente, sendo este processo denominado aprendizado. Uma visão
mais ampla é que o aprendizado é a integração de novas informações em
estruturas de conhecimento, de modo a torná-las potencialmente utilizáveis em
processos futuros de processamento e de elaboração. Além disto, conhecimentos
novos podem resultar de um processo de inferência na própria estrutura do
conhecimento.

O nível mais alto desta hierarquia é a inteligência, que pode ser entendida
como sendo a informação como oportunidade, ou seja, o conhecimento
contextualmente relevante que permite atuar com vantagem no
ambiente considerado. Também pode ser vista como o conhecimento que foi
sintetizado e aplicado a uma determinada situação, para ganhar maior
profundidade de consciência da mesma. Portanto, a inteligência resulta da
síntese de corpos de conhecimentos, são usados julgamento e intuição daquele
que toma decisões e uma visualização completa da situação é obtida.

Idealmente, o entendimento de uma situação apoia a tomada de decisão na


visualização do cenário e cria as condições para que o planejamento possa ser
realizado e as ações efetivadas. Além disso, podem ser revelados fatores críticos
em qualquer situação, possibilitando a antecipação a eventos, mediante o
reconhecimento das consequências de novos ou iminentes efeitos de uma
decisão. Por tudo isso, a inteligência deve ser a base do processo decisório,
mesmo considerando que raramente é possível alcançar a compreensão total.

A transformação de conhecimento em inteligência é realizada por meio de


síntese, sendo uma habilidade puramente humana baseada em experiência e
intuição, que vai muito além da capacidade de qualquer sistema especialista ou
de inteligência artificial. Síntese simplesmente não pode ser reduzida a
procedimentos ou regras, por não considerarem o complexo.
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Por fim, a experiência pode ser definida como a efetividade da


inteligência de uma organização, que é aperfeiçoada pelas decisões tomadas
e consideradas como geradoras de algum tipo de vantagem. Então, a
experiência é uma agregação de valor ao processo decisório de uma
reorganização, por refletir toda a sua capacitação para atuar com
competitividade no seu ambiente externo.

Conhecimento tácito e explícito

Observando os conceitos acima apresentados é possível prever que uma


empresa pode gerir de forma eficiente e informatizada o conhecimento.
Devemos, portanto, primeiro viabilizar a conversão de conhecimento para em
seguida geri-lo de maneira eficiente. Esse pode ser dividido em tácito,
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armazenado nas pessoas e adquirido através de experiências de vida,


e explícito ou codificado, encontrado na forma de texto, formalizado e pode ser
facilmente transmitido através do um meio físico. Há quatro formas básicas
pelas quais o conhecimento pode ser transmitido:

1º Socialização que é a interação do conhecimento através da troca de


ideias e do compartilhamento de experiências, por meio de observação ou/e da
prática.

2º Externalização neste caso o conhecimento pessoal passa para o


domínio público por meio de uma documentação. Este pode ser reutilizado por
outro, portanto deve ser classificado.

3º Internalização adquirido a partir de leitura. Vem de alguma publicação


escrita que pode estar disponível em livro, revistas, na Internet ...

4º Combinação neste caso o conhecimento explícito de diferentes fontes é


agrupado ou misturado visando agregar valor para gerar um novo
conhecimento.

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Vejam a figura acima as formas de conversão do conhecimento.

Dados estruturados e não estruturados.

Quando resolvemos classificar os dados uma das taxonomias possíveis é


aquela que divide os dados de acordo com a sua estruturação. Neste contexto
segregamos os dados em estruturados, semiestruturados e não estruturados.
Vamos tentar definir cada um deles:

Dados estruturados são aqueles organizados e armazenados em SGBD,


geralmente relacional, que possui como características possuir uma descrição
sobre os dados, conhecidos como metadados. Os dados estruturados são
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definidos por um esquema ou um formato padrão para cada um dos atributos.


São organizados em blocos semânticos, no modelo relaciona conhecidos como
relações.

Podemos, portanto, observar que existe uma mesma estrutura de


representação para cada grupo de item de dados (relação) que é rígida e
definida previamente por meio de um esquema.

Dados semiestruturados. Essa segunda categoria de dados geralmente


não é mantida em SGBDs (embora a maioria dos bancos de dados relacionais
admita o tipo XML, seguindo a recomendação do padrão SQL). Os dados
semiestruturados apresentam uma organização bastante heterogênea o que
pode dificultar as consultas a esses dados. Os dados não são estritamente
tipados, mas também não são completamente desestruturados. O que então faz
com que ele seja classificado desta forma?

Os dados semiestruturados são dados onde o esquema de representação


está presente de forma explícita ou implícita, podendo ser, inclusive, auto
descritivo. Uma análise do dado dever ser feita para que a sua estrutura seja
identificada e extraída. Como exemplos de dados semiestruturados podemos
citar: XML – eXtensible Markup Language, RDF – Resource Description
Framework, OWL – Web Ontology Language.

Como características destes dados podemos listar: 1. Definição à posteriori


– os esquemas são definidos após a existência dos dados por meio da
investigação de suas estruturas particulares. 2. Estrutura irregular – não existe
um esquema padrão para os dados, as coleções de dados são definidas de
maneiras diferentes, podendo conter informações incompletas. 3. Estrutura
implícita – muitas vezes uma estrutura implícita. 4. Estrutura parcial – apenas
parte dos dados disponíveis podem ter uma estrutura.

Dados não estruturados. De forma simples são inclusos aqui os dados


que não possuem uma estrutura definida. Podem ser listados como exemplo
documentos, textos, imagens e vídeos. Esses, geralmente, não possuem
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descrição para suas estruturas, nem implicitamente. A grande maioria dos dados
disponíveis na Web são classificados dentro destes formatos.

Dado a grande quantidade de dados (volume), uma imensa variedade de


dados e a necessidade de processamento cada vez mais rápida (velocidade)
surge o conceito de Big Data, que será assunto de uma aula posterior (caso seja
um assunto cobrando no seu concurso).

3. Fundamentos de Inteligência
Competitiva (CI)

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Os sistemas de inteligência competitiva têm por objetivo prover as


organizações de um processo sistemático de coleta e análise de informações
sobre as atividades correlatas e tendências de mercado. Eles visam
absorver o maior número de informações que possibilitem melhoria no processo
de tomada de decisão e de desenvolvimento empresarial.

A ideia básica de CI é explorar o outro lado da trincheira, obtendo


informações detalhadas sobre os competidores e o mercado no qual se guerreia
para ser a opção do cliente. Podemos entender CI como um BI aplicado ao
mundo fora de nossas fronteiras empresariais, focando primariamente em
informações textuais e factuais que dizem respeito aos movimentos do mercado
e dos concorrentes, detectando as suas ameaças e oportunidades. Ou o que se
precisa descobrir para ganhar competitividade

Combs e Moorhead definem inteligência competitiva como a seleção,


coleção, interpretação e distribuição da informação publicamente segura, que
possui importância estratégica. Dentre suas principais metas, destacam:
detectar ameaças competitivas, eliminar ou minimizar surpresas, acrescentar
vantagem competitiva, minimizar o tempo de reação e encontrar novas
oportunidades

Apresentamos abaixo uma figura que mostra o cenário no qual encontra-se


a inteligência competitiva.

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Podemos ainda definir um processo com algumas fases para organizar as


tarefas dentro do fluxo de trabalho da inteligência competitiva. Esse conjunto de
atividades encontra-se na figura a seguir.

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4. Business Intelligence
Já conhecemos o conceito de BI. Agora vamos continuar nosso estudo.
Primeiramente vamos fazer um paralelo entre sistemas operacionais e sistemas
analíticos. Os sistemas operacionais tratam das tarefas que fazem parte do dia-
a-dia das organizações. Quando pensamos neste tipo de sistema o exemplo
clássico é um caixa de supermercado. Ele basicamente registra a quantidade de
cada produto, calcula o preço, informa para o cliente e recebe o pagamento. São
tarefas que fazem parte de um fluxo de compras de cada cliente
individualmente.
Quando surge a necessidade de agregar os dados das compras dos
diferentes clientes visando prover informações aos gestores entramos numa
seara atendida pelos sistemas analíticos. E é neste contexto que surge o
armazém de dados ou Data Warehouse (DW). Sua função é armazenar os dados
de forma padronizada, capturando informações dos diversos sistemas
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operacionais da empresa.
O Kimball, um dos principais autores de DW sugere alguns objetivos
fundamentais para o DW dentro do contexto de BI. Ele diz que devemos fazer a
informação acessível mais facilmente, apresentar a informação consistente
(credibilidade), prover um sistema que seja adaptado a mudanças e apresentar
a informação de forma temporal. Além disso, o DW pode ser considerado um
bastião da segurança que protege os ativos de informação, servindo como
base de autoridade e de confiança para uma melhor tomada de decisão.
Para uma implementação de sucesso um projeto de DW/BI deve ser bem
aceito pela comunidade organizacional. É sugerido então um passo-a-passo para

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atender as demandas e estruturar de forma organizada as necessidades do


negócio dentro do sistema.
Primeiramente precisamos compreender os usuários de negócios. Nesta
etapa é importante entender as responsabilidades de trabalho, metas e
objetivos. Devemos então determinar as decisões que os usuários de negócios
querem fazer com a ajuda do sistema de DW/BI. Assim podemos identificar os
"melhores" usuários que tomam decisões eficazes e de alto impacto, bem como,
encontrar potenciais novos usuários e torná-los conscientes das capacidades do
sistema de DW/BI.
Na etapa subsequente, é importante fornecer informações e análises de
alta qualidade, relevante e acessível para os usuários de negócios. Para atingir
esse objetivo escolha as fontes de dados mais robustas para apresentar no
sistema de DW/BI, elas devem ser cuidadosamente selecionadas a partir do
universo de possíveis fontes de dados em sua organização.
Neste momento faça interfaces de usuários e aplicações simples e baseadas
em modelos, explicitamente correspondentes aos perfis de processamento
cognitivo dos usuários. Certifique-se que os dados são precisos e podem ser
confiáveis, rotulando-os de forma consistente em toda a empresa. É preciso
monitorar continuamente a precisão dos dados e o resultado das análises.
Adaptar-se às mudanças de perfis de usuário, requisitos e prioridades de
negócios, juntamente com a disponibilidade de novas fontes de dados.
Depois de desenvolver uma estrutura consistente, a próxima etapa do
processo é sustentar o ambiente DW/BI. É necessário que se tome uma parte do
crédito das decisões de negócios feitas com o auxílio do sistema de DW/BI e se
use esse sucesso para justificar o custo pessoal e gastos contínuos. Assim é
possível atualizar o sistema em um intervalo de tempo regular.
Resumindo Business Intelligence (BI) é um termo abrangente que combina
arquiteturas, ferramentas, bancos de dados, ferramentas de análise, aplicações
e metodologias. Seus principais objetivos incluem: permitir o acesso interativo
(por vezes em tempo real) aos dados, permitir a manipulação de dados e dar
aos gestores e analistas a capacidade de realizar análise adequada. É baseado
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na transformação dos dados em informação, em seguida, informações em


decisões e, finalmente, em ações.

4.1. Componentes de um sistema de


Business Intelligence (BI)
A figura abaixo apresenta os componentes de um sistema de BI.
Basicamente são quatro os componentes: O Data Warehouse (DW) com suas
fontes de dados; o Business Analytics, uma coleção de ferramentas para
manipulação, mineração, análise de dados do DW; o Business performance
management (BPM) para monitoramento e análise de performance e a Interface
com o usuário (por exemplo, um dashboard).
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O armazém de dados e suas variantes são a pedra fundamental (pedra


angular) de qualquer sistema de BI de médio à grande porte. Originalmente,
incluiu apenas dados históricos que foram organizados e resumidos, para que os
usuários finais pudessem facilmente ver ou manipular dados e informações.
Hoje, incluem também dados atuais para que eles possam fornecer apoio à
decisão em tempo real.

Os usuários finais podem trabalhar com os dados e informações em um


armazém de dados usando uma variedade de ferramentas e técnicas. Estas
análises de negócio se enquadram em duas categorias principais: 1. Relatórios e
consultas e 2. Mineração de dados.

Análise de negócios incluem relatórios estáticos e dinâmicos, todos os tipos


de consultas, a descoberta de informações, visão multidimensional, drill down,
entre outros. Esses relatórios também estão relacionados com BPM.

A mineração de dados, seja estruturado ou não, e outras ferramentas


matemáticas e estatísticas sofisticadas fazem parte do segundo grupo de
técnicas relacionadas a análise de negócios. A mineração de dados é um
processo de busca de relações desconhecidas ou informações em grandes bases
de dados ou armazéns de dados, utilizando ferramentas inteligentes como a
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computação neural, técnicas de análise preditiva, ou métodos estatísticos


avançados.

Também conhecido como corporate performance management (CPM), o


business performance management (BPM) nos apresenta uma carteira
emergente de aplicativos e metodologias que contém a evolução da arquitetura
e ferramentas de BI em seu núcleo. BPM amplia o monitoramento, medição e
comparação das vendas, lucro, custos, rentabilidade e outros indicadores de
desempenho, introduzindo o conceito de gestão e feedback. Considera
processos, tais como planejamento e previsão, como fundamentais em uma
estratégia de negócios.

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Em contraste com os tradicionais DSS, EIS, e BI, que suportam a extração


bottom-up de informação a partir dos dados, BPM proporciona uma aplicação
top-down da estratégia corporativa. Normalmente sua implementação é
combinada com a metodologia Balanced Scorecard (BSC) e dashboards.

O último componente de um sistema de BI é a interface com os usuários.


Os dashboards (ou painéis) fornecem uma visão abrangente e visual das
medidas de desempenho corporativo (também conhecido como indicadores
chave de desempenho - KPI), tendências e exceções. As interfaces integram
informações de várias áreas de negócio. Apresentam gráficos que mostram o
desempenho real em comparação com as métricas desejadas, assim, um painel
apresenta uma visão geral da saúde da organização.

Além dos painéis, outras ferramentas que transmitem informações são


portais corporativos, cockpits digitais e outras ferramentas de visualização.
Muitas ferramentas de visualização, que vão desde apresentação do cubo
multidimensional a realidade virtual, são parte integrante dos sistemas de BI. BI
surgiu de EIS, portanto recursos visuais para os executivos foram transformados
em software de BI. Tecnologias como sistemas de informações geográficas (SIG)
desempenham um papel crescente no apoio à decisão.

O nosso próximo assunto está relacionado a Data warehouse, mas será


visto apenas na próxima aula! Espero que você tenha gostado do conteúdo até
aqui!

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Considerações finais

Chegamos, pois, ao final da aula demonstrativa!

A continuação deste assunto encontra-se na próxima aula, juntamente com


um conjunto de questões sobre o tema. Espero reencontrar você como um aluno
efetivo.

Espero que tenha gostado! E até breve!

Thiago Cavalcanti

Referências

Fiz uma lista com alguns links de referências caso você queria se
aprofundar um pouco.
i. Fundamentals of Database Systems - Ramez Elmasri, Sham Navathe
Addison-Wesley, 2011 - Computers - 1172 pages
ii. Introdução a sistemas de bancos de dados - By C. J. Date - Elsevier
Brasil, 2004 - 865 pages
iii. Sistema de Banco de Dados - Abraham Silberschatz, Henry F. Korth,
S. Sudarshan - Editora: ELSEVIER BRASIL

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