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FOUCAULT, Michel.

A ordem do Discurso: aula inaugural no Collège de


France, prounciada em 2 de desembro de 1970. Tradução de Laura Fraga de Almeida
Sampaio. São Paulo: Loyola, 1999. 79p. Tradução de: Lóndre du discours. Leçon
iaugurale au College de France.

Resenhado por Maylana Soares Ribeiro1

O francês Michel Foucault (1926-1984) não apenas foi um filósofo, mas


também foi um historiador das ideias, um crítico literário e um teórico social. Ademias
substituiu o professor Hypollite, que havia falecido, em seu cargo de professor da
cátedra História dos Sistemas do Pensamento, no célebre Collège de France, ficando
nesse cargo de 1970 até o fim da sua vida. Em seu livro L'Ordre du discours, Foucault
escreveu todo conteúdo de sua aula inaugural de substituição dessa cadeira no
referido estabelecimento de ensino superior.

Esse livro foi publicado originalmente na França o ano de 1971, pela editora
Éditions Galliard. Já no Brasil, esse livro foi integramete traduzido do frances para o
português, recebendo o titulo de A Ordem do Discurso, pela tradutora Laura Fraga,
sendo publicado pela primeira vez em 1996 pela editora Edições Loyola.

Esse trabalho tem por objetivo fazer uma resenha crítica do livro traduzido por
essa profissional. Esse livro discorre, sem a existencia de separação por capitulos, a
respeito do discurso, suas peculiaridades e perigos, fazedo uso da metaliguagem,
uma vez que ao falar sobre discurso, concumitatemete está produzindo um.

O início desse livro, autor salintou que o discurso pode apresentar poderes
e perigos. Dessa forma, ressaltou que em nossa sociedade existem processos de
exclusão, dentre os quais estão: a interdição, uma especie de força que nivela o que
pode ser dito e o que não pode ser dito, e a oposição loucura e razão, que cousa uma
separação e uma rejeição ao sujeito em estado de loucura; e a vontade de verdade,

1
Estudante do 7º período de Letras-português, pela Universidade Estatual do Piauí – UESPI.
é a desejo que o indivíduo tem pela verdade, e, consequentemente, pelo poder.
Assim, todos os procedimentos de controles já citados são exteriores.

Segundo o autor, existem também os procedimentos internos, nos quais o


discurso possui controle próprio. Esses processos internos são os comentários, que é
a recuperação de discursos que já foram ditos; o autor, regente e formulador do
discurso; e a disciplina, que são as regras controladoras da criação do discurso.

Posteriormente, Foucault informou que há também os procedimentos de


imposição de regras aos sujeitos do discurso. Esses últimos são: o ritual, conjunto
pré-estabelecido de atos e práticas que devem acompanhar o discurso; sociedade do
discurso, que são grupos restritos que geram, conservam e disseminam discursos de
forma fechada; a doutrina, que é caracterizada pela submissão dos sujeitos que falam
aos discursos e dos discursos ao conjunto de sujeitos que falam; e a apropriação
social o discurso, que ocorre através da apoderação de poderes e saberes.

Mais adiante, o autor informou que os sujeitos têm temor dos perigos que o
discurso porta e se preocupou em apresentar um método de análise para esse temor,
o qual é: indagar a vontade de verdade pessoal; devolver ao discurso seu caráter de
acontecimentos; e suspender a sabedoria do significante.

Logo depois, o autor ressaltou que pretendia fazer uma análise, tendo como
princípio informações referidas anteriormente no livro. Essas analises foram o
conjunto “crítico” e o conjunto “genealógico”. Foucault, a respeito do primeiro, afirmou
que faria um estudo a respeito de marcos simbólicos que ocorreram ao longo da
história devido alguns processo de exclusão, e a respeito do segundo, destacou que
por compreender à formação efetiva do discurso, deveria considerar as fronteiras que
afetam nas formas reais.

O livro abordado, portanto, explicou de forma suficiente todos os conceitos


que apresentou, proporcionado uma leitura clara, apesar de apresentar uma
linguagem rebuscada em algumas partes do texto. Dessa forma, a leitura desse livro
torna-se interessante para os acadêmicos e profissionais já formados não só em
letras-português, como também em jornalismo e direito, pois discute e apresenta
reflexões e questionamento sobre os processos que estão intrínsecos no discurso.

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