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Fevereiro de 1956
De outro lado, aumentam e se robustecem mais e mais as forças que lutam na arena
internacional por uma paz duradoura e a segurança dos povos; essas forças desenvolvem
uma ativa luta contra o perigo de guerra, pela coexistência pacífica de Estados com
diferentes regimes econômicos e sociais. Tem uma importância decisiva o fortalecimento
incessante do campo internacional do socialismo, que exerce uma influência cada vez
maior no curso dos acontecimentos mundiais. As forças da paz multiplicaram-se
consideravelmente graças ao surgimento, na arena mundial, de um grupo de Estados
pacíficos da Europa e da Ásia, que proclamaram como princípio de sua política exterior a
não-participação em blocos militares. Criou-se assim uma extensa "zona de paz", na qual
figuram tanto os países socialistas como países não socialistas pacíficos da Europa e da
Ásia, onde vive mais da metade da população do globo terrestre.
A garantia de uma paz sólida e da segurança dos povos europeus exige que continue
melhorando as relações entre a União Soviética, de um lado, e, de outro, os países da
Europa Ocidental. A União Soviética, assim como a Grã-Bretanha, França e Itália, assim
como a Polônia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Suécia, Finlândia, Noruega, Grécia, Áustria e
os demais países europeus, está vitalmente interessada em que não se deflagre uma nova
guerra na Europa, em cujo território ocorreram as principais batalhas da primeira e da
segunda guerras mundiais. Também está vitalmente interessado nisto o povo alemão.
Assim, pois, todos os Estados e povos europeus estão unidos pelos interesses comuns da
luta para conjurar novos conflitos bélicos.
O crescente anelo dos povos dos países árabes de defender e consolidar sua
independência nacional contribui para o fortalecimento da paz e da democracia.
O XX Congresso assinala com satisfação que entre a União Soviética e quase todos
os países com ela limítrofes estabeleceram-se relações amistosas de boa-vizinhança. Não
há dúvida de que relações normais entre a URSS e o Irã, Turquia e Paquistão
corresponderiam aos interesses vitais destes países, aos interesses da causa da paz e da
segurança dos povos.
A linha geral da política exterior da União Soviética tem sido e continuará sendo o
princípio leninista da coexistência pacífica de Estados com diferentes regimes sociais.
Não há dúvida, que para vários países capitalistas onde o capitalismo é ainda forte e
tem em suas mãos um enorme aparelho militar e policial, é inevitável um brusco
aguçamento da luta de classes.
De outro lado, como resultado das mudanças cardiais que se operaram na arena
internacional em favor do socialismo e do grande aumento da força de atração deste entre
os operários, os camponeses e a intelectualidade trabalhadora, criam-se condições mais
propícias para a vitória do socialismo. Em vários países capitalistas, a classe operária,
encabeçada por sua vanguarda, tem nas condições atuais a possibilidade real de agrupar
sob sua direção a esmagadora maioria do povo e de assegurar a passagem às mãos deste
dos meios de. produção fundamentais. Os partidos burgueses de direita e os governos por
eles constituídos caem com frequência cada vez maior. Nessas condições, a classe
operária unindo em torno de si o campesinato trabalhador, amplos setores da
intelectualidade, todas as forças patrióticas, e dando uma réplica contundente aos
elementos oportunistas, incapazes de renunciar à política de conciliação com os
capitalistas e os latifundiários, pode derrotar as forças reacionárias e antipopulares,
conquistar uma maioria sólida no Parlamento e convertê-lo, de órgão da democracia
burguesa, em instrumento da verdadeira vontade do povo.
O Congresso assinala que o fato de que em outros países tenham surgido condições
mais propícias para a vitória do socialismo foi possível unicamente porque o socialismo
triunfou na União Soviética e está triunfando nos países de democracia popular. Uma
condição indispensável dessa vitória foi o triunfo do marxismo-leninismo revolucionário, a
luta consequente e decidida contra a ideologia do reformismo, do oportunismo.
II
Tem grande importância a regulamentação das pensões projetada pelo Comitê Central
a fim de aumentar consideravelmente as mais baixas e reduzir as que são
injustificadamente altas, melhorar a assistência aos anciãos e a colocação dos inválidos
que, sem prejuízo para sua saúde, possam realizar um trabalho socialmente útil.
Em sua política nacional, o Partido guiou-se e guia-se pela tese leninista de que o
socialismo, longe de eliminar os traços e peculiaridades nacionais, garante o multifacético
desenvolvimento da economia e da cultura de todas as nações e nacionalidades. Em todo
o seu trabalho prático, o Partido deverá continuar levando em conta estas peculiaridades,
da maneira mais atenta.
III
Nosso Partido alcançou novos e grandes êxitos no período compreendido entre o XIX
e o XX Congressos graças a que em toda a sua política interna e externa e em sua
atividade prática, guia-se pela vitoriosa doutrina do marxismo-leninismo. aplica de maneira
firme e consequente a linha da edificação do comunismo em nosso país e do reforço do
campo socialista internacional e mantém erguida a bandeira do internacionalismo proletário
e da amizade entre os povos.
O Congresso constata, com satisfação, que, em toda a sua atuação, o Comitê Central
velou, sem vacilar, pelos interesses do Partido e do povo. O Congresso aprova totalmente
as resolutas medidas adotadas pelo C.C. do PCUS para deter os criminosos manejos
subversivos de Béria — perigoso inimigo do Partido e do povo — e sua camarilha. Com
isso sofreram um sério golpe os planos da espionagem imperialista e cresceu a
combatividade do Partido.
O Congresso aprova totalmente o grande trabalho realizado pelo Comitê Central para
restabelecer as normas leninistas na vida do Partido, desenvolver neste a democracia
interna, aplicar o princípio da direção coletiva, baseada em uma política marxista-leninista e
aperfeiçoar o estilo e os métodos de trabalho do Partido. A luta pela observância dos
princípios democráticos na vida do Partido, contra os métodos impositivos, contra os
métodos burocráticos de direção e pelo desenvolvimento da crítica e da autocrítica garantiu
um ascenso da atividade das massas do Partido, um aumento da responsabilidade dos
comunistas pelo trabalho partidário e um novo auge do entusiasmo dos trabalhadores na
vida política e no trabalho.
Ocupa um lugar importante na vida social do país o Komsomol leninista, que participa
ativamente na edificação econômica e cultural e ajuda o Partido a educar a juventude no
espírito comunista. No entanto, na atividade das organizações do Komsomol,
particularmente em seu trabalho de educação ideológica, há sérias deficiências. Às vezes,
as organizações do Komsomol não sabem associar a juventude ao trabalho prático,
suplantam o trabalho vivo de organização com resoluções, aparato e alvoroço. Para
eliminar estas deficiências é necessário melhorar a direção do Komsomol pelo Partido. Às
organizações do Partido devem dedicar maior solicitude pela criação das condições
necessárias a levar a cabo o trabalho educativo e cultural de massas entre os jovens e
para assegurar uma participação ainda mais ativa dos rapazes e moças do Komsomol e de
toda a juventude soviética na edificação estatal, econômica e cultural, em toda a vida social
e política do país.
O Congresso determina ao Comitê Central que continue velando, como pelas meninas
dos olhos, pela pureza da teoria marxista-leninista, que continue desenvolvendo-a
fecundamente no processo da luta prática pelo comunismo, na base da sintetização da
nova experiência histórica e dos fatos da realidade viva. Ao mesmo tempo é necessário
desencadear uma luta infatigável contra as manifestações da ideologia burguesa.